



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Relatório da aula prática
Tipologia: Notas de aula
1 / 6
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Durante as nossas experiências foram testados dois sentidos que compõem o sistema sensorial, a gustação e a olfação.
Primeiramente, colocaram-se sobre a língua seca cristais de sal ou açúcar, logo, não houve percepção de sabor. Em seguida, molhou-se a língua com saliva, e então foi perceptível o sabor da solução. Isso ocorreu porque para que se possa sentir o gosto de uma substância, ela deve primeiramente ser dissolvida no líquido bucal e difundida através do poro gustativo em torno das microvilosidades. Portanto, substâncias altamente solúveis e difusíveis, como sais ou outros compostos que têm moléculas pequenas, geralmente fornecem graus gustativos mais altos do que substâncias pouco solúveis difusíveis, como proteínas e outras que possuam moléculas maiores.
Colocando-se a ponta da língua dentro de um recipiente com uma solução de sacarose sentiu-se o sabor doce. No entanto, ao realizarem-se movimentos de degustação se fez presente de forma mais intensa. Isso ocorreu porque a substância se dispersou pela língua, ocupando uma maior área de superfície. Quanto maior a área de superfície, maior é número de quimioceptores e mais forte é a sensação.
Foi realizado também um teste de localização da percepção gustativa, também chamado de topografia gustatória. Aplicou-se sobre a língua soluções de sacarose 5% (C 12 H 22 O 11 ), ácido cítrico 2% (C 6 H 8 O 7 ) e cloreto de sódio 5%
(NaCl) com o auxílio de um cotonete e sondou-se a língua com essas três soluções para identificar as regiões peculiares para cada sabor testado. Seguindo os resultados, ao teste com sacarose, constatou-se um sabor doce mais forte na ponta da língua; ao teste com ácido cítrico, constatou-se um sabor azedo mais forte na lateral se estendendo para o fundo da língua e ao teste com cloreto de sódio, o sabor salgado foi mais forte na lateral se estendendo para a ponta da língua. A região peculiar para o amargo seria, então, a parte posterior da língua.
Embora tenhamos testado apenas três tipos de sensações gustativas primárias e descoberto um deles, recentemente foi encontrado um quinto paladar distinto, com seu próprio receptor gustativo, o umami , que significa delicioso, e a região da língua peculiar para ele seria o centro.
apenas quatro sabores básicos: amargo, azedo, doce e salgado. O fato de podermos detectar pelo olfato a essência do alimento é que nos possibilita identificar o gosto do queijo. É pelo olfato que identificamos os gostos específicos, por exemplo, de uma pêra e de uma goiaba, mesmo ambas sendo doces. Quando ficamos gripados, podemos constatar a atuação conjunta do olfato e do paladar. Um dos sintomas da gripe ou do resfriado é a produção de muito muco pelo nariz. Isso dificulta a circulação de ar (que carrega as partículas das substâncias) pela cavidade nasal. O ar não chega às células olfativas, prejudicando a percepção dos cheiros. Nessas ocasiões temos a percepção de que os alimentos, até os mais saborosos, perderam o gosto.
Agora vamos discutir mais especificamente sobre as sensações olfatórias. O sentido do olfato é um fenômeno subjetivo, que não pode ser estudado com facilidade nos animais inferiores. Ainda outro problema complicador é que o sentido do olfato é pouco desenvolvido no ser humano, em comparação com os animais inferiores.
Sabe-se que para que uma substância chegue aos receptores olfativos, ela deve ser carregada pelo ar até o local onde esses receptores estão localizados. Ao colocar uma substância odorífera próximo às narinas do colega com o nariz tapado, será impossível de ele perceber o cheiro, pois não havendo inspiração de ar, não haverá um meio pelo qual este estímulo, que se encontra dissolvido nos gases respiratórios, possa chegar à cavidade nasal.
Muitos fatores físicos também afetam a estimulação. Primeiro, apenas substâncias voláteis capazes de serem inaladas para as fossas nasais podem ter seu odor detectado. Segundo, a substância estimuladora tem que ser ao menos parcialmente hidrossolúvel, de modo que possa atravessar o muco e chegar às células olfativas. Terceiro, a substância estimuladora tem que ser ao menos parcialmente lipossolúvel, possivelmente porque os constituintes lipídicos da membrana celular repelem os odorantes das proteínas receptoras da membrana.
Nem toda a mucosa é sensível aos estímulos olfativos, a não ser a região onde se encontram as terminações do nervo olfatório, na mucosa superior do corneto superior e do septo. Nesta região da mucosa nasal, a sensação
olfatória é mais intensa, o que foi comprovado através de uma experiência chamada topografia olfatória. Essa experiência consistiu em introduzir a ponta de um canudo em uma das narinas, ocluindo a outra com algodão, e dirigir a ponta do canudo em uma substância odorífera, em diferentes direções e inspirando a cada vez. Constatou-se, então, que quando a extremidade do canudo estava perto do septo, na parte superior da cavidade nasal, a sensação olfatória se fez mais intensa.
No último experimento cheirou-se um frasco contendo um odorífero por certo tempo, até que o cheiro deixou de ser percebido. Isso aconteceu porque o olfato tem uma característica de adaptação, ou seja, quando estamos inalando ar perfumado, com o tempo perdemos a sensibilidade para aquele perfume. Essa enorme capacidade adaptativa é regida pela homeostasia. Segundo estudiosos, ela é feita pelo cérebro de modo a evitar desconforto ao indivíduo exposto por muito tempo a um certo odor.
Esse fenômeno parece ocorrer porque os mecanismos de troca iônica na membrana excitável não dão conta de enfrentar a estimulação contínua. Com isso, as células inibitórias especiais ou células granulares localizadas do bulbo olfativo desenvolvem uma supressão da transmissão juncional por feedback negativo, através da interrupção do processo de transdução de sinal.
Devido a essa característica de adaptação aos odores é bom que se tenha algum outro para comparação, pois o olfato está ausente apenas para o cheiro percebido, não para os demais. Além disso, verifica-se que depois de alguns minutos de “descanso” ocorre restabelecimento da capacidade olfatória para aquele cheiro.
REFERÊNCIAS. GUYTON, A.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.
ALMEIDA, M. M.; FREIRE, G. L. Implantação e avaliação da prática: “cansando o olfato”. Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Fisiologia e Patologia da UFPB. Disponível em: <