Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Tuberculose Pulmonar, Notas de aula de Enfermagem

Aula para curso de graduação

Tipologia: Notas de aula

2014
Em oferta
50 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 10/06/2014

clicla-lago-12
clicla-lago-12 🇧🇷

1 documento

1 / 53

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
PROFA. CLISÂNGELA LAGO
2013
TUBERCULOSE
PULMONAR
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
Discount

Em oferta

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Tuberculose Pulmonar e outras Notas de aula em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

PROFA. CLISÂNGELA LAGO 2013

TUBERCULOSE

PULMONAR

Tuberculose

Características gerais

 A tuberculose (TB) é um problema de saúde prioritário no Brasil, e juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença.  Estima-se que, cerca de um terço da população mundial, esteja infectada com o Mycobacterium tuberculosis, estando sob risco de desenvolver a enfermidade.  Em torno de oito milhões de casos novos e quase 3 milhões de mortes por tuberculose, ocorrem anualmente.

Agente etiológico 

M. tuberculosis, também conhecido como

bacilo de Koch (BK). O complexo M.

tuberculosis é constituído de várias espécies:

M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M.

microti. Outras espécies de micobactérias

podem produzir quadro clínico semelhante à

tuberculose, sendo necessárias para o

diagnóstico diferencial a cultura e a

identificação das mesmas, pelos laboratórios

de referência.

Reservatório  O reservatório principal é o homem. Em algumas regiões, o gado bovino doente. Em raras ocasiões, os primatas, aves e outros mamíferos. Em geral, a fonte de infecção é o indivíduo com a forma pulmonar da doença, que elimina bacilos para o exterior (bacilífero). Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo bacilífero poderá infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.  Não existem estimativas da proporção de pacientes com tuberculose causada pelo M. bovis, no entanto é importante que o sistema de

Modo de transmissão 

As gotículas médias são, na sua maioria, retidas
pela mucosa do trato respiratório superior, e
removidas dos brônquios, através do
mecanismo muco-ciliar. Os bacilos assim
removidos são deglutidos, inativados pelo suco
gástrico, e eliminados nas fezes. Os bacilos que
se depositam nas roupas, lençóis, copos e
outros objetos dificilmente se dispersarão em
aerossóis e, por isso, não desempenham papel

importante na transmissão da doença.

Período de incubação  Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias. A maioria dos novos casos de doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial. A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado, e de que essa infecção evolua para a doença, depende de múltiplas causas, destacando-se, dentre estas, a idade avançada, as condições sócio-econômicas e algumas condições médicas (diabetes mellitus, alcoolismo, silicose, uso prolongado de corticosteróides ou outros imunossupressores, neoplasias, uso de drogas, infecção pelo HIV e pacientes submetidos a

Período de transmissibilidade 

A transmissão é plena enquanto o doente
estiver eliminando bacilos, e não tiver iniciado
o tratamento. Com o esquema terapêutico
recomendado, a transmissão é reduzida,
gradativamente, a níveis insignificantes, ao fim
de poucos dias ou semanas. As crianças, com
tuberculose pulmonar, geralmente não são

infectantes.

Suscetibilidade e imunidade  A infecção pelo bacilo da tuberculose pode ocorrer em qualquer idade, mas no Brasil geralmente acontece na infância. Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se tornam infectadas.  (^) A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão presentes no organismo, mas o sistema imune está mantendo-os sob controle.  (^) Entre os infectados, a probabilidade de adoecer aumenta, na presença de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), e outras formas de imunodepressão, na presença de desnutrição, silicose (doença fibrótica crônica, progressiva e irreversível, causada pela inalação de sílica), diabetes, pacientes submetidos a gastrectomia ou bypass intestinal, em usuários de drogas endovenosas e crack.

 Nesse período, os bacilos podem alcançar número superior a 105 e, partindo da lesão pulmonar, atingir a via linfo-hematogênica, comprometendo os linfonodos e órgãos dos diversos sistemas e aparelhos, principalmente o fígado, o baço, a medula óssea, os rins e o sistema nervoso. Essa disseminação é considerada “benigna”, de poucos bacilos, que ficarão latentes, ou serão destruídos pela ação da imunidade que se instalará. Manifestações clínicas

 No início da 2a ou 3a semana, o organismo normal, reconhecendo a presença de elemento estranho, é capaz de mobilizar seu sistema de defesa imunológico específico, acontecendo a luta hospedeiro-invasor, visando a destruição ou inativação do agente agressor. Passa a haver, então, no pulmão, no local da inoculação inicial, um foco pequeno, arredondado, de 1 a 2mm, esbranquiçado, de consistência amolecida e constituído, principalmente, por material caseoso. Esse foco é circundado por afluxo celular de linfócitos, células epitelióides (macrófagos ativados e modificados) e macrófagos (foco primário), Manifestações clínicas

Tuberculose primária

ocorre durante uma primo-infecção, pode
evoluir tanto a partir do foco pulmonar, quanto
do foco ganglionar ou, então, em consequência
da disseminação hematogênica. Isso acontece
em 5% dos primo-infectados.

Tuberculose pós- primária  Ocorre no organismo que tem sua imunidade desenvolvida, tanto pela infecção natural quanto pelo BCG. Dos primo-infectados, 5% adoecerão tardiamente, em consequência do recrudescimento de algum foco já existente no seu organismo ( reativação endógena).  Também pode ocorrer a reinfecção exógena, ou seja, o paciente adoecer por receber nova carga bacilar do exterior. O quadro clínico não apresenta nenhum sinal ou sintoma característico.  Observa-se, normalmente, comprometimento do estado geral, febre baixa vespertina com sudorese, inapetência e emagrecimento. Quando a doença atinge os pulmões, o indivíduo pode apresentar dor torácica e tosse produtiva, acompanhada ou não de

Diagnóstico laboratorial É fundamentado, nos seguintes métodos:  bacterioscópico – baciloscopia e cultura;  radiológico – tomografia computadorizada do tórax;  outros – prova tuberculínica; anátomo- patológico (histológico e citológico); sorológico;  bioquímico; biologia molecular.

Exames bacteriológicosBaciloscopia direta do escarro  (^) É o método prioritário, porque permite descobrir a fonte mais importante de infecção, que é o doente bacilífero. Executado corretamente, permite detectar de 70-80% dos casos de tuberculose pulmonar em uma comunidade. Por ser um método simples e seguro, deve ser realizado por todos os laboratórios. A baciloscopia direta deverá ser indicada para todos os sintomáticos respiratórios (indivíduo com tosse e expectoração por três semanas e mais).  Recomenda-se 2 amostras, uma imediatamente no momento da consulta e outra ao despertar na manhã do dia seguinte.