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arquivo técnico.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Sistemas UWB vêm sendo investigados há algum tempo para usar da melhor maneira o já congestionado espectro eletromagnético. Como o nome diz, ele utiliza uma faixa de frequências extremamente larga, e transmite pulsos no domíno tempo para codificar o sinal. Denominado também como “impulse radio”, foi
idealizado inclusive para conviver com os serviços de celular, WiFi e Wimax.
Curiosamente, a transmissão por impulsos rápidos no domínio do tempo foi usada nos primórdios da engenharia por Heinrich Hertz, que em 1893 usou um chamado transmissor “spark gap”! (figura 1) Rudimentarmente, um sinal elétrico ocasionado por um chaveamento de alta velocidade é transmitido por uma espécie de antena. Algo semelhante ao observado na emissão indesejada de energia pelo sistema de ignição (velas) de automóveis e motos com problemas de isolamento, detectadas em nossas televisões
na forma de ruídos.
Nos Estados Unidos foi alocada para o sistema UWB uma faixa de 3,1 a 10,6 GHz, com potências de transmissão da ordem de -41dBm (menor que 1 mW). Dentro dessas restrições, a comercialização e uso
de equipamentos usando o sistema é livre, não necessita de licenciamento.
Aplicações
Algumas aplicações possíveis utilizando esse sistema:
alta definição).
imaginada para ser preenchida pelo Bluetooth.
disponibilizados comercialmente, especialmente no mercado norte americano.
Características técnicas
Mas o que torna esse sistema tão diferente dos demais? Basicamente, o uso de pulsos para comunicação faz com que a detecção seja baseada não simplesmente na potência do sinal recebido (mais nível de sinal, melhor recepção, maior quantidade de dados), mas principalmente no fato de que conhecemos previamente o formato do pulso a ser recebido. Assim, processadores digitais de sinais conseguem
“procurar” pelo pulso mesmo que ele tenha sido recebido com amplitude bem baixa.
Na figura 2 podemos perceber que o sinal de UWB possui pulsos mais largos no domínio tempo. Mas no domínio frequência percebemos que enquanto o sinal de FM (frequência modulada, usado para comparação) ocupa uma faixa estreita em torno da portadora, com maior am- plitude, o sinal UWB ocupa
uma faixa de frequência mais ampla, mas com potência mais baixa.
Os pulsos usados no UWB são variados, e uma grande vantagem desse sistema consiste na possibilidade do uso de circuitos com tecnologia CMOS de baixo custo para geração e detecção. Assim, caros e complexos circuitos de RF são evitados. Além disso, como os impulsos são transmitidos com baixíssima potência, temos um sistema com vida útil de baterias expandida. A figura 3 ilustra alguns pulsos e suas
respectivas funções densidade de potência.
Curiosamente, a análise de sinais no domínio tempo costumeiramente omite certos detalhes relevantes para UWB – por exemplo, o pulso gaussiano e retangular possuem forte energia em DC, que evidentemente não pode ser transmitida por antena (seria equivalente a ligar uma bateria numa antena e ocasionar uma descarga remotamente numa pessoa!). Já o pulso monociclo de Rayleigh possui conteúdo nulo na frequência zero, sendo mais conveniente para uso. Pulsos gaus- sianos não são usados, como o sinal possui forte energia em DC são empregadas as derivadas superiores, que eliminam componentes de
baixa frequência. O problema relativo à correta transmissão do pulso pela antena pode ser visualizado na figura 4. Vemos uma antena dipolo sendo excitada por um pulso retangular. O sinal efetivamente transmitido possui um formato totalmente diferente do sinal de entrada, uma vez que seu conteúdo espectral possui energias fora
da banda de operação da antena. Note também que a componente DC (zero hertz). Não é transmitida.
Outra vantagem em relação aos sistemas comuns de transmissão reside no fato de que o UWB é mais robusto a problemas de multipercurso, onde cópias defasadas do sinal transmitido chegam atrasadas no receptor, tornando mais difícil a detecção do sinal digital.
Finalmente, cabe ressaltar o fato de que a transmissão da portadora, do ponto de vista de conservação da potência, consiste num desperdício de potência, uma vez que a mesma não transmite informação. Justifica-se a presença da portadora na maior simplicidade do circuito receptor. No sinal UWB não temos portadora, assim a informação está codificada totalmente no pulso recebido.
Desafios tecnológicos
Do ponto de vista de engenharia, sistemas ultra wide band apresentam notáveis desafios, principalmente pelo fato de solicitarem um novo paradigma ao profissional da área de telecomunicações, acostumado a sinais baseados apenas no domínio da frequência. Mesmo equipamentos de medida usuais para a área de radiofrequência são insuficientes para UWB. A visualização de sinais no tempo é necessária, feita por
instrumentos como osciloscópios de alta velocidade, de alto custo.
As antenas, por exemplo, possuem características diferentes para serem usadas por sistemas UWB, e o desempenho global do sistema depende fortemente das mesmas. O próprio sistema de medidas de antenas, baseado simplesmente no parâmetro “ganho do dispositivo”, não é suficiente: é necessário também termos antenas que não introduzam distorção no pulso, transmitindo o mesmo com a maior fidelidade possível. Conceitos usuais da área de processamento de sinais são requeridos para a
caracterização do sistema.
A detecção de pulsos no domínio do tempo no receptor, em geral com baixíssimos níveis de potência, exige também em geral softwares extremamente sofisticados, normalmente baseados em DPSs
(processadores digitais de sinais).
Conclusão
A utilização do sistema UWB é uma alternativa interessante para as comunicações de uma grande quantidade de dados a curta distância usando a faixa livre, muito comum na transmissão de áudio e vídeo
em tempo real.
Cabe agora a sua normalização e a criação de produtos que utilizem o sistema UWB como comunicação.