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ELEIÇÃO O PT quer Lula fora do governo para ajudar Dilma 11 Uma combinação de exercícios especiais e equipamentos está mudando a rotina das academias, ojeito de malhar e a relação das pessoas com seu corpo y digitalização: luizferraz =" R$8,90 TIABRAOIO ANO34 Nezn0 www.istoe.com.br uem pensa que o universo infantil é povoado exclusi- vamente de inocência, in- genuidade e ausência de maldade sente um baque cada vez que notícias sobre bullying - quando crianças agridem verbalmente, fisicamente e psicologi- camente seus colegas - são divulgadas. Nessas últimas semanas, os casos se intensificaram. Em março, a princesa Aiko, filha de 8 anos do herdeiro do trono no Japão, o príncipe Naruhito, faltou seis dias na escola por causa de dores de estômago e ansiedade depois de ser zombada pelos coleguinhas. Semanas depois, nove adolescentes foram indiciados após o suicídio de uma garota de 15 anos supostamente motivado por bullying nos Estados Unidos. E, desde o início de abril, o País de Gales investiga 23 crianças em caso de agressões e abusos sexuais contra uma colega de classe. Detalhe: algozes e vítima têm apenas 6 anos. Isso para ficar nos casos que ganha- ram os holofotes. No Brasil, situações de violência entre alunos acontecem TREE ALLAN BEANE “AS ESCOLAS AO BULLYING” Um dos maiores especialistas em violência entre estudantes diz que a omissão dos educadores é fator decisivo para o aumento de casos por Claudia Jordão diariamente. Referência mundial no assunto, com sete livros publicados, além de 36 anos de experiência como educador da Murray State Universi- ty (Kentucky, EUA), o americano Allan Beane, 60 anos, afirma que o bullying sempre existiu, mas nunca foi tão frequente e cruel. Com a demanda, ele presta consultoria em quatro investigações criminais e cinco ações judiciais - além de dar palestras sobre o tema e de ter de- senvolvido um método anti-bullying para escolas. Beane, que acaba de lançar no Brasil o livro “Proteja Seu Filho do Bullying”, fala com um triste conhecimento de causa. Ele perdeu o filho há dez anos por con- sequências indiretas da violência praticada nas escolas. ISTOÉ - Hoje em dia acontecem mais casos de bullying do que anos atrás? Allan Beane — Sim, eles têm aconteci- do com mais frequência e numa in- tensidade cada vez maior. Aos poucos, as pessoas estão percebendo que o bullying rouba a infância das suas vítimas. Quando são alvo de tama- nha crueldade por parte dos cole- rianças podem desenvolver rbios alimentares, ansiedade, stress pós-traumático, fobia escolar e, muitas vezes, se machucam ou se suicidam. ISTOÉ — O bullying pode levar ao suicídio? Beane - Dados apontam que 30% dos suicídios entre jovens são cau- sados pelo bullying. Mas acredito que esse número seja maior. Só eu já conheci 19 jovens que sofreram bullying e tentaram se matar. Meu filho morreu há dez anos e, de lá para cá, o caso mais chocante que soube foi o de uma garota que se enforcou no armário de seu quarto. s, independentemente do grau de gravidade, me choco sempre que ouço relatos de agressões da boca das próprias crianças e vejo lágrimas rolarem de seus rostos. E elas vão continuar a adoecer, se matar ou matar seus pares se nós, adultos, permitirmos que isso continue. >> ISTOÉ - Como os pais devem agir então se o filho é vítima? Beane — O melhor a fazer é conver- sar com a criança, ouvi-la, apoiá-la. Muitas vítimas do bullying acreditam merecer as agressões porque são gordas, negras, feias. Uma reunião com a direção, professores e moni- tores da escola é fundamental. Eles devem ter paciência, mas exigir ação. Além disso, precisam aconselhar o filho a evitar andar sozinho pela escola. Se estiver acompanhado de um grupo, a chance de sofrer bullying é menor. A existência de um “melhor amigo” reduz drasticamente a dura- ção e o sofrimento do bullying. E, se possível, os pais devem prestar quei- xas formais. ISTOÉ - No livro “Proteja Seu Filho do Bullying”, o sr. fala da importân- cia de as crianças treinarem lutas marciais. Isso indica que elas devem revidar? Beane - Geralmente, quem sofre bullying é menor e mais vulnerável psicologicamente que seus pares. Algumas vítimas também têm baixa autoestima. Quem pratica o bullying as escolhe porque pode machucá-las e controlá-las. A atividade física torna a criança mais forte e contribui para aumentar sua confiança. Por outro lado, desencorajamos as artes marciais quando não são promovidos a paz, o autorrespeito e o respeito ao próximo. Crianças não devem res- ponder ao bullying de forma agres- siva porque, geralmente, torna o revide mais rápido e mais violento. A ideia é prevenir para que ela não seja agredida e fazer com que ela lide melhor com as questões que envol- vem o tema. ISTOÉ — O que fazer quando o próprio filho é o agressor? Beane — Esse é um assunto delicado, pois, muitas vezes, as crianças repro- duzem o que vivem em suas próprias casas, o que vem a ser um importan- te desencadeador para a agressivida- de. Nesses casos, os pais não querem fazer nada, pois não reprovam a atitude de seus filhos. Mas, ao mesmo tempo, também há bons pais com filhos praticando bullying. Aí é pre- ciso conversar e tentar entender o porquê desse comportamento da criança. Também é preciso fazer uma reflexão sobre como se está educan- do. Algumas vezes, é necessário ajuda profissional. ISTOÉ - Como explicar a passividade de alguns educadores diante dos casos de violência dentro das próprias es- colas? Beane — As escolas fecham os olhos ao bullying. Às vezes, os educadores sabem o que acontece e ignoram. Ou dizem que aquilo não existe nas suas escolas. Acho que as instituições de ensino deveriam intensificar a super- visão. Ou estabelecer programas anti-bullying. Só não há desculpa para não agir. ISTOÉ — Pessoas que praticam bullying na infância são assediadoras na vida adulta? Beane - Crianças que machucam crianças tendem a virar adultos que machucam adultos. É muito difícil transformar uma criança agressiva num adulto tranquilo. Ela pode crescer e agredir seus filhos e animais. ISTOÉ - Como se interessou em estu- dar a prevenção do bullying? Beane - Meu filho Curtis sofreu bullying no sétimo ano e no colegial. Na primeira vez, o mudei de escola. Quando estava começando a se adap- tar, sofreu um acidente de carro. Eu e minha esposa tivemos de autorizar a remoção de dois dedos e um terço de sua mão direita. Ele tinha 15 anos e aquilo mudou a sua vida. Quando voltou para a escola, muitos colegas o apoiaram e o incentivaram. Infe- lizmente, muitos foram cruéis. O bullying contribuiu para sua depres- são e ansiedade e sua necessidade de partir para as drogas. Ele tinha um problema no coração, que não sabí- amos, teve uma parada cardíaca e morreu. Ele não se matou. Ele tinha as chaves do seu carro na mão, ia procurar ajuda. ISTOÉ Depois de estudar tanto o tema, acredita que seria capaz de livrar seu filho do bullying, caso estivesse vivo e sofresse com isso hoje? Beane — Sem dúvida. Desde a morte do meu filho, meu projeto de vida, e da minha mulher, é levar luz à escu- ridão que é a vida de crianças que sofrem diariamente o bullying. EDITOR E DIRETOR RESPONSÁVEL DOMINGO ALZUGARAY EDITORA Cátia Alzugaray PRESIDENTE EXECUTIVO Carlos Alzugaray ISTOÉ DIRETOR EDITORIAL Carlos Jose Marques. DIRETOR EDITORIAL-ADJUNTO Luiz Fernando Sá DIRETOR DE NÚCLEO Mário Simas Filho EDITORES EXECUTIVOS: Antonio Carlos Prado, Daniela Mendes e Jorge Felix EDITORES: Cilene Pereira, Débora Crivellaro, Hélio Gomes, Ivan Claudio, Solange Azevedo e Yan Boechat REPORTAGEM: Alan Rodrigues, André Julião, Bruna Cavalcanti Claudia Jordão, Fabiana Guedes, Greice Rodrigues, João Loes, Luiza Vilaméa, Mônica Tarantino, Natália Leão, Natália Rangel, Patrícia Diguê, Rachel Costa, Rodrigo Cardoso e Verônica Mambrini COLUNISTAS E COLABORADORES: Leonardo Attuch, Marcos Sá Corrêa, Miguel Falabella, Nina Gare, Paula Alzugaray, Paulo Lima, Ricardo Amorim, Ricardo Boechat, Ronaldo Herdy e Zeca Baleiro. ISTOÉ ONLINE: Editor executivo: Hélio Gomes Editor: Edson Franco Reportagem: Jaqueline Mendes e Roberto Moregola Webdesign: Andressa Depierie Renan A. Lima AGÊNCIA ISTOÉ: Editor executivo: Cesar Itiberê Editor: Frederic Jean Editor-assistente: Max Pinto Repórter fotográfico: Daniela Dacorso e Roberto Castro Produção: Mari Tiemi Hirota e Pedio Ivo Trasferetti von Ah Pesquisa: Eduardo A Conceição Cruz Digitalização: Denis Texera Estagiário: Rafael Filipe Feira DIAGRAMAÇÃO E ARTE DIRETOR DE ARTE: João Carlos Alvarenga Free Chefe de diagramação: Edson Pereira da Cruz Diagramadores: Christian Toledo Cecil. EnelitoP.daCruz e Niton Spindola de Souza Assistentes de arte: Sueli Teruko Yokoyama e Talita Gomes de Teves ILUSTRADORES: Fernando Brum (Chefe). Edi Edson Souza Borges, Ricardo Franca Ramos PROJETO GRÁFICO: Ricardo van Steen e Cassio Leitão - TempoDesign COPY-DESK E REVISÃO Revisores: Arlete Mendes de Souza, Lourdes Maria A. Rivera, Mario Garrone Xe Neuza Oliveira de Paula BRASÍLIA: Dretor Octáviocosta a Repórteres: ana Nao, Claudio Dantas Segue, Hugo Marques e Sérgio Pardellas Administrativo: Suely Melo e Josil Ferreira. RIO; Chefe: Eliane Lobato Editor; Francisco Alves Filho Repórteres: Adiiana Prado, Caio Barretto Briso e Wison Aquino Secretária: Sheila Marques Assistente de produção: Fernando C. Fonseca APOIO ADMINISTRATIVO , Gerente: Maria Amélia Scarcello Secretária: Terezinha Scarparo Assistente: Cláudio Monteiro Auxiliar: Lucio Fasan SERVIÇOS GRÁFICOS: gerente Industrial egnando Rodgues Coordenador gráfico: Marcio Rodrigues Cardoso OPERAÇÕES Direto: Bregório França Assistente: emando Crocchia Assistente J:Fabo Rodrigo Supendsar: Anteníso Furtado Logisticae stibuição de assinaturas: Gerente: Thom; Pero Coordenador: Vanessa Mr Coordenadora assistente: Regina Mara Assistentes: Kaina Pereira e Luiz Massa Venda Avulsa: Gerente: Rosemere Vitóio Coordenador: Jorge Burti Analista: Cl Coaves Assistente Vin Edu Senar Songs rr MAR reto: Rul Miguel Gerentes: Débora Huzian e Wanderley Kinger Assistente: Renata Lima Diretor de Arte: Bruno Barbosa ASSINATURAS. 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Rua Wiiam Speers, 12, São Paulo/SP Distribuição exclusiva em bancas para todo o Brasil: Fernando Chinagla Distribuidora SA fra ed a sia 0 Bode ano) Fon (21) 2953200 fa 2) 1953301, Umpesão: Editora rs Lt, Foda Anhanguera km 2 /Ê? TT5O ON Cajamavse Era Gs La, Papa SBC BS, Diadema erica Santa Marta Ltd. ua ato Ribeiro de Luna nº 3333, Distrito Industral/CEP 58081-400, João Pessoa/PB ANER IVZ 12 IsTOÉZIO 21/4/2010 Cartas >>» Capa O que vimos após as chuvas torrenciais que deixaram um rastro de destruição e morte no Rio de Janeiro é o descaso de sucessivos governos. Desmoronamentos e inundações como os que ocorreram na cidade não passam de tragédias anunciadas, que poderiam ser evitadas com administrações mais responsáveis, preocupadas em oferecer condições efetivas de saneamento, habitação, transporte, segurança e saúde ao povo. “Como salvá-los” (ISTOÉ 2109). coMo SALVÁ-LOS Antonio Carlos Pereira Batatais - SP Retirar pessoas debaixo de escombros tornou-se cena corriqueira no Brasil. As autoridades de hoje culpam as de outrora pela negligência. Mas quem são os antecessores? Só como exemplo, o governo do PSDB, em São Paulo, e o prefeito de Niterói, no Rio, estão no poder há 16 anos. Sem medidas rele- vantes de prevenção, o papel do poder público fica restrito a arrastar e contar corpos enlameados e, em pouco tempo, possivelmente as mesmas terras onde hoje estão os mortos voltarão a ser cobertas por outras casas e mais desculpas. Pedro Cardoso da Costa São Paulo — SP Nada muda. É o Brasil das muitas leis inúteis, da impunidade e da falta de planejamento. A tônica dos erros é sempre a mesma: depois da tragédia, as impolutas autoridades fazem ar de espanto e ten- tam tomar providências. É o que está acontecendo com as vítimas das fortes chuvas no Rio de Janeiro. Vicente Limongi Netto Brasília - DF Já que não houve no século passado uma reforma agrária para manter no campo e nas pequenas cidades as multidões que incharam de favelas as megalópoles, precisamos agora fazer outra mu- dança estrutural, dessa vez nas próprias cidades. Sem isso, continuaremos a vivenciar as recorren- tes tragédias em nosso cotidiano. José de Anchieta Nobre de Almeida Rio de Janeiro - RJ >> ACADEMIA DO FUTURO Anova malhação muda a realidade.das academias e utiliza « de formalharmônica diferentes NS étodos de ginástica E Cidade de contrastes, a capital federal chega à meia-idade com um pro- jeto que, por um lado, consagrou a interiorização do desenvolvimento no País, mas por outro mar- cou em definitivo o imen- so fosso de paradoxos so- ciais que ainda hoje rege a vida dos brasileiros. Brasí- lia da expansão desordena- da de suas cidades-satélites — algumas convertidas em verdadeiras favelas - e do modelo de superquadras para a elite de moradores do seu Plano Piloto segue como palco de convivência encenada entre ricos e pobres, entre poderosos e comandados. Entre os que podem e os que dependem. E cada um deles, no seu papel, irradia para o resto do País a imensa dívida de cidadania ainda não qui- tada, a ferida da desigualdade que não cicatriza. Como diz agora o mestre Oscar Niemeyer, que desenhou suas curvas e realizou o sonho: “Brasília perdeu o sentido da solida- riedade” A crítica, feita em entrevista exclusiva à ISTOÉ na pág. 53, deve servir de alerta aos governantes porque tem a força de uma mensagem de quem entende a cidade nas suas entranhas. Na banda mais positiva da trajetória de 50 anos, Brasí- lia cumpriu o papel vital de viabilizar o progresso mapa adentro. Se hoje o País tem o Cerrado como celeiro do agronegócio, que tomou estatura e conquistou o mundo, a foi a alavanca. Com a capital plantada no coração 20 IsToézno 21/4/2010 do nada, se adiantou um processo de integração regional que, do contrário, demoraria décadas. Foi uma epopeia extraordinária, inacreditável e corajosa do então presiden- te Juscelino Kubitschek. Brasília virou realidade em seu mandato, para espanto dos que não acreditavam. Na coluna dos reveses, o Distrito Federal comemora a efeméride de meio século com o seu último governador tendo ido parar atrás das grades, pilhado em flagrante ao receber sacos de dinheiro, como pivô de um escândalo de corrupção sem precedentes. Talvez hoje Brasília esteja pagando o preço do seu maior pecado: o do isolamento. Como uma capital do poder que ficou longe da realidade dos cidadãos, longe da fiscalização e das cobranças, tal e qual uma ilha da fantasia com recursos fartos, ela se transformou numa autêntica disneylândia de aventuras para a atuação de alguns políticos erráticos. O fato da distância provavelmente também contribuiu para que o regime militar prosperasse e perdurasse além do esperado. Afinal, ali o comando militar era outro que se via livre da pressão popular direta. Nos idos dos anos 60 e 70, ir a Brasília representava uma odisseia. Para lá seguiam apenas os que participavam do poder e os que serviam a esse poder. Hoje é possível dizer que Brasília tem vida além dos que orbitam por seus gabinetes. Em um marco histórico, guardado ainda na lembrança de muitos, o povo tomou as ruas da capital federal no começo dos anos 90 para pedir o impeachment do então presidente Collor. Foi o mais consistente pro- testo popular na cidade até então. De lá para cá, marchas e caravanas à capital tornaram-se corriqueiras, a favor da democracia e contra os desmandos dos que se imaginam acima do bem e do mal naquele reino. Carlos José Marques, diretor editorial a 1 DO BRASIL Sob pressão, Lula admite a possil jade dedeixaro Planalto parase dedicar 13 LIVROS Novasafra def, obras para adolescentes; anjos com desejos mais humanos, -* eis Começa atransferên da população de áreas de risci ELEIÇÕES 2010 Depois de 30 anos, os movimentos sociais não estarão ao lado do PT INTERNET Pré-campanha na internet é marcada por ataques que não esclarecem o eleitor ARQUEOLOGIA Nova descoberta científica pode desvendar a história da civilização dos faraós ECONOMIA VERDE Asustentabilidade chega à cozinha emuda a forma de se fazer culinária COMPORTAMENTO Artistas e mulheres comuns protestam contra o uso excessivo do botox Entrevista Cartas istoe.com.br Semana Brasil Confidencial Ricardo Boechat INTERNACIONAL Afloresta de Katyn é, de novo, palco de uma tragédia que se abate sobre a Polônia SAÚDE Governo brasileiro registra baixa adesão ao programa de vacinação contra o HINI Leonardo Attuch Olhar/ Paulo Lima Gente Seu Bolso Artes Visuais Em Cartaz Última Palavra a DE FUMAÇA A erupção de um vulcão na geleira de Eyjafjallajókull, no sudoeste da Islândia, provocou um gigantesco caos aéreo na Europa - não ocorriam transtornos desse tipo desde os atentados do 11 de setembro, nos EUA. A cortina de fumaça provocou o fechamento do espaço aéreo britânico e o cancelamento de diversos voos em todo o mundo — no Brasil, viagens que tinham como destino cidades da Europa foram canceladas. Há risco de que as cinzas possam entupir as turbinas dos aviões em pleno voo e causar acidentes. Como o vulcão está situado em uma geleira, o derretimento do gelo pode alagar algumas regiões. Em 1821, uma de suas erupções durou cerca de dois anos. AO, EFE/MICHAEL HEUBERGER Por causa da fumaça vulcânica, mais de 17 mil voos foram cancelados em todaa Europa. Cerca de 1,36 milhão de passageiros foramafetados por Bruna Se mana / Edir O mundo se mexe Parece cena de filme, mas não é. A foto divulgada na se- mana passada (à dir.) por uma equipe de cientistas britã- nicos, no Ártico, assusta e causa impacto em relação aos efeitos das mudanças climáticas no mundo. Os pesquisado- res estavam acampados quando o gelo começou a se abrir de repente. A rachadura gigante foi formada bem abaixo da barraca em que eles dormiam. Assustados, tiveram de retirar os equipamentos do local e decidir em que lado fi- cariam. A equipe tem um objetivo nobre: colher dados para investigar o impacto do dióxido de carbono no Oceano Árti- co. Enquanto isso, na China mais de 800 pessoas morreram por causa de um forte terremoto que abalou a província de Qinghai, a noroeste do país, na terça-feira 13. Em 2010, ter- remotos em todo o mundo fizeram 230 mil vítimas fatais. O planeta se mexe, mas o homem não. : dos estudantes em todo o País já presenciaram Homenagem ao Rei s A l 10% alguma cena de violência física e psicológica, o Gosto é gosto e isso não se discute jamais. bullying, entre os seus próprios colegas na escola. E E A pesquisa foi realizada, pela ONG Plan Brasil, com mais de cinco o título de Rei que conquistou ao longo de mil alunos, dos 10 aos 18 anos, em 25 escolas públicas e seus 50 anos de carreira. O cantor receheu nesta particulares. São Paulo foi considerado o Estado com o maior quinta-feira 15, em Nova York, um prêmio da sua número de vítimas. Os garotos são os que mais padecem com esse gravadora pela venda de 100 milhões de discos em mal: 12,5% foram agredidos mais de três vezes ao longo do ano todo o mundo. Richard Sanders, presidente da Sony Music Entertainment International, destacou o talento e a importância de LULA, OBAMA Roberto: “Michael E A CÚPULA NUCLEAR Jackson é o rei da música pop. O encontro da Cúpula de Segurança Nuclear Roberto Carlos que aconteceu em Washington e contou é o rei da música com a presença de cerca de 50 países latina” Emociona- marcou avanços importantes na agenda do do, Roberto presidente dos EUA, Barack Obama — ele afirmou com uma teve a chance de reforçar sua liderança e simplicidade tocan- promover prioridades da política externa te:“Sou só um americana. Durante a reunião, foi reconhe- cantor. Tudo o que cido que os países têm direito ao uso da componho eo que energia nuclear, desde que para fins Mas o cantor Roberto Carlos merece mesmo Er canto, eu sinto” exclusivamente pacíficos. Nos bastidores, Atualmente em Lula chegou a se reunir com Obama (foto) turnê internacional, Roberto Carlos fará e pediu, mais uma vez, para que fossem shows no Canadá, México, na Colômbia travados diálogos com o governo iraniano e em outras cidades dos Estados Unidos. em virtude de seu programa nuclear. 26 ISTOÉ Semana < “Sou Maria Chanel, Maria Chuteira, “Tenho convicção >» não. Nem sei comprar uma” de que a eleição do Raica de Oliveira, modelo, referindo-se ao seu gosto presidente americano pela grife “Chanel e negando o apelido de Maria Chuteira Barack Obrama é uma que recebeu quando namorou o jogador Ronaldo ótima oportunidade para os EUA fazerem diferente do que fizeram no século passado” Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Bra- sil, trocando Obama por ç Obrama em conversa com DV irecata | empresários em Nova York “Me sinto mais seguro >» por já ter um filho. Já sei trocar fralda e não entro em desespero. Sou bastante tranquilo Thiago Lacerda, ator, falando sobre o nascimento do seu segundo filho com a mulher, a atriz Vanessa Lóes “Espero que não façamos da apologia do medo o mote das eleições deste ano” Marina Silva, pré-candidata do Partido Verde à Presidência da República ” “Eu me jogo na profissão. Mas no amor sou difícil de me entregar” Dira Paes, atriz Visigg” U FUTURO IGA 0; E) Marca do Grupo Daimler. | iclonada ao preenchimento comple Estoque limitado à 10.000 (dez mil) as é médias empresas e transpof o em um dos concessionários participantes e é limitada a 1 (uma) unidade por pessoa mator de 18 (dezoito anos. Promoção válida de sulte 0 regulamento no sito www mercedes-benz.com br (**) Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. Operação Finame com taxa de 0,57% o de cargas. Condição lida para toda alinha de caminhões Mercedes-Benz, zero km. Tarifa de cadastro (TC) de R$ 1.000,00. Condições (º) Não haverá sorteo, A entrega do presente está 14/8/2010 a 30/4/2010 ou enquanto durar o est ao mês, correspondente a 7% ao ano, para micros, “Há relação entre >> “Quando eueraasua >» homossexualidade e pedofilia. namorada, ele não Essa patologia sabia que era gay” aparece em Rebecca de Alba, apresentadora, todos os tipos sobre o cantor Ricky Martin, com quem de pessoas namorou de 1998 a 2003 e nos padres em um grau menor” “Se o mundo tem uma opinião, não Tarcisio Bertone, quer dizer que temos de aceitá-la” cardeal e Nir Barkat, prefeito de Jerusalém, rejeitando secretário de Estado do Vaticano a posição de que só com a divisão da cidade será possível um acordo de paz com os palestinos << “Homem << “Não sei se você é virgem, sexy é mas tenho certeza de que, aquele que na época em que namorava é simples o Gugu, você não e seguro fazia nada com ele” de si” Silvio Santos, apresentador Giovanna e dono do SBT, falando com a Ewbank, assistente de palco Helen Ganzarolli atriz durante o “Programa Silvio Santos” FOTOS: ALEXANDRE SANTANNA, APP, SAMIR BAPTISTA, FLETTL LUCIANA AVELLAR/AGISTOÉ Visite seu futuro grande amigo nos Concessionários Mercedes-Benz, cadastre-se e ganhe um presente? * Preços incríveis para toda a linha de caminhões * IPI zero * Operação Finame, com taxa de 0,57% ao mês** 0800 970 90 90 * Consulte o regulamento no site www.mercedes-benz.com.br special ara operações BNDES PS! seguindo os critérios desrts nas cartas circulares do BNDES 195/2006, 79/2009, 80/2009, 97/2009, 11/2009, 120/2009 O produto Finame é fmanciado com recursos do BNDES de acondo com a legislação, as ciro cláusulas contratuais do Banco Mercedes Benz do Brasil S.A. As condi alterações por parte da autoridade monetária, bem como pelo BACEN é BNDES. As condições financeiras estão su análise de crédito assim como a critérios de aprovação de crédi do Banco Mercedes Benz do Bra. Pianos válidos para contratação até 31/5/2010. SAC Ouvidoria do Banco Mercedes Benz do Brasi. 0800 722 8499 Afatura do general Aos 87 anos, o general da reserva Leônidas Pires Gonçalves consulta o médico com regula- ridade para cuidar da saúde. Mas não se sub- mete ao atendimento dos hospitais das Forças Armadas no Rio de Janeiro. O ex-ministro do Exército prefere o serviço vip da rede privada da zona sul, especialmente os hospitais Copa D'Or e Samaritano. E suas despesas são enca- minhadas ao Fundo de Saúde do Exército (Fusex), que as paga sem pestanejar. O proble- ma é que o Fusex deveria cobrir faturas em hospitais particulares apenas nos casos de emergência. O Ministério Público Militar está investigando o tratamento privilegiado. Minc no parque O PV de Resende está furioso com o ex- ministro Carlos Minc, que, antes de deixar o posto, baixou portaria elevando os valores dos ingressos dos parques nacionais, o que jogou no chão o movimento de visitas. No Parque Nacional de Itatiaia, o ingresso subiu de R$ 3 para R$ 20. O partido questionou o reajuste e apelou ao Ministério Público para tentar anular a medida. TOMA-LÁ-DÁ-CÁ DEPUTADO FEDERAL RODRIGO MAIA (RJ), presidente do DEM ISTOÉ O DEM indicará o vice de José Serra? Maia Só trabalharemos outro nome depois de esgotadas as tentativas com o Aécio. ISTOÉ — Quais são os nomes do DEM ? Maia — Não estamos discutindo isso. Se o Aé- cio não aceitar, vamos sentar com o José Ser- re avaliarmos juntos para compor à chapa, ISTOÉ- Seu partido vai ajudar a formular o projeto de governo? Maia — O DEM tem uma equipe preparando o que achamos importante do nosso programa e que possa ser usado na campa- nha do Serra. RETRATO FALADO RÁPIDAS * Nesta quarta 2], aniver- sário de Brasília, um gru- po de empresários lança O Instituto Semear Bra- sil, que tem o objetivo de congregar pessoas e ins- tituições que defendem aética na política. É uma ação contra a sucessão de escândalos na vida pública do País. Presidente da CPI da Pedofilia, o senador Magno Malta (PR-ES) começou a recolher assinaturas para a criação de uma frente parlamentar em defesa da prisão perpétua para os pedófilos. Na semana passada, ele foi a Arapiraca (AL), onde há envolvimento da Igreja com a pedofilia. Também ouviu em Luziânia (GO) o pedreiro Adimar Jesus, que matou seis adolescentes. “A CPI da Pedofilia é um dos serviços mais úteis que o Congresso já prestou à sociedade”, diz Malta. * O presidente do Tribu- nal Superior do Trabalho, ministro Milton França, perdeu a paciência e can- celou contrato com o Serpro, assinado em 2007, para implementar o sistema que vai gerir os processos do tribunal. O atraso é de um ano. Asfor Rocha, o decano O presidente do STJ, ministro Cesar Asfor Rocha, será o decano daquela corte a partir do dia 28, quando o ministro Nilson Naves se aposentará por atingir a idade-limite de 70 anos. Na magistratura, Asfor Rocha ocupou cargos de relevo, como, por exem- plo, corregedor nacional de Justiça do CNJ e cor- regedor-geral da Justiça Eleitoral. Ele poderá ser alçado ao STF na vaga do ministro Eros Grau. Sem base militar Não caiu bem entre os países vizinhos, especialmente a Venezuela e o Equador, a assinatura do acordo de defesa entre o Brasil e os Estados Unidos. Mas o Itamaraty assegura que informou todos os membros da Unasul sobre a negociação, com a ressalva de que o * acordo não prevê a instalação de base militar. * Candidato do PSOL à Presidência, o ex-deputa- do Plínio de Arruda Sampaio anuncia que não vai aceitar a contri- buição de empresas du- rante sua campanha. “Só aceito doações de pessoas físicas. Burguês não me banca”, radicaliza. *Goste-se ou não de José Serra, o pré-candidato do PSDB cunhou uma frase antológica no lançamen- to de sua campanha: “Meu pai carregava caixas de frutas para que eu um dia pudesse carregar cai- xas de livros” Colaboraram: Adriana Nicacio, Claudio Dantas Sequeira, Hugo Marques e Sérgio Pardellas 33 Semana RicardoBoechat E Com Ronaldo Herdy TREM-BALA Descarrilando A gigante China Railway Construction Corporation pode desistir de disputar a construção do Trem-Bala Rio-São Paulo. Seu executivo no Brasil, Di Guangging, sinalizou ao presidente BNDES, Luciano Coutinho, que o gato subiu no telhado. Mudanças nas regras da licitação da obra desagradaram a Pequim. Uma delas reduziu a pontuação destinada ao grupo que mais capital próprio pusesse no projeto. Esse era o grande trunfo chinês na concorrência. vá Horta turbinada A Embrapa está concluindo estudo de uma alface biofortificada - com oito veze: ácido fólico do que a cultivada hoje. primeira experiência do gênero no País. O pedido para o plantio experimental seguirá para a Comissão Nacional de Biossegurança ainda este semestre. O ácido fólico é vitamina não sintetizada pelo corpo humano e seu consumo evita problemas como a má mais formação de fetos nas mulheres e a depressão. Olho no olho Anthony Garotinho está tão preocupado em fazer bonito na convenção do PR que pela primeira vez lerá o discurso. O texto está repleto de críticas a Sérgio Cabral, como era de esperar. Entre outras promessas, o ex-governador diz que fará ress das cinzas a Secretaria de Defesa Gordos acordes O 12ºCongresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal fez a alegria de dois astros do axé baiano. Daniela Mercury e Carlinhos Brown, para cantarem no evento, receberam cachê de R$ 173 mil e R$ 186 mil, respectivamente. A verba não saiu dos cofres da ONU, dona do evento, mas do anfitrião governador baiano. 34 ISTOÉZNO 2/4/2010 Tempos depois. As contas bancárias Salgado de Oliveira de dicação e Cultura, que pertence à família do ex-senador Wellington Salgado, foram penhoradas. A ação teve início em 2000, pelo proprietário de um dos terrenos onde foi construída a universidade, hoje com 33 mil alunos. O autor alegava no processo não ter recebido R$ 1,2 milhão pela propriedade. Vicente Fuscaldo “morreu de desgosto”, por causa da demora no julgamento. Sinal verde No dia 27, a Comissão de Anistia do Mini: da Justiça decidirá o valor do reparo a ser pago ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende. Na mesma sessão, em Goiânia, também será definido quanto receberá a família do ex-governador Henrique Santillo. Os dois políticos goianos foram fundadores do PMDB. Naluta Eros Grau não desistirá de concorrer à vaga na Academia Brasileira de Letras, no dia 2 de junho. Foi o que garantiu à coluna na quarta-feira 14. Muito se fala na imortalidade da polarização da disputa entre o ensaísta Geraldo Holanda Cavalcanti e o historiador Muniz Sodré. Amigos do ministro do STF dizem que a consolidação das duas candidaturas fez surgir os boatos de que ele desistiu da luta. Brasil LONGE DO GOVERNO E PERTO DE DILMA O PT volta a pressionar e Lula já admite a possibilidade de deixar o Planalto para se dedicar à campanha de sua ex-ministra no primeiro turno Sérgio Pardellas O PT quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva longe do Pa- lácio do Planalto nas semanas que antecedem o primeiro turno das eleições presidenciais. A ideia, que chegou a ser descartada 20 por Lula, voltou a ganhar força nas últimas semanas e lideranças do partido iniciaram um esquema orquestrado de pressão para convencer o presidente a embarcar de corpo e alma na campanha de Dilma Rousseff. Debruçados sobre as últimas pesquisas de intenção de voto, dirigentes do PT argumentam que Lula pode ser um “trunfo de última hora” para Dilma liquidar a eleição já no primeiro turno. Hoje, pela lei eleitoral, Lula só pode participar de eventos partidários ao lado de Dilma nos fins de semana ou fora do horário do expediente. Antes resistente a deixar o governo, Lula já admite discutir a possibilidade, convencido de que pode se transformar, de fato, numa carta na manga da candidata petista na reta final da corrida à Presidência. O presidente aceitou reconsiderar a ideia, vista por ele como descabida há algumas semanas, por conta da decisão do vice-presidente, José Alencar, de não sair candidato e estar apto a assumir a Presidência em caso de sua licença. No PT, um dos principais defensores do projeto é o ex-ministro José Dir- ceu. Na quinta-feira 15, Dirceu tratou do assunto em reuniões privadas com correligionários. Nos bastidores, o ex-ministro tem sido um dos principais articuladores da campanha de Dilma nos Estados. Amigo pessoal de Lula, o ex-governador do Acre, Jorge Viana, reconhece que, “se for necessário”, o presidente sairá mesmo a campo. “A lei brasileira permite que o presidente possa participar da campanha. Com Alencar permanecendo como vice, passamos a contar com essa possibilidade”, disse Viana em entrevista à ISTOÉ. “Lula tem saúde, disposição e pode ser mesmo um diferencial, acrescentou o petista. “Imagina o Lula andando na rua pedindo voto, entregando santinho? Imagina o que 36 ISTOÉ ZNO 21/4/2010 Í MONTAGEM SOBRE FOTOS DE ROBERTO CASTRO/AG. ISTOÉ pv 
