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- SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC); - SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS (SAF OU TABELA PRICE); - SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM)
Tipologia: Trabalhos
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Guanambi - BA 2019
Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil do Centro Universitário FG, como requisito de avaliação da disciplina de Engenharia Econômica. Professor (a): Gracilene Mendes de Souza Nogueira
Guanambi - BA 2019
Onde, A = amortização PV = valor do financiamento (principal) n = número de prestações
No SAC, os juros assumem valores decrescentes nos períodos, uma vez que incidem sobre o saldo devedor, cujo montante decresce após o pagamento de cada amortização. Em consequência da amortização e dos juros, as prestações periódicas e sucessivas desse sistema são decrescentes em progressão aritmética (ASSAF NETO, 2003). O saldo devedor é decrescente em progressão aritmética pelo valor constante da amortização, e o saldo devedor de cada período pode ser obtido mediante a Equação 2.
SDt = (n – t ) x (2)
Sendo, SDt = saldo devedor para o período t PV = valor do financiamento (principal) n = número de prestações t = período
Pela redução constante do saldo devedor, os juros diminuem linearmente ao longo do período, apresentando comportamento de uma progressão aritmética decrescente, e podem ser calculados pela Equação 3.
Jt = x (n – t + 1 ) x i (3)
Onde, Jt = juros para o período t PV = valor do financiamento (principal) n = número de prestações t = período i = taxa de juros
O pavor da prestação é dada pela soma da amortização com o juros. A prestação de cada período pode ser determinada por meio da Equação 4.
PMTt = x [ 1 + ( n – t + 1 ) x i ] (4)
Sendo, PMTt = prestação para o período t PV = valor do financiamento (principal) n = número de prestações t = período i = taxa de juros
2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SAC A principal vantagem do Sistema de Amortização Constante é que o saldo devedor vai decrescendo, e como os juros são calculados em cima desse saldo, as prestações vão diminuindo ao longo do prazo, o que gera ao devedor, de maneira geral, maior satisfação. Em contrapartida, a maior desvantagem do SAC é que as primeiras prestações são muito altas se comparado a outros sistemas de amortização, o que não é favorável para quem não tem um valor de investimento inicial considerável.
2.2 EXEMPLO DE FINANCIAMENTO PELA TABELA SAC Admitindo um empréstimo de R$ 18.000,00, que deve ser pago em um prazo de 6 meses, em 6 prestações mensais, a uma taxa de juros de 5 % ao mês, pelo Sistema de Amortização Constante tem-se:
PMT 2 = x [ 1 + ( 6 – 2 + 1 ) x 0,05 ] PMT 2 = R$ 3750, E assim sucessivamente.
A partir dos resultados é possível obter uma planilha de financiamento, conforme a Tabela 1. Tabela 1 – Planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização Constante Períodos (mês)
Saldo Devedor (R$)
Amortização (R$)
Juros (R$)
Prestações (R$) 0 18000,00 - - - 1 15000,00 3000,00 900,00 3900, 2 12000,00 3000,00 750,00 3750, 3 9000,00 3000,00 600,00 3600, 4 6000,00 3000,00 450,00 3450,0 0 5 3000,00 3000,00 300,00 3300, 6 - 3000,00 150,00 3150, Total = - 18000,00 3150,00 21150, Fonte: Autor, 2019.
3 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS (SAF)
O Sistema de Amortização Francês, amplamente adotado no mercado financeiro brasileiro como Tabela Price, consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestação periódicas, iguais e sucessivas. Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, são decrescentes, e as parcelas de amortização assumem valores crescentes, a soma dessas duas parcelas permanecem sempre igual ao valor a prestação (ASSAF NETO, 2003 e SOBRINHO, 2000). O valor das prestações é determinado com base na Equação 5.
PMT = PV x (^) - (5) Sendo, PMT = prestação PV = valor do financiamento (principal) n = número de prestações
i = taxa de juros
A amortização é dada pela diferença entre o valor da prestação e o juros. Como seu crescimento é exponencial no tempo, o valor da amortização num período t qualquer pode ser calculado pela Equação 6.
At = [ PMT – (PV x i)] x -^ (6) Onde, At = amortização no período t PMT = prestação PV = valor do financiamento (principal) i = taxa de juros t = período
O saldo devedor é calculado, para cada período, pela diferença entre o valor devido no inicio do intervalo de tempo e a amortização do período. Com isso, para uma dada taxa de juros, o saldo devedor de qualquer período t é apurado por meio da Equação 7.
SDt = PMT x
Onde, SDt = saldo devedor para o período t PMT = prestação i = taxa de juros n = número de prestações t = período
O juros incide sobre o saldo devedor apurado no início de cada período. A expressão de cálculo de juros para um momento t qualquer pode ser obtida mediante a Equação 8. Jt = PMT- At (8)
A 2 = [3.546,31 – (18.000,00 x 0,05)] x - A 2 = R$ 2.778,
E assim por diante.
O valor do SALDO DEVEDOR para o primeiro mês, pela Equação 7:
SD 1 = 3.546,31 x
SD 1 = R$ 15.353,
O valor do SALDO DEVEDOR para o segundo mês, pela Equação 7:
SD 2 = 3.546,31 x
SD 2 = R$ 12.575,
E assim por diante.
Os JUROS a serem pagos no primeiro mês, pela Equação 8: J 1 = 3.546,31 - 2.646, J 1 = R$ 900, Os JUROS a serem pagos no segundo mês, pela Equação 8: J 2 = 3.546,31 - 2.778, J 2 = R$ 767,
E assim por diante.
A partir dos resultados é possível obter uma planilha de financiamento, conforme a Tabela 2.
Tabela 2 – Planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização Francês (Tabela Price) Períodos (mês)
Saldo Devedor (R$)
Amortização (R$)
Juros (R$)
Prestações (R$) 0 18000,00 - - - 1 15353,69 2646,31 900,00 3546, 2 12575,06 2778,63 767,68 3546, 3 9657,49 2917,56 628,75 3546, 4 6594,05 3063,44 482,87 3546, 5 3377,44 3216,61 329,70 3546, 6 - 3377,44 168,87 3546, Total = - 18000,00 3277,89 2 1277, Fonte: Autor, 2019.
4 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM)
O Sistema de Amortização Misto (SAM) foi originalmente desenvolvido pelo BNH^1 para operações de financiamento do Sistema Financeiro de Habitação. O SAM constitui num misto entre o Sistema de Amortização Constante e o Sistema de Amortização Francês, e representa basicamente a média aritmética entres esses dois sistemas. Para cada um dos valores de seu plano de pagamentos, deve-se somar os obtidos pelo SAC e com os do SAF e dividir por dois (ASSAF NETO, 2003 e VIEIRA SOBRINHO, 2000).
4.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SAM Como discutido anteriormente, o sistema de amortização misto, é intermediário entre o SAC e o SAF, com isso o SAM possui vantagens e desvantagens acerca desse dois sistemas de amortização. No SAM, as amortizações são maiores que as do SAF, aproximadamente até a metade do período de financiamento; após esse tempo, o saldo devedor tem uma queda substancial, e não se corre muito risco de ter resíduo no final do contrato. Uma das principais desvantagens desse sistema é ter prestações iniciais mais altas que as do Sistema Price. Contudo, após a metade do período, haverá uma grande queda nos valores a serem pagos. Em relação aos juros, o sistema misto não é a melhor alternativa, já que o total de juros, embora pagos via SAM seja menor que SAF, é maior que o SAC.
(^1) BNH – Banco Nacional de Habitação.
O Sistema de Amortização Americano (SAA), também conhecido com Sistema de Pagamento único, estipula que o pagamento do capital emprestado seja efetuado ao final do período contratado da operação de uma só vez. No SAA não se prever amortizações intermediárias durante o período de empréstimo; no entanto, os juros, que incidem sobre o saldo devedor, costumam ser pagos periodicamente. Em outros casos, os juros podem ser capitalizados no saldo devedor (ASSAF NETO, 2003).
5.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SAA O Sistema de Amortização Americano é vantajoso quando se planeja quitar a dívida rapidamente, por exemplo, se o devedor conseguir quitar sua divida na metade do prazo contratado, então pagará metade dos juros que estava estipulado. No entanto, se estima-se quitar a dívida a um longo prazo, esse sistema de financiamento torna-se desvantajoso, uma vez que o devedor acaba pagando muito mais do que o valor emprestado, que pode significar juros de até 100% sobre o principal.
5.2 EXEMPLO DE FINANCIAMENTO PELA TABELA SAA
5.2.1 Exemplo 1: Admitindo um empréstimo de R$ 18.000,00, que deve ser pago em um prazo de 6 meses, em 6 prestações mensais, a uma taxa de juros de 5 % ao mês, pelo Sistema de Amortização Americano com pagamento periódico de juros, obtém-se a planilha de financiamento conforme a Tabela 4.
Tabela 4 – Planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização Misto Períodos (mês)
Saldo Devedor (R$)
Amortização (R$)
Juros (R$)
Prestações (R$) 0 18000,0 - - - 1 18000,0 - 900,0 900, 2 18000,0 - 900,0 900, 3 18000,0 - 900,0 900, 4 18000,0 - 900,0 900, 5 18000,0 - 900,0 900, 6 18000,0 18000,0 900,0 18900, Total = - 18000,0 5400,0 23400, Fonte: Autor, 2019.
5.2.2 Exemplo 2: Admitindo um empréstimo de R$ 18.000,00, que deve ser pago em um prazo de 6 meses, em 6 prestações mensais, a uma taxa de juros de 5 % ao mês, pelo Sistema de Amortização Americano com capitalização de juros, obtém-se a planilha de financiamento conforme a Tabela 5.
Tabela 5 – Planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização Misto Períodos (mês)
Saldo Devedor (R$)
Amortização (R$)
Juros (R$)
Prestações (R$) 0 18000,00 - 900,00 - 1 18900,00 - 945,00 - 2 19845,00 - 992,25 - 3 20837,25 - 1041,86 - 4 21879, 11 - 1093,96 - 5 22973,07 - 1148,65 - 6 24121,72 24121,72 1206,09 25327, Total = - 18000,00 7327,81 25327, Fonte: Autor, 2019.
No Sistema de Pagamento Variável, como o próprio nome indica, as amortizações são variáveis. Os pagamentos dos valores variáveis são feitos periodicamente. Os juros do saldo devedor só são pagos no final de cada período. Nesse sistema o pagamento é realizado de acordo com as condições do devedor ou conforme acordo prévio (SODRÉ, 2008).
empréstimos, e acabam deixando a dívida acumular e não tem o conhecimento necessário para saber qual dos Sistemas de Amortização será o mais conveniente para determinada necessidade e condições de quitação da dívida.
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. – 8. ed. – São Paulo: Atlas, 2003.
MEDEIROS JUNIOR, Roberto José. Matemática financeira. – Curitiba: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná, 2012.
SOBRINHO, José Dutra Vieira. Matemática financeira : juros, capitalização, descontos e séries de pagamentos. – 7. ed. – São Paulo: Atlas, 2000.
SODRÉ, Ulysses. Matemática comercial e financeira – Notas de aulas de matemática para o curso de administração de empresas. Departamento de Matemática – UEL. – Londrina, 2008.