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teologia sistematica - luis berkhof, Notas de estudo de Teologia

Religião e Teologia

Tipologia: Notas de estudo

2016
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Teologia Sistemática
Louis Berkhof
Título do original em Inglês
Systematic Theology
1990 Direitos reservados pelo autor. Publicado com a devida autorização por Luz Para o
Caminho, Caixa postal 130, CEP 13001-970, Campinas, São Paulo, Brasil.
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Teologia Sistemática

Louis Berkhof

Título do original em Inglês Systematic Theology

 1990 – Direitos reservados pelo autor. Publicado com a devida autorização por Luz Para o Caminho , Caixa postal 130, CEP 13001-970, Campinas, São Paulo, Brasil.

Berkhof, Louis Teologia Sistemática/ Louis Berkhof; trad. por Odayr Olivetti. Campinas: Luz Para o Caminho,

791p.

  1. Teologia doutrinal cristã – Estudo. I. Título

CDD 230.

1ª Edição, 1990 – 3.000 exemplares. 2ª Tiragem, 1992 – 3.000 exemplares. 3ª Tiragem, 1994 – 3.000 exemplares. 4ª Tiragem, 1996 – 3.000 exemplares. 5ª Tiragem, 1998 – 3.000 exemplares. 6ª Tiragem, 2000 – 3.000 exemplares.

Editora Cultura Cristã

Digitalizador desconhecido Doado por Marcos S. Ramos

www.semeadoresdapalavra.net

Nossos e-books são disponibilizados gratuitamente, com a única finalidade de oferecer leitura edificante a todos aqueles que não tem condições econômicas para comprar. Se você é financeiramente privilegiado, então utilize nosso acervo apenas para avaliação, e, se gostar, abençoe autores, editoras e livrarias, adquirindo os livros.

SEMEADORES DA PALAVRA e-books evangélicos

ÍNDICE

Quinta Parte: A DOUTRINA DA IGREJA E DOS MEIOS DE GRAÇA

  • I. A Existência de Deus................................................................................................................................................. Primeira Parte: A DOUTRINA DE DEUS
    • A. Lugar da Doutrina de Deus na Dogmática.
    • B. Prova Bíblica da Existência de Deus.
    • C. A negação da existência de Deus em suas Várias Formas.
    • D. As Assim Chamadas Provas Racionais da Existência de Deus.
  • II. A cognoscibilidade de Deus
    • A. Deus Incompreensível e, contudo, Cognoscível.
    • B. Negação da Cognoscibilidade de Deus.
    • C. Auto-Revelação, Requisito de todo Conhecimento de Deus
  • III. Relação do Ser e dos Atributos de Deus
    • A. O Ser de Deus.
    • B. A Possibilidade de Conhecer o Ser de Deus
    • C. O Ser de Deus Revelado em Seus Atributos
  • IV. Os nomes de Deus
    • A. Os Nomes de Deus em Geral.
    • B. Os Nomes do Velho Testamento e Seu Significado
    • C. Os Nomes do Novo testamento e Seu Significado.
  • V. Os atributos de Deus em geral
    • A. Avaliação dos Termos Empregados
    • B. Método de Determinação dos Atributos de Deus.
    • C. Sugestões Feitas Quanto às Divisões dos Atributos.
  • VI. Os Atributos Incomunicáveis
    • A. Existência Autônoma de Deus.
    • B. A Imutabilidade de Deus
    • C. A Infinidade de Deus.
    • D. A Unidade de Deus.
  • VII. Os Atributos Comunicáveis
    • A. A Espiritualidade de Deus.
    • B. Atributos Intelectuais.
    • C. Atributos Morais.
    • D. Atributos de Soberania
  • VIII. A Trindade Santa
    • A. A Doutrina da Trindade na História
    • B. Deus como Trindade em Unidade
    • C. As Três Pessoas Consideradas Separadamente.
  • I. Os decretos Divinos em Geral (AS OBRAS DE DEUS)
    • A. A Doutrina dos Decretos na Teologia.
    • B. Nomes Bíblicos para os Decretos Divinos.
    • C. A Natureza dos Decretos Divinos.
    • D. As Características do Decreto Divino.
    • E. Objeções à Doutrina dos Decretos.
  • II. Predestinação
    • A. A Doutrina da Predestinação na História.
    • B. Termos Bíblicos para a Predestinação................................................................................................................
    • C. O Autor e os Objetos da Predestinação
    • D. As Partes da Predestinação.
    • E. Supra e Infralapsarianismo.
  • III. Criação em Geral
    • A. A doutrina da Criação na História.
    • B. Prova Bíblica da Doutrina da Criação.
    • C. A Idéia da Criação
    • D. Teorias Divergentes a Respeito da origem do Mundo.
  • IV. Criação do Mundo Espiritual
    • A. A Doutrina dos Anjos na História
    • B. A Existência dos Anjos
    • C. A Natureza dos Anjos.
    • D. Número e organização dos Anjos.
    • E. O serviço dos Anjos
    • F. Os Anjos Maus.
  • V. Criação do Mundo Material
    • A. O Relato Bíblico da Criação
    • B. O Hexameron, ou a Obra dos Dias Separados.
  • VI. Providência
    • A. Providência em Geral
    • B. Preservação.
    • C. Concorrência.
    • D. Governo.
    • E. Providências Extraordinárias ou Milagres.
  • I. A Origem do Homem Segunda Parte: A DOUTRINA DO HOMEM COM RELAÇÃO A DEUS
    • A. A doutrina do Homem na Dogmática.
    • B. Relato Bíblico da Origem do Homem.
    • C. A Teoria Evolucionista da Origem do Homem.
    • D. A Origem do Homem e a Unidade da Raça.
  • II. A Natureza do Homem...........................................................................................................................................
    • A. Os Elementos Constitutivos da Natureza Humana.
    • B. A Origem da Alma no Indivíduo........................................................................................................................
  • III. O Homem Como a Imagem de Deus
    • A. Conceitos Históricos da Imagem de Deus no Homem.
    • B. Dados Bíblicos a Respeito da Imagem de Deus no Homem.
    • C. O Homem Como a Imagem de Deus..................................................................................................................
    • D. A Condição Original do Homem como a Imagem de Deus.
  • IV. O Homem na Aliança das Obras
    • A. A Doutrina da Aliança das Obras na História.
    • B. O Fundamento Bíblico da Doutrina da Aliança das Obras.
    • C. Elementos da Aliança das Obras.
    • D. A Situação Atual da Aliança das Obras.
  • I. A Origem do Pecado O HOMEM NO ESTADO DE PECADO
    • A. Conceitos Históricos a Respeito da Origem do Pecado.
    • B. Dados Bíblicos a Respeito da Origem do Pecado.
    • C. A Natureza do Primeiro Pecado ou da Queda do Homem.
    • D. O Primeiro Pecado ou a Queda como Ocasionada pela Tentação......................................................................
    • E. A Explicação Evolucionista da Origem do Pecado.
    • F. Os Resultados do Primeiro Pecado.
  • II. O Caráter Essencial do Primeiro Pecado
    • A. Teorias Filosóficas a Respeito da Natureza do Mal.
    • B. A Idéia Bíblica do Pecado.
    • C. O Conceito Pelagiano de Pecado.
    • D. O Conceito Católico romano do Pecado.
  • III. A Transmissão do Pecado
    • A. Resenha Histórica.
    • B. A Universalidade do Pecado
    • C. A Relação do pecado de Adão com o da Raça.
  • IV. O Pecado na Vida da Raça Humana
    • A. O Pecado Original.
    • B. O Pecado Fatual.
  • V. A Punição do Pecado
    • A. Punições Naturais e positivas.
    • B. A Natureza e o Propósito das Punições.
    • C. O Castigo Efetivo do Pecado.
  • I. Nome e Conceito da Aliança O HOMEM NA ALIANÇA DA GRAÇA
    • A. O Nome.
    • B. O conceito.
  • II. A Aliança da Redenção
    • A. A discussão Separada Disto é Desejável.
    • B. Dados Bíblicos Quanto à Aliança da Redenção.
    • C. O Filho na Aliança da Redenção.
    • D. Requisitos e Promessas da Aliança da Redenção...............................................................................................
    • E. Relação desta Aliança com a Aliança da Graça.
  • III. Natureza da Aliança da Graça
    • A. Comparação da Aliança da Graça com a Aliança das Obras.
    • B. As Partes Contratantes.
    • C. O Conteúdo da Aliança da Graça.
    • D. Características da Aliança da Graça.
    • E. Relação de Cristo com a Aliança da Graça.
  • IV. O Aspecto Duplo da Aliança
    • A. Uma Aliança Externa e uma Interna.
    • B. A Essência e a Administração da Aliança.
    • C. Uma Aliança Condicional e uma Absoluta.
    • D. A Aliança como Relação Puramente Legal e como Comunhão de Vida.
    • E. Participação na Aliança como uma Relação Legal.
  • V. Diferentes Dispensações da Aliança
    • A. O Conceito Adequado das diferentes Dispensações.
    • B. A Dispensação do Velho Testamento.
    • C. A Dispensação do Novo Testamento.
  • I. A Doutrina de Cristo na História A PESSOA DE CRISTO
    • A. Relação entre Antropologia e Cristologia.
    • B. A Doutrina de Cristo antes da Reforma.
    • C. A Doutrina de Cristo Depois da Reforma.
  • II. Nomes e Naturezas de Cristo
    • A. Os Nomes de Cristo
    • B. As Naturezas de Cristo.
  • III. A Unipersonalidade de Cristo
    • A. Exposição do Conceito da Igreja a Respeito da Pessoa de Cristo.
    • B. Prova Bíblica da Unipersonalidade de Cristo.....................................................................................................
    • C. Os Efeitos da União das Duas Naturezas em uma Pessoa.
    • D. A Unipersonalidade de Cristo, um Mistério.
    • E. A Doutrina Luterana da Comunicação de Atributos.
    • F. A Doutrina da “Kénosis” em Suas Várias Formas.
    • G. A Teoria da Encarnação Gradual.
  • I. O Estado de Humilhação OS ESTADOS DE CRISTO
    • A. Introdução: A Doutrina dos Estados de Cristo em Geral.
    • B. O Estado de Humilhação.
  • II. O Estado de Exaltação
    • A. Notas Gerais Sobre o Estado de Exaltação
    • B. Os Estágios do Estado de Exaltação...................................................................................................................
  • I. Introdução: O Ofício Profético OS OFÍCIOS DE CRISTO
    • A. Observações Introdutórias Sobre os Ofícios em Geral.
    • B. O Ofício Profético.
  • II. O Ofício Sacerdotal
    • A. A Idéia Bíblica de Um Sacerdote.
    • B. A Obra Sacrificial de Cristo.
  • III. Causa e necessidade da Expiação
    • A. A Causa Motora da Expiação.............................................................................................................................
    • B. Conceitos Históricos da necessidade da Expiação.
    • C. Provas da Necessidade da Expiação.
    • D. Objeções à Doutrina da Absoluta Necessidade da Expiação.
  • IV. A Natureza da Expiação
    • A. Declaração da Doutrina da Expiação Substitutiva e Penal.
    • B. Objeções à Doutrina da Expiação Substitutiva e penal ou da Satisfação.
  • V. Teorias Divergentes da Expiação
    • A. Teorias da Igreja Primitiva.
    • B. A Teoria da Satisfação, de Anselmo (Teoria Comercial).
    • C. A Teoria da Influência Moral.
    • D. A Teoria do Exemplo.
    • E. A Teoria Governamental.
    • F. A Teoria Mística.
    • G. A teoria do Arrependimento Vicário..................................................................................................................
  • VI. Propósito e Extensão da Expiação
    • A. O Propósito da Expiação.
    • B. A Extensão da Expiação.
  • VII. A Obra Intercessória de Cristo
    • A. Prova Bíblica da Obra Intercessória de Cristo.
    • B. Natureza da Obra Intercessória de Cristo.
    • C. As Pessoas Por Quem e as Coisas Pelas Quais Ele Intercede.
    • D. Características da Sua Intercessão.
  • VIII. O Ofício Real
    • A. O Reinado Espiritual de Cristo.
    • B. O Reinado de Cristo Sobre o Universo.
  • I. Soteriologia em Geral Quarta Parte: A DOUTRINA DA APLICAÇÃO DA OBRA DE REDENÇÃO
    • A. Relação entre Soteriologia e os Loci Anteriores.
    • B. A Ordo Salutis (a Ordem da Salvação).
  • II. Operações do Espírito Santo em Geral...................................................................................................................
    • A. Transição Para a Obra do Espírito Santo.
    • B. Operações Gerais e Especiais do Espírito Santo.
    • C. O Espírito Santo Como o Despenseiro da Graça Divina.
  • III. Graça Comum
    • A. Origem da Doutrina da Graça Comum.
    • B. Nome e Conceito da Graça Comum.
    • C. A Graça Comum e a Obra Expiatória de Cristo.
    • D. Relação Entre a Graça Especial e a Comum.
    • E. Meios Pelos Quais Opera a Graça Comum.
    • F. Frutos da Graça Comum.
    • G. Objeções à Doutrina Reformada da Graça Comum.
  • IV. A União Mística
    • A. Natureza da União Mística.
    • B. Características da União Mística.
    • C. Conceitos Errôneos da União Mística.
    • D. Significado da União Mística.
  • V. Vocação em Geral e Vocação Externa
    • A. Razões Para Discutir Primeiro a Vocação.
    • B. Vocação em Geral.
    • C. Vocação Externa.
  • VI. Regeneração e Vocação Eficaz
    • A. Termos Bíblicos Para a Regeneração e Suas Implicações.
    • B. Emprego do Termo Regeneração na Teologia.
    • C. A Natureza Essencial da Regeneração.
    • D. A Vocação Eficaz em Relação à Vocação Externa e à Regeneração.
    • E. A Necessidade da Regeneração.
    • F. A Causa Eficiente da Regeneração.
    • G. O Emprego da Palavra de Deus Como Instrumento da Regeneração.
    • H. Conceitos Divergentes de Regeneração.
  • VII. Conversão
    • A. Os Termos Bíblicos Para Conversão.
    • B. A Idéia de Conversão. Definição.
    • C. Características da Conversão.
    • D. Elementos Diferentes na Conversão.
    • E. A Psicologia da Conversão.
    • F. O Autor da Conversão.
    • G. Necessidade da Conversão.
    • H. Relação da Conversão com Outros Estágios do Processo de Salvação.
  • VIII. Fé
    • A. Termos Bíblicos Para Fé.
    • B. Expressões Figuradas Empregadas Para Descrever a Atividade da Fé.
    • C. A Doutrina da Fé na História.
    • D. A Idéia de Fé na Bíblia.
    • E. A Fé em Geral
    • F. A Fé no Sentido Religioso e Particularmente a Fé Salvadora.
    • G. Fé e Certeza.
    • H. O Conceito Católico Romano de Fé.
  • IX. Justificação
    • A. Termos Bíblicos Para Justificação e Seus Significados.
    • B. A Doutrina da Justificação na História...............................................................................................................
    • C. Natureza e Características da Justificação.
    • D. Elementos da Justificação.
    • E. Esfera em Que Ocorre a Justificação.
    • F. Ocasião em que se da a Justificação.
    • G. Base da Justificação.
    • H. Objeções à Doutrina da Justificação.
    • I. Conceitos Divergentes de Justificação.
  • X. Santificação
    • A. Termos Bíblicos Para Santificação e Santidade.
    • B. A Doutrina da Santificação na História.
    • C. A Idéia Bíblica de Santidade e Santificação.......................................................................................................
    • D. Natureza da Santificação.
    • E. Características da Santificação.
    • F. O Autor e os Meios da Santificação.
    • G. Relação da Santificação com Outros Estágios da Ordo Salutis.
    • H. O Caráter Imperfeito da Santificação Nesta Vida.
    • I. Santificação e Boas Obras.
  • XI. A Perseverança dos Santos
    • A. A Doutrina da Perseverança dos Santos na História.
    • B. Exposição da Doutrina da Perseverança.
    • C. Prova da Doutrina da Perseverança.
    • D. Objeções à Doutrina da Perseverança.
    • E. A Negação Desta Doutrina Torna a Salvação Dependente da Vontade Humana.
  • I. Nomes Bíblicos da Igreja e a Doutrina da Igreja na História. A IGREJA
    • A. Nomes Bíblicos da Igreja.
    • B. A Doutrina da Igreja na História.
  • II. Natureza da Igreja
    • A. A Essência da Igreja...........................................................................................................................................
    • B. O caráter Multiforme da Igreja...........................................................................................................................
    • C. Várias Definições da Igreja
    • D. A igreja e o Reino de Deus.
    • E. A Igreja e as Diferentes Dispensações
    • F. Os Atributos da Igreja.........................................................................................................................................
    • G. As Marcas da Igreja
  • III. O Governo da Igreja
    • A. Diferentes Teorias a Respeito do Governo da Igreja.
    • B. Os Princípios Fundamentais do Sistema Reformado ou Presbiteriano.
    • C. Os Oficiais da Igreja...........................................................................................................................................
    • D. As Assembléias Eclesiásticas.............................................................................................................................
  • IV. O Poder da Igreja.
    • A. A Fonte do Poder da Igreja.
    • B. A Natureza Deste Poder.
    • C. Diferentes Espécies de Poder Eclesiástico.
  • I. Os Meios e Graça em Geral OS MEIOS DE GRAÇA
    • A. A Idéia dos Meios de Graça
    • B. Características da Palavra e dos Sacramentos Como Meios de Graça
    • C. Conceitos Históricos a Respeito dos Meios de Graça
    • D. Elementos Característicos da Doutrina Reformada dos Meios de Graça.
  • II. A Palavra Como Meio de Graça
    • A. Sentido da Expressão “Palavra de Deus” Neste Contexto.
    • B. A Relação da Palavra com o Espírito Santo.
    • C. As Duas Partes da Palavra de Deus Considerada Como Meio de Graça.
    • D. O Tríplice Uso da Lei.
  • III. Os Sacramentos em Geral
    • A. Relação Entre a Palavra e os Sacramentos.
    • B. Origem e Sentido da Palavra “Sacramento”.
    • C. Partes Componentes do Sacramento.
    • D. Necessidade dos Sacramentos.
    • E. Os Sacramentos do Velho e do Novo Testamentos Comparados.
    • F. Número dos Sacramentos.
  • IV. O Batismo Cristão
    • A. Analogias do Batismo Cristão............................................................................................................................
    • B. A Instituição do Batismo Cristão.
    • C. A Doutrina do Batismo na História.
    • D. O Modo Próprio do Batismo.
    • E. Legítimos Administradores do Batismo.
    • F. Os Objetos do Batismo
  • V. A Ceia do Senhor
    • A. Analogias da Ceia do Senhor em Israel.
    • B. A Doutrina da Ceia do Senhor na História.
    • C. Nomes Bíblicos para a Ceia do Senhor.
    • D. Instituição da Ceia do Senhor.
    • E. As Realidades Significadas e Seladas na Ceia do Senhor.
    • F. A União Sacramental ou a Questão da Presença Real de Cristo na Ceia do Senhor.
    • G. A Ceia do Senhor Como Meio de Graça ou Sua Eficácia.
    • H. As Pessoas para as Quais Foi Instituída a Ceia do Senhor.
  • Capítulo Introdutório. ESCATOLOGIA INDIVIDUAL
    • A Escatologia na Filosofia e na Religião.
    • B. A Escatologia na História da Igreja Cristã
    • C. Relação da Escatologia com o Restante da Dogmática.
    • D. O Nome “Escatologia”.
    • E. Conteúdo da Escatologia: Escatologia Geral e Individual..................................................................................
  • I. Morte Física.............................................................................................................................................................
    • A. Natureza da Morte Física.
    • B. Relação Entre o Pecado e a Morte.
    • C. Significado da Morte dos Crentes.
  • II. A Imortalidade da Alma
    • A. Diferentes Conotações do Termo “Imortalidade”.
    • B. Testemunho da Revelação Geral Quanto à Imortalidade da Alma.
    • C. Testemunho da Revelação Especial Quanto à Imortalidade da Alma.
    • D. Objeções à Doutrina da Imortalidade Pessoal e Seus Modernos Substitutos.
  • III. O Estado Intermediário
    • A. Conceito Bíblico de Estado Intermediário.
    • B. A Doutrina do Estado Intermediário na História.
    • C. A Construção Moderna da Doutrina do Sheol-Hades.
    • D. A Doutrina Católica Romana a Respeito do Domicilio da Alma Depois da Morte.
    • E. O Estado da Alma Depois da Morte, Um Estado de Existência Consciente.
    • F. O Estado Intermediário não é um Estado de Provação ou Prova Posterior.
  • I. A Segunda Vinda de Cristo ESCATOLOGIA GERAL
    • A. A segunda Vinda, um Evento Único.
    • B. Os grandiosos Eventos que Precederão a Parousia.
    • C. A Parousia ou a Segunda Vinda Propriamente Dita.
  • II. Correntes Milenistas...............................................................................................................................................
    • A. Premilenismo
    • B. Pós-Milenismo
  • III. A Ressurreição dos Mortos
    • A. A Doutrina da Ressurreição na História.
    • B. Prova Bíblica da Ressurreição............................................................................................................................
    • C. A Natureza da Ressurreição.
    • D. A Ocasião da Ressurreição.
  • IV. O Juízo Final.........................................................................................................................................................
    • A. A Doutrina do Juízo Final na História.
    • B. Natureza do Juízo Final.
    • C. Conceitos Errôneos a Respeito do Juízo.
    • D. O Juiz e os Seus Assistentes
    • E. As Partes que Serão Julgadas
    • F. A Ocasião do Juízo.
    • G. O Padrão do Juízo.
    • H. As Diferentes Partes do Juízo.
  • V. O Estado Final
    • A. O Estado Final dos Ímpios.
    • B. O Estado Final dos Justos.
  • INDICE DE PASSAGENS BIBLICAS

Primeira Parte: A DOUTRINA DE DEUS

I. A Existência de Deus

A. Lugar da Doutrina de Deus na Dogmática.

As obras de dogmática ou de teologia sistemática geralmente começam com a Doutrina de Deus. A opinião prevalecente tem reconhecido sempre este procedimento mais lógico, e ainda continua apontando na mesma direção. Em muitos casos, mesmo aqueles cujos princípios fundamentais pareceriam exigir outro arranjo, continuam na prática tradicional. Há boas razões para começar com a Doutrina de Deus, se partirmos da admissão que a Teologia é o conhecimento sistematizado de Deus de quem, por meio de quem, e para quem são todas as coisas. Em vez de surpreender-nos de que a dogmática comece com a Doutrina de Deus, bem poderíamos esperar que seja completamente um estudo de Deus, em todas as suas ramificações, do começo ao fim. Como uma questão de fato, é isto exatamente o que se pretende que seja, embora somente o primeiro locus ou capítulo teológico trate diretamente de Deus, enquanto que as partes ou loci subseqüentes tratam dele de maneira mais indireta. Iniciamos o estudo de teologia com duas pressuposições a saber: (1) Que Deus existe; (2) Que Ele se revelou em Sua Palavra divina. E por esta razão não nos é impossível começar com o estudo de Deus. Podemos dirigir-nos a Sua revelação para aprender o que Ele revelou a respeito de Si mesmo e a respeito de Sua relação para com as Suas criaturas. Têm-se feito tentativas no curso dos tempos para distribuir o material da dogmática de tal modo que exiba claramente que ela é não apenas em um locus, mas em sua totalidade, um estudo de Deus. Isto foi feito pela aplicação do método trinitário, que dispõe o assunto da dogmática sob os três títulos: (1) O Pai; (2) O Filho; (3) O Espírito Santo. Esse método foi aplicado em algumas das primeiras obras sistemáticas, foi restaurado ao favor geral por Hegel, e se pode ver ainda na Dogmática Cristã, de Martensen. Uma tentativa semelhante foi feita por Breckenridge, quando dividiu o assunto da dogmática em (1) O Conhecimento de Deus Objetivamente Considerado; (2) O Conhecimento de Deus subjetivamente Considerado. Nem um nem outro destes podem ser considerados como tendo tido sucesso.

Até o começo do século XIX era quase geral a prática de começar o estudo da dogmática com a doutrina de Deus, mas ocorreu uma mudança sob a influência de Schleiermacher , que procurou salvaguardar o caráter científico da teologia com a introdução de um novo método. A consciência religiosa do homem substituiu a palavra de Deus como a fonte da teologia. A fé na Escritura como autorizada revelação de Deus foi desacreditada e a compreensão humana, baseada na apreensão emocional ou racional do homem, veio a ser o padrão do pensamento religioso. A religião gradativamente tomou o lugar de Deus como objeto da teologia. O homem

demonstração lógica que não deixa lugar nenhum para dúvida; mas significa, sim, que, embora verdade da existência de Deus seja aceita pela fé, esta fé, se baseia numa informação confiável. Embora a teologia reformada considere a existência de Deus como pressuposição inteiramente razoável, não se arroga a capacidade de demonstrar isto por meio de uma argumentação racional. Dr. Kuyper fala como segue da tentativa de fazê-lo: “A tentativa de provar a existência de Deus ou é inútil ou é um fracasso. É inútil se o pesquisador acredita que Deus recompensa aqueles que O procuram. É um fracasso se se trata de uma tentativa de forçar, mediante argumentação, ao reconhecimento, num sentido lógico, uma pessoa que não tem esta pistis.

O Cristão aceita a verdade da existência de Deus pela fé. Mas esta fé não é uma fé cega, mas fé baseada em provas, e as provas se acham, primariamente, na Escritura como a Palavra de Deus inspirada, e, secundariamente, na revelação de Deus na natureza. A prova bíblica sobre este ponto não nos vem na forma de uma declaração explícita, e muito menos na forma de um argumento lógico. Nesse sentido a Bíblia não prova a existência de Deus. O que mais se aproxima de uma declaração talvez seja o que lemos em Hebreus 11:6 “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. A Bíblia pressupõe a existência de Deus em sua declaração inicial, “No principio criou Deus os céus e a terra”. Ela não somente descreve a Deus como o Criador de todas as coisas, mas também como o Sustentador de todas as Suas criaturas. E como o Governador de indivíduos e nações. Ela testifica o fato de que Deus opera todas as coisas de acordo com o conselho da Sua vontade, e revela a gradativa realização do Seu grandioso propósito de redenção. O preparo para esta obra, especialmente na escolha e direção do povo de Israel na velha aliança, vê-se claramente no Velho Testamento, e a sua culminação inicial na Pessoa e Obra de Cristo ergue-se com grande clareza nas páginas do Novo testamento. Vê-se Deus em quase todas as páginas da Escritura Sagrada em que Ele se revela em palavras e atos. Esta revelação de Deus constitui a base da nossa fé na existência de Deus, e a torna uma fé inteiramente razoável. Deve-se notar, contudo, que é somente pela fé que aceitamos a revelação de Deus e que obtemos uma real compreensão do seu conteúdo. Disse Jesus, “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”, João 7.17. É este conhecimento intensivo, resultante de íntima comunhão com Deus, que Oséias tem em mente quando diz, “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor”, Oséias 6.3. O incrédulo não tem nenhuma real compreensão da palavra de Deus. As palavras de Paulo são pertinentes nesta conexão: “Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem, pela loucura da pregação”, 1 Coríntios 1.20, 21.

C. A negação da existência de Deus em suas Várias Formas.

1 Dict, Dogm., De Deo I, p. 77 (tradução de L. B. ao inglês).

Os estudiosos de religiões comparadas e os missionários freqüentemente dão testemunho do fato de que a idéia de Deus é praticamente universal na raça humana. É encontrada até mesmo entre as mais atrasadas nações e tribos do mundo. Isto não significa, contudo, que não há indivíduos que negam a existência de Deus completamente, nem tampouco que não há um bom número de pessoas em terras cristãs que negam a existência de Deus como Ele é revelado na Escritura, uma Pessoa de perfeições infinitas, auto-existente e auto-consciente, que realiza todas as coisas segundo um plano predeterminado. É esta última forma de negação que temos particularmente em mente aqui. Ela pode assumir várias formas e, na verdade, tem assumido várias formas no curso da história.

  1. A ABSOLUTA NEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEUS. Como acima foi dito, há forte prova da presença universal da idéia de Deus na mente humana, mesmo entre as tribos não civilizadas e que não tem recebido o impacto da revelação especial. Em vista deste fato, alguns chegam a negar a existência de pessoas que negam a existência de Deus, que haja verdadeiros ateus, a saber, os ateus práticos e os teóricos. Os primeiros são simplesmente pessoas não religiosas, pessoas que na vida prática não contam com Deus, e vivem como se Deus não existisse. Os últimos são em regra, de um tipo mais intelectual, e baseiam a sua negação num processo de raciocínio. Procuram provar que Deus não existe usando para este fim aquilo que lhes parece argumentos racionais conclusivos. Em vista da semen reliogionis implantada em todos os seres humanos, pela criação do homem à imagem de Deus, é seguro admitir que ninguém nasce ateu. Em última análise, o ateísmo resulta do estado moral pervertido do homem e do seu desejo de fugir de Deus. É deliberadamente cego para o instinto mais fundamental do homem, para as necessidades mais profundas da alma, para as mais elevadas aspirações do espírito humano, e para os anseios de um coração que anda tateando em busca de um ser mais alto; é cego para estas realidades e as procura suprimir. Esta supressão prática ou intelectual da operação da semen reliogionis freqüentemente envolve prolongados e penosos conflitos.

Não se pode duvidar da existência de ateus práticos, visto que tanto a Escritura como a experiência a atestam. A respeito dos ímpios o Salmo 14.1 declara: “Diz o insensato no seu coração: não há Deus” (cf. Sl 10.4b). E Paulo lembra aos Efésios que eles tinham estado anteriormente “sem Deus no mundo”, Efésios 2.12. A experiência também dá abundante testemunho da presença deles no mundo. Eles não são necessariamente ímpios notórios aos olhos dos homens, mas podem pertencer aos assim chamados “homens decentes do mundo”, embora consideravelmente indiferentes para com as coisas espirituais. Tais pessoas muitas vezes têm a consciência do fato de que estão em desarmonia com Deus, tremem ao pensar em defrontá-lo e procuram esquecê-lo. Parecem Ter um secreto prazer em exibir o seu ateísmo quando tudo vai bem, mas é sabido que dobram os seus joelhos em oração quando sua vida entra repentinamente em perigo. Na época presente, milhares desses ateus práticos pertencem à Associação Americana para o Progresso do Ateísmo.

2. FALSOS CONCEITOS ATUAIS DE DEUS QUE ENVOLVEM NEGAÇÃO DO

VERDADEIRO DEUS. Em nossos dias há vários conceitos falsos de Deus, conceitos que envolvem a negação do conceito teísta de Deus. Basta nesta conexão uma breve indicação dos mais importantes destes falsos conceitos.

a. Um Deus imanente e impessoal. O teísmo sempre acreditou num Deus que é transcendente e imanente. O deísmo retirou deus do mundo, e deu ênfase à Sua transcendência, em detrimento da Sua imanência. Sob a influência do panteísmo, porém o pêndulo pendeu noutra direção. Identificou Deus com o mundo e não reconheceu um Ser divino distinto da Sua criação e infinitamente exaltado acima dela. Por intermédio de Schleiermacher, a tendência de fazer Deus um Ser em linha de continuidade com o mundo obteve um ponto de apoio na teologia. Ele ignora completamente o Deus transcendente e só reconhece um Deus que pode ser conhecido pela experiência humana e se manifesta na consciência cristã como causalidade absoluta, à qual corresponde um sentimento de dependência absoluta. Os atributos que atribuímos a Deus, são, nesta maneira de ver, meras expressões simbólicas dos vários modos assumidos por este sentimento de dependência, idéias subjetivas sem nenhuma realidade correspondente. Suas representações de Deus mais antigas e posteriores parecem diferir um pouco, e os intérpretes de Schleiermacher diferem quanto à maneira pela qual as suas afirmações devam ser harmonizadas. Contudo, Brunner parece estar certo quando diz que, para Schleiermacher, o universo toma o lugar de Deus, embora seja usado este último nome; e que ele concebe a Deus como idêntico ao universo e como a unidade subjacente ao universo. Muitas vezes parece que a distinção entre o mundo como uma unidade e o mundo em suas multiformes manifestações. Ele fala muitas vezes de deus como o “Universum” ou o “Welt-All”, e argumenta contra a personalidade de Deus; apesar disso, incoerentemente, fala como se pudéssemos Ter comunhão com Ele em Cristo. Estas opiniões de Schleiermacher, fazendo de Deus um Ser em linha de continuidade com o mundo, dominou grandemente a teologia do século passado, e é esta opinião que Barth combate com a sua forte ênfase a Deus como “O Totalmente Outro”.

b. Um Deus finito e pessoal. A idéia de um Deus finito ou deuses finitos não é nova; é tão antiga como politeísmo e o henoteísmo. A idéias harmoniza-se com o pluralismo, não porém com o monismo filosófico bem com o monoteísmo teológico. O teísmo sempre considerou Deus como um Ser pessoal, absoluto, de perfeições infinitas. Durante o século XIX, quando a filosofia monística estava em ascendência, tornou-se comum identificar o Deus da teologia com o Absoluto da filosofia. Mais para o fim do século, porém, o termo “Absoluto”, como uma designação para Deus, caiu em descrédito, em parte por causa de suas implicações agnósticas e panteísticas, e em parte como resultado da oposição à idéia do “Absoluto” na filosofia, e do desejo de excluir toda metafísica da teologia. Bradley considerava o deus da religião cristã como uma parte do Absoluto, e James defendia um conceito de Deus que estava mais em harmonia com a experiência humana de que com a idéia de um Deus infinito. Ele elimina de Deus os atributos metafísicos de auto-

existência, infinidade e imutabilidade, e declara supremos os atributos morais. Deus tem um meio- ambiente, existe no tempo, e elabora uma história exatamente como nós o fazemos. Em vista do mal existente no mundo, Ele deve ser imaginado como limitado em conhecimento ou no poder, ou em ambos. As condições do mundo tornam impossível crer num Deus bondoso, infinito em conhecimento e poder. A existência de um poder superior amistoso para com o homem e com o qual este pode comungar satisfaz todas as necessidades e experiências práticas da religião. James concebia este poder como pessoal, mas não desejava expressar-se como se acreditasse num Deus finito ou em vários deuses finitos. Bergson acrescentou a este conceito de James a idéia de um Deus em luta e em crescimento, constantemente envolvendo em seu meio-ambiente. Outros que defendiam a idéias de um Deus finito, embora de diferentes maneiras, são Hobhouse, Shiller, James Ward, Rashdall e H.G. Wells.

c. Deus como personificação de uma simples idéia abstrata. Ficou muito em voga na moderna teologia “liberal” considerar o nome de “Deus” como um simples símbolo, representando algum processo cósmico, uma vontade ou poder universal, ou um ideal elevado e abrangente. Repete-se com freqüência a afirmação de que, se Deus criou o homem à Sua imagem, o homem agora está devolvendo o cumprimento criando a Deus à imagem do homem. Diz-se a respeito de Harry Elmer Barnes que uma vez ele disse numa de suas aulas de laboratório: “Cavalheiros, agora vamos criar Deus”. Essa foi uma rude expressão de uma idéia muito comum. A maioria dos que rejeitam o conceito teísta de Deus ainda professa fé em Deus, mas este é um Deus de sua própria imaginação.. A forma que ele assume numa ocasião particular depende, segundo Shailer Matthews dos atuais modelos de pensamento. Nos tempos anteriores à guerra, o padrão dominante era o de um soberano autocrático, que exigia obediência absoluta; agora é o de um governante democrático, disposto a servir a todos que lhe estão subordinados. Desde os dias de Comte tem havido a tendência de personificar a ordem social da humanidade como um todo e de cultuar esta personificação. Os assim chamados melhoristas ou teólogos sociais revelam a tendência de identificar Deus de algum modo com a ordem social. E os neopsicologistas dizem- nos que a idéia de Deus é uma projeção da mente humana, que em seus primeiros estágios é inclinada a formar imagens de suas experiências e a revesti-las de uma semi-personalidade. Leuba é de opinião que esta ilusão de Deus não será necessária. Umas poucas definições servirão para mostrar as tendências dos dias presentes. “Deus é o espírito imanente da comunidade” (Royce). Deus “é aquela qualidade da sociedade humana em desenvolvimento” (E. S. Ames). “A palavra „deus‟ é um símbolo para designar o universo em sua capacidade ideal de formação” (C.B. Foster). “Deus é o nosso conceito, nascido da experiência social, dos elementos que desenvolvem personalidade e os elementos de explicação pessoal do nosso ambiente cósmico, como o qual estamos organicamente relacionados” (Shailer Matthews). Mal se precisa dizer que o Deus assim definido não é um Deus pessoal e não responde às necessidades mais profundas do coração humano.

existência de Deus, nem de um criador, mas somente a de um grande arquiteto que modelou o mundo. É superior ao argumento cosmológico no sentido de que explicita aquilo que não é firmado no anterior, a saber, que o mundo contém evidências de inteligência e propósito. Não se segue necessariamente que este ser é o Criador do mundo. “A prova teológica”. Diz Wright. 1 “indica apenas a provável existência de uma mente que, ao menos em considerável medida, controla o processo do mundo, suficiente para explicar a quantidade de teleologia que nele transparece”. Hegel considerava este argumento válido, mas o tratava como um argumento subordinado. Os teólogos sociais dos nossos dias rejeitam-no, juntamente com todos os outros argumentos, como puro refugo, mas os neoteístas o aceitam.

  1. O ARGUMENTO MORAL. Como os outros argumentos, este também assumiu diferentes formas. Kant tomou seu ponto de partida no imperativo categórico, e deste deferiu a existência de alguém que, como legislador e juiz, tem absoluto direito de dominar o homem. Em sua opinião, este argumento é muito superior a qualquer dos outros. É o argumento em que se apóia principalmente, em sua tentativa de provar a existência de Deus. Esta pode ser uma das razões pelas quais este argumento é mais geralmente reconhecido do que qualquer outro, embora nem sempre com a mesma formulação. Alguns argumentam baseados na desigualdade muitas vezes observada entre a conduta moral dos homens e a prosperidade que eles gozam na vida presente, e acham que isso requer um ajustamento no futuro que, por sua vez, exige um árbitro justo. A teologia moderna também o usa amplamente, em especial na forma de que o reconhecimento que o homem tem do Sumo Bem e a sua busca de uma ideal moral exigem e necessitam a existência de um ser santo e justo, não torna obrigatória a crença em um Deus, em um Criador ou em um Ser de infinitas perfeições.
  2. O ARGUMENTO HISTÓRICO OU ETNOLÓGICO. Em geral este argumento toma a seguinte forma: Entre todos os povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos exteriores. Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria natureza do homem. E se a natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, isto só pode achar sua explicação num ser superior que constituiu o homem um ser religioso. Todavia, em resposta a este argumento, pode-se dizer que este fenômeno universal pode ter-se originado num erro ou numa compreensão errônea de um dos primitivos progenitores da raça humana, e que o culto religioso referido aparece com mais vigor entre as raças primitivas e desaparece à medida que elas se tornam civilizadas.

Ao avaliar estes argumentos racionais, deve-se assinalar antes de tudo que os crentes não precisam deles. Sua convicção a respeito da existência de Deus não depende deles, mas, sim, da confiante aceitação da auto-revelação de Deus na Escritura. Se muitos em nossos dias estão querendo firmar sua fé na existência de Deus nesses argumentos racionais, isto se deve em

1 A Student‟s Philosophy of Religion, p.341.

grande medida ao fato de que eles se negam a aceitar o testemunho da palavra de Deus. Além disso, ao usar estes argumentos na tentativa de convencer pessoas incrédulas, será bom ter em mente que de nenhum que nenhum deles se pode dizer que transmite convicção absoluta. Ninguém fez mais para desacreditá-los que Kant. Desde o tempo dele, muitos filósofos e teólogos os têm descartado como completamente inúteis, mas hoje os referidos argumentos estão recuperando apoio e o seu número está crescendo. E o fato de que em nossos dias tanta gente acha neles indicações satisfatórias da existência de Deus, parece indicar que eles não são inteiramente vazios de valor. Têm algum valor para os próprios crentes, mas devem ser denominados testimonia , e não argumentos. Eles são importantes como interpretações da revelação geral de Deus e como elementos que demonstram o caráter razoável da fé em um ser divino. Além disso. Podem prestar algum serviço na confrontação com os adversários. Embora não provem a existência de Deus além da possibilidade de dúvida e a ponto de obrigar o assentimento, podem ser elaborados de maneira que estabeleçam uma forte probabilidade e, por isso, poderão silenciar muitos incrédulos.

QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA: 1. Por que a teologia moderna inclinou-se a dar primazia ao estudo do homem e não ao estudo de Deus? 2. A Bíblia prova a existência de Deus ou não? 3. Se prova, como o faz? 4. O que é que explica o sensus divinitatis geral do homem? 5. Existem nações ou tribos que absolutamente não o possuem? 6. Pode-se sustentara a posição de que não existem ateus? 7. Os humanistas do presente devem ser classificados como ateus? 8. Que objeções há para a identificação de Deus com o Absoluto da filosofia? 9. Um Deus finito satisfaz as necessidades da vida cristã? 10. A doutrina de um Deus finito só se encontra nos pragmatistas? 11. Por que é que a idéia de um Deus personificado é um pobre substituto do Deus vivo? 12. Em que consiste a crítica de Kant aos argumentos da razão especulativa em favor da existência de Deus? 13. Como devemos julgar esta crítica?

BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA: Bavinck, Geref. Dogm. II, p.52-74; Kuyper, Dirct. Dogm. De Deo I, P. 77-123; Hodge, Syst. Theol. I , p. 221-248; Dabney, Syst. And Polem. Theol, p.5-26; Macintosh, Theol. as an Empirical Sciense , p.90-99; Knudson, The Doctrine of God, p. 203-241; Beathie, Apologetics, p.250-444; Brightman, The Problem of God, p. 139-165; Wright, A Student‟s Phil of Rel., p.339-390; Edward, The Philosophy of Rel., p. 218-305; Beckwith, The Idea of God , p. 64 - 115; Thompson, The Chirstian Idea of God , p. 160-189; Robinson, The God of the Liberal Christian, p.114-149; Galloway, The Phil, of Rel., p.382-394.