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Este trabalho aborda a importância do controle de manutenção como um componente estratégico para o cumprimento dos objetivos econômicos e de desenvolvimento das empresas. Ao longo do documento, são apresentados os diferentes tipos de manutenção (corretiva, preventiva e preditiva), suas etapas de implantação e os benefícios associados a cada um deles. Além disso, é destacada a função da gerência de manutenção na maximização da produção com menor custo e na otimização dos níveis de estoque de peças.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Brasil
PUBLICADO 3/12/
A manutenção é uma atividade básica de qualquer empresa, mas, muitas vezes, a ela não é dada a devida importância, principalmente nas pequenas e médias empresas, porque, geralmente, não fazem um levantamento adequado dos efeitos dos custos da manutenção no custo final do produto. Por isso, o controle da manutenção surge hoje em dia como um componente fundamental para o cumprimento dos objetivos econômicos e de desenvolvimento das empresas. Os desafios impostos pela nova realidade econômica como exigência de competitividade, baixo preço e elevados padrões de qualidade, impõem a adoção de adequadas formas de controle organizacional, principalmente, da organização da manutenção, visando a redução dos custos diretos e indiretos e propiciando melhor aproveitamento dos equipamentos disponíveis. O objetivo deste trabalho é mostrar os caminhos iniciais para implantação do controle da manutenção partindo da premissa que a empresa ainda não possui nenhum controle sistemático de tal atividade. Os três tipos mais comuns de manutenção: corretiva, preventiva e preditiva serão, seqüencialmente, descritos de forma a promover maior compreensão das etapas para a implantação do plano de controle de manutenção.
Com a globalização da economia, aumentaram os desafios das empresas, que precisam reduzir seus custos para sobreviverem em um mercado cada vez mais competitivo. Onde busca-se obter a qualidade em produtos, com preços reduzidos.
Sem sombra de dúvida, a manutenção tem muito a colaborar neste aspecto, porque a disponibilidade de uma máquina, o maior tempo possível, significa aumento inicialmente da lucratividade da empresa. Segundo este aspecto, costumam-se definir a função manutenção como um conjunto de ações que permitam manter ou restabelecer um bem dentro de um estado específico ou como uma medida para assegurar um determinado serviço.
Nas empresas modernas a função manutenção é suportada por uma gerência de manutenção, que é reconhecida como contribuinte para o lucro da empresa. Os objetivos principais de tal gerência, resumidamente, podem ser descritos como maximizar produção com menor custo, otimizar níveis de estoque de peças, manter registros de manutenção por equipamentos, identificar e recomendar redução de custos, conhecer a matriz de custos da manutenção bem como custos gerais da empresa, principalmente custos de parada de produção, entre outros [1].
De forma simplificada, pode-se entender a manutenção como sendo um conjunto de procedimentos que visa ao perfeito funcionamento de uma máquina, equipamento, ferramenta ou instalação o máximo tempo possível para prevenir prováveis falhas ou quebras. Portanto, a manutenção deve promover a alta disponibilidade dos equipamentos para atender, durante todo o tempo, ao processo de produção para se evitar estrangulamento das etapas e perdas por paradas não programadas.
Como as empresas procuram aperfeiçoar seus sistemas de produção pela incorporação de tecnologias avançadas e pela reconfiguração de seus sistemas de administração, a manutenção tem que estar lado a lado com tais mudanças, pois a sua ineficácia resultará em elevação de custos, prejuízos e baixa competitividade das empresas.
O objetivo deste trabalho é apresentar um estudo sobre o controle da manutenção, partindo de uma fundamentação teórica do processo, passando pelo levantamento da situação atual ou
diagnósticos e chegando na descrição das etapas principais para implantação do controle propriamente dito. Nesta ultima etapa são considerados, principalmente, a escolha do pessoal adequado, o desenvolvimento da manutenção corretiva e preventiva. Apesar da manutenção preditiva ser, normalmente, aplicada em processos mais evoluídos de controle da manutenção, mesmo assim ela é abordada neste trabalho para que leitor tenha conhecimento da sua fundamentação e importância.
Devido a natureza deste estudo, não são feitos cálculos de custos de manutenção, pois tal procedimento dependeria de um estudo mais especifico do processo e extrapolaria os objetivos propostos. Mesmo assim este estudo pode contribuir para se fazer uma reflexão sobre os vários pontos que podem interferir na baixa produtividade de muitas empresas, principalmente das pequenas e médias, conforme citado anteriormente.
A maioria das empresas visa, obviamente, o lucro sobre o capital investido. Os caminhos a serem percorridos são cheios de obstáculos e imprevistos que podem desencadear em processos de falência mesmo no início das atividades. De acordo com o SEBRAE [2], no Brasil, de cada 100 pequenas e médias empresas estabelecidas 95 não chegam a completar o quinto aniversário. São vários os fatores que contribuem para este fracasso. Entre eles podem-se destacar a grande taxa tributária, falta de competitividade, falta de planejamento na aplicação dos investimentos, mão-de-obra desqualificada, falta de incentivo governamental, descontrole da produção e da manutenção.
Neste contexto, a manutenção tem a função de promover a maior disponibilidade das máquinas e equipamentos para garantir perfeito funcionamento da produção que pode contribuir no retorno dos investimentos aplicados.
O tipo de controle da manutenção depende do tamanho e do tipo de atividade de cada empresa, mas não se pode negar que alguns processos dependem de maior controle da manutenção devido à complexidade dos mesmos. De qualquer forma, a manutenção é o elo de ligação entre os vários setores de produção, além de ser o setor onde todos os equipamentos danificados irão parar.
Portanto, a utilização contínua de qualquer equipamento depende, principalmente, da eficácia da manutenção. Mas a manutenção sozinha não pode responder pelo fracasso, caso ele aconteça, porque a operação deve ser uma aliada da manutenção. Um processo produtivo só funciona com êxito se houver ampla colaboração entre os setores envolvidos nesse processo.
Objetivos da Manutenção Os objetivos mais importantes da manutenção podem ser resumidos da seguinte maneira:
Em função da complexidade de alguns processos produtivos e para tirar maior proveito dos investimentos aplicados, deve-se tomar alguns cuidados para que a maioria dos objetivos seja alcançada. Entre eles se destacam:
Os diagnósticos podem ser considerados como sendo o conhecimento de uma falha ou avaria de um equipamento, máquina, ou sistema com base nos sintomas observados ou detectados. No caso da manutenção, esta tarefa demanda de uma seqüência de procedimentos que envolve o processo como um todo, que será descrito a seguir.
Considerando, supostamente, que a empresa não adota nenhuma técnica de controle da manutenção, os desafios são ainda maiores, porque os riscos de muitas coisas darem erradas não estão descartados, visto que para administrar a manutenção com eficácia há a necessidade de envolvimento de todas as pessoas.
O não envolvimento de todas as pessoas neste processo pode desencadear um gerenciamento ineficaz da manutenção com as seguintes características, baseando-se em [5], assumindo que isto acontece geralmente no Terceiro Mundo:
Ainda de acordo com o autor acima, tais características, podem trazer as principais conseqüências:
A execução do levantamento atual ou de diagnósticos, bem como as medidas para reverter a situação acima, pode ser executada de várias maneiras. Contudo, neste trabalho são abordadas somente duas alternativas que são descritas a seguir.
Uma consultoria externa possui equipes especializadas para cada etapa do processo. Mas antes de buscar o auxílio de uma consultoria é preciso que a direção da empresa esteja preparada para ouvir e refletir sobre a realidade da empresa, além de estar preparada para mudanças de posturas e atitudes. Por isso, é fundamental que haja confiança, respeito mútuo e principalmente bom relacionamento entre o consultor e a diretoria da empresa.
Neste caso, a consultoria tem um papel importante no desenvolvimento e organização da manutenção na empresa. O consultor tem, basicamente, a função de proporcionar melhorias no desempenho e na competitividade da empresa, por meio de observações importantes e consistentes, pesquisas, análises embasadas, aplicação de técnicas, integração de idéias e aplicação de criatividade no auxílio à tomada de decisões.
Todo processo de consultoria em uma empresa tem inicio, meio e fim, além de duração variável.
O início do processo dá-se com escolha da consultoria, os contatos iniciais, o levantamento de dados sobre a empresa-cliente, a elaboração da proposta de trabalho acompanhada de orçamento e a contratação formal, caso os interesses tenham sidos semelhantes e negociados entre as partes.
O meio ou núcleo essencial do projeto reside na realização do diagnóstico, no planejamento estratégico das mudanças e na implantação de ações previamente acordadas entre as partes.
O fim do processo de consultoria, bem como seu tempo de duração dependerão dos resultados concretos alcançados. Para se chegar a resultados satisfatórios, o consultor deve ser um catalisador de mudanças, que propõe idéias e as discute, argumenta e ensina a empresa a caminhar com suas próprias pernas, com independência e em busca do sucesso. Para isso, deve-se contar com um cliente interessado, curioso e participativo.
Então, nenhum empresário deve ter a ilusão de que, ao contratar uma consultoria, principalmente de manutenção, terá uma nova empresa sem fazer nenhum esforço. Pelo contrário, o trabalho com consultoria só terá resultados se ele ocorrer em conjunto, coeso e não trouxer nenhuma surpresa na apresentação do relatório final. Normalmente, surpresas só indicam que o empresário esteve afastado da realidade da empresa e não viveu nem aprendeu com os consultores. Portanto, é preciso compreender claramente que o consultor domina a técnica, mas é o empresário que domina a realidade e os problemas de sua organização [6].
Esta opção demanda de cuidados especiais porque podem existir resistências às mudanças em todos os níveis e setores, pois geralmente qualquer mudança gera transtorno e exige também mudança de comportamento. Por questão didática, neste trabalho a execução do diagnóstico bem como a implantação do controle serão descritos considerando que as atividades são executadas pelos funcionários internos.
De acordo com a referência [3], inicialmente, deve ser feito o levantamento de todos os equipamentos, bem como do estado de conservação de cada um e a disposição dos mesmos na planta. Este procedimento visa avaliar as avarias preliminares dos equipamentos e verificar se cada equipamento está bem distribuído no processo. Neste ponto deve-se fazer o registro do maquinário, para que, na etapa de controle propriamente dita possa registrar os trabalhos executados. O tipo de registro varia de uma empresa para outra, mas deve dividir-se a planta sistematicamente e as divisões definirão os objetivos de modo lógico. Tais objetivos devem ser reduzidos, inicialmente, para facilitar o controle futuro.
Este levantamento deve considerar a capacidade de produção dos equipamentos. Não deve-se esquecer de estudar a possibilidade de ser descartado algum equipamento, além de ser pensado em um substituto para o mesmo. O levantamento da produção facilita o diagnóstico de demanda do equipamento, verificando a necessidade de maquinas reservas.
A política de investimento também depende do tipo e tamanho da empresa, mas geralmente é difícil pensar em controle da manutenção sem a necessidade de investimentos. Um dos setores que precisa de investimentos é o setor de pessoal para sustentar a função da manutenção. A
Neste contexto, uma maneira de obter sucesso é saber selecionar os traços e características mais importantes associados a trabalhos específicos. Estes critérios são altamente subjetivos e variam de empresa para empresa e de trabalho para trabalho. Mesmo assim, estes critérios devem basear-se na observação objetiva das situações específicas.
Uma maneira segura de descobrir qual o nível de desempenho de um candidato é contratá-lo e observar o seu desempenho nos chamados contratos de experiência. Este método aleatório de seleção pode ser viável quando os critérios ainda não foram estabelecidos, como por exemplo no caso de um cargo novo.
O treinamento deve iniciar-se no momento em que o funcionário entra na empresa. O aprendizado ocorre mesmo que isto não traga benefícios imediatos para a empresa. Se um empregador se recusa a orientar as experiências de seus funcionários, mesmo assim eles continuam a aprender e ele estará simplesmente deixando que o controle das operações fica por conta do acaso ou de outros fatores.
Algumas empresas adotam um período de adaptação remunerado, freqüentemente este programa inclui uma visita a todas as instalações, a apresentação aos funcionários colocados em pontos–chave, uma série de palestras e conferências, filmes, perguntas, folhetos explicativos e até mesmo um dia livre para andar na empresa afim de conhece-la.
As diretrizes de orientação para o trabalhador isoladamente ou para equipes que acentuam o fator humano são:
Elaboração de cronograma e fluxograma das atividades O cronograma é um gráfico que permite comparar o tempo previsto com o tempo realmente utilizado no desenvolvimento de determinada atividade.
Nenhum plano está completo se não for previsto o tempo necessário para sua execução. Por isso é muito importante controlar o tempo, ou como dizem muitos especialistas, administrar o tempo. Isto se faz necessário, porque geralmente uma tarefa ou atividade leva mais tempo do que se pensa para executa-la. Estas e muitas outras afirmações justificam plenamente a utilização dos cronogramas [9].
No caso da manutenção, o cronograma das atividades deve obedecer a maior disponibilidade das máquinas, ou seja, a parada de uma máquina deve ser programada de forma a não comprometer o sistema produtivo, caso contrário os prejuízos serão enormes. O tempo necessário para o desenvolvimento de uma atividade pode ser definido com facilidade, mas há outras atividades cuja previsão de tempo é incerta, devido a sua complexidade, requerem estudos mais aprofundados.
Já o fluxograma é a representação gráfica de um processo ou sistema. Um sistema ou processo é basicamente constituído de três partes distintas: entrada, processamento e saída. A aplicação de fluxogramas na manutenção pode contribuir para orientar roteiros para execução de determinada tarefa de montagem ou desmontagem de máquinas ou equipamentos de determinada área.
O pessoal de manutenção, às vezes, não percebe que seu controle está fundamentado em sistemas, onde várias atividades se interagem e fluxogramas são aplicados (implicitamente) na seqüência correta da execução das operações.
Registro de dados técnicos
Nesta etapa, é preciso estabelecer as normas de controle para a tomada de decisões e basear-se em procedimentos padronizados que obedeçam a seqüências previamente esquematizadas que assegurem um perfeito funcionamento das máquinas e equipamentos.
O passo seguinte é a elaboração de uma ficha de controle para cada equipamento, para que os dados das máquinas possam ser localizados com rapidez. No arquivo, devem conter todas as anotações sobre a vida das maquinas. Deve conter ainda uma cópia do manual do operador, uma cópia do manual de manutenção, desenhos detalhados da máquina para facilitar os trabalhos de manutenção, diagramas dos circuitos eletrônicos, lista de peças sujeitas a desgaste rápido, plano de lubrificação e relação de serviços executados, entre outros.
Para evitar extravio de documentos, os mesmos devem ser elaborados em formatos padronizados e identificados com o número da máquina correspondente. A pasta deve ser fornecida contra recibo ou senha de responsabilidade do responsável pela manutenção [10]
Manutenção corretiva
Os procedimentos acima contribuem para viabilizar a manutenção corretiva, que é aquela de atendimento imediato para consertar equipamentos danificados ou que sofreram avarias. Normalmente, o número de avarias cresce à medida que não são tomadas medidas antecipadas para o perfeito funcionamento dos equipamentos.
Este tipo de manutenção é considerado como um dos que mais onera a produção, porque, normalmente, tal manutenção implica na parada do equipamento e interrupção da produção. Por isso, a equipe de manutenção deve trabalhar com eficácia para evitar que os equipamentos sempre parem precisando de manutenção corretiva.
É uma política de manutenção que corresponde a uma atitude de reação aos eventos mais ou menos aleatórios e que se aplica após a avaria.
Apesar disso, é possível aplicar uma série de métodos que permitem diminuir as suas conseqüências, a saber:
Ao aplicar a manutenção corretiva somente, os custos aumentam de uma forma brutal a medida que os equipamentos ou aparelhos vão envelhecendo ou vão se desgastando. A figura 1 mostra como o custo de manutenção aumenta com a manutenção corretiva.
equipamento, agora com detalhes, ou seja, relacionando os custos de manutenção (mão-de- obra e materiais), para diversos tipos de equipamentos, tempo de disponibilidade dos equipamentos, causa das falhas, entre outros.
A etapa seguinte será a elaboração de manuais de procedimentos para execução da manutenção preventiva, identificando a freqüência de inspeções com máquinas operando, com máquinas paradas e as intervenções. Em seguida, deverão ser enumerados os recursos humanos e materiais que serão necessários à manutenção preventiva.
A apresentação do plano para aprovação da gerência e da diretoria consolidam as medidas adotadas, pois haverá maior controle das atividades e comprometimento geral das equipes responsáveis pela operação e manutenção. Aliás, na concepção em que todos são responsáveis pela manutenção, deve ser dada muita importância à operação.
Um dos primeiros cuidados é conscientizar o operador da necessidade dele cuidar de tudo, ou seja, ser também o mantenedor das máquinas e equipamentos sob sua responsabilidade. Para tanto, ele deve conhecer o funcionamento correto da máquina.
O treinamento da equipe de manutenção deve ser contínuo, pois tal procedimento é indispensável para garantir maior disponibilidade dos equipamentos existentes.
Para um efetivo controle da manutenção preventiva é necessário manter o controle de todas as máquinas com auxílio de fichas individuais, onde de faz o registro da inspeção mecânica ou elétrica das mesmas e com base nestas informações, faz-se a programação de sua manutenção. Quanto à forma de controle, há pelo menos quatro sistemas: o primeiro é o manual, que é o sistema no qual a manutenção é controlada por fichas ou formulários preenchidos manualmente e guardados em pastas de arquivo. O segundo é semi-automático, ou seja, com auxílio do computador e a intervenção corretiva obedece ao controle manual. O terceiro é o automatizado, isto é, o sistema em que todos as intervenções da manutenção têm seus dados armazenados no computador, para que se tenha listagem, gráficos e tabelas para tomadas de decisões.
Finalmente, o quarto sistema é o controle por computador, em que todos os dados sobre as intervenções da manutenção ficam armazenadas no microcomputador. Esses são de rápido acesso através de monitor de vídeo ou impressora.
A opção por um ou outro tipo de sistema de controle depende do tamanho ou tipo de atividade de cada empresa, visto que a adoção de um sistema que não seja compatível com sua realidade, pode acarretar em erros e prejuízos para a empresa.
A política da manutenção preventiva exige uma estruturação da manutenção, e muito mais do que isso, exige a participação de todos os setores da empresa, que exerçam influência decisiva sobre o seu bom desempenho. Isto não quer dizer que ela seja cara, pelo contrário deve promover o lucro da empresa. Isto quer dizer que ela é abrangente, necessitando do concurso de todos os setores da empresa, conforme citado.
A manutenção preventiva não só exige recursos materiais e humanos, necessita de uma estrutura para o estudo da seletividade dos equipamentos e serviços a serem executados, para o estabelecimento do plano de parada e definição do índice de disponibilidade dos equipamentos para a operação, visando conciliar os interesses da manutenção e da operação, até um ponto de "Ótimo Econômico", que se caracteriza por um rendimento manutenção preventiva favorável e para a política de reforma e renovação de equipamentos [11]
Seguindo a referência acima, o controle visa elaborar informações para a tomada de decisão, quanto ao desempenho dos equipamentos e dos grupos de manutenção, de modo a atender as necessidades da empresa. Com um bom controle pode-se adotar uma política de manutenção flexível às necessidades circunstanciais da empresa, não perdendo de vista a produtividade e a
lucratividade. A tomada de decisão, baseada nas informações do controle, deve ser de competência de todos os níveis de decisão da manutenção.
A vantagem deste procedimento, desde que o sistema de controle seja assim projetado, consiste no fato de que cada nível toma as decisões quanto aos problemas inerentes à equipe diretamente sob sua subordinação de maneira adequada às suas particularidades, coerentemente com as políticas gerais adotadas pelos escalões superiores, baseados nas mesmas informações, porém condensadas.
Deste modo, a parcela de problemas que merece a atenção dos níveis superiores de decisão fica bastante reduzida, aumentando-se assim a eficácia das decisões.
Para se estabelecer um plano de operações para cada requisição de serviço é necessário determinar o que deve ser feito, como, quais são as especialidades dos grupos envolvidos, quais os materiais necessários.
Como o objetivo final é favorecer ao máximo a execução do serviço, de modo a ser executado o mais rápido possível e com a melhor qualidade, considera-se também a atribuição do planejamento de controle a determinação das ferramentas, equipamentos, obtenção de desenhos e projetos.
Para que a empresa atinja a excelência é necessária a melhoria em todas as áreas e isso só será obtido pelo engajamento e colaboração de toda a equipe. Hoje não há espaço para comportamentos estanques e herméticos ultrapassados onde cada área era um mundo particular. A parceria produção (operação) e manutenção é fundamental nesse caminho e pode se dar através da formação de times em áreas específicas que podem ser utilizados para análise conjunta de: falhas, problemas crônicos, desempenho de equipamentos, planejamento de serviços e até na programação diária.
Essa prática promove, em conseqüência:
Manutenção Preditiva
Baseando-se na referência [7], pode-se notar que este tipo de manutenção que é aplicado, geralmente em grandes empresas e em uma fase mais evoluída do controle do processo, é uma expressão norte-americana definindo um tipo de manutenção condicional que permita reajustar as previsões das operações de manutenção a efetuar, estimando-se a tendência evolutiva do funcionamento não adequado detectado equipamento máquina e o tempo durante o qual é possível continuar a utiliza-lo antes da avaria
Estas estimativas se fazem a partir de análises periódicas do estado de cada equipamento, obtidas pelos métodos da manutenção preditiva e utilização dos modelos de desgaste.
Escolher a execução da manutenção preditiva significa que se intervirá sobre uma máquina de forma condicional, isto , unicamente se certos parâmetros evoluírem de forma significativa, e que possui três fases que serão descritas a seguir.
Após a descrição das etapas básicas para o desenvolvimento e implantação do controle de manutenção, faz-se necessária a representação gráfica do processo. O que permiti uma melhor visualização esquemática dos pontos principais de cada etapa, e da sua compreensão.
Logicamente este esquema não é completo, devido a complexidade do assunto, mas retrata a idéia básica dos caminhos a serem percorridos, viabilizando a implantação do controle da manutenção. O fluxograma da Figura 3, representa de forma simplificada as etapas do processo de implantação do controle de manutenção.
Figure 3 – Fluxograma representativo das etapas do processo de implantação do controle de manutenção, onde: MC(manutenção corretiva), MPV(manutenção preventiva) e MP(manutenção preditiva).
REFERÊNCIAS [1] Mirshawka,V. & Olmedo, N. L., “Manutenção: Combate aos custos da nâo-eficácia, A vez do Brasil”, São Paulo, Makron Books do Brasil Editora Ltda, 373 pp, 1993. [2] SEBRAE. “Formação Empreendedora na Educação Profissional, Treinamento Baseado em Computador, Manual do Multiplicador”, CD, Brasília, pp. 27, 2001. [3] Sward, K. “Machine Tool Maintenance”.Tradução: Mantenimiento de las Máquinas Herramientas. Por Luis M. J. de Cisneros, Barcelona, Editorial Blume, 240 pp. 1972. [4] Curso Profissionalizante de Mecânica, “Manutenção”, São Paulo, Editora Globo S.A, 288 pp, 1997. [5] Xavier, J. N. “Manutenção Classe Mundial”, Argentina: Revista Mantener no 5, club_mantener@sinectis.com.ar, pp. 15- 16, acesso 01/07/01, 2001. [6] SEBRAE. “A importância da consultoria”, Brasília, Publicações do SEBRAE para o empreendedor brasileiro, Conexão Empresarial, Boletim número 25, pp. 10, 2001. [7] Mirshawka, V. , “Manutenção Preditiva: Caminho para zero defeitos”, São Paulo, Makron Books do Brasil Editora Ltda. 318 pp., 1991. [8] Riggs, J. L. “Administração da Produção: Planejamento, análise e controle”, São Paulo: Editora Atlas S.A, pp. 46, 1976. [9] Guimarães, S. “Administração e controle – Princípios de organização e administração empresarial”. São Paulo, pp. 124- 132, 1991. [10] Drapinski , J. “Manutenção mecânica básica: Manual prático de oficina”, São Paulo, Editora McGraw-Hill, pp. 149-164,
[11] Membro Intermega. “Manutenção Preventiva”, http://membro.intermega.globo.com/luganes/ , Acesso em 10/03/2001.
João Cirilo da Silva Neto: Doutorando e Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia-MG, na área de Materiais e Processos de Fabricação, Engenheiro Mecânico pelo CEFET-MG, Engenheiro de Manutenção e Produção de Álcool na Destilaria Agropéu S.A., Prof. de Mecânica do CEFET-MG (vínculo atual). Principais Publicações nos seguintes Congressos: 9O CONGRESSO CHILENO DE ENGENHARIA MECÂNICA (CHILE), CONEM 2000 e 2002, USINAGEM 2000, SAE BRASIL 2000 e 2001, COBEF 2001, COBEM 2001 e INTERTECH 2002, SULMAT 2002 (BRASIL).
Antônio Marcos Gonçalves de Lima: Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia-MG, na área de Vibrações de Sistemas Mecânicos. Principais Publicações nos seguintes Congressos: 9º CONGRESSO CHILENO DE ENGENHARIA MECÂNICA (CHILE), CONEM 2000 e 2002, USINAGEM 2000, SAE BRASIL 2000 e 2001, COBEF 2001, COBEM 2001 e INTERTECH 2002 (BRASIL).