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assombrosamente o índice de casos de suicídio e automutilação, o que torna este um ... Os acadêmicos irão iniciar os grupos com uma dinâmica chamada.
Tipologia: Notas de aula
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“Adolescente, olha! A vida é nova... A vida é nova e anda nua-vestida apenas com o teu desejo.” Mário Quintana Equipe organizadora: Cândida Rosa da Silva Franciane Machado Lamóia Maria Auxiliadora de Souza Vanusa Aparecida Azevedo Nova Serrana, abril de 2019.
“SIM, VALE A PENA VIVER” Suicídios e Automutilação de adolescentes: como entender os motivos e lidar com o fato que preocupa pais e educadores Cândida Rosa da Silva Franciane Machado Lamóia Jaqueline Silva Dutra Souza Maria Auxiliadora de Souza Vanusa Aparecida Azevedo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem aumentado assombrosamente o índice de casos de suicídio e automutilação, o que torna este um grande problema social e de saúde pública, principalmente nas escolas. Este trabalho discorrerá sobre as principais causas, procurando reunir elementos apontando a seriedade do atendimento eficiente, não deixando de mencionar ainda as diversas formas de abordagem, que poderão ser utilizadas em atendimento aos adolescentes. Pretende-se investigar as diferentes formas de utilização das redes sociais pelos jovens, as percepções que eles constroem sobre os relacionamentos virtuais, os impasses e as dificuldades vivenciados nestas interações, as formas de agrupamento e as identificações virtuais, as percepções sobre riscos on-line, as práticas de violência praticadas, os motivos e os efeitos da publicação de palavras, vídeos e imagens nas redes sociais sobre eles, e, finalmente, os recursos e as soluções criativas que constroem para lidar com os desafios e dificuldades encontrados no uso das redes sociais da internet.
Este projeto tem como objetivo contribuir na intervenção das escolas Municipais e Estaduais, em parceria com a Prefeitura de Nova Serrana, junto aos adolescentes, e para a construção de políticas educacionais voltadas para a prevenção e o combate aos riscos e às práticas de isolamento, bullying, automutilação e suicídio.
Na década de 1980 , estudos nos EUA afirmavam que os suicídios poderiam ocorrer por imitação. E dizia que não se podia falar no assunto. Mais de 30 anos depois, a Organização Mundial da Saúde vai à direção contrária, dizendo que, sim, “precisamos conversar sobre o suicídio”.
esse sofrimento, que se torna insuportável, o suicídio parece ser a única saída. No entanto, o sofrimento se tornará suportável se a pessoa puder contar com a ajuda de outro ser humano, um profissional especializado em sofrimento, que utilizará seu conhecimento para compreender esse mal- estar e ajudar a transformá-lo. Não raro, essa transformação permite que a pessoa reveja sua vida e descubra novas formas de torna-la criativa. Por isso, entendemos que as ideias suicidas e as tentativas de mortes são, sempre, formas de pedir ajuda. (CARSOLA, 2018 , p.10) O autor destaca que: A agressão ao ambiente, uma das motivações dos atos suicidas e que, muitas vezes, leva ao revide da sociedade, explica a pouca importância que certas pessoas dão às tentativas de suicídio. A ideia de que o suicida somente quer chamar atenção, que se realmente quisesse, teria morrido, não está correta, ainda que possa fazer parte do conglomerado conflitivo. Equipes de saúde despreparadas para lidar com aspectos mentais e emocionais podem também desprezar os pacientes trazido por tentativa de suicídio, principalmente quando os atos são pouco graves do ponto de vista médico. (CARSOLA, 2018 , p. 38 ) O que é automutilação? A automutilação é uma prática de agredir o próprio corpo, que pode acontecer de diferentes formas. A mais comum é fazer pequenos cortes na pele, mas a pessoa também pode se bater, se queimar com cigarro, arrancar os cabelos, se furar com agulhas ou praticar qualquer outra autolesão. “Os ferimentos costumam ser feitos em lugares que podem ser escondidos, como braço, perna e barriga. Os adolescentes tentam escondê-los com pulseirinhas, deixam de usar shorts e passam a usar mais mangas longas”, explica Jackeline Giusti, psiquiatra assistente do ambulatório de adolescentes com problemas de automutilação, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). (SEMIS, 2016 ) Nas palavras de OLIVEIRA (2 016 ), a automutilação, em forma de corte, reflete a falta de um social e um simbólico amparador, restando ao adolescente apenas o real como meio para existir, inscrevendo em seu próprio corpo uma marca que seja visualizada e direcionada ao outro como um apelo. Cabe aqui à reflexão de como os alunos existem em nossa sociedade, nos variados espaços que ocupam, uma vez que isto influenciará na constituição de suas subjetividades. Nas palavras de GALLO (2 000 ), a construção das subjetividades se faz na exterioridade, no mundo. A partir disso as significações são realizadas integrarão o vazio da estrutura subjetiva. Ao se olhar para a subjetividade, descobre-se também o vazio de ser. A subjetividade, para o autor, não é o conteúdo das ações e pensamentos de um indivíduo, e sim a estrutura: o
pensar a agir de uma determinada maneira que se dá através do processo de individuação da globalidade do mundo. Segundo o autor GRATZ ( 2006 ), é grande o número de adolescentes que cometem a automutilação, prática que engloba um conjunto de ferimentos autoinfligidos, sem intenção suicida consciente, resultando, contudo, em dano aos tecidos do corpo. A forma mais comum de automutilação implica cortar ou rasgar a pele, mas há outras formas de automutilação, como pontapear, provocar queimaduras e arranhar. As áreas atingidas caracterizam-se por serem facilmente ocultáveis, de modo que o comportamento passe despercebido, e incluem braços, coxas e zona abdominal (BARBEDO; MATOS, 2009 ). A prática geralmente começa a aparecer na adolescência. Este comportamento é referido na literatura como sendo uma tentativa de lidar com emoções negativas, de algum modo inerente ao período da adolescência: frustração, desvalorização, rejeição. A automutilação é também vista como uma forma de autopunição, com o adolescente a canalizar para si mesmo a ira que sente. Há uma tendência em se pensar na adolescência como um período difícil, turbulento, com variações de humor e crises emocionais. Muitas vezes os adolescentes se deparam com situações novas e pressões sociais quando se aproximam da idade adulta e, para alguns, este período de transição é muito difícil. Podem-se indicar como depressão , os sentimentos apresentados, como descontentamento, confusão, solidão, incompreensão e atitudes rebeldes. Uma pessoa depressiva tem interferências significativas na vida diária, nas relações sociais e no bem-estar geral, o que, em casos mais graves, pode levar ao suicídio.
Cresce de forma significativa o fenômeno conhecido como cyberbullying , prática realizada através da internet que visa segregar, humilhar e ofender pessoas. Através da internet, os insultos e as agressões se expandem rapidamente, sendo os seus efeitos mais devastadores sobre os sujeitos, pois
A pesquisa é um procedimento reflexivo, crítico e sistemático que permite descobrir novos fatos ou dados em qualquer área do conhecimento. Desta forma, a pesquisa é uma atividade voltada para solução de problemas através de método científico. Trata-se de pesquisa qualitativa. Serão realizadas rodas de conversas de orientação psicanalítica com adolescentes, através dos acadêmicos de Psicologia da FANS, com acompanhamento de um profissional do Curso de Psicologia. As conversações serão realizadas nas escolas Municipais e Estaduais de Nova Serrana. O tema geral da pesquisa será Automutilação, Suicídio, Bullying, o uso que os adolescentes fazem das redes sociais. Cada conversação será iniciada a partir de um subtema, ligado ao tema geral da pesquisa. A orientação psicanalítica que sustenta esta metodologia visa acolher, para além do dito, o não dito, os pequenos detalhes, as contradições e os equívocos dos discursos, considerando-os como reveladores da dimensão inconsciente que interfere nos laços sociais. Este recurso metodológico se mostra importante na pesquisa/intervenção, pois, na medida em que ele oferece espaços para a palavra aos adolescentes, propicia o desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo, que leva à implicação subjetiva. Tal dispositivo tem sido utilizado de forma ainda tímida por alguns pesquisadores para a solução de conflitos nas escolas, especialmente na França e no Brasil. Entretanto, para a prevenção e a solução de problemas ligados a automutilação, suicídio, ao uso das redes sociais virtuais, esta metodologia está sendo utilizado de forma inédita pela equipe da FANS. Os resultados que colhemos da prática inaugural na ESCOLA MUNICIPAL GERALDA DE ASSIS, no bairro Santa Cruz, tem apontado as suas possibilidades nesse campo, que nos levam a buscar e ampliar o seu alcance. INTERVENÇÃO
Propõe-se Intervenção através dos acadêmicos do Curso de Psicologia da FANS. Para entendermos melhor a influência desses temas nos dias de hoje, principalmente entre os adolescentes, é necessário abordar questões sobre a internet e uma de suas vertentes: o bullying. Assim como a automutilação e o suicídio entre adolescentes, o bullying – virtual ou não – dentro de uma escola, não é um assunto novo. É uma realidade muito presente na sociedade. Suas consequências são conhecidas e podem marcar o indivíduo por toda uma vida. Pretende-se simultaneamente investigar e propiciar um ambiente de troca entre os adolescentes em temas que os consternam à concepção de suas identidades pessoais e globais, às suas implicações presentes e futuras na comunidade a que pertencem, envolvendo nessa discussão as problemáticas de relação e os dilemas que eles experimentam com instituições, a saber, a escola, a família, etc. O modelo de pesquisa-intervenção em que se fundamenta o trabalho nos grupos tem base teórica em metodologias participativas e na pesquisa-ação com origem nas ciências sociais e, também, na abordagem clínica amparada pelos pressupostos da psicanálise, com utilização paralela à intervenção tradicional. A laboração com a palavra e, especialmente, com uma fala dirigida cria um novo caminho de mediação e de investigação para a psicanálise que difere do seu dispositivo clínico convencional individual. Na descoberta do Outro na fase da adolescência, é unânime entre os psicanalistas no exercício do trabalho com esta faixa etária, a relevância do ambiente de grupo como espaço de fala, de recognição e de alicerce para novas assimilações. Neste sentido, serão formadas 10 (dez) duplas de estagiários (onde um deles será o mediador e outro o observador) que utilizarão grupos estruturados de no máximo 10 (dez) adolescentes, por 10 (dez) encontros de 50 minutos, visando criar espaços de fala e de vivências compartilhadas por meio de levantamento de questões e tensões identificadas por eles.
perder o foco, e isso acaba enfraquecendo o processo de ensino e aprendizagem. Para além do preparo emocional e relacional dos atores educativos, há que oferecer oportunidades a esses profissionais, de desenvolverem conhecimentos habilidades técnicas de manejo de grupos bem como aprimoramento das atitudes, crenças e valores humanos. É preciso analisar o que está comprometendo e dificultando o trabalho do docente, e é aí que a equipe de Docentes e Psicólogos da FANS irá agir. A equipe da FANS realizará uma capacitação para os professores da rede municipal e estadual de Nova Serrana, a começar pelos professores da disciplina de Ensino Religioso e Artes. O encontro será no Auditório da FANS, em data a ser definida pela Secretaria de Educação, de acordo com os módulos. CAPACITAÇÃO PROFESSORES DE ARTES Na capacitação dos docentes de Artes, o profissional da FANS irá trabalhar com eles, como devem trabalhar a expressão das crianças e adolescentes através das variadas formas: música, teatro, dança, vídeos e outras. Exemplo: Título da atividade : Escolha do Tema Tempo da atividade : 01 hora/aula Objetivo geral : Escolher um tema gerador das apresentações, este tema norteará a criação das apresentações artísticas. Encaminhamentos metodológicos : A aula se desenvolverá com uma conversa seguida de um debate em busca da escolha do tema. O professor orientará o debate dando sugestões, trazendo temas da atualidade, temas relacionados à cultura e instigando os alunos a encontrarem um tema que se identifiquem e que tragam algum significado para a comunidade escolar. Título da atividade : Manifestações Artísticas Tempo da atividade : 02 horas/aula
Objetivo geral : Escolher as manifestações artísticas (teatro, dança e música) que farão parte do evento bem como o figurino e a decoração utilizada. Encaminhamentos metodológicos: A turma será dividida em quatro grupos: da dança, do teatro, da música, do figurino e decoração, a divisão será feita conforme afinidade de cada aluno com as manifestações artísticas. Cada grupo com o resumo sobre o tema em mãos, feito por eles na aula anterior, irá explorar o tema relacionando-o com sua realidade, para criar apresentações artísticas sobre o mesmo. O professor deve orientar, sugerir ideias e organizar o andamento das atividades. Ao final da aula com as ideias elaboradas será construído o roteiro do evento com todas as suas apresentações. Sugestão de Dinâmicas Dinâmica 1 O grupo divide-se em duplas. Cada dupla deve conversar entre si por cerca de dois minutos, falando um pouco sobre sua vida. Depois, ordenadamente, cada dupla vai à frente e se apresenta como se fosse o outro companheiro. Dinâmica 2 Em um círculo, cada pessoa diz seu nome e faz um movimento com o corpo ao mesmo tempo. Depois, o grupo deve lembrar o gesto feito por cada um. Em seguida, devem se recordar do nome de cada colega. Dinâmica 3 Seguindo o raciocínio da dinâmica anterior, o professor diz aos alunos que irá contar uma história e pede que, quando ele falar determinadas palavras, todos façam um movimento corporal ou emitam um som preestabelecido específico. Por exemplo: num relato, toda vez que for falada a palavra ÔNIBUS, os alunos devem bater uma palma; TÁXI, estalar os dedos; OFICINA, dar um pulo. Dinâmica 4 Reunir o grupo em um círculo e pedir, a cada “rodada”, que os alunos se agrupem de acordo com uma característica comum, por exemplo: pela letra inicial do nome, pelo bairro onde moram, pela maneira como se deslocam de casa até a escola ou por quanto tempo levam etc. CAPACITAÇÃO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO
RODA DE CONVERDA COM ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL MARIA ALVES DE BRITO – 25 / 04 / 2019
RODA DE CONVERSA COM ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ELIANA FRANCISCA– 12 / 06 / 2019
CRONOGRAMA DE RODAS DE CONVERSA AUDITÓRIO DA FANS 2 º/ 2019 DATA ESCOLA 1 3 / 08 / 2019 E.M. DIRETORA MARIA DO CARMO 2 7 / 08 / 2019 E.M. JOSÉ AMÉRICO - ANEXO 1 0 / 09 / 2019 E. E. PADRE LAURO 2 4 / 09 / 2019 E. E. MARIA ZELI DINIZ 08 / 10 / 2019 E. M. JOSÉ ANTONIO DE LACERDA 29 / 10 / 2019 E. M. GERALDA DE ASSIS 12 / 11 / 2019 E. E. FREI ANSELMO 26 / 11 / 2019 E. M. MARIA ROSA SOARES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Carsola, R.M.S. Suicídio: fatores inconscientes e aspectos socioculturais: uma introdução. 1ª edição digital – 2018 Dias, V. C. “Morando na rede” Novos modos de constituição de subjetividades de adolescentes nas redes sociais (Tese de Doutorado). Programa de Pós Graduação em Psicologia – Área de Concentração: Processos de Subjetivação. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. 2015. Figueiredo, Patrícia. Indice de Suicídio entre Jovens e Adolescentes. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/05/21/indice-de-suicidio-entre- jovens-e-adolescentes-negros-cresce-e-e-45percent-maior-do-que-entre-brancos.ghtml Acesso em 27 de Julho de 2019. Gallo, S. Subjetividade e educação: a construção do sujeito. In: LEITE, César D. P.; OLIVEIRA, Maria Beatriz L. de.; SALLES, Leila M. F. (Orgs.). Educação, psicologia e contemporaneidade. Taubaté: Cabral Editora Universitária, 2000, p. 4 7 - 70. Globo.com. Ciência e Saúde. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e- saude/noticia/suicidios-de-adolescentes-como-entender-os-motivos-e-lidar-com-o-fato- que-preocupa-pais-e-educadores.ghtml. Acesso em 25 de maio de 2019. Lima, N.L.; Barcelos, N. S. ; Berni, J. T.; Casula, K. A.; Ferreira, L. P.M. ; Figueiredo, E. R. F; Nihari, K. ; Ferraz, M. C.; Otoni, M. S. Psicanálise, educação e redes sociais virtuais: escutando os adolescentes na escola. Estilos da Clínica (USP. Impresso),
Oliveira, T. A. Automutilação do corpo entre adolescentes: um sintoma social ou alerta de transtorno mental? 2016. 20 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Saúde mental e Atenção Básica) – Faculdade Bahiana de Medicina, Salvador, 2016. Disponível em: <http://www7.bahiana.edu.br/ jspui/bitstream/bahiana/3 2 6/1/TCC% 20 gravar% 20 %28Tain%C3%A1%2 0 Oliveira%29. pdf>. Acesso em: 20 de março de 2019.