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robotica braço mecanico
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
http://super.abril.com.br/saude/robos-roubarao-lugar-medicos-salas-operacao-619485.shtml
Robôs roubarão o lugar de médicos nas salas de operação
O médico vai entrar em extinção? Não. Mas, com os recentes avanços tecnológicos na medicina, ele não será mais o mesmo.
por Tiago Cordeiro e Rafael Tonon
O paciente deu entrada na sala de cirurgia do Hospital Geral de Montreal, no Canadá. Estava cercado por 3 enfermeiros e 2 robôs. A equipe médica estava em outra sala, distante 3 andares. Controlado a distância por joysticks, um braço robótico aplicou a anestesia. Foi quando a segunda máquina entrou em ação. Introduzida no abdômen, por uma incisão de 2 centímetros, ela alcançou a próstata. Uma câmera acoplada fornecia aos 3 médicos imagens 3D. Comandado da outra sala, o equipamento retirou parte do órgão. Terminava assim, na tarde de 17 de outubro de 2010, depois de 25 minutos, a primeira cirurgia inteiramente realizada por robôs, sem a presença física de nenhum médico.
Avanços tecnológicos assim têm mudado radicalmente o papel do médico. Robôs superprecisos e minimamente invasivos se colocam entre o cirurgião e o paciente. Equipes internacionais tomam decisões em teleconferências. Atendimentos online dispensam a visita ao consultório. Casas recebem equipamentos que transformam o quarto numa enfermaria. E dúvidas corriqueiras são resolvidas - ou pioradas - no Google.
Eu, robô
Os hospitais paulistanos Albert Einstein, Oswaldo Cruz e Sírio-Libanês já usam robôs nas salas de cirurgia. Para manipular o DaVinci, como ele é batizado, o médico senta-se de frente para um console com dois controles semelhantes às pinças utilizadas em cirurgias. Ele então encaixa a cabeça em um visor 3D para ver imagens aumentadas do interior do corpo, captadas por câmeras controladas por pedais, e começa a cirurgia.
A primeira grande diferença do procedimento comum é que, em vez de grandes cortes para operar um órgão, o DaVinci precisa apenas de pequenas incisões de 1 a 2 centímetros para inserir seus braços mecânicos no interior do corpo. Sob a pele, ele opera ferramentas semelhantes às usadas pelos cirurgiões, mas com menos de 1 centímetro - e movimentos impossíveis para uma mão humana. Para corrigir eventuais tremores do médico, um software ainda filtra seus gestos.
Robôs assim já operam próstata, tireoide, hérnia, ovários, pâncreas e fígado. A grande novidade, no caso do procedimento de Montreal, é seu uso conjugado com o robô McSleepy, que aplica a anestesia, ajuda a calcular a dose exata e ainda monitora a situação do paciente durante o procedimento.
Em 10 anos, esses equipamentos deverão tomar as salas cirúrgicas, acompanhados só por enfermeiros. Isso porque, embora sejam caros, eles cortam outros gastos: com pacientes se recuperando mais rápido, diminui a ocupação de leitos dos hospitais e o paciente corre menos risco de sofrer infecções, avalia o médico brasileiro Chao Lung Wen, coordenador do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do Hospital das Clínicas da USP e membro do Comitê Executivo de Telemedicina e Telessaúde do Ministério da Saúde. "E, sempre que uma tecnologia torna o trabalho mais confortável e barato, ela tem tudo para ficar", diz Chao.
O passo dado já é grande, mas, enquanto as cirurgias robóticas se tornam comuns, falta muito chão para o mesmo valer para os procedimentos a longa distância. Isso porque a velocidade necessária para uma cirurgia é de, no mínimo, 10 megabites em linha exclusiva.Hoje, as conexões ainda são muito mais lentas e pouco confiáveis. "É muito arriscado quando se corta uma artéria ou uma veia, por exemplo. Um segundo e meio depois, o médico só vai enxergar o sangue na tela", diz Wen.
Enquanto isso, robôs ganham os corredores de hospitais. Eles já são usados há 5 anos para carregar roupas e equipamentos nos países desenvolvidos, mas começa a surgir agora uma nova geração, que interage com os pacientes. Eles serão úteis não só nos hospitais como também nas casas, para cuidar de pessoas idosas e doentes. O governo japonês iniciou em 2009 um megaprojeto de pesquisa nessa área, e lançamentos devem chegar em 2014.
"Em 10 anos, já estaremos acostumados a esses robôs-enfermeiros", diz Robert Freitas Jr., um dos maiores especialistas em nanorrobótica e pesquisador do instituto de pesquisas Molecular Manufacturing, em Palo Alto, EUA.
Na rede
Com as novas tecnologias, mudou também o comportamento de pacientes. Não dá para ignorar que o "Doutor Google" quebrou, ainda que de forma imperfeita, o monopólio dos médicos sobre o conhecimento de saúde. Todos os anos nos EUA, 180 milhões de pessoas usam a web para pesquisar sintomas, conversar com outros pacientes e se armar com questões para o doutor. Há até ferramentas de busca só para sintomas, verificadas e aprovadas por uma fundação chamada Health on the Net.
"Desde Hipócrates nos acostumamos a ficar em uma situação de superioridade diante dos pacientes. Agora eles estão mais bem informados e mais críticos", diz o médico americano William Hanson, autor de The Edge of Medicine ("O Limite da Medicina", sem tradução). Mas isso não traz sérios riscos de autodiagnóstico e automedicação? "Em um primeiro momento, pessoas vão cometer exageros, confiar demais em informações duvidosas, usar medicamentos errados", afirma. "Mas a próxima geração terá mais naturalidade e segurança para lidar com o volume de informações da rede."
Por outro lado, redes sociais também podem aproximar pacientes e médicos. O caso mais conhecido é o do nova-iorquino Jay Perkinson. Depois de uma primeira visita domiciliar, ele acompanha seus pacientes por e-mail, MSN ou videoconferências - uma ideia que tem sido copiada por verdadeiros Facebooks da saúde.
Os próprios médicos aderiram à internet para compartilhar experiências e casos médicos. "Antes, os únicos meios para trocarmos informações eram revistas especializadas, livros e conferências. Com a telemedicina, conseguimos trocar ideias com os colegas até mesmo na sala cirúrgica", diz Alex Nason, do Johns Hopkins Hospital, nos EUA.
Sites voltados para médicos, como os americanos Diagnosaurus, Isabel e SimulConsult, reúnem históricos de pacientes e descrições detalhadas dos tratamentos realizados com sucesso ou fracasso. "Com o grande volume de estudos e avanços divulgados todos os meses, a internet é a única forma que um médico tem de se manter atualizado", diz Josep Paradells, pesquisador da Universidade da Catalunha, na Espanha.
E o Brasil se mantém atualizado nesse ponto. Em São Paulo, o projeto Estação Digital Médica - um sistema de teleassistência na internet -
permite compartilhar fichas médicas de pacientes e trocar informações entre médicos e alunos de 8 faculdades, coordenadas pela USP. Ali, qualquer médico pode pedir uma segunda opinião de especialistas respeitados em suas áreas de atuação. E o projeto deverá dobrar o número de faculdades parceiras nos próximos 5 anos.
O próximo passo é compartilhar online arquivos com imagens de exames. Já há sistemas que conectam hospitais em rede e permitem que um único exame seja avaliado por vários especialistas. Agora falta só definir um padrão tecnológico único para globalizar essa rede.
"Imagine o impacto em centros médicos menores, em regiões mais afastadas, que não têm médicos de todas as especialidades", diz Oscar Casas, outro pesquisador da Universidade da Catalunha. "Um exame feito na África do Sul poderá ser analisado por colegas espalhados nos mais diversos cantos do mundo."
Fim do hospital
Quando isoladas, essas tecnologias parecem mais uma evolução da medicina, e não uma revolução. Mas isso muda se somarmos todas elas: automação, meios de comunicação instantâneos e maior autonomia de pacientes em relação à sua saúde. É o que tem sido experimentado pelo pesquisador Oscar Casas com seu laboratório caseiro online. O próprio paciente ou seus familiares - e, no futuro próximo, robôs - medem o nível de glicose, frequência respiratória, batimentos cardíacos e pressão arterial. Qualquer alteração vai para o smartphone do médico, que instrui a família ou enfermeiros como devem agir com o paciente.
Com esse monitoramento a distância, a enfermaria é transferida do hospital para a casa. Assim, idosos e portadores de doenças crônicas ou degenerativas podem ter uma vida longe do hospital e perto da família, que se compromete com a equipe médica no tratamento. Não apenas a qualidade de vida do paciente melhora como também diminui o risco de infecções hospitalares.
E Oscar Casas não está sozinho. No Japão, em Cingapura, na Coreia do Sul, na Europa e nos EUA, universidades e centros de pesquisa desenvolvem projetos semelhantes. A indústria também não perde tempo. Ela investe, e muito, em novos equipamentos para melhorar a qualidade desse monitoramento. As universidades da Califórnia, nos EUA, e de Leeds, na Inglaterra, testam neste momento protótipos de aparelhos que fazem medições precisas de biomarcadores em casa, com pequenas amostras de sangue ou urina. Para os cardíacos, a holandesa Philips testa um jogo de cama com lençol e fronha que monitoram batimentos cardíacos, respiração e movimentação do corpo do paciente enquanto ele dorme. Tudo em casa.
Futuro do doutor
Repare que, em todas as inovações que mostramos, médicos continuam envolvidos. Eles estão muito longe do fim, mas seu papel está num ponto de virada. O novo médico vai ser, ao mesmo tempo, uma pessoa antenada com as redes sociais da internet, bem informada a respeito de robótica e paciente e humilde no relacionamento com os pacientes.
Para entender essa mudança, primeiramente esqueça a palavra "paciente". Ela implica uma hierarquia que inevitavelmente vai acabar. "Em 10 anos, os médicos vão preferir chamar pessoas com problemas de saúde de parceiros", diz o doutor Chao. Outros parceiros que têm ganho mais voz no processo de diagnóstico, cura e manutenção da saúde são nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros - e a família. Tudo indica que, em vez das fichinhas guardadas na gaveta do médico, cada pessoa terá um registro clínico eletrônico, compartilhado por todos os envolvidos no processo de saúde - incluindo você, tão dono das informações sobre sua saúde quanto é hoje dos seus dados bancários.
Além de estar disposto a compartilhar informações e decisões com outros profissionais, o médico terá que dedicar muito mais que os 10 minutinhos de consulta. Para o oncologista americano Stephen C. Schimpff, ex-presidente do Centro Médico da Universidade de Maryland e autor do livro The Future of Medicine ("A Medicina do Futuro", sem edição em português), teremos uma nova geração de médicos de família high-tech. Eles conhecerão bem o histórico das pessoas e usarão todas as ferramentas tecnológicas para encontrar as informações úteis para cada caso - seja buscando um caso semelhante registrado do outro lado do mundo, seja consultando colegas de outras especialidades.
"Do ponto de vista do doente, a nova medicina vai ser personalizada. Para os profissionais da área, será marcada pelo trabalho em equipe num nível inédito", diz Schimpff. As próprias consultas serão mais longas - o que é bom. "É sabido que o contato com o médico, quando pacífico, tem um grande efeito terapêutico", afirma.
Para várias especialidades médicas, não estudar robótica vai significar não fazer cirurgia. "Até porque o bom cirurgião não será mais avaliado pela sua capacidade de fazer cortes precisos, já que nem o mais exímio deles poderá fazer incisões mais hábeis do que qualquer máquina, mas, sim, pela sua capacidade de diagnosticar mais rapidamente o problema do paciente e coordenar bem o processo cirúrgico", diz Alex Nason, do Johns Hopkins Hospital.
E as faculdades de medicina? Elas estão prontas para essa nova realidade? Algumas, sim. A Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, por exemplo, criou um centro de simulação com programas de realidade virtual que deixam vários games com cara de velhos. O médico se vê dentro de uma cirurgia em uma enorme tela de HD, enquanto manipula um manequim humano que infla o peito de ar, emite o som das batidas do coração e simula sinais vitais no pulso. Se o aluno errar, vê na tela seu paciente perder pulso e correr risco de morte. Com isso, treina o uso da técnica e também suas próprias reações diante de situações extremas.
Já a Faculdade de Medicina da USP oferece desde 1998 a disciplina de Telemedicina. Ali, os estudantes se informam sobre os avanços no atendimento a distância e participam de simulações de atendimentos usando redes sociais.
Mas há uma má notícia. Segundo Chao, a telemedicina deve demorar 15 anos para se popularizar no Brasil. "Ainda falta formar melhor os professores, que na maioria dos casos são médicos com muita experiência, mas pouco contato com tecnologia", diz. Mas, para o doutor Schimpff, a mudança é inevitável.
"No século 19, a medicina consistia no diagnóstico e na redução dos efeitos das doenças. No século 20, passamos a tratar com sucesso grande parte dos problemas de saúde. Agora estamos no limiar do atendimento multidisciplinar e personalizado", diz Schimpff. "E o médico que não se atualizar terá problemas em manter seus pacientes."
http://blog.ftc.br/ftcdigital/?p=
Robôs são parceiros do médico na sala de cirurgia
Posted by: admin in Sem categoria
23/06/2008 – MÁQUINA FAZ INTERVENÇÕES MAIS PRECISAS. 1º CURSO DO PAÍS PARA QUEM QUER SE ESPECIALIZAR ESTÁ PREVISTO PARA ESTE MÊS.
Por ser um método recente no país, não há números, mas pode-se dizer que ainda responde por uma pequena porcentagem do total dos procedimentos cardíacos. Para realizar este procedimento, o hospital tem que estar preparado, com os equipamentos adequados e os profissionais treinados. Acredito que estejamos ainda no início da disseminação desta técnica. O que o uso do robô acrescentou à técnica minimamente invasiva? O robô é considerado o mais alto degrau no avanço tecnológico. Ele consiste em um sistema "escravo", que recebe comandos do cirurgião e, por meio de quatro braços, efetua os movimentos. Não há a possibilidade de o robô fazer algo sozinho, pois obedece a comandos provenientes do console onde está o cirurgião. O robô agrega uma maior precisão e conseqüente segurança ao procedimento. As imagens captadas são em alta definição, ampliadas em 10 vezes e tridimensionais. São mais nítidas do que vemos a olho nu, o que permite uma melhor análise do tecido cardíaco. Outro ponto é a precisão. Os braços mimetizam os movimentos dos punhos humanos, com uma vantagem: conseguem aumentar a destreza do cirurgião, tornando-o ambidestro, e realizando movimentos impossíveis para a mão humana. Além do equipamento do Einstein, há outros no Brasil? Em quais instituições? Atualmente, apenas três hospitais possuem sistemas robóticos para cirurgias no Brasil: o Einstein, o Oswaldo Cruz e Sírio Libanês. Se compararmos com os Estados Unidos, onde existem mais de 1.000 robôs para esta finalidade, temos muito a avançar. Como o robô é um investimento caro, quais as expectativas quanto à evolução da sua utilização por hospitais e centros médicos brasileiros? São duas as grandes barreiras para a adoção desta tecnologia: custo e profissionais capacitados. O sistema custa aproximadamente um milhão e meio de dólares, e para que o profissional possa comandar o robô, é necessário treinamento específico. Acredito que os resultados farão com que mais centros adotem esta tecnologia, tornando os custos menores. Há um interesse crescente da comunidade médica nesta tecnologia. A partir do momento em que houver um centro treinador em nosso meio, isto facilitaria a adoção desta técnica. E quais as perspectivas para as cirurgias cardíacas minimamente invasivas? Vivemos um momento de revolução na cirurgia cardíaca, uma busca constante pela melhor evolução dos nossos pacientes. Há alguns anos, achávamos impossível operar o coração apenas por pequenas incisões. Hoje, vemos que é possível operar apenas por pequenas punções no tórax. A evolução tecnológica propicia este avanço. Devemos ter a mente aberta e aceitar novos desafios, incorporar novas técnicas e tecnologias sem agregar riscos ao paciente, afinal é esta a nossa missão.
Nanorrobótica Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação , pesquisa
Nanorrobótica é uma tecnologia que cria máquinas ou robôs à escala de um nanométro (10 -9^ metros). Mais especificamente, a nanorobótica recorre em grande parte à disciplina teórica da engenharia da nanotecnologia, da disciplina de desenho e construção de nanorobôs. Nanorobôs são dispositivos que variam no tamanho de 0.1-10 micrômetros e construídos à escala nanométrica ou de componentes moleculares. Porque nenhum nanorobô não-biológico artificial foi criado, assim permanece um conceito distante, neste tempo.
Uma outra definição usada por vezes, refere-se a um robô que permite a interacção da precisão com objectos à escala nanométrica, ou pode manipular com definição a essa escala. Depois desta definição, mesmo um instrumento grande como um microscópio atómico, pode ser considerado um instrumento nanorobótico, quando configurado para executar manipulações à escala nanométrica.
http://www.nanorobotica.com.br/
CAN Centro para Automação em Nanobiotecnologia
Laboratório de Nanomecatrônica Computacional
As boas perspectivas e o valor estratégico tecnológico de nanotecnologia tem motivado governos dos mais diversos paises em conjunto com centros de pesquisa e grandes empresas de capital privado a investirem vultosas quantias para o rápido desenvolvimento desta nova frente tecnológica.
Os recentes avanços em computação biomolecular e a confecção em escalas nanoscópicas de componentes eletrônicos, sensores e motores, servem de base para a construção de máquinas biomoleculares.
Após os primeiros passos em direção a engenharia molecular dos anos 80 e 90 no sentido de se construir blocos de peças em escala nanoscópica, atualmente nos deparamos com um desafio mais complexo de se avançar a próxima etapa no desenvolvimento em nanotecnologia, no sentido de se construir bionano-eletrônicos e nanomáquinas. Nanorobôs teriam tamanhos aproximados de 1micron, ou seja, 6 vezes menor que o tamanho aproximado de um glóbulo vermelho.
Um mercado de US$ 1 trilhão de dólares composto por peças e sistemas com algum tipo de nanotecnologia embutida foi projetado para o ano de 2015. Sendo mais específico, a companhia DisplaySearch prevê um rápido crescimento de mercado de US$ 84 milhões de dólares atualmente para US$ 1 bilhão em 2007. Em 2003 o governo americano investiu mais de US$ 700 milhões em pesquisa e desenvolvimento em nanotecnologia. O governo japonês investiu US$ 800 milhões. A importância da miniaturização para uma ampla gama de possibilidades de aplicações é notória, e uma primeira série de nanoprodutos comercializáveis foi anunciada e prevista para 2007.
Para se atingir o objetivo de se construir bioeletrônicos, companhias estão formando colaborações conjuntas e alianças que viabilizarão novos nanoprodutos através de esforços conjuntos de empresas como IBM, Motorolla, Philips Electronics, Xerox/Parc, Hewlett-Packard, Dow Chemical, Bell Laboratories, e Intel Corp., apenas para citar algumas empresas. Para tal objetivo, novas metodologias e teoria para se explorar ambientes e mundos nanoscópicos torna-se uma chave fundamental nesta emergente área tecnológica.
O desenvolvimento em nanotecnologia se fará de forma segura e mais eficaz ao se investigar e propor novas abordagens para o problema de design, controle e validação de sistemas para nanorobôs. Como abordagem prática para o estudo e apresentação de novos paradigmas aplicados à engenharia biomédica em nanotecnologia, pretende-se através de experimentos computacionais modelar e validar fisicamente o comportamento de nanorobôs em ambientes tridimensionais dinâmicos incorporando aspectos inerentes ao corpo humano a serem contemplados para a operação de nanorobôs.
Robótica: Realidade ou Ficção - Uma Opção para a Medicina do Século XXI
http://noticias.universia.com.br/ciencia-tecnologia/noticia/2004/08/06/500903/robotica-realidade-ou-fico-uma-opo-medicina-do-seculo-xxi.html
Artigo de João Mauricio Rosário*
A forma mais interessante para entendermos sistemas de robótica vem da história da evolução do homem, desde a sua criação por DEUS. Entendemos que o crescimento do ser humano é irreversível. Entretanto, um dos pontos que hoje desperta reação e medo é associarmos a palavra Robótica diretamente com o "desemprego", e não com a melhoria da qualidade e respeito associado a um emprego, e esquecendo-se, muitas vezes, que o grande responsável pela situação são nossos dirigentes, que não vislumbraram as crescentes inovações tecnológicas e da globalização, não dando a capacitação necessária à população para absorver e desfrutar essas novas tecnologias.
A Robótica é uma ciência que atualmente encontra-se em constante e acelerado crescimento, pois situações que no passado não muito distante do presente em que vivemos foram consideradas ficções científicas, hoje são perfeitamente possíveis, graças ao avanço de pesquisas em áreas como a da eletrônica, mecânica, informática e também da Inteligência Artificial.ÿ
Apesar de os robôs terem constante atuação no mundo atual, através de pesquisa feita com estudantes concluiu-se que a maioria das pessoas não tem conhecimentos gerais sobre o verdadeiro significado da robótica, bem como seu uso na medicina, que é uma aplicação que quebra o paradigma surgido através da ficção científica de que robôs são máquinas inúteis feitas para realizar tarefas humanas.ÿ
Segundo o dicionário Aurélio, a definição de robô é a seguinte:ÿ
Ao analisarmos somente a primeira definição, pode-se concordar com a opinião popular que acredita fielmente que robôs só fazem por aumentar o desemprego, não tendo nenhuma utilidade para a camada popular. Assim, torna-se de extrema importância termos a ousadia de corrigir o Dicionário Aurélio, afirmando que essa definição é equivocada, e, ao invés de classificarmos robôs como máquinas que realizam trabalhos humanos, porque não usufruir sua lógica e precisão para realizar tarefas impossíveis ao homem, como, por exemplo, salvar vidas na medicina.
HISTàRICO DA ROBàTICA
Se voltarmos no tempo, podemos detalhar melhor e tentar explicar o porquê de hoje não entendermos o nosso Futuro em relação à Automação?
? bom citar algumas épocas de nossa história para que o leitor possa sentir como foi a evolução tecnológica, principalmente no tocante ao emprego da mão-de-obra, para chegarmos ao uso de sistemas automatizados, dos quais o Robô faz parte. Isto torna necessário revermos o passado, desde os primórdios da criação e do surgimento do homem.
Durante o período paleolítico (40.000 a.C.), segundo pesquisadores, o homem nesta época utilizava lascas de pedra, as quais pode usar em machadinhas e pontas de lança. Nunca se preocupando em melhorar o formato das lascas de pedras. Eles viviam em tribos, não tinham o sentido de organização.
No período neolítico (4.000 a.C.), porém, começou a acontecer uma sensível evolução natural, principalmente na organização. Ele começou a mudar, assim surgiam as técnicas.
Na Grécia antiga, os detentores de poder tinham seus escravos, que nunca podiam dirigir a palavra ao Senhor, somente obedecer a ordens, reservando também espaço importante aos intelectuais, aos pensadores gregos, tais como Platão, Sócrates, e outros que tinham todo o seu tempo para filosofar e descobrir muitas coisas que hoje fazem parte da história da humanidade.ÿ
Avançando novamente no tempo, chegamos ao período medieval, no qual surgiu a Burguesia. O senhor feudal detentor de uma área geográfica considerável tinha a seus serviços a prole, que se amontoavam em volta de seus castelos, surgindo os primeiros comerciantes, que mostravam esculturas feitas de geringonças, representando um ser que poderia ser seu escravo, ou seja, imitando os senhores feudais, tinham essas geringonças como seus escravos a lhes servir, imagem que denotava um ser artificial, o qual chamava por "robota", que significava trabalho em eslavo, faxina em russo, termo que seria utilizado em 1921, pelo theco Karl Capek, em sua peça teatral "O Robô Universal de Rossun".
Mais adiante, devido à comercialização natural do proletariado nos feudos, surgiu a necessidade de uma moeda como meio de suavizar trocas de mercadorias. Aos poucos alguns foram se destacando por melhorar produtos, que se manufaturavam com o emprego e auxílios de seus parentes e amigos, assim surgia a mão-de-obra.
Do mesmo modo que na Grécia Antiga, o rei protegia artistas e pensadores, surgindo também os artesões, que se qualificavam em várias especialidades, dentre elas os aprendizes, estes que se moldavam às novas técnicas de trabalhos para poderem aprender ofícios. Eles tinham como principal objetivo a confecção dos artefatos criados pelos artistas e pensadores para aumento da Produtividade.O que predominava nesta época eram os serviços relacionados ao campo, realizados pelos camponeses (90 % da população) e pelos artesões.ÿ
Nesta época surgiram nomes como Leonardo da Vinci, que idealizou muitos projetos que nos dias atuais encontramos, tais como os mecanismos de escavação, tratamento de esgotos, o aparelho para flutuar (helicóptero), etc., onde muito deles inspiraram no final do séc XIX, Julio Verne com seu Nautilus, que se assemelha aos atuais submarinos.
Finalmente, é chegada a Revolução Industrial, originário da evasão de mão-de-obra do campo para empresas, as quais sentiram necessidade de melhorar a produtividade. Podemos destacar o empresário George Devol, o primeiro a utilizar um sistema robotizado, considerado o
Principais Benefícios da Automação
Este crescimento de tecnologia relacionado à robótica gerou grandes benefícios. A automação possibilita grandes incrementos na produtividade do trabalho, possibilitando que as necessidades básicas da população possam ser atendidas. Além de aumentar a produção, os equipamentos automatizados possibilitam uma melhora na qualidade do produto, uniformizando a produção, eliminando perdas e refugos.ÿ
A automação também permite a eliminação de tempos mortos, ou seja, permite a existência de "operários" que trabalhem 24 horas por dia sem reclamarem, que leva a um grande crescimento na rentabilidade dos investimentos.ÿ
A microeletrônica permite flexibilidade ao processo de fabricação, ou seja, permite que os produtos sejam produzidos conforme as tendências do mercado, evitando que se produzam estoques de produtos invendáveis.ÿ
As características citadas acima mostram que a microeletrônica possibilita que não haja nem escassez nem desperdício, com melhor qualidade de vida e de produção, aliadas a um menor esforço.ÿ
Sem dúvida, a automação industrial foi e é um grande impulsionador da tecnologia de robótica. Cada vez mais tem se procurado aperfeiçoar os dispositivos, dotando-os com inteligência para executar as tarefas necessárias. Por exemplo, usando Redes Neurais procura-se a linearização de acionamentos eletromecânicos; com Fuzzy Logic pode-se fazer o planejamento de trajetória para robôs redundantes; ou utilizando Sistemas Especialistas é possível a detecção de vazamento de água a partir da aquisição remota de consumo.ÿ
Impactos Sociais da Robóticaÿ
Fala-se em evolução dos robôs, mas não se pode esquecer dos impactos sociais que eles podem causar à sociedade. E quando se fala em impactos causados pela robótica, o primeiro fator que nos vem a cabeça é o desemprego.ÿ
As transformações que ocorrem, causadas pelo advento dos robôs, muitas vezes podem não estar visíveis para grande parte das pessoas que não convivem no ambiente fabril. Contudo, a ascensão da robótica nas fábricas faz parte da mesma tendência que vem determinando, nos últimos anos, a crescente automatização dos bancos, do comércio e das empresas em geral, causados pelo advento da informática.ÿ
No que se refere ao meio fabril, por um lado as indústrias recrutam robôs e computadores guiadas por uma necessidade crucial para sobrevivência no mercado, de forma a conquistar maior produtividade e qualidade para seus produtos, de forma barata e assim assegurar competitividade frente aos concorrentes. Por outro lado, os trabalhadores ficam aterrorizados com a possibilidade de perda de emprego causada pelos impactos que os robôs exercem sobre o nível de emprego. Certamente os robôs se instalam no lugar dos homens. Muitas vezes um robô substitui dezenas ou até centenas de homens em uma linha de produção.ÿ
Este temor de desemprego vem aumentando a cada dia que passa. A queda nos custos dos robôs tornando-os acessíveis para muitos setores da indústria fez com que eles (os robôs) pudessem competir com a mão-de-obra barata, como a existente nos países do terceiro mundo, ameaçando o emprego de muitos trabalhadores. Muitas empresas multinacionais que se instalavam em países subdesenvolvidos para utilizar- se do recurso "mão-de-obra barata" já estão pensando em reverter essa tendência e concentrar suas operações nos seus próprios países de origem, utilizando robôs para baratear seus custos.ÿ
O uso de robôs para as indústrias passa a ser uma questão de sobrevivência. Assim, resistir ao uso dos robôs é uma batalha perdida, principalmente devido à forma acelerada com que eles cãm de preço. Além disso, o sucesso que as empresas e países usuários de robôs vem obtendo é alto. O Japão, por exemplo, em dez anos conseguiu quadruplicar a sua produção de automóveis, mantendo praticamente a mesma força de trabalho.ÿ
Um estudo conduzido no Japão em 1983 mostrou que existiam no início de 1981, no Japão, cerca de 25.000 robôs, cujo valor médio de mercado era de US$ 17.000. Desses robôs espera-se uma vida útil de seis anos, desde que trabalhem 22 horas por dia, durante os sete dias por semana.
Fazendo-se as contas, percebe-se que nesses seis anos o robô trabalhará cerca de 48.000 horas. Isso equivale ao que o operário médio japonês consegue trabalhar em 30 anos, já que trabalha apenas 40 horas por semana. O custo do operário médio para as empresas japonesas era de US$ 13.000 por ano. Pode-se notar a vantagem que os robôs possuem sobre os operários.ÿ
Quando se fala em desemprego, é necessário ressaltar que não existem somente os empregos destruídos. Existem também os empregos modificados. Habilidades pacientemente adquiridas por trabalhadores são, para alguns, bruscamente desqualificadas, porque foram tornadas inúteis pelo movimento do braço do robô.ÿ
Não resta dúvida que o que deve ser feito não é impedir o advento dos robôs, pois isto seria praticamente impossível. Por outro lado, não se deve assistir passivamente à sua chegada. O caminho é lutar para que sejam implantadas medidas que contraponham os seus possíveis impactos negativos.ÿ
Por exemplo, um estudioso inglês chamado Tom Stonier diz que o caminho seria que os governos adotassem programas maciços de educação gratuita em todos os níveis. Isto aumentaria a capacitação dos indivíduos, o que possibilitaria que descobrissem novas formas de utilização dos robôs e dos computadores e, conseqüentemente, novos serviços e produtos viessem a ser inventados ou gerados.ÿ
Segundo um outro estudo feito por uma entidade sindical inglesa, a APEX, só existe uma forma, não de se evitar desemprego, mas de se atenuar os seus males: essa saída é através de uma atuação conjunta entre governo, sindicatos e empresários no sentido de estudarem cada setor da economia e cada ramo de atividade, estabelecendo impostos para as empresas que obtiverem ganhos em produtividade conseguidos às custas da automatização de funções outrora manuais. Esses impostos teriam uma destinação específica, qual seja, a criação de empregos públicos em áreas como saúde, educação, etc...ÿ
Uma outra instituição muito importante que se tem dedicado a estudar este assunto é a OIT- Organização Internacional do Trabalho, organismo vinculado à ONU que já publicou várias pesquisas a respeito. As recomendações da Organização para que se consiga reduzir essas altas taxas de desemprego são as seguintes:
Uma constante nos estudos referentes às possíveis forças atenuantes do desemprego é a referência à importância dos sindicatos de trabalhadores. Existem inúmeros exemplos provenientes de países com Alemanha, Suécia e França, entre outros da Europa Ocidental, onde atividades industriais foram automatizadas mas, por pressão dos sindicatos dos trabalhadores, as empresas não puderam dispensar seus empregados e tiveram de reaproveitá-los em outras funções. Isso evidencia uma outra arma importante no combate ao desemprego provocado pela máquina: o poder sindical, o qual por sua vez é dependente de uma sociedade civil forte. A existência de uma sociedade civil forte é importante não apenas para garantir sindicatos autônomos que possam defender seus filiados, mas também para permitir que toda essa discussão acerca da melhor distribuição dos frutos do progresso técnico seja feita de uma forma democrática, com participação de todos os segmentos da sociedade.ÿ
Uma outra forma muito importante para se conseguir atenuar os impactos negativos da robotização é o investimento maciço na indústria da
construção civil, já que este é o segmento da economia com maiores condições de se transformar em absorvedouro de mão-de-obra não especializada. Além disso, a construção civil ainda demorará bastante até passar a ter os seus processos sendo realizados de forma robotizada ou automatizada. Ressaltando que quando se fala em construção civil não se está pensando somente em rodovias, pontes ou edifícios, mas principalmente em habitações populares, escolas e postos de saúde.ÿ
Um outro instrumento muito utilizado em praticamente todos os países desenvolvidos para atenuar os males do desemprego, é o salário desemprego.ÿ
** As opiniões expressadas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a posição do portal Universia Brasil sobre o tema abordado.
Robótica auxilia medicina
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=
Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/01/
Aconteceu na semana passada, em Pittsburgh (Estados Unidos), o evento MERIT - Medical Robotics and Information Technologies, uma exposição totalmente voltada para a utilização da robótica na área médica.
Embora várias novidades estejam sendo constantemente divulgadas, esta é a primeira vez que todos os avanços na área foram reunidos em um mesmo evento. Embora nem todas as opções disponíveis estivessem presentes, o resultado impressionou.
Um robô-enfermeiro, óculos que permitem que o cirurgião veja os ossos do paciente e uma pequena ferramenta cirúrgica que se movimenta pelo coração, são alguns dos equipamentos à disposição dos médicos.
Os óculos de raios-X, que já foram estrela em filmes de ficção científica, tornaram-se realidade: minúsculas telas de cristal líquido, colocadas junto ao olho do cirurgião, projetam uma imagem tridimensional dos ossos do paciente geradas por computador.
Já o robô-lagarta pode ser inserido em uma pequena incisão feita no corpo do paciente. Equipado com uma câmera, ele envia as imagens para um monitor por meio de finíssimos cabos de fibra-ótica.
Grande parte dos equipamentos ainda não está sendo comercializada. Um dos objetivos do evento foi justamente o de reunir pesquisadores e empresas. Os organizadores esperam que o contato possa resultar em investimentos que desenvolvam os produtos até sua comercialização.