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Guias e Dicas
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Tuberculose em Pneumologia/Pediatria, Notas de estudo de Pediatria

Informações sobre a tuberculose em Pneumologia/Pediatria, incluindo sua fisiopatogenia, transmissão, diagnóstico, tratamento e quimioprofilaxia. São abordados temas como a doença granulomatosa, a transmissão direta e por aerossol, a busca ativa, a capacidade de conter a multiplicação do bacilo, o tratamento com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, a vacinação BCG e as contraindicações da BCG. O documento também apresenta informações sobre a quimioprofilaxia com isoniazida e rifampicina.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 19/04/2023

raihana-2506
raihana-2506 🇧🇷

27 documentos

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PNEUMOLOGIA/PEDIATRIA (CASO 7/ 9P) Raihana Cardoso
1
Doença granulomatosa, infecciosa crônica causada por micobacterias de
replicação lenta, do complexo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo da Koch (BK)
Bacilo ácido álcool resistente aeróbio com crescimento lento e dormência por longo
tempo
É uma pneumonia crônica.
Transmissão direta e por aerossol - aerogena
Contato relevante: 200h de exposição a focos com BAAR positivo ou 400h a focos
com cultura positiva.
Notificação compulsória
A TB na maioria das crianças <12 anos é paucibacilar não sendo contagiosa e com
pequenas lesões pulmonares dificultando o diagnostico
OBS:
Sintomático respiratório: tosse por => 3 semanas
Quando latente as pessoas estão infectadas (teste positivo) mas não tem sintomas
e nem transmitem a doença.
Infecção é diferente de doença ativa
A transmissão tende a diminuir com o início do tratamento e com 15 dias
encontrasse quase nula
BUSCA ATIVA
São eles: sintomáticos respiratórios pessoas com tosse e expectoração por três semanas
ou mais; contactantes de casos de TB; suspeitos radiológicos; pessoas com doença ou
condição social que predisponham à doença indivíduos em situação de rua, imigrantes,
imunodeficientes etc
Se os granulomas estão bem formados, a infecção é contida.
A capacidade de conter a multiplicação do bacilo e impedir que a infecção progrida para
doença envolve a integridade do sistema imune celular. A célula responsável pela resposta
imune efetiva é o macrófago, entretanto, sua funcionalidade depende da interação com os
linfócitos T CD4+. As citocinas produzidas e liberadas pelos linfócitos T CD4+ (sobretudo IFN-
gama, IL-2 e TNF-alfa) promovem a ativação e a diferenciação dos macrófagos e a migração
de células específicas, como monócitos e linfócitos. Além disso, garantem a formação e a
manutenção da estrutura do granuloma, cujo microambiente é dinâmico, com constante
renovação das células ali presentes.
Bacilos macrófagos linfócitos T encimas (lise de bacilo) + fibroblastos (granuloma
dentro nódulo de Ghon)
Primaria: após o primeiro contato. Geralmente em crianças
Secundaria, pós primaria ou de reativação: anos depois da infecção. Reativação
da infecção previa. + adultos.
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  • Doença granulomatosa, infecciosa crônica causada por micobacterias de replicação lenta, do complexo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo da Koch (BK)
  • Bacilo ácido álcool resistente aeróbio com crescimento lento e dormência por longo tempo
  • É uma pneumonia crônica.
  • Transmissão direta e por aerossol - aerogena
  • Contato relevante: 200h de exposição a focos com BAAR positivo ou 400h a focos com cultura positiva.
  • Notificação compulsória
  • A TB na maioria das crianças <12 anos é paucibacilar não sendo contagiosa e com pequenas lesões pulmonares dificultando o diagnostico OBS:
  • Sintomático respiratório: tosse por => 3 semanas
  • Quando latente as pessoas estão infectadas (teste positivo) mas não tem sintomas e nem transmitem a doença.
  • Infecção é diferente de doença ativa
  • A transmissão tende a diminuir com o início do tratamento e com 15 dias encontrasse quase nula BUSCA ATIVA São eles: sintomáticos respiratórios — pessoas com tosse e expectoração por três semanas ou mais; contactantes de casos de TB; suspeitos radiológicos; pessoas com doença ou condição social que predisponham à doença — indivíduos em situação de rua, imigrantes, imunodeficientes etc Se os granulomas estão bem formados, a infecção é contida. A capacidade de conter a multiplicação do bacilo e impedir que a infecção progrida para doença envolve a integridade do sistema imune celular. A célula responsável pela resposta imune efetiva é o macrófago, entretanto, sua funcionalidade depende da interação com os linfócitos T CD4+. As citocinas produzidas e liberadas pelos linfócitos T CD4+ (sobretudo IFN- gama, IL-2 e TNF-alfa) promovem a ativação e a diferenciação dos macrófagos e a migração de células específicas, como monócitos e linfócitos. Além disso, garantem a formação e a manutenção da estrutura do granuloma, cujo microambiente é dinâmico, com constante renovação das células ali presentes. Bacilos – macrófagos – linfócitos T – encimas (lise de bacilo) + fibroblastos (granuloma – dentro nódulo de Ghon)
  • Primaria: após o primeiro contato. Geralmente em crianças
  • Secundaria, pós primaria ou de reativação: anos depois da infecção. Reativação da infecção previa. + adultos.
  • Cultura para micobacteria: útil nos casos com baciloscopia negativa o Cultura positiva para bacilo de Koch é padrão ouro o Indicação quando para testes de sensibilidade as drogas
  • Prova tuberculínica (PPD): TB ativa em crianças e infecção latente em adultos e crianças o Não confirma diagnostico de TB ativa, mas revela se o paciente já teve contato o Reação de mantoux, injeção intradérmica com leitura tardia de 48 a 72h (hipersensibilidade tardia) o >5mm positivo
  • Ensaios de liberação do interferon gama (IGRA): diagnostico de infecção latente o Avalia os níveis de interferona produzida por linfócitos T estimulados por antígenos da micobacteria - ADA: esta é enzima intracelular presente particularmente em linfócitos ativados. O teste é calorimétrico e é método acessório de grande importância, pois fortalece o diagnóstico de TB, e é coletado nos líquidos cavitários — pleural, peritoneal, pericárdico, liquor. No entanto, não realiza tal diagnóstico isoladamente, pois pode aumentar em outras situações, como neoplasias, empiemas e infecções bacterianas; - Hemograma: VHS aumentado - Um critério laboratorial positivo (cultura, teste rápido molecular ou baciloscopia) OU com exames de imagens que levem a suspeita - Encontrar agente etiológico Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK) na baciloscopia de escarro. - Historia + epidemio + clinica + radio + PPD

Criança: é difícil demonstrar o bacilo por isso o diagnóstico é mais por clínica, imagens,

epidemio e prova tuberculínica

  • Maior ou igual a 40 (diagnóstico muito provável): recomenda-se iniciar o tratamento da tuberculose;
  • De 30 a 35 pontos (diagnóstico possível): indicativo de tuberculose; orienta-se iniciar o tratamento a critério médico;
  • Menor do que 25 (diagnóstico pouco provável): deve-se prosseguir com a investigação na criança
  • Ambulatorial preferencialmente e TDO tratamento diretamente observado
  • Prolongado e bifásico o Fase de ataque: redução da população bacilar o Fase de manutenção: eliminação de persistentes
  • Rifampicina R, isoniazida H, pirazinamida Z e etambutol E o <10 anos RIP 2RHZ/4RH o >10 anos RIPE 2RHZE/4RH
  • Diariamente de preferência em jejum
  • Acompanhamento mensal com baciloscopia (obrigatória no2, 4 e 6 mês) e RX no 2 e 6 mês OBS: Não se faz Etambutol em crianças < de 10 anos por risco de neurite retrobilbar e menor risco de resistência a isoniazida em crianças.

Casos especiais

  • Extrapulmonares: 6 meses
  • Quando é diagnosticada doença ativa durante a gravidez, o esquema com RHZE pode ser administrado nas doses habituais, sendo recomendado o uso de piridoxina (50 mg/d) durante a gestação, por causa do risco de toxicidade neurológica — pela isoniazida — no recém-nascido (neuropatia periférica).
  • Todo paciente com diagnostico de TB deve ser testado para HIV
  • Sintomas atípicos por causa de imunossupressão
  • Maior risco de formas extrapulmonares Tratar TB antes de HIV não começar tratamento ao mesmo tempo (apesar de poder fazer tratamento ao mesmo tempo) Disseminação hematogênica do foco primário.

• Miliar: disseminação hematogênica pelo parênquima pulmonar com vários

micronódulos. Pode estar associada a tuberculose do SNC. Mais frequente em imunossuprimidos. o + frequentes na infância: gânglios periféricos, pleura, ossos e meninges o Padra nodular difuso bilateral

• Pleural: + comum das extrapulmonares. + crianças e adultos jovens. Quadro

subagudo. o Acometimento pleural unilateral. Líquido exsudato linfócito, BAAR pouco positivo, ADA >40 U/L. Diagnostico por biopsia da pleura e PCR. o Dor pleurítica aguda (ventilatório-dependente), escoliose antalgica, febre alta, insuficiência respiratória progressiva

• Ganglionar periférica: cadeias cervicais e geralmente unilaterais com

adenomegalias de evolução lenta >3 semanas. o Gânglio com consistência endurecida sem sinais flogisticos e pode fistulizar. Linfadenomegalia

• Óssea: +comum na coluna vertebral

o Dor, derformidades posturais, comprometimento da marcha e acometimento de articulações das mãos e jolehos.

• Meningoencefalite:

o Distúrbios de comportamentos, vômitos, cefaleia, crises eplepticas, abaulamento de fontanela, sinais meníngeos. o Liquor: aumento de celularidade devido a linfócitos, hiperproteinorraquia e hipoglicorraquia. Maior P intracraniana.