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Estudo feiro pela camara do comércio de portugal
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
O mundo passa por transformações tecnológicas e humanas que demandam das empresas cada vez mais agilidade para antever e se adequar às tendências de mercado que surgem. O ano de 2023 está batendo à porta e desafiando negócios a atuarem em um cenário econômico adverso, com um consumidor criterioso e novidades que trarão práticas, tecnologias e novas formas de realizar antigos processos. Neste material, convidamos você a pensar no próximo ano a partir de tópicos que estarão presentes no universo empresarial em diferentes segmentos e devem impactar a gestão, o atendimento, o marketing, a produção e outras áreas da sua empresa. Vamos lá?
Ainda em recuperação após a pandemia de Covid- e enfrentando os impactos da guerra da Ucrânia, a economia mundial deve passar por 2023 com restrições. A Carta de Conjuntura do 3º trimestre de 2022, elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), indica que o cenário global tem se deteriorado. Fatores como a alta da inflação e dos juros em países europeus e nos Estados Unidos e a perspectiva de desaceleração ao redor do globo terão impactos no Brasil. Por aqui, espera-se que 2023 seja marcado pela reversão do ciclo de aperto monetário do Banco Central. Na prática, isso significa que a taxa Selic pode voltar a cair e, assim, levar a uma redução no custo do crédito, favorável aos empréstimos e financiamentos, por exemplo. Além disso, na contramão de muitos países, a inflação vem caindo no Brasil desde abril de 2022. Mesmo que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, principal indicador nacional da inflação) possa ficar acima da meta estabelecida pelo Banco Central tanto em 2022 quanto em 2023, a expectativa é que haja uma redução gradual nos preços.
Com valores pessoais, políticos e sociais, além do senso de identidade (racial, sexual, étnico, regional, etc.) influenciando os hábitos de consumo, os negócios precisam ir além da qualidade: é preciso comprovar uma ética correspondente à do cliente. A consultoria global de inteligência de mercado Mintel identificou, em 2022, que 80% dos consumidores brasileiros esperam que as marcas façam mais para comprovar que suas ações éticas são confiáveis. E é para contemplar essa demanda que a governança, a sustentabilidade, o bem-estar e a busca por relações de consumo conscientes são tendências para 2023.
A preocupação com a preservação ambiental é decisiva para o consumidor: pesquisa da Opinion Box, divulgada em 2021, concluiu que a sustentabilidade é relevante para 82% dos brasileiros. No levantamento, 37% dos entrevistados indicou já ter deixado de adquirir produtos de marcas que não atuam com foco na preservação ambiental e 62% afirmam preferir pagar mais caro por um artigo menos nocivo ao meio ambiente. Sustentabilidade dá resultados: entre abril de 2021 e março de 2022, o aumento do consumo de itens sustentáveis foi exponencial: no Mercado Livre, o crescimento de compradores brasileiros na categoria foi de 123%. No período, a plataforma vendeu 7,3 milhões de produtos sustentáveis para 4,3 milhões de clientes, sendo 40% no Brasil.
Na gestão, a sigla ESG, que engloba governança ambiental, social e corporativa, ganhou relevância nos últimos anos ao propor que as empresas repensem sua relação com o meio ambiente e a sociedade. O termo ainda é pouco conhecido entre os consumidores, mas seu significado é valorizado tanto por eles quanto pelos investidores. Levantamento do Google mostra que apenas uma a cada cinco pessoas conhece a sigla, mas 87% acreditam em sua importância após ouvir uma explicação sobre ela. Como aplicar essa tendência? O ESG está se expandindo de grandes para pequenos negócios dos mais diversos portes e segmentos. As estratégias na área devem ter foco em reduzir o impacto ambiental e fomentar a transparência sobre processos produtivos, relações trabalhistas e ações sociais. Isso pode significar desde separar o lixo eletrônico, reduzir o uso de recursos naturais, usar embalagens ecológicas, até criar o compromisso com a aquisição de matérias- primas locais e produzidas de forma limpa, dando a garantia de que todos os envolvidos no negócio sejam tratados de forma justa, entre outras ações. Setores como moda e beleza, por exemplo, são amplamente afetados por essas questões, principalmente em função do alto impacto ambiental de suas operações.
Além de mais conscientes quanto ao impacto de seu consumo, os consumidores estão também cansados e em busca de novas rotinas de bem-estar e autocuidado. Assim, em 2023 os negócios que souberem corresponder aos anseios por saúde física e mental dos clientes devem encontrar boas oportunidades, mas também muita competitividade em um momento em que o segmento está entre as prioridades das pessoas. Dados da consultoria McKinsey estimam que o valor do mercado global de bem-estar ultrapassa os US$ 1,5 trilhão e deve manter um crescimento de 5% a 10% ao ano. O mesmo levantamento indica que o consumidor classifica o bem-estar em seis dimensões: saúde, forma física, nutrição, aparência, sono emindfulness (especialmente meditação). No Brasil, os gastos com cada uma se divide da seguinte forma:
Saúde 64,6%
Aparência 12,8%
Forma física 11,9%
Mindfulness 5,3%
Nutrição 4,9%
Sono 0,5% Fonte: McKinsey, 2021.
No atual contexto, o bem-estar pode ter seu significado ampliado, pois além dos cuidados pessoais, o sentir-se bem também está vinculado à conveniência e ao aconchego proporcionado por lugares, ambientes e experiências. Identificada pela consultoria WGSN como economia do cuidado, essa é uma tendência em curso e deve atingir a massa de consumidores em 2024. O movimento corresponde ao papel-chave de família, amigos e comunidade para as pessoas, que motiva a busca por equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, além de bem-estar em diferentes locais e momentos.
O desejo por conforto e descanso nos espaços cotidianos pode beneficiar diversos segmentos. No caso do varejo, é possível comercializar produtos e criar espaços físicos focados em proporcionar uma experiência confortável e relaxante. Decoração e turismo também devem ser beneficiados criando uma atmosfera de familiaridade e repouso.
Por meio do estudo global “Top strategic IoT trends and technologies through 2023” realizado pela Gartner, hipóteses sobre tendências tecnológicas foram levantadas para o mercado global. Novas tecnologias e o aprimoramento de algumas já existentes irão impulsionar a inovação digital em diversos setores. Portanto, as empresas devem se certificar de que têm a estrutura necessária para possibilitar a incorporação das evoluções tecnológicas. Algumas das principais tendências para 2023 são:
A mentalidadeDigital First trata de adotar uma abordagem na qual o digital é priorizado no funcionamento do negócio. O objetivo do modelo é favorecer soluções inovadoras atreladas ao ambiente digital. Mesmo que não seja a prio- ridade da empresa, é importante pensar nessas mudanças. Usar novas tecnologias é diferente de digitalizar os processos do empreendimento. A digitalização ocorre quando processos, docu- mentos ou locais de trabalho passam a existir de maneira digital. Entre os benefícios de se implementar esta abor- dagem está o ganho de produtividade, pois o tempo dos profissionais é dedicado mais a atividades rele- vantes do que com funções burocráticas. Também é um investimento sustentável, proporcionando ganhos ambientais e redução de custos. Para a promoção da marca, a digitalização viabiliza es- tratégias de marketing digital e aumenta o alcance que os produtos já possuem.
A digitalização é um processo gradual que deve passar por um mapeamento de oportuni- dades, estabelecimento de metas e proposição de treinamentos para que os profissionais tenham a habilidade necessária. Com tempo e aprendiza- do, os métodos são substituídos e a digitalização efetivada. Para concretizar a mudança de men- talidade para o digital first é fundamental que se priorize o uso de boas ferramentas, coletar e analisar dados internos e incentivar as lideranças a adotar e disseminar o método.
A Internet das Coisas ( Internet of Things) é entendida como o conjunto de dispositivos que têm capacidade de coletar, armazenar, processar e trocar dados em tempo real por meio de uma rede sem fio. A partir de softwares, as informações coletadas são usadas para indicar ações conforme as necessidades da empresa. Os dispositivos também podem ser sincronizados e operar de forma integrada, os comandos podem ser feitos remotamente conforme a necessidade do empreendimento.
Em 2018, o número de dispositivos de IoT utilizados no Brasil era de 138,2 milhões, e a perspectiva da Statista é que alcance 415, milhões de dispositivos em 2023.
No agronegócio , pode ser utilizada para orientar maquinários por GPS, correções automáticas de irrigação do solo, monitoramento e detecção de doenças em animais, controle da alimentação de granjas a distância, uso de drones para obter detalhes topográficos e de sensores para medir condições do solo. Há softwares que indicam as condições climáticas da região, o aparecimento de pragas, entre outros dados.
Na indústria alimentícia , os benefícios da tecnologia IoT auxiliam na rastreabilidade das mercadorias e na redução do desperdício, dos riscos na produção e dos custos no processamento das embalagens. De forma ampla, a implementação de um sistema integrado simplifica a logística do empreendimento: há uma economia de energia, as operações ficam mais eficientes e inteligentes, proporcionam uma maior transparência da cadeia de suprimentos, além de aprimorar a segurança dos alimentos.
A Realidade Virtual (RV) é a criação de um ambiente virtual no qual os usuários se sentem imersos. Para a RV é necessário ter um óculos ou capacete com capacidade de exibir as cenas e os objetos gerados por um computador. Trata-se de um espaço em que tudo que é visto foi criado de maneira artificial. A inovação tem sido usada pela medicina no tratamento e pesquisa de algumas doenças. No e-commerce pode ser usada para experimentar roupas, provar combinações variadas e fazer uma consultoria do tipo físico. Pode auxiliar também lojas de decoração com a possibilidade de criar ambientes com objetos e móveis vendidos no estabelecimento ou mesmo no showroom de construtoras.
A Realidade Aumentada (RA) é a inserção de objetos virtuais em um ambiente real. Não é necessário o uso de um óculos especial, apenas um dispositivo com uma câmera para projetar o item. Assim, é criada a ilusão de que ele está no mesmo ambiente que os objetos físicos. A RA tem sido utilizada por empresas em treinamentos da equipe sem necessidade de ir a campo, de maneira interativa e com menores riscos aos profissionais. No comércio é utilizada para que o cliente possa projetar um objeto em seu tamanho real num ambiente, útil para venda de móveis e eletrodomésticos. Também é usada para provar maquiagens por meio de filtros que simulam o produto no rosto. Em diversos setores os colaboradores realizam treinamentos para melhorar o desempenho. Com sua popularização, ferramentas mais acessíveis aos pequenos negócios devem ser lançadas.
As pessoas buscam estímulos constantes, especialmente em um momento de hibridização da vida, inclusive no consumo. Soma-se a isso a busca por experiências memoráveis: segundo uma pesquisa da Zendesk, 75% dos consumidores estão dispostos a pagar mais em produtos e serviços de empresas que proporcionem a eles boas experiências. Além disso, segundo pesquisa da Dimension Data, das empresas que investiram em aprimorar a experiência de seus clientes, 84% viram aumento nas receitas e 92% tiveram maior fidelização. Ou seja, a experiência é uma tendência que traz resultados, mas que demanda constantes novas posturas e ações dos negócios.
O hibridismo já vinha ganhando força nos últimos anos, mas se intensificou na pandemia, levando à ascensão do termo “Fígital” , que mescla experiências de consumo físicas e digitais. E saber integrar esses dois universos é um diferencial para os negócios. Para se ter ideia, uma pesquisa da Deloitte constatou, já em 2019, que em 65% das empresas analisadas, mais da metade dos clientes costumam consultar os preços na internet antes de comprar em lojas físicas. Isso mostra o nível de integração dos consumidores com o on-line mesmo quando consomem no formato tradicional.
Um exemplo do varejo híbrido vem do setor de moda dos EUA, no qual as devoluções de peças custaram US$ 550 bilhões em 2020, o que levou as marcas do segmento a investirem em ferramentas para mitigar esse impacto. Como? Scan corporal 3D e compras com a Realidade Aumentada (RA). Assim, o “fígital” incorpora tecnologias que completam a experiência digital do consumidor ao trazê-la para o mundo físico. Uma tecnologia mais acessível nesse sentido é o streaming como vitrine , visto como tendência para 2023. Com ele os clientes poderão, a partir de vídeos interativos, analisar detalhes dos produtos que lhe interessarem, e comprá-los com poucos cliques. Esses estímulos sensoriais permitirão maior engajamento, pois exploram um comportamento crescente. Nos EUA, uma pesquisa da Nielsen mostrou que em julho de 2022 espectadores passaram 34,8% do seu tempo em plataformas streaming (22,6% mais que em julho de 2021).
Estar presente em todos os canais de venda, o chamadoomnichannel, vem sendo uma estratégia muito adotada e mais recentemente questionada. De olho em 2023, uma pesquisa da Opinion Box e da Dito mostra que, nos últimos 12 meses, 76% dos consumidores brasileiros compraram em lojas físicas e digitais, e que para 84% o ideal é a integração entre esses dois. Aqui, os marketplaces são tendência: segundo a pesquisa, 90% dos entrevistados disseram ter hábitos de comprar nesse tipo de plataforma, que agrega múltiplos produtos e vendedores. Atuar em múltiplos canais é importante para contemplar as preferências dos clientes. Mas em um cenário de economia incerta e de consumidores com menos dinheiro, é importante que a presença em diferentes plataformas ocorra de forma planejada e estratégica. É preciso identificar onde os clientes efetivamente estão e atuar sempre conforme a real capacidade de atendimento da empresa. Lembre-se de que ampliar sua presença para novos canais pode trazer uma demanda inesperada. Por isso, em 2023, é importante questionar se o omnichannel realmente é a melhor estratégia para sua empresa ou se fortalecer os canais mais consolidados pode trazer mais resultados.
Para ser marcante e estimulante, uma expe- riência precisa ter um significado para a pessoa que a vive. No consumo isso não é diferente, e o varejo precisa mais do que apenas vender, mas conquistar, pois os clientes da era da experiência buscam justamente as marcas com as quais eles se identificam. Em pesquisa sobre o varejo em 2023, a Opinion Box e a Dito identificaram que 72% dos consu- midores brasileiros esperam que as empresas saibam reconhecê-los enquanto indivíduos com interesses únicos. O primeiro passo é conhe- cer seu público para, a partir daí, personalizar o atendimento.
Mas a personalização da experiência precisa ir mais longe. Com o consumidor cada vez mais digital e a internet sendo uma ferramenta de ampla abrangência, é importante não cair na padronização ou robotização do atendimento. Mesmo à distância, o atendimento deve ser hu- manizado, de pessoa para pessoa. Para isso, é imprescindível estar em múltiplos canais de co- municação, entender as preferências de contato do seu público e, preferivelmente, ter na empresa alguém responsável por essa comunicação – 76% dos empreendedores do varejo concordam que o atendimento é uma prioridade para os negó- cios, mas apenas 18% das marcas acompanham métricas de atendimento. Sobre a preferência de atendimento, a pesquisa da Opinion Box e da Dito revela que o WhatsApp se destaca e está na preferência de 67% dos consumidores quando se trata de relacionamento com a marca que os atende; em seguida o chat on-line (48%). Por isso, as empresas que buscam se aproximar de seus clientes devem apostar nesses canais de comunicação ao personalizar e humanizar o atendimento.
A mesma pesquisa indica que 69% dos consumidores consideram comprar de empresas que oferecem produtos ou serviços personalizados.
O cross-selling é uma das estratégias que têm ajudado a apresentar com mais assertividade os produtos aos clientes, pois, entendendo seus perfis e suas compras anteriores, as lojas podem ofertar itens adequados ao seu interesse. Além disso, 75% dos consumidores indicam marcas que oferecem experiências personalizadas.
Os novos comportamentos, tecnologias e experiências projetados para 2023 devem ter impactos na gestão e trazer desafios. Entre eles está o maior foco nas pessoas, sejam consumidores ou colaboradores, o que irá demandar novas estratégias para oferecer o que eles realmente precisam em termos de produtos, serviços, ambiente de trabalho e cultura dos negócios. Sua gestão está preparada? Confira a seguir!
Soluções com foco no cliente são mais bem recebidas no mercado. Afinal, se o que o consumidor deseja em 2023 são experiências e personalização, é preciso criar processos para entender suas necessidades e entregar exatamente o que ele precisa.
A pesquisa e análise de dados sobre os consumidores é uma das principais aliadas dos negócios que buscam o foco no cliente. É possível consultar informações do seu cadastro, em pesquisas de satisfação, publicar enquetes nas redes sociais e efetuar até o básico: telefonar e conversar com os clientes e buscar entender sua visão sobre as soluções da empresa, o que pode contemplar os adeptos ao atendimento humanizado. Já em negócios digitais, é importante contar com a possibilidade de customização de plataformas e preferências de uso, além de agilidade no suporte ao cliente, buscando contemplar suas expectativas e aproveitar todas as oportunidades de feedback. Ações práticas: ampliar o horário de funcio- namento, atuar em novos canais de venda e aderir a novos meios de pagamento são exemplos de ações simples que podem orientar o negócio às preferências do cliente de forma mais assertiva. Softwares de gestão, inclusive gratuitos, podem gerar informações sobre os hábitos do cliente e facilitar a adoção de melhorias. Independentemente do setor de atuação, as empresas precisam conhecer os consumidores e suas necessidades, a fim de elaborar as soluções corretas.
O maior uso de tecnologias e a entrada de novas gerações no mercado de trabalho está gerando mudanças na gestão de pessoas. É crescente a visão de que os colaboradores também estão no comando do negócio e de que uma boa experiência no trabalho é capaz de favorecer a inovação, o aprendizado e o alcance dos objetivos. Levantamento da Gartner indica que a experiência do colaborador será uma prioridade para 47% dos líderes de Recursos Humanos em 2023, mas que as transformações no mercado e no papel do trabalho têm tornado mais difícil entender e satisfazer suas necessidades. Criando uma boa experiência: mesmo que você só tenha um funcionário, é importante criar condições para que ele se desenvolva e cresça, e o mesmo é válido para equipes maiores. Implementar rotinas mais flexíveis, ações para o bem-estar, propor metas desafiadoras, propor- cionar autonomia e uma comunicação clara e objetiva são alguns passos para ter um bom ambiente de trabalho. Além disso, forneça qualificação profissional e benefícios, levando os funcionários a sentirem-se valorizados.
Em um mundo que passa por rápidas trans- formações tecnológicas, sociais e econômicas, a cultura empresarial precisa ser flexível, adaptá- vel e aberta para acompanhar as mudanças de rota que muitas vezes são necessárias no atual ambiente de negócios. Digital é uma cultura: uma das maiores demandas dos últimos anos é a transformação digital, que pode ir desde a adoção do WhatsApp para vender, a implementação de novos softwares de gestão até a automação de processos. Mas antes de aderir a tecnologias, é preciso atentar às mudanças culturais necessárias para operar de forma digital. Colocar o cliente no centro das decisões, aceitar riscos maiores e estimular que os colaboradores tomem decisões importantes são alguns elementos que ajudam a criar uma cultura digital. Metodologias para gestão: a transformação digital exige que a gestão responda à rapidez de fluxos e processos. As metodologias ágeis ajudam a criar um ambiente favorável às mudanças e ao desenvolvimento de produtos e serviços ali- nhados às necessidades dos clientes. Isso porque são flexíveis e têm ciclos curtos de planejamen- to, que permitem testar soluções, corrigir erros, fazer entregas frequentes e alcançar melhorias constantes. Entre elas estão o Scrum, o Kanban e o Lean que, embora diferentes, compartilham o objetivo de tornar a gestão mais eficiente.
Para quem busca informações sobre uma marca, a opinião de outros consumidores é valiosa. As recomendações em redes sociais, mecanismos de busca e YouTube funcionam como o marketing “boca a boca”, agregando mais valor às soluções do que a publicidade. No TikTok, o fenômeno acontece espontaneamente e é chamado deComunnity Commerce, quando usuários viralizam conteúdos sobre um produto. Isso ocorre em resposta ao grande volume de anúncios, rejeitado pelos consumidores mais jovens. Embora seja comum que a prática ocorra de forma orgânica, é possível criar estratégias deComunnity Commerce, como monitorar hashtags, músicas e trends em alta no TikTok e no Instagram, produzindo conteúdos sobre seu produto ou serviço atrelados a esses elementos. O importante é ser autêntico e natural nessas publicações.
Independentemente do seu segmento de atuação, algumas práticas devem ter impacto transversal nos negócios, ou seja, em diferentes mercados. Por isso, fique atento e procure oportu- nidades de atuar a partir das tendências abaixo. Transparência: diversos grupos de consumidores exigem transformações positivas de empresas dos pontos de vista ambiental, social e ético. Por isso, é preciso criar instrumentos de controle sobre esses tópicos e corresponder à demanda dos clientes por transparência. Em 2023, utilize seus canais de comunicação para mostrar os bastidores dos seus processos e indicar que está em conformidade com essas as demandas. Novas matérias-primas: seja para desenvolver novos produtos, alimentos, embalagens, fontes de energia elétrica, é preciso levar em consideração alternativas aos insumos tradicionais. É possível aumentar o uso de matérias-primas vegetais, fazer parcerias com artesãos e produtores locais, utilizar fibras naturais na produção de roupas, reduzir a dependência de energias poluentes (como os combustíveis fósseis), entre muitas outras. Apelo emocional à nostalgia: o passado está de volta, pelo menos na mente do consumidor. Em 2020, a venda de vinis superou pela primeira vez a venda de CDs nos Estados Unidos desde a década de 1980, segundo Associação Americana da Indústria Fonográfica. Séries, filmes, jogos de videogame de décadas passadas também passam por uma alta demanda, motivando a busca de outros produtos associados. Na prática, além de produtos retrô, a comunicação da empresa pode incorporar memes e músicas. Educar o consumidor: o consumidor está cansado da publicidade nas redes sociais, por isso, produzir conteúdo de qualidade com autoridade no seu setor de atuação é um diferencial que pode ser decisivo na consolidação do negócio. Infoprodutos, como aulas, cursos e e-books, tutoriais em vídeo, e uma comunicação focada em educar o consumidor são estratégias que podem ser adotadas com esse objetivo. Sua empresa deve se posicionar de modo que o consumidor ganhe confiança na sua expertise e possa tomar melhores decisões de compra.
São muitas as formas de interagir com as tendências e as transformações que irão guiar os negócios em 2023. Ser criterioso com o atendimento, ouvir o cliente e se integrar ao mundo digital seguem no topo das prioridades, além de ganhar agilidade e flexibilidade para lidar com um mundo que se transforma diariamente e renova perspectivas culturais para o negócio. Esperamos que este conteúdo ajude seu negócio a entrar no próximo ano com boas ideias para inovar e crescer!
RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA
Multissetorial
14 a 20 de outubro de 2022
Ana Beatriz Slomski Mayara Bacelar Paulo Henrique de Souza
Fontes utilizadas
Luis Fernando Peixoto. O desafio dos CEOs: como criar uma cultura digital. BrazilJournal. 2019. As aplicações da inteligência artificial na agricultura. TOTVS. 2020. Artificial Intelligence (AI). Statista. 2021.Digital first: conheça essa nova tendência e veja como implementar na empresa. DocuSign. 2021. Najara Bertão.Número de empresas que abrem clubes de assinatura cresce 18% em 2021, mostra pesquisa. Valor Investe. 2021. Shaun Callaghan, Martin Lösch e Anna Pione.Sentir-se bem: o futuro do mercado de bem-estar de $ 1,5 trilhão.McKinsey & Company. 2021. Lara Sokolova.O que saber sobre agricultura inteligente usando IoT. Forbes. 2021. REDAÇÃO.Sustentabilidade é importante para 82% dos brasileiros, mostra levantamento da Opinion Box. Forbes Brasil. 2021. Tendências deCustomer Experience para 2022 e 2023. Pliq. 2021. Carina Xavier. Autenticação de dois fatores para o seu site? Saiba como utilizá-la! Blog GoDaddy Brasil. 2021. 90% dos lares brasileiros já têm acesso à internet no Brasil, aponta pesquisa. Governo Federal. 2022. 5 tecnologias que estarão em alta para a indústria alimentícia em 2023. Consistem. 2022. 2023: tendências tecnológicas que devem impactar o mundo. LabSIM.