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Trabalho de Conclusão de Curso
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Edificações da Etec Vasco Antônio Venchiarutti, orientado pelo Prof. Pedro Norberto e pelo Prof. Carlos Marchiori, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Edificações.
“Apague a luz para ver o mundo melhor.” A HORA DO PLANETA – WWF
Considerando a problemática da falta de iluminação natural adequada, este TCC objetiva-se em apontar técnicas e materiais que podem ser utilizados como resolução do problema. Para tanto, procede-se ao estudo das vantagens e desvantagens, assim como às recomendações de uso, de cada premissa aqui acusada. Desse modo, observa-se que a adoção de tais medidas favorece a residência, aumenta a sensação de conforto térmico e permite uma economia de energia, ainda que não significativa, além de beneficiar a saúde e o bem-estar do ser humano, o que permite concluir a importância de um bom projeto. Ainda, propõe um projeto de residência orientada e dimensionada segundo as premissas, materiais e técnicas aqui apontadas, além do código de vigilância sanitária (Decreto no. 12.342, de 1978), da NBR 6492 (“Representação de projetos de arquitetura”) e das orientações dadas em classe ao longo do 2° ano do ETIM Edificações, na matéria de Desenvolvimento de Projetos Técnicos (DPT). Palavras-chave: Iluminação. Natural. Técnicas. Materiais. Projeto. Economia. Conforto. Saúde.
ASHRAE – American Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning Engineers UV – Ultravioleta UVB – Ultravioleta B PMMA - Polimetilmetacrilato
A luz natural é primordial para a saúde e bem-estar do ser humano (NEJATI, 2019). Diante desse fato diversos arquitetos acrescentam e elaboram em seus projetos técnicas para que seja possível aproveitar a iluminação natural, acrescentado mais conforto ao ambiente e mais qualidade de vida. Segundo pesquisas, a iluminação natural ajuda na saúde mental e no bem-estar das pessoas (ajuda a estimular o cérebro, e até mesmo induzir o corpo a realizar atividades cotidianas), fazendo com que lugares bem iluminados naturalmente proporcionem um conforto e saúde mais elevados em comparação a lugares que a iluminação utilizada seja a gerada artificialmente (CARDONE, 2015). Um exemplo de lugar cuja iluminação natural foi implementada é o Parque da Cidade de São Paulo, que faz parte do Climate Positive Development Program, que contempla 18 projetos sustentáveis referência no mundo. Suas torres corporativas foram construídas em uma posição estratégica para garantir maior iluminação natural e menor incidência de calor, reduzindo custos de refrigeração e o uso de iluminação artificial (C40 Cities).
2.3. Uso prático Os projetos que apresentam a aplicação dos estudos e práticas da Arquitetura Bioclimática sempre buscam passar uma eficiência no gasto de energia e união com a natureza. Por isso é levado em consideração o local, as condições climáticas, e o meio ambiente, estudando as alterações naturais que podem acontecer no terreno e nessa região, analisando as condições naturais benéficas e que podem ser utilizadas para auxiliar os habitantes, além das complicações que algumas outras condições naturais podem ocasionar (Wikipédia, 2019). Deve-se ter uma boa projeção do espaço a ser projetado e construído garantindo sempre a qualidade de vivência. É necessário utilizar de forma adequada as ferramentas e possibilidades oferecidas pela natureza do local, criando também espaço para o consumo de energias renováveis e o uso de materiais não poluentes e recicláveis que não agridam severamente o ambiente, procurando também aumentar o ciclo de vida da edificação. A tecnologia no rumo de energia renovável ajuda bastante na diminuição dos impactos ambientais e gastos, mas não é necessário usar essas formas ecológicas mais caras, tendo em vista que se podem usar os sistemas, mas baratos e tradicionais, se estes visarem o mesmo conceito (Wikipédia, 2019). Uma casa construída com as ideias da Arquitetura Bioclimática consegue trazer grandes economias no gasto com energia e água se bem projetada e um maior bem-estar dos seus moradores. Mesmo que o custo com a sua utilização na obra seja alto, é facilmente compensado com o tempo, já que possui a diminuição de gastos (Wikipédia, 2019).
2. PERMACULTURA 3.1 Conceito A Permacultura é uma ciência socioambiental que promove o amalgame entre processos de cunho científico e os saberes populares tradicionais para criar equilíbrio e saúde. Com o aumento da conscientização do grande ataque causado pelos humanos ao meio ambiente, essa ciência e seus conceitos começaram a ser trabalhados e estudados, na década de 1970, quando o termo foi criado, até os dias de hoje (UFSC, 2018; Wikipédia, 2019).
Permacultura é um termo que foi derivado de “Cultura Permanente”. O permanente é um contraste com a poluição dos centros industriais que se mostraram instáveis e poluentes (UFSC, 2018). Além da agricultura, a Permacultura abrange várias áreas do conhecimento, se baseando no estudo e leitura da paisagem, observando os padrões naturais para criar ambientes sustentáveis que usufruam das qualidades dos recursos naturais trazendo bem-estar as pessoas, além de estar em harmonia com a natureza (UFSC, 2018). Existem três regras éticas na ciência desta cultura que trabalham a favor do meio ambiente (UFSC, 2018; Wikipédia, 2019): Cuidar da Terra; Cuidar das pessoas; Cuidar do Futuro, incentivando limites do consumismo e o crescimento a partilha justa. 3.2 Princípios de planejamento Os princípios são guiados pelas éticas e são doze no total, os conceitos básicos da Permacultura são baseados neles (Cordis, 2017).
Em locais com clima temperado, por causa da baixa temperatura em algumas épocas do ano é necessário construir paredes mais grossas e entradas de ar menores (mais ainda assim com entrada de ar bem planejado), o meio interno tem que ficar bem isolado do meio externo e as já ditas árvores que atuariam como quebra vento (Geoexame, 2010). Fonte: Geoexame. Em locais com alta pluviosidade e umidade, uma boa ideia utilizada nas construções locais é a elevação das edificações para não sofrer de inundações, além do uso de beirais bem largos (Geoexame, 2010). Figura 3 - Casa de clima tropical úmido Figura 2 - Casa de clima temperado
Fonte: Geoexame. 3.2.1 Isolamento Como já mencionado, a luz natural proporciona diversos benefícios, como o impacto na saúde e a sensação de bem estar. Entretanto, existe o desafio de garantir o aproveitamento da iluminação natural e, em climas quentes, evitar o acúmulo de calor no interior do edifício, enquanto que em climas mais frios, o desafio é o de manter as construções aconchegantes no inverno e ainda frescas no verão. Segundo a ASHRAE, sociedade global que promove o bem-estar humano por meio de tecnologia sustentável para a construção civil, conforto térmico é o estado da mente que expressa satisfação do homem com o ambiente térmico que o circunda (ASHRAE, 2019). Apesar de ser um fator variável de indivíduo para indivíduo, não pode ser ignorado. Há diferentes formas de se medir conforto térmico, sendo a mais comum a temperatura do ar, mas incluem umidade, movimento do ar e o tipo de vestimenta comum ao local. O ideal nas obras que buscam aproveitamento de iluminação natural é investir em revestimentos que diminuem a dissipação de calor, principalmente os de origem natural ou reciclados, como fibras de papel, lã de PET e de vidro, que vão no interior da estrutura da parede, para revestimento tanto térmico quanto acústico; assim como investir na ventilação natural, de modo a aproveitar ao máximo os fluxos de ar, para manter o frescor na construção. Pesquisas feitas na University of the Basque Country, feitas pela engenheira agrônoma Zaloa Azkorra, provam que as plantas têm a propriedade de absorver barulhos e reduzir ruídos de alta e baixa freqüência. Logo, uma parede verde hidropônica pode servir como isolante térmico (enriquece a umidade) e acústico (AZKORRA, 2015). 3.2.2 Aproveitamento da incidência solar Para otimizar os ambientes, é preciso utilizar de técnicas para a disposição dos cômodos, em relação à trajetória do sol:
Fonte: SustentArqui. 3.2.3.2 Torre de vento Elemento muito utilizado na cultura árabe, as torres de vento são adequadas para casas de tijolos ou blocos, e são uma ótima solução para a troca de ar no ambiente interno. Funciona também quando não há brisa, pois a temperatura dentro da torre é diferente do ar externo. O vento entra por um lado da torra e sai pelo outro, sugando o ar quente interno do ambiente, fazendo com que o ar fresco entre por aberturas localizadas na parte inferior da edificação (NUNES, 2014). Figura 5 - Torre de vento
Fonte: SustentArqui.
3. ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 4.1 Técnicas É muito comum ver-se em residências a iluminação artificial como única forma de iluminação. Porém, muitas das vezes não é por conta da baixa quantidade de janelas, pode até ser pela sua quantidade em excesso – frequentemente vemos janelas de grandes dimensões com luz solar direta – isso faz com que o sol entre diretamente no ambiente, causando diminuição da visão no ambiente e excesso de calor. Para reduzir esses problemas, constantemente as janelas são fechadas e cortinas e ar-condicionado são instalados, gerando um consumo maior – e desnecessário – de energia elétrica (DRUMOND, 2013). Há vários motivos (que variam desde a ausência de um arquiteto experiente até a falta de total planejamento) para que a falta de iluminação natural seja algo comum nas residências, mas sua necessidade é algo incontestável (DRUMOND, 2013). 4.1.1 Iluminação zenital Quando não é possível iluminar fazendo aberturas nas paredes, uma alternativa é usar a iluminação zenital: porção de luz natural produzida pela luz que entra em vãos superiores dos espaços internos (DRUMOND, 2013). Promove maior iluminação, porém colabora para que entre também o calor, e decorrente disso, é indicado para lugares cujas dimensões são consideradas grandes (VivaDecora, 2018). A área de entrada da luz solar não deve ser maior que 10% da área total do piso, uma vez que isso ocorre, o risco de ocorrer a elevação da temperatura ambiental é maior. Seu uso é mais comum em galpões industriais, mas podem ser encontradas em shoppings e residências (VivaDecora, 2018).