TCC- A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS NA ESCOLA, Teses (TCC) de Educação Psicomotora

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ROMY VALERIA DE ARAUJO TOLEDO

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS NA

ESCOLA

RIBEIRÃO DAS NEVES

ROMY VALERIA DE ARAUJO TOLEDO

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS DIFICULDADE ENFRENTADAS NA

ESCOLA

RIBEIRÃO DAS NEVES

Trabalho de conclusão de curso apresentado à FAVENI como requisito parcial à obtenção do título especialista em EDUCAÇÃO ESPECIAL.

1 INTRODUÇÃO

A educação é um dos principais temas do governo brasileiro, o que garante ser uma forma de aprimorar muitas questões diretamente relacionadas à sociedade. Definido por lei, de acordo com o Art. 6º da Constituição, toda pessoa tem direito à educação, e o poder público tem o direito de dotar as escolas de infraestrutura adequada e de especialistas capacitados. No entanto, essa realidade não é vivida. Muitas instituições educacionais têm estruturas e profissionais inadequados para lidar com as desvantagens exigidas por suas qualificações. A educação inclusiva é citada como exemplo, exigindo que os professores forneçam a cada aluno aconselhamento qualificado e direcionado para atender às suas necessidades específicas. A educação especial é voltada para o aluno que necessita de assistência particular em seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. Este ramo da educação utiliza diversos recursos específicos para oferecer educação especializada no que se refere à deficiência de cada aluno, envolvendo-os assim na educação. Sassaki (1997) retrata a inclusão como: “um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. (...) Incluir é tocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor barreiras que a sociedade criou para as pessoas. É oferecer o desenvolvimento da autonomia, por meio da colaboração de pensamentos e formulação de juízo de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.(SASSAKI, 1997, p.41) A partir dessa concepção, a educação inclusiva é um sistema paralelo ao sistema de ensino, mas tem como principal objetivo aproximar essa modalidade do ensino regular.

Como metodologia para este artigo, foi realizado um estudo bibliográfico, com base nos autores e materiais disponíveis, sobre as dificuldades encontradas no processo de integração de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 A inclusão da Educação Inclusiva no Brasil e no ensino regular. Inclusão social no Brasil é um tema que já é bastante tenso, mas quando implementado ainda enfrenta um grande desafio. A educação inclusiva surgiu em diferentes contextos e épocas da história do Brasil. Talvez um marco importante para essa inclusão seja a Declaração de Salamanca que “define políticas, princípios e práticas da Educação Especial e inclui nas Políticas Publicas da Educação". (UNESCO, 1994). O ápice desta progressão, com uma cronologia definida de avanços, transformações institucionais e revisões conceituais, deu-se com a Conferência Mundial de Educação Especial, em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de

1994. Dela resultou A Declaração de Salamanca, documento sinalizador de uma nova época na educação de crianças com necessidades especiais, em vários países do mundo (BEYER, 2006, p.8). A partir daí, a educação especial foi organizada, tornando a prática da educação inclusiva um sujeito com cuidados especiais. Pessoas com deficiência são tratadas da mesma forma para minimizar suas diferenças.

2.2 As dificuldades e obstáculos enfrentados referente à Educação Inclusiva A integração é de grande importância para a sociedade como um todo e está ligada às reais condições de mobilidade e às oportunidades oferecidas às pessoas com deficiência ou limitações. Desde que a integração foi implementada, mudanças e obstáculos surgiram no ambiente escolar. Quando as responsabilidades são direcionadas às pessoas certas, as chances de esse envolvimento ser bem-sucedido são maiores. Sant'anna afirma que é responsabilidade de qualquer escola se adaptar ao papel de diretores de escolas, que são responsáveis por tomar as medidas administrativas necessárias para implementar um projeto de educação inclusiva. “Docentes, diretores e funcionários apresentam papéis específicos, mas precisam agir coletivamente para que a inclusão escolar seja efetivada nas escolas” (SANT’ANA, 2005, p. 228). SAGE (1999) analisa a relação entre diretores de escolas e educação inclusiva, reconhecendo que a prática da educação inclusiva requer mudanças significativas nos sistemas educacionais e nas escolas: O papel do diretor em provocar as mudanças necessárias do sistema em cada nível – o setor escolar central, a escola e cada turma – é essencialmente um papel de facilitação. A mudança não pode ser legislada ou obrigada a existir. O medo da mudança não pode ser ignorado. O diretor pode ajudar os outros a encararem o medo, encorajar as tentativas de novos comportamentos e reforçar os esforços rumo ao objetivo da inclusão. (SAGE, 1999, p. 135) Nessa situação, o autor chama a atenção para a burocracia nas escolas, pois reduz o poder de decisão dos professores, causando despersonalização e ineficácia dos serviços, impedindo a consolidação do modelo básico de trabalho para a educação inclusiva. Para consolidar a proposta atual de educação inclusiva, é necessário envolver todos os membros da equipe escolar no planejamento dos programas a serem implementados.

A vivência escolar tem demonstrado que a inclusão pode ser favorecida quando observam as seguintes providencias: preparação e dedicação dos professores; apoio especializado para os que necessitam; e a realização de adaptações curriculares e de acesso ao currículo, se pertinentes (CARVALHO, 1999, p.52). Com base nessa constatação, as barreiras ao acesso de alunos com deficiência ao ensino regular estão vinculadas a vários componentes. A qualificação do professor também é preocupante, o que se reflete neste processo e se manifesta a partir da declaração de Salamanca: Devem ser disponibilizados recursos para garantir a formação dos professores de ensino regular que atendem alunos com necessidades especiais, para apoiar centros de recursos e para os professores de educação especial ou de apoio. Também é necessário assegurar as ajudas técnicas indispensáveis para garantir o sucesso de um sistema de educação integrada, cujas estratégias devem, portanto, estar ligadas ao desenvolvimento dos serviços de apoio a nível central e intermédio. (Declaração de Salamanca, 1994, p.

Portanto, o comprometimento e a qualificação do professor são evidentes, pois desempenham um papel significativo no processo de ensino-aprendizagem e, para que isso aconteça, ele deve ter conhecimentos além daqueles relacionados às disciplinas que irá lecionar. É imprescindível que possam promover a educação com sentido de aprendizado e treinamento. O livro: Desenho Universal - Caminhos de Acessibilidade no Brasil chama a atenção para os diferentes tipos de barreiras que as pessoas com deficiência podem enfrentar, aquelas da sociedade que também encontramos no ambiente educacional:

3 METODOLOGIA

Na definição de LAVILLE (1999), metodologia “representa mais do que uma descrição formal de métodos e técnicas, e indica a leitura operacional que o pesquisador fez dentro do referencial teórico”. A metodologia determina como atingir os objetivos definidos. Os procedimentos metodológicos da pesquisa incluíram pesquisa e análise bibliográfica. Esse tipo de pesquisa é baseada em material previamente publicado, que consiste principalmente em livros, artigos e materiais disponíveis na Internet. Segundo Caldas (1986, p. 15), a pesquisa bibliográfica representa a “coleta e armazenagem de dados de entrada para a revisão, processando-se mediante levantamento das publicações existentes sobre o assunto ou problema em estudos”. Qualquer trabalho de pesquisa começa com uma pesquisa bibliográfica que permite ao pesquisador saber o que já foi pesquisado sobre um determinado tema. (FONSECA, 2002, p. 32). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação inclusiva no Brasil tem alcançado grandes marcos e avanços, é um processo que está plenamente desenvolvido e, apesar de todas as dificuldades encontradas, dá grandes passos em direção a uma sociedade mais justa e inclusiva. Com base na nossa realidade, a educação de pessoas com alguma necessidade educacional já é um problema na prática cotidiana. Para ser implementado com sucesso, é preciso qualidade estrutural e profissionalmente, bem como muita competência dos gestores da educação para buscar recursos e oferecer uma boa estrutura educacional. Observou-se também a importância de um professor capacitado, o processo ensino-aprendizagem requer um planejamento variado e individualizado em função do tipo de deficiência de cada aluno. Porém, para

integrar as pessoas com deficiência ao ambiente escolar normal, não é necessário apenas um profissional especializado para melhor atendê-las. Mas também o compromisso de todos em conhecer e diagnosticar as barreiras existentes para definir metas de correção para que o acesso nas escolas seja bem-sucedido. Nessa perspectiva, este trabalho permitiu uma reflexão crítica sobre um tema que é amplamente visto no nosso dia a dia, mas que na maioria das vezes passa despercebido. A aceitação de pessoas com deficiência na sociedade é, em alguns casos, ignorada ou discriminada, e a inclusão só será alcançada com sucesso se cada um de nós reconhecer as barreiras que alimentamos e tentar minimizá-las e eliminá-las. Para que a educação inclusiva aconteça, a inclusão social deve vir primeiro.