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➢ EXAME FÍSICO DA CABEÇA
EXAME FÍSICO DOS LINFONODOS DA CABEÇA E PESCOÇO
OBSERVAR:
Tamanho: (acima de 1cm mais ou menos já é notável/estranho) Consistência: (macio, duro, ou intermediário), macio é o normal; duro PODE indicar malignidade e o intermediário/borrachoso PODE indicar crescimento de um linfoma. Sensibilidade: linfonodos que não possuem sensibilidade podem indicar malignidade SE em conjunto a outras características. Linfonodos que causam dor na palpação indicam infecção. EXAME BILATERAL
- Higienizar as mãos e explicar o procedimento ao paciente;
- Posição do paciente: sentado, cabeça erguida expondo o pescoço
- Posicionar-se de frente ao paciente - Com os dedos indicador e médio, palpar fazendo movimentos circulares Primeiro os linfonodos occipitais (abaixo da proeminência do osso occipital), pós auriculares (atrás das orelhas), pré auriculares (frente das orelhas), região submandibular e tonsilar (abaixo do osso mandibular), submentual (abaixo do queixo) NESTA ORDEM Palpação dos linfonodos do pescoço: palpar: ao longo das bordas do musculo esternocleidomastóideo, palpando os linfonodos cervicais superficiais e se estiver muito inchado, dá pra sentir os cervicais profundos, ir descendo e palpando os cervicais anteriores posteriores Localização de alguns dos linfonodos da cabeça e pescoço. EXAME DA TIREÓIDE - Higienizar as mãos e explicar o procedimento pro paciente:
- Paciente em pé ou sentado com a cabeça levemente inclinada pra cima, expondo bem o pescoço.
- Primeiro se faz a inspeção (como já foi explicado acima) Depois localiza-se a tireóide: segue a proeminência laríngea até logo abaixo da membrana cricotireóidea, palpando um tecido mais mole que é o istmo da tireoide. Após isso, pedir pro paciente hiperestender o pescoço (olhar pra cima) e observar se há algum nódulo na região da tireoide.
- PEDIR PARA O PACIENTE ENGOLIR, e observar a mobilidade da tireoide e se ela está aumentada. Exame de palpação da tireoide
- Posicionar atrás e depois na frente do paciente (vide imagem) Técnica de palpação da tireoide. AVALIA-SE: formato, presença de nódulos e dor na tireoide
- Apoiar-se na nuca ou no peito do paciente com os polegares e palpar com os dedos indicador e médio, em movimentos circulares. A. Abordagem posterior. B. Abordagem posterior com a palpação do lobo tireoidiano direito. C. Abordagem posterior com a palpação do lobo tireoidiano esquerdo. D. Abordagem anterior. E. Abordagem anterior com palpação do lobo tireoidiano direito. OBS: pode pedir também pro paciente engolir na hora da palpação para que a tireoide fique mais evidente/palpável
➢ EXAME FÍSICO DO TÓRAX
- Prosseguir de maneira ordenada: inspeção, ausculta, frêmito toraco-vocal, percussão e palpação.
- Inspecionar o pescoço. Durante a inspiração, ocorre contração dos músculos acessórios, como os músculos esternomastóideos e escalenos, ou retração supraclavicular? A traqueia está localizada na linha média? Obs: O uso da musculatura acessória na DPOC indica dificuldade respiratória. Desvio lateral da traqueia ocorre no pneumotórax, no derrame pleural ou na atelectasia.
- Fique atento à forma do tórax e ao movimento da parede torácica do paciente. Observe: Deformidades ou assimetrias; Retração anormal dos espaços intercostais inferiores durante a inspiração. Retração supraclavicular é um achado frequente; Retardo ou comprometimento localizado do movimento respiratório; Alterações uni ou bilaterais da movimentação respiratória ou retardo unilateral desse movimento.
- Ausculta:
- Compreende: a) Ouvir os sons gerados pela respiração b) Pesquisar ruídos adventícios c) Se houver suspeita de anormalidades, auscultar os sons da voz falada ou sussurrada do paciente durante transmissão pela parede torácica OBS: sons da roupa podem causar confusão e sons causados por pelos torácicos podem originar sons creptantes. Por isso, convém examinar o paciente com tórax despido e exercer maior pressão ou umedecer região que contém pelos.
- Focos de ausculta: Solicitar ao paciente que faça algumas respirações profundas e tussa algumas vezes de modo a
separar ruídos permanentes eventuais. Se o paciente sentir tonteira por causa de hiperventilação,
deixe o paciente respirar normalmente por alguns minutos. Ademais, lembre-se que os
movimentos respiratórios devem ser regulares e de igual amplitude respiratória e a ausculta deve
ser iniciada na região POSTERIOR, passando para região LATERAL E ANTERIOR.
Sons respiratórios – diferenciados pela sua intensidade, tom e duração relativa de suas fases inspiratórias e expiratórias. Sons respiratórios na parte anterior são mais altos na parede superior dos pulmões. Os sons respiratórios normais são:
- Murmúrio vesicular – (região da periferia dos pulmões) som suave e grave. É auscultado durante toda a inspiração, continua sem pausa pela expiração e em seguida desaparece em torno do terço inicial da expiração. (ouço mais na inspiração)
- Respiração broncovesicular - (região esternal e interescapular, mais altos sob vias respiratórias principalmente a direita) sons inspiratórios e expiratórios possuem mesma duração, por vezes separados por um intervalo de silêncio. Tom e intensidade maior durante expiração.
- Respiração Brônquica (sobre o manúbrio esternal e brônquios principais) - são sons mais fortes, ásperos e agudos, com um breve intervalo de silêncio entre inspiração e expiração. Sons expiratórios duram mais tempo.
- Respiração Traqueal (sobre a traqueia) - ruído soproso, relativamente agudo, com
um intervalo de silêncio entre inspiração e expiração. Expiração tem som mais forte
e mais prolongado.
OBS: A ausculta deve ser realizada pelo menos durante um ciclo respiratório. Se o paciente sentir tonteira por causa de hiperventilação, deixe o paciente respirar normalmente por alguns minutos.
Ausculta da voz falada
Em condições normas os sons da voz falada e sussurrada sons incompreensíveis, não se
distinguem sílabas, já que o parênquima absorve maior parte dos sons. A ausculta da voz falada
é intensa nos locais de som broncovesicular e tem ressonância mais forte em homens.
- Pectorilóquia fônica- se ouve com nitidez a voz falada.
- Pectorilóquia afônica - se ouve com nitidez a voz sussurrada.
- Broncofonia - aumento da ressonânciada e voz sem nitidez.
- Egonia tipo especial de broncofonia, quando esta adquire qualidade nasalada, comparada
ao balido da cabra. Ocorre por condensação pulmonar (líquido).
- Diminuição ressonância - espessamento pleuras e nos derrames.
- Palpação frêmito toracovocal:
- O frêmito consiste em vibrações palpáveis transmitidas da arvore broncopulmonar para a caixa torácica enquanto o paciente fala. Para detectar o frêmito, utilize a parte óssea da palma da mão localizada na base dos dedos, ou a superfície ulnar de sua mão, para maximizar a sensibilidade vibratória dos ossos de sua mão. Peça ao paciente para repetir as palavras "trinta e três" ou "um dois três". Se o frêmito estiver fraco, solicite ao paciente que fale mais alto ou com urna voz mais grave.
- Palpe e compare regiões simétricas dos pulmões. Identifique e localize regiões de aumento, diminuição ou ausência de frêmito. O frêmito e tipicamente mais acentuado na região interescapular do que nos campos pulmonares inferiores, sendo com frequência mais proeminente a direita do que a esquerda. O frêmito desaparece abaixo do diafragma.
- Percussão: (mesmos locais que a ausculta)
- A percussão é uma das técnicas mais importantes do exame físico. A percussão do tórax põe em movimento a parede torácica e os tecidos subjacentes, produzindo sons audíveis e vibrações palpáveis. A percussão ajuda a determinar se os tecidos subjacentes estão cheios de ar, de líquido ou se são sólidos. Entretanto, penetra apenas cerca de 5 a 7 cm no tórax e, por conseguinte, não identifica lesões mais profundas.
- Técnica: Evite o contato da superfície com qualquer outra parte da mão (somente toca o dedo percursor), uma vez que isso abafa as vibrações. Com um movimento de punho rápido e seco, porém relaxado, golpeie o dedo plexímetro com o dedo médio direito, ou o dedo plexor. Tenha como alvo a articulação interfalângica distal. Percuta usando a ponta do dedo plexor, e não sua polpa digital.
- Convém inicia-la pela face anterior, indo de cima para baixo e golpeando ora de um lado, ora de outro, em pontos simétricos. Passa-se em seguida p/ regiões laterais. Conclui- se o exame com a percussão da face posterior.
- Ao percutir a região posteroinferior do tórax, afaste-se um pouco para o lado, em vez de ficar diretamente atrás do paciente. Isso permite a você posicionar o seu dedo plexímetro mais
Abaulamento desta região pode indicar a ocorrência de aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica. lctus cordis. É estudado pela inspeção e palpação, investigando-se localização, extensão, mobilidade, intensidade e tipo da impulsão, ritmo e frequência. A localização do ictus cordis varia de acordo com o biótipo do paciente.
- Nos mediolíneos , situa-se no cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 5° EIC;
- nos brevilíneos , desloca-se aproximadamente 2 cm para fora e para cima, situando-se no 4° EIC;
- nos longilíneos , costuma estar no 6° EIC, 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. Nos portadores de enfisema pulmonar ou quando há obesidade, musculatura muito desenvolvida ou grandes mamas, o ictus cordis pode tornar-se invisível e impalpável. Avalia-se a extensão do ictus cordis procurando-se determinar quantas polpas digitais são necessárias para cobri-lo. Em condições normais, corresponde a 1 ou 2 polpas digitais. Batimentos ou movimentos. Além do ictus cordis, podem ser encontrados no precórdio e áreas vizinhas outros batimentos visíveis ou palpáveis, ou seja, retração sistólica, levantamento em massa do precórdio, choques valvares, cliques, pulsação epigástrica e pulsação supraesternal. Frêmito cardiovascular. Frêmito cardiovascular é a designação aplicada à sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos. Os frêmitos correspondem aos sopros e a sua ocorrência tem grande importância no raciocínio clínico. Ao encontrar-se um frêmito, 3 características precisam ser investigadas:
- Localização , usando-se como referência as áreas de ausculta;
- Situação no ciclo cardíaco , diferenciando-se, então, pela coincidência ou não com o ictus cordis ou o pulso carotídeo, os frêmitos sistólico, diastólico e sistodiastólico; e
- Intensidade , avaliada em cruzes ( + a++++). AUSCULTA A ausculta do coração continua sendo um recurso indispensável para o diagnóstico das enfermidades cardíacas, mesmo quando se dispõe de todos os métodos complementares existentes. Focos ou áreas de ausculta. A demarcação de focos ou áreas de ausculta não significa que o examinador colocará o receptor do estetoscópio apenas nesses locais. Em uma ausculta cardíaca correta, todo o precórdio e as regiões circunvizinhas, incluindo a região axilar esquerda, o dorso e o pescoço, precisam ser auscultados. Os focos de ausculta não correspondem às localizações anatômicas das valvas que lhes emprestam o nome.
FOCO MITRAL
Situa-se no 5 ° espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração. Cumpre salientar, todavia, que, nos pacientes com cardiomegalia acentuada, este foco desloca-se lateralmente na direção da linha axilar anterior. Por isso, antes de começar a ausculta do coração, é indispensável localizar o ictus cordis, pois, nesta área, melhor serão percebidos os fenômenos estetoacústicos - alterações de bulhas, estalidos, sopros originados em uma valva mitral estenótica e/ou insuficiente. FOCO PULMONAR Localiza-se no 2º espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. É neste foco em que se têm as condições ideais para a análise dos desdobramentos – fisiológico ou patológico - da 2 a bulha pulmonar. Cumpre notar que os fenômenos acústicos originados nas valvas pulmonares, normais ou lesadas, são audíveis apenas nesta área, pouco ou nada se irradiando para os demais focos. FOCO AÓRTICO Situa-se no 2° espaço intercostal direito, justaesternal. No entanto, deve-se estar consciente de que, muitas vezes, o melhor local para perceber os fenômenos acústicos de origem aórtica é a área compreendida entre o 3° e o 4 º espaço intercostal esquerdo, nas proximidades do esterno, à qual se dá a denominação de foco aórtico acessório. FOCO TRICUSPIDE Corresponde à base do apêndice xifoide, ligeiramente para a esquerda. Os fenômenos acústicos originados na valva tricúspide - principalmente o sopro sistólico indicativo de insuficiência desta valva – costumam ser mais percebidos nas proximidades da área mitral. Por isso, como se verá mais adiante, é indispensável auscultar o coração durante a inspiração profunda, com o que se obtém intensificação do sopro se ele for de origem tricúspide. Fazem parte da rotina de ausculta do coração outras áreas no precórdio e nas adjacências, dentre as quais se destacam as seguintes:
- Borda esternal esquerda , que corresponde à região situada entre a área pulmonar e a tricúspide
- Borda esternal direita , que vai do foco aórtico ao 5 11 espaço intercostal direito, justaesternal
- Endoápex ou mesocárdio , que é a área situada entre o foco tricúspide, o foco mitral e o aórtico acessório
- Regiões infra e supraclaviculares , direita e esquerda
- Regiões laterais do pescoço , muito importantes para a caracterização do sopro de estenose aórtica cuja irradiação segue a direção do fluxo sanguíneo ejetado pelo ventrículo esquerdo
Aplicação correta do receptor. O receptor, seja do tipo de diafragma ou de campânula, deve ficar levemente apoiado sobre a pele, procurando-se, ao mesmo tempo, obter uma perfeita coaptação de suas bordas na área que está sendo auscultada. Manobras especiais. Com relativa frequência, é conveniente lançar mão de alguns artifícios durante a ausculta cardíaca com o objetivo de tomar mais nítidos ou complementar os dados estetoacústicos. As mais usadas são as manobras respiratórias (inspiração ou expiração forçadas), o exercício fisico e o uso de medicamentos que agem sobre o sistema circulatório. ➢ EXAME FÍSICO DAS ARTÉRIAS
- INSPEÇÃO
- PALPAÇÃO
- AUSCULTA
- MEDIDA DE PRESSÃO DOS QUATRO MEMBROS
- MANOBRAS ESPECIAIS
- INSPEÇÃO 1.1 Inspeção Estática ✓ A pele deve ser examinada em toda a extensão da superfície corporal. ✓ Alterações da cor da pele: palidez, cianose, eritrocianose e rubor. ✓ Alterações tróficas consistem em: atrofia da pele, queda de pelos, alterações nas unhas, calosidades, lesões bolhosas, úlceras e gangrena. 1.1 Inspeção Dinamica ✓ Manobra da isquemia provocada ✓ Manobra da hiperemia reativa ✓ Manobra do enchimento venoso São realizadas de forma sequencial. Paciente em decúbito dorsal. Observe a coloração das regiões plantares. Depois, paciente eleva os membros inferiores até um ângulo de 45°, mantendo-os nesta posição durante um minuto. Após um minuto, observa-se a coloração das regiões plantares. Em condições normais, não há alteração da coloração ou, se houver, será muito discreta. Havendo isquemia, aparece palidez na região plantar do membro comprometido ( isquemia provocada ). Depois, pede para o paciente sentar e observa-se o tempo necessário para retorno da coloração normal. Em pessoas normais, isso se faz em torno de 5 a 12 segundos. Se houver isquemia, o pé nem readquire a coloração normal. Ele passa a ter uma cor vermelho- arroxeada ou vermelho vivo chamada “ hiperemia reativa ”. Verfica-se também o tempo de enchimento das veias. Em condições normais, este tempo é de cerca de 10 segundos. PALPAÇÃO
- TEMPERATURA
- ELASTICIDADE
- UMIDADE
- FRÊMITOS
- PULSOS PERIFÉRICOS
- TEMPERATURA DA PELE o COMPARAR ÁREAS HOMÓLOGAS EM DIFERENTES NÍVEIS CORPORAIS COM O DORSO DAS MÃOS; o VERIFICAR EM UMA TEMPERATURA AMENA E ESTÁVEL (FRIO E CALOR INTENSOS PODEM MASCARAR EVENTUAIS ALTERAÇÕES);
- ELASTICIDADE DA PELE o PINÇAR UMA DOBRA DA PELE; o ESPESSAMENTO E ENDURECIMENTO DA PELE PODE SER SUGESTÃO DE COLAGENOSES E DOENÇAS ISQUÊMCAS CRÔNICAS;
• UMIDADE DA PELE
o VERIFICAR COM DORSO DAS MÃOS OU POLPAS DIGITAIS; o IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO: AUMENTO OU DIMINUIÇÃO; o ALTERAÇÕES PODEM REVELAR: ▪ HIPERIDROSE
- DOENÇAS VASCULARES FUNCIONAIS
- SIMPATICORREFLEXA
- CAUSALGIA; ▪ AUSÊNCIA DE SUDORESE PODE SER SUGESTÃO DE HANSENÍASE (DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS ÚLCERAS DAS EXTREMIDADES);
- FRÊMITO o SENSAÇÃO TÁTIL DAS VIBRAÇÕES PRODUZIDAS PELO TURBILHAMENTO DO SANGUE AO PASSAR POR UMA ESTENOSE OU DILATAÇÃO; o CORRESPONDE AO SOPRO E PODE SER: ▪ FRÊMITO SISTÓLICO: ESTENOSES E ANEURISMAS; ▪ FRÊMITO CONTÍNUO: FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS; o INTENSIDADE: VARIA COM O GRAU DE ESTENOSE OU DILATAÇÃO;
- PULSO PERIFÉRICO o REALIZADOS EM UM EXAME FÍSICO ROTINEIRO: TEMPORAL, CARÓTIDA, SUBCLÁVIA, AXILAR, BRAQUIAL, RADIAL, CUBITAL, AORTA ABDOMINAL, FEMORAL, POPLÍTEA, TIBIAL POSTERIOR E PEDIOSO. o POSSIBILITA DETECTAR O AUMENTO OU A DIMINUIÇÃO DE PULSOS, VIABILIZANDO O DIAGNÓSTICO ANATÔMICO DE ESTENOSE OU OCLUSÃO. ✓ PULSO TEMPORAL SUPERFICIAL ACIMA DA ARTÉRIA TEMPOROMANDIBULAR.
MANOBRA DE ALLEN
✓ OCLUIR A ARTÉRIA RADIAL COM O POLEGAR E SOLICITAR AO
PACIENTE QUE FECHE A MÃO COM FORÇA, DE MODO A ESVAZIÁ-LA
DE SANGUE;
✓ COM A ARTÉRIA RADIAL AINDA COMPRIMIDA, SOLCITAR QUE ABRA A
MÃO SEM ESTENDER OS DEDOS.
EM CONDIÇÕES NORMAIS, HÁ UMA RÁPIDA VOLTA DA COLORAÇÃO DA MÃO E
DOS DEDOS. HAVENDO ESTENOSE OU OCLUSÃO DA ARTÉRIA ULNAR, O RETORNO DA
COLORÃO É MAIS DEMORADO E NÃO É UNIFORME, FORMANDO PLACAS.
✓ REPETIR O PROCESSO, NO ENTANTO, COMPRIMINDO APENAS A
ARTÉRIA ULNAR PARA DIAGNÓSTICO DE OCLUSÃO OU ESTENOSE DA
ARTÉRIA RADIAL.
✓ AUSCULTA
FAZER A AUSCULTA EM TRÊS ARTÉRIAS, TOMANDO CUIDADO PARA NÃO COMPRIMÍ-LA
FORTEMENTE, CRIANDO UMA “ESTENOSE ARTIFICIAL”: ARTÉRIAS CARÓTIDA, AORTA
ABDOMINAL E FEMORAL.
VEIAS
Importante revisar: anatomia das principais veias corporais, entender seu funcionamento e composição das paredes em homeostase ▪ Paciente em pé minimamente vestido ▪ Observar: ▪ Membro inferior de frente, perfil e costas ▪ Atentar-se para as regiões: ▪ Dorso dos pés, Retromaleolar, Terço médio dos MI, Raiz da coxa, pubiana e da parede abdominal ▪ Alterações: ▪ presença de varicosas e alterações cutâneas ▪ Hiperpigmentação da pele: ▪ Dermatite de Estase ou Ocre ▪ Inicia com máculas acastanhadas esparsas ▪ Toma formato de ¨bota¨ ▪ Acúmulo Hemossiderina(pig. ferroso) ▪ Edemas: ▪ Em geral é mole e depressivo ▪ Comuns ao terço médio MI ▪ Referido como vespertino e desaparece com repouso ▪ Queixa comum: IVC (Insuficiência Venosa Crônica) Palpação – o que devo pesquisar e perguntar?
Tº ▪ Umidade ▪ Sensibilidade da pele e subcutâneo ▪ Dor presente ou não ▪ Edema referido ▪ Histórico de trombose Edemas: A medida dos membros inferiores pode ajudar a identificar e acompanhar a evolução do edema Diferenças mínimas não são normais Assimetria (Trombose Venosa Profunda) Consistência branda, resistente(homeostase) Tensa enrijecida (estase venosa) Cordão varicoso ( Trombose de veias superficiais) TVP: Coagulação sanguínea intravenosa com formação aguda de trombos oclusivos ou não. 3 fatores da tríade de Virchow Lesão Parietal Estase sanguínea Distúrbios hematológicos de coagulação ▪ TVP – manifestações clínicas ▪ Aumento do membro,dor, eritema, cianose, edema unilateral, febre baixa Principal exame físico adicional especializado solicitado: Sinal de Homans: dor à dorsiflexão forçada do pé – entender o passo a passo. Microcirculação: Compreender aspectos básicos da MICROCIRCULAÇÃO: - circulação em pequenos vasos; EXAME CLÍNICO Inspeção e Palpação ▪ Cor, Tº e edema; ▪ Compressão do leito ungueal: Vasoconstrição é constatado se o tempo de retorno da Coloração for mais lento; - Questionar quanto a sensibilidade: - Sensação de dedo morto, dormências, formigamento etc Doenças da microcirculação
- Auscultar o abdome antes da percussão e palpação (manobras podem alterar ruídos intestinais)
- Ruídos intestinais (peristalse)- ouvir por pelo menos 2- 5 minutos/ Borborigmos (borbulhamentos) - “ roncar do estômago ” com líquido
- Sopros vasculares (focos na aorta/ a. renais/ a. ilíacas/ a. femorais)
- Oclusão vascular- arterioesclerose ( sistólicos-diastólicos/ epigástrica e lateral ao reto abdominal)
- Atrito inflamação de superfície peritoneal de órgão (tumor hepático, pós-biópsia hepática, infarto esplênico) 4. PERCUSSÃO ➢ DELIMITAÇÃO DA MACICEZ HEPÁTICA
- Percutir de cima para baixo na LHCD / Borda sup = som submaciço (~ 5o EIE) e Borda inf =palpação ou percussão
- Hepatimetria normal < 12 cm (lobo direito) ➢ EXAME DO BAÇO
- Espaço de Traube: Superior- 6° EICE/ Inferior - rebordo costal/ Lateral - linha axilar anterior/ Medial - apêndice xifóide
- N= timpânico (Macicez sugere esplenomegalia) ➢ PESQUISA DE ASCITE
- 1 - macicez móvel de decúbito
- 2 - sinal do piparote (com ou sem anteparo)
- 3 - círculos de skoda (concavidade para cima/ timpânico no centro e maciço ao redor)
- Aumento: diarréia, fase inicial obstrução
- Redução: íleo paralítico, peritonite
- 4 - “sinal da poça” (paciente de quatro/ percutir macicez no centro do abdome)
- HIPERTIMPANISMO ABDOMINAL Flatulência, sub oclusão intestinal, oclusão intestinal
- MACICEZ ALTERADA ABDOMINAL Hipocôndrio direito: hepatomegalia Hipocôndrio esquerdo: esplenomegalia Epigástrica: aumento de lobo E hepático, TU gástrico,TU pancreático Pélvica: útero gravídico/ bexiga cheia/ TU de bexiga/ TU útero Flancos ou difusa: ascite Fossa íliaca: alças intestinais com fezes/ TU ovário 5. PALPAÇÃO Estruturas procuradas na palpação Fígado/ Baço/ Sigmóide/ Bexiga distendida/ Útero gravídico/ Rim D (pólo inferior)/Aorta/ Promontório sacral 1 - PALPAÇÃO DO FÍGADO (iniciar palpação da FID) Manobra bimanual (Chauffard) ou Manobra em garra (Mathieu) ou Lemos Torres Características do fígado a serem descritas: Tamanho (hepatimetria)/ Borda (fina, romba, cortante)/ Superfície (lisa x irregular) / Consistência (mole x endurecida)/ Sensibilidade (doloroso?) 2 - PALPAÇÃO DO BAÇO Em decúbito dorsal na inspiração (manobra bimanual) Posição de Shuster (decúbito lateral D com MIE flexionado): manobra bimanual ou em garra (Mathieu-Cardarelli) 3 - MASSAS ABDOMINAIS
- Localização
- Tamanho e formato
- Consistência
- Superfície
- Sensibilidade
- Mobilidade
- Pulsação (massa vascular ou massa sólida sobre estrutura vascular) MANOBRAS E SINAIS ESPECIAIS Murphy dor no ponto cístico na insp (colecistite) Blumberg (descompressão dolorosa (Blumberg) – irritação peritoneal Rovsing descompressão dolorosa referida. Comprime QIE e sente dor em QID (apendicite) Psoas levantar perna direita ou em DLE esticar perna direita (apendicite) Obturador flexão e rotação interna coxa D (apendicite) Jobert Timpanismo na percussão da loja hepática (ruptura de víscera oca) Diferenciar de Schilaidite: interposição de alça intestinal (s/ sinais de irritação peritoneal) Giordano punho percussão lombar positiva (Pielonefrite) Sinal de Torris Homini Dor a percussão de loja hepática (abscesso hepático)
➢ ROTEIRO: EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO
SINAIS E SINTOMAS
Os principais são: ➢ Distúrbios da consciência; ➢ Cefaleia; ➢ Dor na face; ➢ Tonturas e vertigens; ➢ Movimentos involuntários: - Convulsões
- Tetania
- Fasciculações ➢ Amnésia; ➢ Distúrbios visuais; ➢ Distúrbios auditivos; ➢ Náuseas e vômitos; ➢ Disfagia; ➢ Distúrbios de marcha; ➢ Paresias; ➢ Paralisias; ➢ Distúrbios de sensibilidade; ➢ Dores radiculares; ➢ Distúrbios esfincterianos; ➢ Distúrbios do sono; . ➢ Distúrbios das Funções cerebrais superiores Distúrbios da comunicação:
- Disfonia;
- Disartria;
- Dislalia;
- Disritmolalia;
- Dislexia
- Disgrafia;
- Afasia;
Motricidade voluntária
B) Cutâneos-abdominais: paciente em decúbito dorsal, tendo a parede abdominal em completo relaxamento, o examinador estimula o abdome, no sentido da linha mediana em 3 niveis: superior, médio e inferior. Normal: contração dos músculos abdominais, que determinam um leve deslocamento da cicatriz umbilical para o lado estimulado.
2. Reflexos propioceptivos, profundos, musculares ou miotáticos: Podem ser fasico ou clonico (feito no tendo do musculo com martelo) e tônicos ou posturais. **NÃO RELATA SOBRE OS TONICOS OU POSTURAIS.
- Reflexo de automatismo ou de defesa:** representa reação normal de retirada do membro a um estimulo nociceptivo, habitualmente aplicado no pé. Com o paciente em decúbito dorsal e os mmii estendidos, faz-se um beliscamento na região dorsal do pé, ou uma flexão forçada nos dedos do pé, ou ainda a percussão rápida e repetida na região plantar com o martelo de reflexo. Normal: o membro estimulado permanece na mesma posição ou apresenta discreta retirada, caso o estimulo seja mt forte. ❖ SENSIBILIDADE A sensibilidade subjetiva compreende as queixas sensoriais que o paciente relata durante a anamnese, ou seja, a dor e as parestesias (dormência, formingamento). Semiotécnica: - sensibilidade superficial : Para a sensibilidade tátil, utiliza-se o pedaço de algodão, os quais são roçados de leve em varias partes do corpo (HIPOESTESIA, ANESTESIA E HIPERESTESIA). A sensibilidade térmica requer dois tubos, um com agua quente e outro com agua fria, em que se tocam pontos diferentes do corpo. Já a sensibilidade dolorosa é feita com um estilete rombo, capaz de provocar dor sem ferir o paciente. - sensibilidade profunda : A sensibilidade vibratória (palestesia) é pesquisada com o diapasão colocado em saliências osseas. A sensibilidade a pressão (barestesia) é verificada mediante compressão digital em qualquer parte do corpo, especialmente nas massas musculares. A sensibilidade cinético- postural (batiestesia) é explorada deslocando suavemente qualquer segmento do corpo em várias direções (flexão e extensão). E a sensibilidade dolorosa profunda é avaliada mediante compressão moderada de músculos e tendões , o que normalmente não desperta dor. Em seguida ao exame da sensibilidade, avalia-se o fenômeno estereognostico, que significa a capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxilio da visão. Quando não
consegue reconhecer o objeto, diagnostica-se com astereognosia, indicativo de lesão do lobo parietal contralateral. ❖ NERVOS CRANIANOS I Nervo olfatório - > no exame empregam-se substancias com odores conhecidos: café, canela, álcool... De olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de cada narina. As alterações deficitárias (HIPOSMIA E ANOSMIA) ganham significados clínicos, pois dependem de distúrbios neurológicos. II Nervo óptico - > o exame é feito em 3 partes: Acuidade visual, campo visual e fundoscopia. Na primeira pede-se para o paciente que diga o que vê na sala de exame ou leia alguma coisa, examinando cada olho separadamente. Na segunda, com o paciente sentado, pede para ele fixar um ponto na face do examinador. O examinador desloca um objeto horizontalmente e verticalmente e o paciente dirá ate que ponto esta “percebendo” o objeto nas varias posições. Cada olho é analisado separadamente. Na terceira, com o oftalmoscópio, o fundo do olho torna-se perfeitamente visível. Pode reconhecer o tecido nervoso e os vasos. Se encontrar palidez na papila, sugere-se atrofia do nervo optico; estase bilateral da papila, traduz hipertensão intracraniana. III Nervo oculomotor, IV Nervo troclear e VI Nervo abdcente - > Esses três nervos são analisados em conjunto, pois inervam os vários músculos que tem por função a motilidade do globo ocular. A semiotecnica pode ser da seguinte maneira:
- Motilidade extrínseca: a posição do globo ocular é dada pelo funcionamento harmônico dos vários músculos. Casa haja o predomínio de um deles, chama-se estrabismo. O exame é feito em cada olho separadamente e, depois, simultaneamente, da seguinte maneira: estando o paciente com a cabeça imóvel, o examinador solicita a ele que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, acrescenta-se a prova da convergência ocular, que é feita aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente.
- Motilidade intrínseca: o exame da pupila é feito em seguida ao da motilidade extrínseca. Dinamicamente, a pupila é examinada por meio de um feixe luminoso (lanterna de bolso) e pela convergência ocular. Em ambiente de pouca luminosidade, o paciente deve olhar para um ponto mais distante. O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo fotomotor direto a contração da pupila na qual se fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a contração da pupila oposta. Em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto, e as pupilas se contrairão normalmente - é o reflexo da acomodação. V Nervo trigêmeo - > nervo misto, constituído de varias raízes. Raiz motora, representada pelo nervo mastigador, que inerva os músculos destinados à mastigação (temporal, masseter e pterigóideos). Avalia-se a lesão unilateral da raiz motora pela observação dos seguintes elementos:
- atrofia das regiões temporais e masseterinas
- a abertura da boca promove desvio da mandíbula para o lado da lesão
- ao trincar os dentes, nota-se debilidade do lado paralisado
- há dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula Raízes sensoriais, que compreendem os nervos oftálmico, maxilar e mandibular. O exame dessas raízes é semelhante ao da sensibilidade superficial, estudada anteriormente, cabendo apenas acrescentar a pesquisa da sensibilidade corneana, feita com uma mecha de algodão que toca suavemente entre a esclerótica e a córnea. O paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto, a fim de perceber o menos possível a prova. A resposta normal é a contração do orbicular das pálpebras, daí a denominação de reflexo cómeo-palpebral.