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O trabalho é um introdutório sobre pisos e fachadas
Tipologia: Trabalhos
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 20/06/2012
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O presente trabalho visa a descrever e orientar um estudo sobre pisos, quais os diferentes tipos, o que é necessário para adequar suas necessidades e seu gosto, visa ser um objeto de estudo e pesquisa básico para aqueles que pretendem se informar mais sobre este assunto, descobrir as variações e talvez escolher um tipo de piso para sua casa ou lugar que queira fazer revestimento. Ao término da leitura deste trabalho o leitor será capaz de identificar os diferentes tipos de piso, suas características e poderá optar pela instalação que desejar tendo consciência dos fatores que possam beneficiar ou prejudicar sua opção e com certeza saberá optar pela melhor escolha de revestimento.
O contrapiso consiste de camada(s) de argamassa ou enchimento aplicada(s) sobre laje, terreno ou sobre uma camada intermediária de isolamento ou de impermeabilização. Para sua definição faz-se necessário determinar os parâmetros envolvidos diretamente no seu desempenho, destacando-se entre eles as suas funções e finalidades, as características e propriedades; a base em que será aplicado; tipo de revestimento de piso que irá receber; as solicitações previstas; as técnicas de execução; e os materiais disponíveis para produção da argamassa.
O contrapiso interno, que é executado sobre laje ou base de concreto armado é chamado contrapiso de regularização.
Antes de iniciar a construção do contrapiso é necessário, se a base for de aterro fazer o nivelamento desta. Pode ser feita uma camada de argamassa para nivelamento e outra para regularização, ou só uma camada para nivelamento podendo ainda ser aplicada a essa camada de argamassa um impermeabilizante devendo ser desempenada sem alisar quando secar pode-se aplicar uma pintura impermeabilizante.
Outra solução é construir uma laje de concreto sobre o solo, conhecida como radier. Além de apoiar a construção, o radier já funciona como contrapiso. Mas o radier só pode ser usado se o terreno todo tiver o mesmo tipo de solo. Se uma parte for firme e a outra fraca, o radier não pode ser utilizado.
Em termos gerais o contrapiso é a base para aplicação dos revestimentos possuindo diversas funções dentro do sistema construtivo.
1.1 Funções do contrapiso
TABELA 1: Concreto para contrapiso
1.3 TIPOS DE CONTRAPISO
1.3.1 Contrapiso aderido
Total aderência com a base; podendo ser de pequenas espessuras, pois este trabalha em conjunto com a laje.
1.3.2 Contrapiso não aderido
Neste tipo a característica de aderência com a base não é essencial no desempenho do contrapiso, não sendo necessário o preparo e a limpeza da base. Quando não há a aderência a espessura da camada de contrapiso deve ser superior a 35mm.
1.3.3 Contrapiso flutuante
Caracteriza-se pela presença de camadas intermediárias de isolamento ou impermeáveis, entre a camada de contrapiso e a base, impedindo totalmente a aderência. A espessura da camada de argamassa de contrapiso varia de 40mm a 70mm.
1.4 Argamassa plástica
É mais utilizada para o assentamento de alguns tipos de revestimentos tais como os cerâmicos e as pedras.
1.5 Argamassa seca
Também conhecida como “farofa”, utiliza pouca água na mistura sendo seu uso mais difundido, pois a compactação pode ser feita manualmente e as condições de cura são mais favoráveis devido a baixa umidade.
1.6 Passo a passo da execução de um contrapiso
Antes de iniciar o processo de execução do contrapiso é necessário que tenhamos alguns cuidados: se a base for feita sobre aterramento devemos nivelar o terreno antes de iniciar o processo de execução, sendo em laje ou camada intermediária do contrapiso é necessário fazer a limpeza da base deixando-a completamente limpa, removendo poeira, e outros tipos de detritos. Sendo necessário em ambos os casos colocar toda a tubulação hidro sanitária. A massa do contrapiso deve ser bem seca, parecido como uma farofa, esta é mais comumente usada, podendo ainda ser utilizada a massa pastosa.
1.7 Contrapiso de Regularização
Segundo Freitas (2003, p.2) Contrapiso de regularização é um tipo de contrapiso interno executado sobre laje ou bases de concreto armado. Abaixo será descrito a execução passo-a-passo da execução de contrapiso de regularização.
1.7.1 Aplicação de argamassa seca “farofa”
O primeiro passo é limpar a base e retirar todos os restos de argamassa, entulho ou qualquer material aderido, após é necessário fazer a transferência de nível com o auxílio de um nível de mangueira (ou nível laser) a partir do nível de referência, ou seja, é necessário o nivelamento da base, a terceira etapa compreende a marcação da altura do contrapiso podendo-se utilizar uma trena. É preciso limpar a superfície e jogar uma mistura de água e adesivo na área onde as taliscas serão executadas. Após executar o polvilhamento de cimento sobre esta mistura e com a ajuda de um vassourão, escovar a massa. Essa mistura serve de ponte de aderência. Agora é hora de colocar a argamassa sobre a superfície; com ajuda de taliscas (pedaços de cerâmica ou madeira) colocar a argamassa , nivelar e colocar as taliscas com auxílio de trena e prevendo os caimentos no sentido dos ralos conferindo a altura do contrapiso.
Todos os tipos de pisos, sem exceção, devem ser aplicados em locais que otimizem suas características positivas e minimizem desvantagens. Deve-se saber em primeiro lugar o orçamento destinado aos revestimentos de piso, as atividades que serão desenvolvidas no local e as exigências quanto ao rigor estético e limpeza/ manutenção que o local exigirá. É necessário também o estudo das características técnicas como resistências à abrasão, ao manchamento e a ataques químicos, resistência mecânica, e níveis de absorção de água. A má escolha destes materiais pode levar a futuros problemas de manutenção e perca da beleza do piso. Nos casos em que forem empregados nos pisos revestimentos produzidos mecanicamente como laminados, cerâmicos e vinílicos, além das características técnicas citadas anteriormente também devem ser analisados o tipo de fabricação, a conformação com as normas existentes, e o histórico e confiabilidade do fabricante. Já a escolha por pisos de pedras naturais e madeira natural também engloba a origem e tipo do material, a análise da superfície e cor, e a resistência mecânica. E após se escolhido o material de acabamento adequado, o sucesso do sistema de piso ainda depende de uma boa preparação do contrapiso e correta aplicação do material, com argamassas e rejuntes específicos para cada produto. Veja na tabela 2 a seguir algumas recomendações de uso:
Recomendações tipos de piso
Piso Modelo Uso residencial Uso comercial/ escritório (Alto tráfego)
Uso industrial/ hospitalar (Alto tráfego)
cerâmica Lisa Áreas internas: secas e molháveis
Uso livre, conforme padrão estético.
Uso em halise e consultórios (evitar áreas que exijam grande limpeza devido ao grande número de juntas)
Rugosa Áreas externas Áreas externas e internas (conforme padrão estético, mas dificulta manutenção)
Áreas externas e halls de entrada e consultórios (conforme padrão estético)
Rochas Polida Áreas internas: áreas secas e molháveis (verificar índice de absorção de água)
Uso livre, conforme padrão estético (verificar índice de absorção de água e resistência mecânica)
Uso livre, verificar segurança contra quedas, ataque de produtos químicos e resistência mecânica (mais utilizada em halls e consultórios) Rugosa Áreas externas: verificar cores e índice de absorção de água
Áreas externas. Não recomendado para áreas internas: difícil manutenção
Áreas externas
viníllicos Placas Áreas internas secas e longe do sol (evitar móveis pontiagudos)
Áreas internas secas – alto tráfego
Áreas internas secas
Mantas Áreas internas secas e longe do sol (evitar móveis pontiagudos)
Áreas internas secas – alto tráfego
Áreas internas secas
Madeira natural
Áreas internas secas e externas (decks tratados)
Áreas internas secas – prever proteção superficial reforça de alto tráfego
Não recomendado: (acumula pó, não aceita umidade, resistência a máquinas pesadas, etc.)
Os pisos de madeira podem ser maciços (madeira natural) ou feitos a partir de painéis de madeira prensados com acabamento com folha de madeira natural (carpete de madeira) ou resina melamínica (laminados). Os maciços dividem-se em assoalhos, tacos e parquetes, onde na hora da escolha destes deve-se levar em conta fatores estéticos e funcionais, por exemplo, resistência e durabilidade. Os pisos de madeira maciça são resistentes à abrasão e ao desgaste causado pelo trafego, tendo outra vantagem por poderem ser recuperados com o lixamento e aplicação de novo acabamento. O piso laminado é normatizado pela NBR 14.833/2002 e NBR 14.833/2002. Estas normas definem o tipo de produto adequado ao uso conforme a resistência a impactos, abrasão ou manchas e ainda indicam materiais de limpeza que podem ser utilizados dentre outros aspectos. Cada um varia bastante, apesar da semelhança entre eles após a instalação. A seguir tabela 3 com as especificações, como instalar, características e preço médio de cada tipo principal de piso.
TIPO O QUE É INSTALAÇÃO CARACTERÍSTICAS PREÇO MÉDIO Assoalho Réguas de madeira maciça com comprimento, espessura e larguras variáveis.
Diretamente sobre contrapiso por barroteamento (pequenas peças de madeira embutidas no contrapiso onde as peças são fixadas). Lateralmente, as peças são encaixadas.
Durabilidade e acabamento. A colocação pode ser feita também em diagonal. É necessário, no entanto, observar se a espessura das réguas não vai colocar piso e portas em desnível.
A partir de R$ 70/m².
Carpetes de madeira
Lâminas de madeira com base de compensado com cerca de 7mm de espessura e dimensões variáveis.
Tipo flutuante (as lâminas são assentadas sobre manta plástica e fixadas lateralmente por colagem).
Podem ser instalados sobre pisos já existentes. Podem riscar com facilidade, não sendo indicados para áreas de circulação intensa.
A partir de R$ 35/m².
Laminado s
Réguas de material composto, com cerca de 8mm de espessura, prensados e resinados, reproduzindo, na superfície, padrões de madeira.
Réguas fixadas entre si por colagem e apoiadas no piso.
Possui encaixe lateral entre as peças e pode também ser instalado sobre pisos já existentes. A aparência, por vezes, é artificial.
A partir de R$ 60/m².
Tacos e parquetes
Tacos: pequenas placas de madeira maciça com tamanhos variáveis. Parquetes: placas compostas por pequenos tacos
Colagem sobre o contrapiso.
Atualmente, colas especiais tornaram a fixação mais resistente, diminuindo o risco das peças descolarem.
Tacos: a partir de R$ 60/m²; Parquetes: a partir de R$ 55/m².
rejuntados, formando mosaicos. Fonte: Revista da Folha -
2.3 Pisos Cimentados
São pisos executados com argamassa de cimento e areia. Dependendo do local, poderão ter acabamento áspero ou liso, e se optar pode-se adicionar pigmentos para coloração do piso. É um acabamento barato utilizado, particularmente, em cozinhas, copas e banheiros e, normalmente, encontrado em pátios, varandas e garagens. Constitui-se de um revestimento feito de argamassa de cimento e areia (traço 1:3 em volume) que pode ter a cor cinza natural do cimento ou outra tonalidade dado por corantes como óxido de ferro (avermelhado), negro-de- fumo (preto), ocre (amarelado) ou por pintura da superfície já endurecida. Aplica-se o cimentado sobre uma base de concreto (contrapiso). A superfície do revestimento é alisada com uma desempenadeira metálica. Não se recomenda espalhar cimento puro na superfície à proporção que se for alisando, pois pode ocorrer gretamento (fissuras) no piso quando endurecido. Tal procedimento é feito com o pigmento, quando se pretende um cimentado colorido.
2.3.1 Características:
Devem obter uma superfície perfeitamente homogênea; Devem ter espessura de cerca de 20 mm; Devem ser executados sobre lastro de concreto, e este sobre base regularizada e compactada;
2.3.2 Pisos em concreto simples
São pisos executados com este material, sem armação. Estes são adotados em locais onde não sofra muita influência de cargas. Pode-se ter acabamento liso ou áspero.
retração, empenamento e dilatação térmica. Entre essas placas podem ser utilizadas barras de aço a fim de transferir esforços entre uma placa e outra. Segundo Oliveira (2000), a presença das barras de transferência é mais constante nos pisos de concreto simples usados no Brasil, sendo esse um fator importante na definição das dimensões das placas de concreto. Quando as barras de aço não são utilizadas consegue-se executar placas de concreto de até 20 centímetros de espessura, 6 metros de comprimento e 4 metros de largura. Já quando utilizam-se as mesmas pode-se chegar a placas de até 45 centímetros de espessura e 7 metros de comprimento e largura. A Figura 1 mostra um perfil típico de um piso de concreto simples.
Figura 1 - Perfil típico do piso de concreto simples (Fonte: Oliveira, 2000).
2.4.2 Piso de concreto simples com armadura distribuída
É o tipo de piso mais utilizado no Brasil, sendo constituído de uma placa de concreto dotada de uma armadura que tem a finalidade de controlar a fissuração.
Perfil típico de piso de concreto simples com armadura de retração distribuída (Fonte: Oliveira,2000).
Segundo Maso (2008), a tela soldada é constituída de barras de aço transversais e longitudinais que são sobrepostas e tem todos os pontos de encontro soldados por caldeamento. De diâmetro pequeno, possuem pequena rigidez e não evitam a fissuração da placa de concreto ocasionada pela retração hidráulica, apenas permitem que essas aberturas sejam muito pequenas, não comprometendo o desempenho do sistema. Quanto maior for o diâmetro da barra de aço maior será a eficiência na redução das fissuras. Além disso, essa armadura contribui na redução do empenamento das placas de concreto.
2.4.3 Piso de concreto estruturalmente armado
Esse tipo de piso associa a ótima resistência à compressão do concreto à ótima resistência à tração das barras de aço. Como resultado obtemos placas de concreto de menor espessura e de dimensões maiores em relação aos pisos de concreto simples e aos pisos com armadura de retração. Veja figura 3 abaixo:
Figura 3 - Perfil típico de um pavimento em concreto estruturalmente armado (Fonte: Oliveira, 2000).
Esse perfil mostra a utilização de duas armaduras, a superior tem a função de controlar as fissuras oriundas da retração hidráulica enquanto a inferior se responsabiliza em dar resistência à tração para a placa. Como é comum em nossas construções, devido à condições logísticas, a concretagem do piso se dá em várias etapas subdividindo-o em placas. Com isso, faz-se necessário a utilização de juntas de transferência que vai dar ao piso um comportamento estruturalmente semelhando ao de uma placa de grande dimensão.
2.4.4 Piso reforçado com fibra de aço
As fibras de aço para concreto começaram a ser utilizadas no Brasil a partir da década de 1990. O Brasil é detentor de diversos recordes de construção de pisos industriais e prêmios internacionais de qualidade.
Figura 4 - Relação básica entre os parâmetros que condicionam a mistura
O diferencial desse pavimento em relação ao piso simples com armadura distribuída é o fato de o componente responsável pelo controle da fissuração da placa de concreto ser a fibra de aço. Devido a sua ductilidade esse material se deforma, absorvendo os esforços oriundos da retração hidráulica do concreto, o que diminui a ocorrência de fissuras. As fibras são materiais trefilados de alta resistência, que devem ser misturados ao concreto pouco antes da execução do piso. Segundo Chodounsky (2007) quanto maior for a quantidade de fibra no concreto maior será a possibilidade de a fibra interceptar uma fissura, sendo usual uma concentração na ordem de 0,25% do volume de concreto utilizado.