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Técnicas de Diagnóstico e Processamento de Amostras Biológicas, Notas de estudo de Microbiologia

Este documento aborda as principais técnicas de diagnóstico utilizadas em laboratórios clínicos, incluindo microscopia, meios de cultura, imunoensaios, ensaios moleculares e cromatografia. Também são detalhados os métodos coprológicos para identificação de parasitas, como kato-katz, hoffman, willis e faust. Os diferentes tipos de meios de cultura, como sólidos, líquidos e seletivos, e as técnicas de semeadura, como quantitativa e por esgotamento. Além disso, são explicadas as técnicas de elisa, western blot, hplc e pcr, bem como os conceitos de biossegurança e os procedimentos operacionais padrão (pops) no processamento de amostras biológicas. Por fim, o documento aborda as características das colônias bacterianas e a identificação de bactérias multirresistentes, como bacilos gram-negativos não fermentadores e enterobactérias.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 14/08/2024

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Resumo análises clínicas
Diagnostico é realizado através de
informações sobre os sintomas, histórico
do paciente e exame físico
Algumas técnicas de diagnostico são:
Microscópio/coloração – fornece
resultado rápido, é barato, mas pode ser
impreciso sendo necessário muitas vezes a
cultura (inútil para vírus)
Meio de cultura – resultado lento, é
barato, possui certo grau de imprecisão
(para vírus necessário cultura de células)
Imunoensaios- resultado rápido, um
pouco caro e pouca imprecisão (vírus
podem ser diagnosticados)
Ensaios moleculares – resultado rápido,
caro e pouquíssima imprecisão (vírus
podem ser diagnosticados)
Cromatografia – resultado rápido, caro e
pouquíssima imprecisão, utilizado
geralmente em doenças metabólicas
Ideal realizar pelo menos 2 tipos
Sanguíneos – gota espessa e esfregaço
(possível identificar parasitas
sanguíneos)
Coprológicos – macroscópicos e
microscópicos identificação de vermes
adultos, cistos ou ovos existem vários
métodos utilizados mas sua aplicação
depende principalmente da densidade
do material buscados
Os principais métodos buscam
concentrar o material buscado, são eles:
Kato-katz - procedimento envolve a
criação de uma lâmina de microscopia
contendo uma amostra fecal finamente
distribuída entre duas lâminas de vidro,
seguida pela coloração dos ovos para
facilitar a visualização sob um
microscópio.
Hoffman - Envolve a concentração de
ovos através de filtragem e
sedimentação, seguida por microscopia
para identificação dos ovos do parasita
(é coletado o que ficou sedimentado e
colocado numa lâmina).
Willis - Envolve a concentração de ovos
presentes na amostra de fezes através de
sedimentação e flutuação em soluções
específicas, permitindo a visualização
microscópica dos ovos 9 é utilizado
cloreto de sódio nessa técnica e são
coletados resíduos da parte de cima da
amostra “aqueles que flutuaram” e
colocados nume lamina para
visualização)
Faust - Envolve a mistura da amostra
fecal com uma solução de formol,
seguida por sedimentação e filtração. Os
ovos presentes na amostra são então
concentrados e podem ser visualizados
sob um microscópio para identificação.
Bactérias – semeadura/crescimento
O objetivo principal é transferir
bactérias de um meio de cultura ou do
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Resumo análises clínicas

Diagnostico é realizado através de informações sobre os sintomas, histórico do paciente e exame físico Algumas técnicas de diagnostico são: Microscópio/coloração – fornece resultado rápido, é barato, mas pode ser impreciso sendo necessário muitas vezes a cultura (inútil para vírus) Meio de cultura – resultado lento, é barato, possui certo grau de imprecisão (para vírus necessário cultura de células) Imunoensaios- resultado rápido, um pouco caro e pouca imprecisão (vírus podem ser diagnosticados) Ensaios moleculares – resultado rápido, caro e pouquíssima imprecisão (vírus podem ser diagnosticados) Cromatografia – resultado rápido, caro e pouquíssima imprecisão, utilizado geralmente em doenças metabólicas Ideal realizar pelo menos 2 tipos Sanguíneos – gota espessa e esfregaço (possível identificar parasitas sanguíneos) Coprológicos – macroscópicos e microscópicos identificação de vermes adultos, cistos ou ovos existem vários métodos utilizados mas sua aplicação depende principalmente da densidade do material buscados Os principais métodos buscam concentrar o material buscado, são eles: Kato-katz - procedimento envolve a criação de uma lâmina de microscopia contendo uma amostra fecal finamente distribuída entre duas lâminas de vidro, seguida pela coloração dos ovos para facilitar a visualização sob um microscópio. Hoffman - Envolve a concentração de ovos através de filtragem e sedimentação, seguida por microscopia para identificação dos ovos do parasita (é coletado o que ficou sedimentado e colocado numa lâmina). Willis - Envolve a concentração de ovos presentes na amostra de fezes através de sedimentação e flutuação em soluções específicas, permitindo a visualização microscópica dos ovos 9 é utilizado cloreto de sódio nessa técnica e são coletados resíduos da parte de cima da amostra “aqueles que flutuaram” e colocados nume lamina para visualização) Faust - Envolve a mistura da amostra fecal com uma solução de formol, seguida por sedimentação e filtração. Os ovos presentes na amostra são então concentrados e podem ser visualizados sob um microscópio para identificação. Bactérias – semeadura/crescimento O objetivo principal é transferir bactérias de um meio de cultura ou do

material analisado para outro existem alguns tipos de meio de cultura:  Sólidos – indicado para se obter colônias puras, isolar e identificar bactérias  Semi-sólidos – indicado para verificar tensões variadas de O² e motilidade  Líquidos – indicados para verificar multiplicação, análise de crescimento e extração de proteínas Existem ainda 4 categorias em que os meios de cultura são divididos;  Meios não seletivos – cresce qualquer microrganismo EX: ágar sangue, ágar chocolate e ágar sabouraud  Meios seletivos – alguns microrganismos não crescem EX: ágar mcConkey, ágar manitol, ágar ss  Meio diferenciais – diferenciam microrganismos crescem EX: ágar mcConkey (gram negativas e ferementadora de lactose ficam avermelhadas), ágar manitol (isolamento de estafilococos) , ágar ss (fica preto quando salmonella)  Meios especializados – feito especificamente para o microrganismo de interesse  Meio de cultura definido – conhece-se todos os componentes químicos presentes  Meio de cultura indefinido – é adicionado produtos naturais (sangue, leveduras, leite e etc) Tipos de semeadura:  Quantitativa – a amostra é coletada com uma alça bacteriológica, é feito um inoculo central e depois várias estrias em formato de zigue zague tem como objetivo quantificar os microrganismos presentes na amostra  Por esgotamento – é coletada a amostra com a alça bacteriológica e realizada uma estria em formato de zigue zague o processo é repetido e devem ser feitas até cinco estrias em locais diferentes do meio de cultura, O objetivo da semeadura por esgotamento é isolar e cultivar bactérias ou fungos presentes em uma amostra, permitindo a identificação e análise de microrganismos específicos. Este método é frequentemente usado para a contagem e identificação de microrganismos em amostras Semeadura em meios sólidos ou semi- sólidos em tubo de ensaios:  Extria sinuosa – alça ou algulha bacteriológica com a maostra, faz um zigue e zague da base para extremidade, o objetivo é obter intensa massa de microrganismos  Estria reta – com a agulha bacteriológica com a amostra é feito uma linha reta da base para extremidade com cuidado para não ferir o agar, o objetivo é obter uma pequena massa de microrganismos

para separar, identificar e quantificar componentes individuais em uma mistura de compostos químicos. Ela funciona através da passagem de uma amostra líquida através de uma coluna contendo material de enchimento estacionário. Os diferentes componentes da amostra interagem de maneiras diferentes com o material estacionário e são eluídos em momentos distintos. A detecção é feita geralmente por um detector que registra a intensidade do sinal ao longo do tempo, produzindo um cromatograma que revela a composição da amostra (APLICADO NOS TESTE DE BETAHCG) Reação de cadeia em polimerase (PCR) – tem como principio aumentar as fitas de dna de um organismo de interesse, de modo que o dna se torna visível em eletroforese, ele busca a presença de um organismo invasor no corpo humano, é feita o desnaturação do dna em uma temperatura de 96º, depois de resfriado é adicionado primers específicos que se liguem as sequencias do dna alvo, a enzima dna polimerase sintetiza uma nova fita de dna complementar ao dna alvo usando primers como ponto de partida, o processo é repetido varias vezes resultando em uma amplificação exponencial o resultado é visto atraves de eletroforese Biossegurança - condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente, existem 4 niveis: Nível 1 (NB1) – Organismos que não causam doença ao homem Nível 2 (NB2) – organismos associados a doenças Nível 3 (NB3) – organismos associados a danos potencialmente letais Nível 4 (NB4) – alto risco de transmissão ou risco desconhecido Cabines de segurança –  Capelas – exaustão de produtos químicos  Fluxo laminar – filtra o ar que entra protegendo o material de possíveis contaminações  Cabine de segurança biológica classe 1 – filtra o ar que sai protegendo o operador, a amostra e o ambiente  Cabine de segurança biológica classe 2 – filtra o ar que recircula e também o ar que sai , protege o material, o operador e o ambiente  Cabine de segurança biológica classe 3 - filtra o ar que entra e o ar que sai duas vezes, hermeticamente fechada, indicada para microrganismos de alto poder infectante e alta patogenia Descontaminação biológica –  Autoclave – usado contra bactérias,microbactérias, esporos, fungos e vírus é aplicad em resíduos infectantes, líquidos e vidrarias

 Incinerador – usado contra bactérias, microbactérias, esporos, fungos e vírus e aplicado em alças e fios bacteriológicos  Compostos clorados – usado contra bactérias, microbactérias, esporos, fungos e vírus e aplicados em superfícies e laminas  Álcool etílico – usado contra bactérias, microbactérias, esporos, fungos e vírus e aplicado em superfices e na pele Processamento inicial de amostras biológicas  Fase pré-analítica (pré-exame) atendimento ao paciente, solicitação medica, coleta de amostras, tratamento de amostras antes da analise e armazenamento e transporte de amostras  Fase analítica – recebimento das amostras , processamento inicial, realização dos testes, interpretação dos resultados do teste e realização do exame  Fase pós analítica – interpretação e emissão dos resultados, gerenciamento das amostras após os exames e assessoria médica ou técnica POPs (procedimentos operacionais padrão) As características da colônia podem auxiliar na sua identificação (cor, formato e odor) mas pode ser necessário a aplicação de técnicas diferenciais e antibiograma Bactérias multirresistentes  Infecção hospitalar – manifestação clínica de infecção que se apresenta 72h após a admissão  Bactérias multirresistentes – resistentes a 2 ou mais classes antimicrobianos, causadas geralmente por estafilococos resistentes, enterococos, enterobactérias São separadas em grupos – Cocos (enterococos e estafilococos) Enterococos – representa por 9 espécies As enterobactérias são separadas em grupos-  Bacilos gram-negativos não fermentadores de glicose (geralmente oxidase positiva e moveis) – não esporulados, com motilidade variável, crescem em meios básicos, meios ricos e meios seletivos, são anaeróbios facultativos, os principais mecanismos de resistência estão relacionados a produção de enzimas como a beta-lactamases (geram resistência a penicilina e cefalosporinas)  Bacilos gram-negativos fermentadores de glicose (enterobactérias) – relatadas em muitos hospitais, possuem resistência a beta-lactamicos e aminoglicosídeos e elevada resistência a quinolonas, geralmente sensíveis a carbapenens