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Leucemia Linfocítica Cronica
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem
Daiana de Cássia Ferreira Marbele Borges Lima Nilton Sebastião Vieira Renata Kelly Souto Menezes
agosto Curvelo-MG INTRODUÇÃO
A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) acomete indivíduos com idade avançada - a partir dos 50 anos, aumentando sua incidência à medida que a idade avança. É mais freqüente nos países ocidentais, é uma neoplasia que ocupa 22% a 30% de todas as leucemias do adulto, sendo extremamente rara nos países asiáticos. Estudo epidemiológico na LLC é particularmente dificultado devido a características inerentes à própria doença. Uma vez que muitos pacientes são assintomáticos ou têm evolução clínica indolente e não requerem tratamento ou internação. Assim, supõe-se que os dados relatados possam estar subestimados. A Leucemia Linfocítica Crônica resulta de uma proliferação desordenada de células imaturas (linfobllastos) derivadas das células-tronco linfóide - há um crescimento descontrolado das células linfocitárias na medula óssea, levando a um aumento de linfócitos no sangue. O aumento de células na medula óssea não impede a produção de células normais, como ocorre na leucemia linfóide aguda, explicando o curso traiçoeiro da doença e a sua descoberta, geralmente, em pacientes submetidos a exames médicos e laboratoriais rotineiros. A leucemia linfóide (ou linfocítica) crônica não está associada a altas doses de irradiação ou à exposição ao benzeno.
Observa-se uma maior prevalência familiar. Sabe-se que a chance de aparecimento desta doença é três vezes mais freqüente entre parentes de primeiro grau do que entre pessoas não relacionadas entre si.
FISIOPATOLOGIA
A Leucemia Linfocítica Crônica caracteriza-se por um grande aumento do número de linfócitos (um tipo de leucócito) maduros cancerosos e linfonodos aumentados. O número de linfócitos maduros cancerosos aumenta primeiramente nos linfonodos. Em seguida, essas células disseminam-se até o fígado e baço e estes dois órgãos começam a aumentar de tamanho. Quando esses linfócitos invadem a medula óssea, eles não permitem o desenvolvimento das células normais, acarretando anemia e diminuição do número de leucócitos e de plaquetas normais no sangue. Também ocorre uma diminuição da concentração e da atividade dos anticorpos, as proteínas que ajudam a combater as infecções. O sistema imune, que defende o corpo contra substâncias estranhas, freqüentemente atua de modo inadequado, reagindo e destruindo tecidos normais do corpo. Essa atividade inadequada pode resultar na destruição de eritrócitos e de plaquetas, inflamação dos vasos sangüíneos,
imediatamente o hematologista ou oncologista caso apresentem febre, sinais de infecção ou mudanças clínicas abruptas, como cansaço e sangramento.
O diagnóstico da leucemia linfóide crônica é feito através do exame de sangue (hemograma). Na maioria das vezes é confirmado através da análise da medula óssea, mostrando aumento do número de linfócitos. O material obtido do sangue e/ou da medula óssea deve ser submetido a uma análise chamada imunofenotipagem (característica imunológica), que além de confirmar o diagnóstico, diferenciar de outras condições benignas e malignas de aumento de linfócitos, propicia a escolha de alternativas de tratamento. A biópsia de medula óssea e o estudo de cromossomas (citogenética) podem ser úteis para avaliação prognóstica. É fundamental também a análise das imunoglobulinas, que representam os anticorpos dos indivíduos. A razão desta análise se prende ao fato de que os linfócitos doentes, presentes neste tipo de leucemia, não os fabricam adequadamente, tornando os portadores da doença mais suscetíveis a infecções. Algumas doenças podem ser parecidas
com a leucemia linfocítica crônica e devem ser devidamente diagnosticadas devido a possíveis implicações na abordagem terapêuticas e prognósticas. É o caso da chamada leucemia de células cabeludas, macroglobulinemia, linfoma leucemizado, leucemia prolinfocítica e leucemia linfóide aguda.
PROGNÓSTICO
Quase todos os tipos de leucemia linfocítica crônica evoluem lentamente. O médico determina a evolução da doença (estadiamento) para prever as perspectivas de recuperação do paciente. O estadiamento é baseado em fatores como o número de linfócitos no sangue e na medula óssea, o tamanho do baço e do fígado, a presença ou a ausência de anemia e a contagem de plaquetas. Os indivíduos com leucemia de células B freqüentemente sobrevivem por 10 a 20 anos após o estabelecimento do diagnóstico e, normalmente, não necessitam de tratamento nos estágios iniciais. Comumente, a morte ocorre porque a medula óssea não consegue mais produzir um número suficiente de células normais para transportar o oxigênio, combater as infecções e impedir sangramentos. O prognóstico dos indivíduos com leucemia de células T é um pouco pior. Por razões provavelmente
relacionadas a alterações do sistema imune, os indivíduos com leucemia linfocítica crônica têm uma maior probabilidade de apresentar outros cânceres.
Nos estágios iniciais, a Leucemia Linfócitica Crônica pode não requerer tratamento. Quando os sintomas são intensos (sudorese noturna intensa, linfadenopatia dolorosa) ou quando a doença progride para os estágios mais avançados (com resultante anemia e trombocitopenia), com freqüência se emprega a quimioterapia com corticosteróides e clorambucil. Como a leucemia linfocítica crônica evolui lentamente, muitos indivíduos não necessitam de tratamento durante anos – até o número de linfócitos começar a aumentar, os linfonodos começarem a crescer ou o número de eritrócitos ou de plaquetas começar a diminuir. A anemia é tratada com transfusões de sangue e injeções de eritropoietina (uma droga que estimula a produção de eritrócitos). As contagens baixas de plaquetas são tratadas com transfusões de plaquetas e as infecções são tratadas com antibióticos.
A radioterapia é utilizada para diminuir o tamanho dos linfonodos, do fígado ou do baço, quando o aumento causar desconforto. As drogas utilizadas para tratamento da leucemia em si não curam a doença e nem prolongam a sobrevida, e podem causar graves efeitos colaterais. O tratamento excessivo é mais perigoso que o tratamento insuficiente. O médico pode prescrever drogas antineoplásicas isoladamente ou concomitantes com corticosteróides quando o número de linfócitos torna-se muito elevado. A prednisona e outros corticosteróides podem produzir uma melhoria notável e rápida em indivíduos com leucemia avançada. O importante é o médico diferenciar o paciente que necessita daquele que não necessita do tratamento. Esta decisão é tomada baseando-se em resultados de exames de físicos e laboratoriais do paciente. O transplante de medula óssea, em suas várias modalidades, também pode ser indicado em casos selecionados de LLC.