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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

ZORAIDE CIPRIANO MOTA

TCC

GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA

URUAÇU-GO

ZORAIDE CIPRIANO MOTA

da puberdade, a adolescência final, tanto na teoria como na prática, não estabelece critérios rígidos. Esse trabalho foi fundamentado nos autores Gomes (2003) Houaiss (2002), Aberastury (2003) e Knobel (2002). O tema essa está relacionado á aquisição de uma maior autonomia e independência em diversos campos da vida, expressa na possibilidade de manter-se profissionalmente, na aquisição e na sedimentação de valores pessoais, no estabelecimento de uma identidade sexual, de relações afetivas estáveis e de relações de reciprocidade com as gerações precedentes, familiares e membros da sociedade. Traduzindo, que seria sair da dependência sem restrições, mas uma interdependência sadia com a sociedade, a escola, a família e o ambiente em que se vive.

Palavras-chave : Sexualidade; gravidez na Adolescência; métodos contraceptivos.

SUMÁRIO

1. Introdução .............................................................................................................
   2. Objetivos ............................................................................................................... 2.1. Geral ................................................................................................................. 2.2 Específicos .........................................................................................................
2. Justificativa ............................................................................................................
3. Metodologia ...........................................................................................................
4. A adolescência ...................................................................................................... 6 A Sexualidade.........................................................................................................

6.1 O Desenvolvimento da Sexualidade.................................................................... 6.2 A gravidez precoce no contexto brasileiro na atualidade .................................... 6.3 Consequencias da gravidez precoce .................................................................. 6.4 Educar para a sexualidade .................................................................................. 6.5 As transformações corporais e a sexualidade ..................................................... 6.6 A revolução sexual e suas conseqüências .......................................................... 6.7 Sexualidade na adolescência ..............................................................................

7. Prevenção da gravidez na adolescência................................................................ 7.1 Maneira de ver a gravidez na adolescência ........................................................ 7.2 A realidade da gravidez na adolescência ............................................................ 7.3 Riscos da gravidez na adolescência para a mãe ................................................ 7.4 Medidas preventivas ............................................................................................ 7.5 Camisinha masculina .......................................................................................... 7.6 Camisinha feminina ............................................................................................. 7.7 Outros métodos ................................................................................................... 7.8 Preservativo .........................................................................................................

Considerações finais ................................................................................................. Referencias .............................................................................................................. Apêndice A.. .............................................................................................................. Apêndice B.................................................................................................................

1- INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas importâncias referente a vida de adolescentes que são vulneráveis ás informações e necessitam de orientação, isto é, de um sistema de prevenção à gravidez. A edificação da autonomia do adolescente pode ser ampliada pelo meio de um projeto de vida, abrangendo várias grandezas, como; auto cuidado corporal e nutricional, estudo, trabalho, amizades, lazer, namoro, esporte, atividades artísticas e culturais, planos em relação á vida profissional e afetiva. Pois com os adolescentes é necessário ser enérgico.

masculino e feminino, o diafragma e o Dispositivo Intra-uterino (DIU). Há também os anticoncepcionais orais (pílula) e os injetáveis (mensal e trimestral), além da laqueadura tubária e a vasectomia. Ultimamente, os meios de comunicação social tem sido o meio mais audaz para incentivar à vida sexual. Entretanto, tal forma de incentivo tem uma magnitude imensamente voltada para o lado contrário. Na televisão, são bastantes horas volvidas para a desmoralização ao próximo, para valorizar mais um sexo do que outro É preciso lembrar que sexo é bom, quando é bom tanto para o homem quanto para a mulher. A adolescência é um período bastante perturbado na maior parte das vezes, é devido as descobertas, as idéias contrárias às dos pais e também irmãos, concepção da identidade, período onde as conversas envolvem namoro, brincadeiras e preconceitos. É uma fase do desenvolvimento do ser humano que permanece entre infância e a fase adulta. Muitas agitações são entendidas na fisiologia do organismo, nos pensamentos e também nas atitudes desses jovens. Segundo GOODSON (2005) “A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento do embrião na mulher e envolve várias alterações físicas e psicológicas”. Portanto,desde o crescimento do útero e transformação nas mamas e principalmente as preocupações relacionadas ao futuro da criança que ainda irá nascer, são aforismos e agitações importantes para a ocasião. Quando a adolescência e a gravidez acontecem ao mesmo tempo, isso pode causar consequências graves para toda a família, principalmente para as adolescentes grávidas, sempre causa conflitos e tensões. Os jovens jamais estão preparados para enfrentar uma gravidez, nem psicologicamente muitos menos financeiramente para assumir a responsabilidade de criar um filho. E essa falta de preparo é que muitas vezes levam as adolescentes a praticarem o aborto e também abandonar os estudos, fugindo da própria realidade e levando uma vida difícil. A gravidez marca a vida e o destino da adolescente, pois essa nunca está preparada para assumir uma gravidez e principalmente para criar um filho,geralmente abandona os estudos e isso faz com que sua vida profissional e também pessoal fique comprometida para sempre. As adolescentes grávidas passam por dois problemas emocionais diferenciados: um é que perdeu seu corpo de criança, e outro por um corpo adolescente recém apanhado, que está se transformando rapidamente devido a gravidez. Tais mudanças no

corpo adquirido de maneira rápida, de um corpo em formação para o de uma menina mulher grávida, são vividas pelas adolescentes com espanto e até medo. Devido a isso é fundamental a aceitação e a ajuda no que se refere as transformações que estão acontecendo por parte do companheiro, dos familiares, dos amigos e principalmente pelos pais. Quando a adolescente engravida, é fundamental o apoio da família e principalmente do companheiro, a vida dessa adolescente irá passar por grandes transformações e também irá precisar da ajuda de outras pessoas como, por exemplo, a assistente social quando ela ganhar o bebê e ter a orientação certa para que não venha engravidar novamente tão cedo. Os riscos de problemas tanto para a mãe quanto para a criança são de preocupação quando o atendimento médico pré-natal atende as expectativas. Isto acontece porque, a adolescente sempre tem o costume de esconder a gravidez até a barriga começar a aparecer, e isso faz com que não tenha uma assistência pré-natal desde o começo da gravidez. Tem também a probabilidade de gravidez contínua, os riscos do aborto instigado e os problemas para amamentar o bebê. Devido a isso, a gravidez entre adolescentes deve ser vista como sendo um problema não apenas médico, mas também de toda a sociedade. É importante a participação da família, serviços médicos e instituições, tanto governamentais como não-governamentais, no combate à gravidez precoce e indesejada.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral : Refletir e orientar a prevenção á gravidez não projetada e ao uso/ abuso de substancias; incitando a frequência aos serviços de atenção irrestrita aos adolescentes e sobre as relações familiares na adolescência, com os pais e os familiares, para que vivam com saúde e percebam a seriedade do projeto de vida, explicando a responsabilidade por sua saúde reprodutiva.

2.2 Objetivos Específicos

• Promover no adolescente, através de palestras um comportamento responsável no que se refere ao sexo seguro e ao adiamento da idade do início da atividade sexual.

diálogo, segurança, afeto e também auxílio os adolescentes envolvidos e o bebe que foi gerado se desenvolvam de maneira saudável. Contando com o apoio da família, diminui os riscos de aborto e dificuldades em amamentar. As alterações na gravidez abrangem diferentes inquietações no organismo da jovem grávida e sinais de depressão e humor que tendem piorar ou melhorar. Muitas das adolescentes grávidas não vêem esperança no futuro, não fazem planos de vida, pois não vêem possibilidade de uma vida melhor. Adicionado a isso, a carência de orientação sexual e de informações relacionadas ao assunto, os meios de comunicação social que passa aos jovens o intuito de sensualidade, a libido, beleza e liberdade sexual, e também a fase de fazer tudo sem pensar, sem premeditar nas consequências, aumentando ainda mais o numero de gestação na adolescência. Quando não existe diálogo com a família gera um fator que faz com que a falta de apoio leve muitas meninas engravidarem cedo, pois sempre buscam informações com pessoas erradas e em lugares errados. De acordo com Banaco, (2005 )este comportamento durante a adolescência deve-se às expectativas sociais e à modelação a partir da televisão, filmes e músicas que influenciam o espectador desde a mais tenra idade. Esses índices de gravidez na adolescência podem baixar e promover um espaço que elas possam se informar melhor, esclarecer suas duvidas e passar esse processo de criança a adolescente se descobrindo naturalmente e aos poucos se tornar adultas e amadurecer comresponsabilidade. Segundo Glaucia da Mota Bueno: ”A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de conflitivo ou de crise”. Não se pode descrever a adolescência como sendo uma simples adaptação às transformações do corpo como sendo um importante período no ciclo existencial da pessoa, um tomado de posição social, familiar, sexual e entre o grupo

4. Metodologia - Levantamento de dados existentes na Secretaria Municipal de Saúde sobre o número de adolescentes grávidas na idade até 19 anos - Análise e organização em gráfico dos dados estatísticos pesquisados - Pesquisa sobre os métodos contraceptivos - Construção de painel com os métodos contraceptivos.

Para a execução deste trabalho, partiu-se primeiramente de uma revisão bibliográfica a fim de refletir sobre os problemas enfrentados por adolescentes antes, durante, e depois da adolescência dentro de um composto teórico. Após essa etapa passou-se à pesquisa de campo que se constituiu de entrevistas com 2 adolescentes, moradoras da minha cidade que foram vítimas da falta de informação e tiveram uma gravidez precoce. O questionário foi composto de 08 e 10 questões que abordam a temática da gravidez na adolescência e educação sexual. A respeito das questões, percebe-se que: hoje os adolescentes iniciam a vida sexual muito cedo, sem entender o porquê. Ás vezes por problemas familiares, ás vezes por descoberta do próprio corpo, ou para descobrir o outro. Mas isto vem acontecendo muito cedo, pois, eles ainda não tem a maturidade para distinguir que o ato sexual é um ato que deve ser amoroso, que deve trazer felicidade para a vida da pessoa e por isso deve ser encarado com responsabilidade com o próprio corpo e com o corpo do parceiro (a). Os adolescentes têm muitas informações relacionadas ao sexo que são surpreendentes, mas, em compensação, não sabem o que fazer com tanta informação. É importante que o serviço social procure fazer com que os pais, professores e assistentes de saúde entendam que o adolescente não consegue converter a informação em educação. Informação só para ficar sabendo oq eu acontece não tem nenhuma serventia. Ultimamente a mídia tem lançado muitas campanhas sobre como usar preservativo e mesmo assim cada vez maia aumenta o numero de adolescentes grávidas e também contaminadas pelo vírus HIV e outros. É obrigação dos assistentes sociais, a família, a escola e até mesmo a igreja rever as formas de orientação e encontrar uma forma de chamar a atenção desses jovens para se orientarem melhor e procurar uma forma mais cuidadosa para a atividade sexual. A educação é muito complexa, ainda mais quando se refere a orientação sexual, não basta somente campanhas é fundamental compreender que praticamente são crianças que estão praticando o ato sexual, existem casos de meninas com apenas dez anos de idade tendo bebê, isto significa que não teve uma educação e nem tampouco uma orientação, pois começou a atividade sexual com apenas nove anos de idade.

como sendo o período de mudança entre a infância e a vida adulta, um período de rápido amadurecimento físico, cognitivo, social e emocional. Porém, Ferreira apud Gomes et al (2003), define adolescência “como o período da vida humana que sucede a infância, começa com a puberdade e se caracteriza por uma série de mudanças corporais e psicológicas”. Para Rosa apud Gomes et al (2003), “(...) o fim da adolescência são os ajustamentos normais do indivíduo aos padrões de expectativa da sociedade, com relação às populações adultas”. É necessário refletir sobre a construção um projeto de vida antes de concretizá- lo caso contrário poderá colocar qualquer adolescente em situação de risco, dependendo da situação social em que se acha. É imprescindível que os atos sejam administrados a todos os adolescentes através de uma organização que apóie e instigue o auto cuidado e o potencial criativo e resolutivo. Porém, deverão ser identificados e sobrepostos nos adolescentes que já se encontram em situação considerada de risco, como por exemplo: ✳ Tenham iniciado a atividade sexual precocemente, sem proteção para DST/Aids e gravidez; ✳ Tenham irmãs grávidas adolescentes ou que foram mães adolescentes; ✳ Fazem parte de famílias desestruturadas; ✳ Estejam passando ou correm risco de sofrer violência doméstica; ✳ Adolescentes com gravidez precoce não cogitada; ✳ (^) Estejam fazendo uso/abuso de substancias legais ou ilegítimas como, por exemplo, o uso de tabaco e do álcool; ✳ Sejam vítimas de exploração sexual ou que tenha sofrido abuso sexual; ✳ Sempre fogem de casa ou se estejam morando nas ruas. Segundo GOMES (2003, p.10) a adolescência de divide em três fases:

• (^) A pré-puberdade, quando o desenvolvimento físico se acelera e busca maior proximidade com os adultos. O lado emocional é muito confuso, com oscilações de sentimentos como ódio e amor, na busca de identificar-se;
• A puberdade, que se inicia por volta dos treze anos, é marcada pela maturidade dos órgãos reprodutores;
• (^) E a pós-puberdade que acontece entre os quinze e vinte anos,é a fase em que deve comprovar responsabilidade perante das cobranças do meio social, como por

exemplo a escolha profissional, equilibrar as relações com o sexo oposto e a formação da identidade, precisando cada vez menos da ajuda intelectual dos adultos. Sempre os adolescentes procuram grupos de amigos com os mesmos interesses, os mesmos gostos e desejos, a fim de uma identificação menos conflitante e mais amigável. É um período onde eles acham normal se afastar da família porque pensam que as famílias não os compreendem e a companhia de outras pessoas é mais viável e essas têm outros interesses sociais. Os pais que não aceitam as escolhas dos filhos, sempre tomam atitudes das quais venham a se arrepender mais tarde, pois os filhos acabam se afastando do grupo familiar. As mães às vezes também tomam atitudes erradas por não aceitar que os filhos cresçam e sempre os tratam como se fosse ainda crianças fazendo com que esses também se afastem de casa, pois tem vergonha de ser tratado como criança. Numa fase de tantas transformações, é importante que haja amizade e muito diálogo no convívio familiar e que os pais tentem amenizar os conflitos vividos, sendo mais flexíveis e compreensivos. Ações inter sociais particulares devem ser trabalhadas entre adolescentes que pertencem ás condições sociais mais contrárias, para enfraquecer o risco de problemas de saúde física e mental, decorrentes da falta de saneamento básico, de desemprego, da violência, da evasão escolar e do tráfico de drogas. O termo puberdade é utilizado para indicar as transformações corporais decorrentes da ação dos hormônios do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. A adolescência tem início com a eclosão pubertária, com intensas modificações biológicas, sendo os seus primeiros acontecimentos, o aparecimento do broto mamário nas meninas ( telarca ) e o aumento do volume testicular nos meninos. O inicio da adolescência acontece entre os 08 e os 13 anos para o sexo feminino e entre 09 e 14 anos, para o sexo masculino. GOMES (2003, p. 17) define o adolescente como: “O indivíduo que vivencia uma fase evolutiva, única da espécie humana, em que acontecem profundas transformações físicas, mentais e sociais, que, o conduzirão a exibir características de homem ou de mulher adultos”.

É uma maneira dos seres humanos se comunicarem, não se restringindo só á possibilidade de obter o prazer genital, sucedido dos órgãos genitais, mas como tudo que se referem ao corpo, seus prazeres e também suas dores. A sua existência junta jeitos afetivos, eróticos e amorosos, pautados á construção da identidade, á história da vida e a valores culturais, morais, sociais e religiosos de cada um. De uma maneira geral, os relacionamentos, o equilíbrio emocional e a manifestação de emoções da pessoa adulta, dependem do desenvolvimento da sexualidade durante as etapas da infância e da adolescência. (MINAS GERAIS). Secretaria de Estado de Saúde. Atenção á saúde do adolescente, 2007 pg.98.

Descobrir a vida pode ser muito agradável, excitante, porque, o adolescente conhece a sua sexualidade na rapidez, na imprudência e na variedade. O procedimento da sexualidade envolve múltiplas extensões da experiência humana, como os aspectos biológicos, afetivos, sociais e também culturais. É uma etapa muito ativa e sua complicação está na característica de que, ao mesmo tempo em que o adolescente está voltado para si mesmo, como uma forma de reconhecimento, também está envolvido com a tarefa de identificar-se socialmente com o grupo. Procurando dessa forma se abrir para a extensão do sexo, isto significa habituar-se ao novo corpo, ás novas percepções e conflitos, que os botam diante de circunstâncias novas. A adolescência é um período de vida típico e conhecido como a fase da auto-afirmação. Assim, as vivencias da sexualidade e o jeito como ela evolui é de extrema seriedade para os relacionamentos, o equilíbrio emocional e o aparecimento doas emoções do individuo adulto. Cada vez mais na sociedade contemporanea esta se tornando comum a gravidez precoce, os adolescentes estão iniciando a vida sexual mais cedo e despreparados É preciso que os adolescentes tomem conhecimento de que a gravidez envolve mais do que problemas físicos, tem que saber que também existem outros problemas tais como emocionais, sociais, e outros. É sabido que uma jovem de 14 anos, ainda é uma criança e não está preparada para ter um bebê e cuidar dele, não tem estrutura para tanto e muito menos para ter e cuidar de uma família. Isso gera polemica polêmica, o das mães solteiras, é comum o rapaz e também as moças não assumirem um relacionamento sério, só “ficam” sem nenhum compromisso e em muitos casos é comum quando surge a gravidez um dos dois abandona a relação

sem se importar com as conseqüências e na maioria das vezes é o rapaz que abandona a relação deixando a moça numa situação difícil. Por isso o número de mães jovens e solteiras vem crescendo consideravelmente. É fundamental que haja diálogo entre os pais, os professores e os próprios adolescentes, como forma de se esclarecerem e se informarem melhor. Nem sempre os pais têm liberdade para terem um diálogo aberto com os filhos, tem vergonha de conversar com os filhos sobre a sexualidade deles e essa falta de diálogo muitas das vezes faz com que as crianças e adolescentes se tornem excluídos e não sabem que atitude tomar quando iniciam a vida sexual. Primeiro, a obrigação de encaminhar os filhos para a vida, ensinar como enfrentar os problemas, como se preservar, é obrigação dos pais, se essa forma de dialogo sempre acontecesse, haveria uma baixa probabilidade e gravidez precoce, pequeno numero de doenças adquiridas através doa to sexual, a vida seria mais fácil tanto para os pais quanto para as crianças e adolescentes.

6.1 O Desenvolvimento da Sexualidade

Segundo a pesquisa realizada, olhar, tocar o sexo dos amigos, masturbar-se, beijar colegas, brincar de médico, são procedimentos inocentes na criança que indicam que a sexualidade da mesma está se desenvolvendo de jeito saudável. Na atualidade, a geração de pais se consideram mais bem resolvida sexualmente do que as gerações anteriores. Alguns pais ficam perdidos, ao flagrar uma criança com somente três anos se masturbando, não sabem que atitude tomar. A criança não tem malicia e nem tampouco sente prazer ao tocar os órgãos genitais, a malicia surge na criança a partir dos 8 anos. Essa maneira de agir faz parte da aventura de descobrir o corpo – tanto o dela quanto o dos outros. "Essa curiosidade indica um desenvolvimento sadio", diz a psicanalista Maria Cecília Pereira da Silva. Mesmo assim, acompanhar esse desenvolvimento não é tão fácil quanto ver o filho dar os primeiros passos. "A sexualidade é embaraçosa porque é repleta de preconceitos.Os adultos tendem a pensar em sexo como coisa de gente grande. As crianças brincam com sua curiosidade sexual", afirma a psicanalista.

O contexto e a valorização das atividades sexuais dependem das condições sócio- econômicas e sócio-culturais, divergindo entre adolescentes do sexo masculino e feminino. Nos adolescentes masculinos, freqüentemente, se aceita que eles tenham um forte instinto sexual e a necessidade de fazer experiências na área sexual. Quase não existem restrições, pelo fato de que as conseqüências não desejadas só aparecem nas mulheres. A sociedade, genericamente, aprova as atividades sexuais das jovens mulheres casadas com menos de 20 anos de idade. (2006. p. 47).

Na maioria das sociedades não há aprovação das atividades sexuais antes do casamento, pois não é visto como sendo algo de bem e que pode ocorrer uma gravidez não desejada. Existe um período dentre a menarca e o casamento que é de hábito manterem as atividades sexuais sobre controle para que não venha acontecer conseqüências que não são desejadas e nem tampouco planejadas. De acordo com LÜDKE E ANDRÉ:

Os valores tradicionais têm desaparecido e as atrações do mundo consumista urbano e as condições econômicas reais nas cidades favorecem tanto as relações sexuais pré-matrimoniais com diferentes parceiros quanto a prostituição juvenil. A melhoria das possibilidades de educação para os adolescentes, como também as razões econômicas resultam no aumento da idade para o casamento. (2006, p. 49).

E sendo assim, são grandes as chances de aumentar as relações pré- matrimoniais e já levando as conseqüências negativas: uma gravidez que não desejada e um possível aborto. Cada vez mais é preciso ter consciência de que a escolha do parceiro, deve ser um assunto a ser discutido em família e dessa forma, favorece o dialogo de que deve se procurar ter relações sexuais com diferentes parceiros para encontrar o adequado. Freud descreveu as características da sexualidade infantil, em Três Ensaios sobre a Sexualidade, como polimorfa e perversa. A sexualidade infantil difere da do adulto em diversos aspectos. A diferença mais importante situa-se no fato de que a maior excitação não se localiza, necessariamente, nos genitais. Também diferem os objetivos: não levam, basicamente, ao contato sexual, mas alongam-se em atividades que vêm exercer um papel fundamental no futuro, no pré prazer. A sexualidade infantil pode ser auto-erótica, ou seja, tomar como objeto o próprio corpo ou parte deste.

A criança pequena já possui instinto é cheia de impulsos sexuais perversos polimorfos, ou seja, é cheia de uma sexualidade total ainda indiferenciada, as quais já contem todos os futuros "instintos parciais". Enfatiza-se que o conceito de fases do desenvolvimento é coerente, serve somente para se orientar melhor.. Na prática, as fases aos poucos se estabelece e se adicionam. Portanto, pode-se dividir a sexualidade pré-adulta em três momentos principais: o infantil, o período de latência e a puberdade.

6.2 A Gravidez precoce no contexto atual brasileiro da atualidade

Segundo FREITAS, (2005) “Nas últimas décadas a gravidez na adolescência tem sido considerada um desafio social e consequentemente de saúde publica”. As abordagens sobre a gravidez na adolescência no Brasil partilham geralmente as informações e os problemas relacionados à idade e classes sociais, a ansiedade social que de certa forma causa a gravidez na adolescência e esse tema na sociedade brasileira em pleno século XXI é sem o resultado das grandes transformações sociais do que a causa do desenvolvimento de um acontecimento que pode ser tanto especifico quanto novo. A geração atual tem se tronado bastante precoce e são informados sobre tudo o que se refere aos veículos de comunicação e o avanço tecnológico ainda colabora para a obtenção de informações fazendo com que se torne um grande desafio para a família, para a sociedade e também para os órgãos públicos, tais instituições são responsáveis por agir prevenindo e cuidando para que o sujeito não assuma uma responsabilidade para a qual ele não está preparado. De acordo com: Art. 227 é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. A sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando melhor a sexualidade na adolescência, sexo antes do casamento, e também na