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UNB - Hidraulica Geral... EXERCICIOS RESOLVIDOS - p (24) conduto for?ado, Exercícios de Engenharia Civil

Exercícios resolvidos hidráulica UNB

Tipologia: Exercícios

2014

Compartilhado em 25/04/2014

samia-provazzi-11
samia-provazzi-11 🇧🇷

4.5

(16)

57 documentos

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PROBLEMA (24) temática: conduto forçado
Dois reservatórios são interligados por uma tubulação de ferro fundido, diâmetro de 200mm e 5000m de
extensão. Num ponto intermediário, a 2000 m do reservatório superior uma tomada d’água que
abastece um sistema de distribuição. Descreva as solicitações habituais dessa linha e determine as vazões
que podem ocorrer nos trechos quando a tomada d’água tiver vazões crescentes e existir 100 metros de
desnível entre os reservatórios e 150 metros de desnível entre o nível d’água do reservatório superior e o
ponto de tomada.
Referencial Teórico :
Paschoal Silvestre. Hidráulica Geral. Capítulo 4, página 50.
Solução : Este problema pode ser representado pela Figura 24.1, indicada a seguir :
hpz
R 100m hp2
F 0
6 6 1 = 200 mm S
L1 = 2000 m T 50m
ZF 0
6 6 2 = 200 mm
QzL2 = 3000 m
Figura 24.1 - Ligação entre dois Reservatórios com tomada d’água intermediária
Observa-se facilmente que com a anulação da tomada (Qz = 0) recaímos no problema anterior e são
válidas todas as considerações ali incluídas. Vale observar que as tomadas d’água intermediárias, em
geral, são realizadas à posteriori no processo de redistribuição dos benefícios sociais alcançados pela
comunidade pioneira no abastecimento. Outras vezes, a necessidade da tomada intermediária surge como
conseqüência da colonização da região circunvizinha ou na expansão da população autóctone, com a
formação de novos núcleos habitacionais. Exemplo dessa necessidade ocorre com a criação de centros
urbanos, distantes dos já existentes, mas próximos de linhas de abastecimento. A criação de novos bairros,
de uma mesma cidade, pode também induzir à instalação de tomadas intermediárias no sistema de
adução. Como foi mostrado no problema anterior, a vazão entre 1 e 2, quando Q z = 0 l/s, será calculada
pela expressão de Hazen-Willians :
Q = 0,2785 . C . D2,63 . J0,54
onde:
C coeficiente de atrito, em função do material da tubulação (C = 130, para ferro fundido novo);
D diâmetro interno da tubulação (m);
J perda de carga por unidade de comprimento no trecho de tubulação considerado :
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PROBLEMA (24) temática: conduto forçado

Dois reservatórios são interligados por uma tubulação de ferro fundido, diâmetro de 200mm e 5000m de extensão. Num ponto intermediário, a 2000 m do reservatório superior há uma tomada d’água que abastece um sistema de distribuição. Descreva as solicitações habituais dessa linha e determine as vazões que podem ocorrer nos trechos quando a tomada d’água tiver vazões crescentes e existir 100 metros de desnível entre os reservatórios e 150 metros de desnível entre o nível d’água do reservatório superior e o ponto de tomada.

Referencial Teórico : Paschoal Silvestre. Hidráulica Geral_._ Capítulo 4, página 50.

Solução : Este problema pode ser representado pela Figura 24.1, indicada a seguir :

hpz

R 100m hp 2

F 06 6 1 = 200 mm S

L 1 = 2000 m T 50m

Z F 06 6 2 = 200 mm Q (^) z L 2 = 3000 m

Figura 24.1 - Ligação entre dois Reservatórios com tomada d’água intermediária

Observa-se facilmente que com a anulação da tomada (Q (^) z = 0) recaímos no problema anterior e são válidas todas as considerações ali incluídas. Vale observar que as tomadas d’água intermediárias, em geral, são realizadas à posteriori no processo de redistribuição dos benefícios sociais alcançados pela comunidade pioneira no abastecimento. Outras vezes, a necessidade da tomada intermediária surge como conseqüência da colonização da região circunvizinha ou na expansão da população autóctone, com a formação de novos núcleos habitacionais. Exemplo dessa necessidade ocorre com a criação de centros urbanos, distantes dos já existentes, mas próximos de linhas de abastecimento. A criação de novos bairros, de uma mesma cidade, pode também induzir à instalação de tomadas intermediárias no sistema de adução. Como foi mostrado no problema anterior, a vazão entre 1 e 2, quando Q (^) z = 0 l/s, será calculada pela expressão de Hazen-Willians :

Q = 0,2785.^ C.^ D2,63^.^ J0,

onde: C coeficiente de atrito, em função do material da tubulação (C = 130, para ferro fundido novo); D diâmetro interno da tubulação (m); J perda de carga por unidade de comprimento no trecho de tubulação considerado :

J = h (^) p / L = perda de carga / comprimento do tubo (m/m)

Quando Q (^) z = 0 l/s, temos:

Q 1 = Q 2 = Q ; L 1 + L 2 = L = 5000m ; D 1 = D 2 = D = 200 mm ( D 1 e D 2 não, necessariamente, devem ser iguais); C 1 =C 2 = C = 130 (tubo novo);

Q = 0,2785.^130_.^ 0,2 2,63^._^ (100/5000)0,54^ = 0,0635 m^3 /s

A linha piezométrica, neste caso, é uma reta ligando os níveis d’água nos dois reservatórios. As perdas acidentais são desprezadas por se considerar o tubo “longo”.

R

S

Q 1 h (^2) T

Q (^) z Z Q 2 z (^2)

z (^) p Referencial

Figura 24.2 - Linha Piezométrica passando por R

Quando Q (^) z > 0 l/s a linha piezométrica passa a apresentar uma inflexão na seção Z , seção da tomada, podendo permanecer na cota piezométrica correspondente a R , S ou T. Estacionando em R, nos indica que a energia total em Z é superior à energia na superfície do reservatório 2 ( Figura 24.2 ).

A energia na seção Z será :

Ep = z (^) p + (p/F 06 7 ) (^) z + Vz^2 /2g

Como a velocidade na tubulação é considerada “baixa”, admite-se que V (^) z^2 /2g é suficientemente pequeno para ser desprezado. Desta forma, a linha piezométrica confunde-se com a linha de energia. A pressão em qualquer ponto da tubulação é igual à distância vertical compreendida entre este ponto e a linha piezométrica. Logo:

(p/F 06 7 )z = RZ (distância medida em metros de coluna d’água)

Temos a energia em Z : E (^) z = z (^) r + RZ

A energia em 2 será : E 2 = z 2 + h 2 (h 2 também medida em m.c.a.)

Não conhecemos, à priori, a posição da linha piezométrica e somos obrigados a fazer uma hipótese a ser confirmada ou negada. A hipótese inicial considera a linha piezométrica passando pelo ponto S. Admitimos, portanto, que Q 2 = 0 l/s e Q 1 = Qz. A seguir, a hipótese deve ser testada. Temos então:

Q 1 = 0,2785.^130_.^ 0,2 2,63^._^ (100/2000)0,54^ = 0,1042 m 3 /s

Caso a vazão retirada Q (^) z seja igual a 0,1042 m 3 /s, a hipótese está confirmada e a solução definida. Caso Q (^) z < 0,1042 m^3 /s, a hipótese inicial é falsa e prevalece a solução:

Q 1 = Q (^) z + Q 2.

Caso Q (^) z > 0,1042 m^3 /s, a hipótese inicial também é falsa e prevalece a solução:

Qz = Q 1 + Q 2

Para avaliar os valores assumidos por Q (^) 1, Q 2 e Qz , quando a linha piezométrica cai sucessivamente, observemos o quadro abaixo:

Quadro 24.1 - Vazões nos trechos para diversos valores da pressão em z

hpz (m)

(p/F 06 7 ) (^) z (m)

Q 1

(m^3 /s)

Q 2

(m 3 /s)

Qz (m^3 /s)

Modelo de Equação 40 110 0,063 0,063 0,0 (^) Q 1 = Q 2 ; Qz = 60 90 0,079 0,051 0,028 (^) Q 1 = Qz + Q 2 80 70 0,092 0,035 0,057 (^) Q 1 = Qz + Q 2 100 50 0,104 0,0 0,104 (^) Q 1 = Qz ; Q 2 = 120 30 0,115 0,035 0,150 (^) Qz = Q 1 + Q 2 140 10 0,125 0,051 0,176 (^) Qz = Q 1 + Q 2

A primeira linha da tabela representa o ponto de partida, sendo a linha piezométrica uma reta, com Q (^) z = 0 l/s e Q 1 = Q 2. Então :

Q 1 = Q 2

0,2785. 130 .0,2 2,63^.^ (hpz /2000) 0,54^ = 0,2785. 130 .0,2 2,63^ .(100 - hp (^) z /3000)0, F 05 C hpz /2000 = (100 - hpz )/3000 = 100/5000 F 05 C hpz = 40m

A perda de carga até a seção Z é equivalente a 40m. A partir desse valor fazemos a pressão em Z cair de 20 em 20 m.c.a e calculamos Q 1 e Q 2 da seguinte forma :

Q 1 = 0,2785. 130 .0,2 2,63^.^ (hpz /2000) 0,

Q 2 = 0,2785. 130 .0,2 2,63^.^ ( (100 - hpz ) /3000) 0,

Esse cálculo de Q 2 é válido enquanto hpz F 0A 3 100 mca quando a linha piezométrica atinge o ponto S. Após ultrapassar esse limite, calcula-se Q 2 com a seguinte expressão:

Q 2 = 0,2785. 130 .0,2 2,63^.^ ( (hpz - 100) /3000) 0,

Os resultados nos fazem concluir que: a pressão em Z é decrescente com o aumento de Q (^) z; a vazão em Z (Q (^) z) é crescente, assim como, a vazão Q 1 ; a vazão Q 2 decresce até torna-se nula e volta a crescer, em seguida, porém com sentido contrário ao sentido inicial;

Como a pressão em Z controla e condiciona a pressão na rede de distribuição, a linha piezométrica da adução não pode cair indefinidamente até ser alcançada a vazão Q (^) z desejada. Faz-se necessário, então, estabelecer a vazão mínima em Z para o correto funcionamento da distribuição. Esse mínimo depende de várias variáveis que serão discutidas oportunamente. Quando, em Z, ocorre a pressão mínima e Q (^) z ainda não atingir o valor desejado, resta ao projetista reforçar o trecho 1-Z , introduzindo uma linha em paralelo.