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Trabalho de sumô, Traduções de Educação Física

TRABALHO DE SUMÔ

Tipologia: Traduções

2010

Compartilhado em 28/08/2010

corrinha-vasconcelos-5
corrinha-vasconcelos-5 🇧🇷

4.6

(17)

13 documentos

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1.0 INTRODUÇÃO
As artes marciais são atividades corporais de ataque e defesa, podendo
também ser caracterizadas como lutas. A principal diferença entre as duas é
que para os praticantes de artes marciais, principalmente as de origem oriental,
consideram que os conteúdos da cultura de origem da atividade teriam uma
orientação proveniente de uma "filosofia" (de vida) que determinaria a sua
diferença com as lutas, por exemplo: o boxe.
Tendo surgido nas formas primitivas de defesa, e evoluído
historicamente com a sociedade humana, as várias lutas representam uma das
manifestações do movimento humano mais expressivas, trabalhando o corpo e
a mente de forma indissociáveis, sempre ligadas a uma filosofia de vida,
privilegiando o respeito ao outro e o auto-aperfeiçoamento, tendo a autodefesa
como meta.
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1.0 INTRODUÇÃO

As artes marciais são atividades corporais de ataque e defesa, podendo também ser caracterizadas como lutas. A principal diferença entre as duas é que para os praticantes de artes marciais, principalmente as de origem oriental, consideram que os conteúdos da cultura de origem da atividade teriam uma orientação proveniente de uma "filosofia" (de vida) que determinaria a sua diferença com as lutas, por exemplo: o boxe.

Tendo surgido nas formas primitivas de defesa, e evoluído historicamente com a sociedade humana, as várias lutas representam uma das manifestações do movimento humano mais expressivas, trabalhando o corpo e a mente de forma indissociáveis, sempre ligadas a uma filosofia de vida, privilegiando o respeito ao outro e o auto-aperfeiçoamento, tendo a autodefesa como meta.

2.0 ORIGEM E HISTÓRIA DA LUTA

Cada luta possui uma época e um local onde se originou, bem como uma evolução histórica própria. No entanto, o desenvolvimento de algumas modalidades cruza no tempo e espaço com outras (“Judô” e “Jiu-Jitsu”, por exemplo). A origem de algumas lutas ou artes marciais é difícil de ser precisada. Artes mais antigas como o “Kung Fu” e “Taekwondo”, datam sua origem em milênios de anos, surgindo disso o rótulo de “artes milenares”.

Também se sabe pelos relatos de algumas artes marciais, que o seu surgimento está associado ao contexto social do país, na época. Portanto, conhecer a origem e a evolução histórica de uma arte marcial proporciona também conhecer o seu povo. A partir disso é possível fazer uma reflexão sobre as diferenças culturais e as relações entre os povos na antiguidade, possibilitando também, entender a atual conjuntura dos mesmos nos sentidos do desenvolvimento econômico, social e cultural.

2.1 CULTURA E PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS Junto com treinamentos técnicos, os praticantes acabam por conhecer alguns detalhes da cultura do povo de origem da arte marcial ou da luta, como a língua, o modo de pensar, as saudações, vestimentas, armas e conflitos históricos, história do país, bem como outros detalhes do contexto.

Nas artes marciais orientais são comuns preceitos filosóficos dando sentido aos movimentos técnicos e a conduta dos lutadores. No “Taekwondo”, são utilizados alguns conceitos norteadores para a arte marcial: cortesia, integridade, perseverança e autocontrole e espírito indomável. Além disso, existe um código de honra que, antigamente, era aplicado aos guerreiros que treinavam a arte: Fidelidade ao rei; Lealdade aos amigos; Respeito aos pais;

Nunca recuar ante o inimigo; Só matar quando não houver alternativa. Já no “Aikido”, o princípio é o de lutar sem lutar. No Judô, usar a força do oponente contra ele mesmo. Isto nos mostra a importância destas no contexto educacional pois possibilita desenvolver valores fundamentais na formação do cidadão.

2.2 LUTAS “ATIVIDADES CORPORAIS DE ATAQUE E DEFESA” No Brasil, não somos iniciados em uma arte marcial específica, como ocorre na China, ou na Coréia do Sul, por exemplo, onde, respectivamente, o Kung Fu e o Taekwondo fazem parte do currículo escolar. Trata-se de uma questão cultural do nosso país. A Capoeira, tão popular e presente na nossa história, poderia ser elevada à condição de “arte marcial nacional”, como é o Kung Fu na China.

Atualmente, as artes marciais são praticadas visando diferentes finalidades como desporto, lazer, participação de um grupo social, defesa pessoal, disciplina da mente, condicionamento físico. Algumas pessoas também utilizam as artes marciais como uma forma de libertação de emoção ou sentimento do estresse diário. As pessoas, geralmente desejam e procuram estímulos que provocam ‘estados de agitação’, excitações e estímulos emocionais, na maioria das vezes, como um meio de fuga da mediocridade, do trabalho enfadonho, do tédio da vida rotineira, ou para a liberação de inibições forçadas e frustrações acumuladas. Para os atletas, o esporte serviria como um canal para expressar principalmente as tendências agressivas, como um meio

A luta em si é simples: trava-se dentro de um círculo de 4,56 m de diâmetro sobre chão de terra batida, muito dura, e perde a luta quem sair do círculo ou tocar o chão com qualquer parte do corpo que não seja a sola do pé. Uma luta pode levar de alguns segundos a até 3 minutos no máximo. Em média 30 segundos.

Entretanto, o que parece ser tão simples e rápido, tem uma tradição que já dura séculos, segredos profundos, preparativos demorados e extenuantes, organização fantástica e envolve cifras astronômicas.

O mundo do sumô é especial e único. Os lutadores (conhecidos como rikishis) se agrupam em academias onde comem, dormem e principalmente, treinam. Entram na academia aqueles que forem aprovados no rigoroso e concorrido exame e tenham entre 12 e 15 anos de idade. Ao partirem para essas academias, os aspirantes despedem-se dos familiares e amigos como se partissem para uma grande aventura. Acordam às 5 horas da manhã e treinam rigorosamente até 10 horas. É hora da primeira refeição do dia: o prato também é especial e único: o “chanco-nabe”, um ensopado com carnes, legumes e vários ingredientes japoneses. Após essa refeição, um rápido descanso, e mais treinos rigorosos. À noite, mais “chanco-nabe”, e depois a noite é livre. Todos tomam banho no mesmo “ofurô”, banho de imersão. Os novatos dormem no chão de tatami e só os mais graduados possuem aposentos individuais. Como todos são gigantes (média de 150 kg na divisão superior), as instalações precisam ser reforçadas. Cabe aos novatos as faxinas, auxiliares os veteranos, etc.

A temporada oficial anual é composta por seis campeonatos que duram 15 dias. Ao todo são aproximadamente 850 lutadores, divididos em seis categorias. As quatro categorias inferiores não conferem salários aos lutadores, que somente recebem treinamento, alimentação e alojamento. A 2ª divisão profissional é composta por 26 lutadores, e a categoria máxima tem 42 lutadores. Estes recebem salários, têm seus fãs clubes e ostentam cabeleira especial, o símbolo do lutador de sumô, o “oicho”.

Na cultura japonesa, os yokozuna (campeão dos campeões), que nunca são rebaixados, são considerados semideuses, e gozam de todas as regalias. Eles chegam a ter mais prestígio junto ao Imperador do que o próprio primeiro ministro, não precisando nem marcar audiência para serem recebidos pelo Imperador. Teoricamente podem ser muitos os yokozunas, já que não são rebaixados, mas não passam de 2 ou 3, havendo épocas sem nenhum yokozuna, quando não surge nenhum lutador à altura. O yokozuna que começa a perder campeonatos acaba se aposentando.

3.2 CURIOSIDADES DO SUMÔ

Cabeça Feita Conhecido como mage, o penteado do lutador indica o estágio em que ele se encontra. Só pode ser cortado na cerimônia de aposentadoria do lutador.

Dieta reforçada Apesar da desgastante rotina de treinos, o lutador de sumô pesa, em média, 160 quilos. O segredo: uma dieta reforçada de 16 mil calorias (o que uma pessoa normal come na semana inteira).

Fio-dental Chamada de mawashi, a (pouca) roupa se resume a uma faixa de pano amarrada na cintura com uma espécie de avental com cores representando a região de origem do lutador.

Sal para purificar Antes do início da luta os lutadores seguem um ritual que pode durar mais de cinco minutos: bebem o chikaramizu (água comum, que eles acreditam ser fonte restauradora de força), jogam sal diante de si e no ringue

Olho no olho Depois do ritual, os dois lutadores ficam agachados se encarando, de joelhos abertos, procurando maior equilíbrio até que a luta começa.

Quem manda é o juiz

Chamado de gyoji, o árbitro do sumô é a autoridade máxima dentro do ringue de 4,55 metros de diâmetro. Quanto mais velho, mais alto o degrau que ele ocupa na modalidade.

Proteção divina Depois da "purificação", os lutadores se agacham e esticam os braços para os lados, com as palmas voltadas para cima e para baixo, pedindo a proteção do céu e da terra.

Empurra-empurra São proibidos socos, pontapés, puxões de cabelo e mordidas. As rasteiras e os empurrões são os principais movimentos que tornam os golpes parecidos com os do judô.

4.0 CONCLUSÃO

O contato e conhecimento de diferentes lutas e culturas nos permitem conhecer melhor a nossa própria, nos possibilitando aprendizado do significado de usos, costumes, tradições, desenvolvendo respeito e valorização ao invés de preconceito e discriminação.

De acordo com o objetivo dos estudos lidos e analisados sobre lutas, conclui-se que é possível a arte marcial, quando ministrada com efeitos de

  • • Disponível em: Super Interessante, Edição