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Retalhos e suturas na odontologia, Resumos de Odontologia

Esse resumo descreve o que são retalhos e suturas, os tipos mais comuns usados em odontologia e a técnica usada para realiza-los.

Tipologia: Resumos

2020
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Pamelalolis
Pamelalolis 🇧🇷

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Pâmela Bolsoni Pozzatti
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Retalho e Suturas em odontologia
Retalho: é uma seção de tecido mole delimitada por incisão cirúrgica, possui seu próprio suprimento sanguíneo,
pode ser recolocado na posição original, permite acesso aos tecidos mais profundos, e pode ser mantido por suturas.
sua base deve ser normalmente mais larga que a sua margem livre para preservar um provimento sanguíneo
adequado promovendo uma vascularização ininterrupta e evitando necrose isquêmica.
Retalho deve possuir tamanho adequando para gerar uma visualização e acesso cirúrgico suficiente.
Retalho deve ser mantido fora do campo operatório por um afastador que deve se apoiar em osso intacto,
sem tencionar o retalho.
Incisão longa e reta com adequado rebatimento do retalho cicatriza mais rapidamente que uma incisão
curta, com dilaceração de tecidos, que cicatriza lentamente por segunda intenção.
No retalho envelope, o tamanho ideal é quando comprimento do retalho na dimensão anteroposterior
normalmente se estende dois dentes anteriores e um dente posterior à área da cirurgia. Mas com uma
incisão relaxante anterior, o retalho apenas precisa se estender um dente anteriormente e um dente
posteriormente ao dente que será extraído.
Retalhos para remoção dentária devem ter espessura mucoperiosteal total, ou seja, incluir a superfície
mucosa, a submucosa e o periósteo.
O periósteo é o principal tecido responsável pela cicatrização óssea, e a recolocação do periósteo na sua
posição original garante o processo de cura.
O plano de tecido entre o osso e o periósteo é relativamente avascular, então, menos sangramento é
produzido quando um retalho de espessura total é elevado.
As incisões que delimitam o retalho devem ser feitas sobre osso intacto que estará presente após o término
do procedimento cirúrgico, não deve ser feito na região em que removera osso. Em caso de patologia ou
osteotomia é necessário que a incisão fique de 6 a 8 mm distante do defeito ósseo criado pela cirurgia.
Se a linha de incisão é suportada por osso defeituoso, ele tende a colapsar dentro do defeito ósseo, o que
resulta em deiscência da ferida e atraso na cicatrização.
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Retalho e Suturas em odontologia

Retalho: é uma seção de tecido mole delimitada por incisão cirúrgica, possui seu próprio suprimento sanguíneo, pode ser recolocado na posição original, permite acesso aos tecidos mais profundos, e pode ser mantido por suturas.

 sua base deve ser normalmente mais larga que a sua margem livre para preservar um provimento sanguíneo adequado promovendo uma vascularização ininterrupta e evitando necrose isquêmica.

 Retalho deve possuir tamanho adequando para gerar uma visualização e acesso cirúrgico suficiente.  Retalho deve ser mantido fora do campo operatório por um afastador que deve se apoiar em osso intacto, sem tencionar o retalho.  Incisão longa e reta com adequado rebatimento do retalho cicatriza mais rapidamente que uma incisão curta, com dilaceração de tecidos, que cicatriza lentamente por segunda intenção.  No retalho envelope, o tamanho ideal é quando comprimento do retalho na dimensão anteroposterior normalmente se estende dois dentes anteriores e um dente posterior à área da cirurgia. Mas com uma incisão relaxante anterior, o retalho apenas precisa se estender um dente anteriormente e um dente posteriormente ao dente que será extraído.

 Retalhos para remoção dentária devem ter espessura mucoperiosteal total, ou seja, incluir a superfície mucosa, a submucosa e o periósteo.

O periósteo é o principal tecido responsável pela cicatrização óssea, e a recolocação do periósteo na sua posição original garante o processo de cura. O plano de tecido entre o osso e o periósteo é relativamente avascular, então, menos sangramento é produzido quando um retalho de espessura total é elevado.

 As incisões que delimitam o retalho devem ser feitas sobre osso intacto que estará presente após o término do procedimento cirúrgico, não deve ser feito na região em que removera osso. Em caso de patologia ou osteotomia é necessário que a incisão fique de 6 a 8 mm distante do defeito ósseo criado pela cirurgia.

Se a linha de incisão é suportada por osso defeituoso, ele tende a colapsar dentro do defeito ósseo, o que resulta em deiscência da ferida e atraso na cicatrização.

 O retalho deve ser desenhado para evitar lesão a estruturas vitais na área da cirurgia.

Cuidado! Nervo lingual: incisões na região posterior da mandíbula, principalmente na região do terceiro molar, as devem ser distantes da região lingual da mandíbula. Nesta área, o nervo lingual pode estar aderido próximo à região lingual da mandíbula, e a incisão pode resultar em prejuízo ou secção daquele nervo, com consequente anestesia prolongada ou permanente da língua --- ocorre perda da sensibilidade e não da motricidade( é dada pelo nervo hipoglosso). Nervo mentoniano: cirurgia na área apical dos pré-molares mandibulares deve ser cuidadosamente planejada e executada para que se evite lesão ao nervo mentoniano. Incisões tipo envelope devem ser usadas, se possível, e incisões relaxantes devem ser ou bem anteriores ou bem posteriores àquela área para sair do nervo mentoniano mandibular. Retalhos na maxila: No aspecto vestibular não existem estruturas que possam ser prejudicadas. Porém por palatino, tem se a arteria nasopalatina na região anterior e o na região posterior a artéria palatina maior. Se tecido palatino anterior precisar ser rebatido, a artéria e o nervo podem ser incisados na altura do forame sem muito risco. Porem, incisões relaxantes verticais na parte posterior do palato devem ser evitadas devido sangramento pulsátil de difícil controle.

 Incisão relaxante vertical: Quando necessária, apenas uma incisão vertical, normalmente anterior, é realizada. Ela deve ser obliqua, para possibilitar que base fique maior que a margem gengival livre. E, deve não atravessar proeminências ósseas (como a eminencia canina).  Incisões relaxantes verticais devem atravessar a margem gengival livre na borda de um dente e não deve ser diretamente no aspecto vestibular do dente, nem na papila.

A- Incisão relaxante vertical de forma obliqua e na região parapapilar. B- Incisões relaxantes erradas. 1- Atravessando a eminencia canina, podendo atrasar a cicatrização e gerar deiscência. 2- Incisão relaxante na vestibular.

Tipos de Retalhos Mucoperiosteais

1-Retalho tipo envelope:

 incisão sulcular apoiada na crista óssea, através do periósteo, e o retalho de espessura total mucoperiosteal é rebatido apicalmente.

5-incisão em “Y”:

 Acesso cirúrgico ao palato ósseo para remoção de torus palatino.  Duas incisões laterais anteriores ao canino para não pegar ramo da artéria palatina.  Promove um acesso maior.

Técnicas para Realização de um Retalho Mucoperiosteal  Incisar tecido com lamina nº 15 em cabo de bisturi nº 3 ou 7.  Incisao feita de tras para frente no sulco gengival, sendo puxada para o lado do operador.  Incisao em movimento continuo e suave em contato com osso.  Se uma incisão relaxante vertical é feita, o tecido é rebatido apicalmente, com a mão oposta tensionando a mucosa alveolar para que a incisão possa ser feita de forma limpa através dela. Se a mucosa alveolar não tensionada, a lâmina não irá cortar de forma limpa através da mucosa e irá resultar em uma incisão irregular.  Rebatimento do retalho começa na papila com descolador de molt. Inicialmente utiliza-se a parte ativa do descolador para rebater gengiva livre/papila. Depois, utiliza-se a ponta romba para refletir o retalho mucoperiostal para o local desejado.

Princípios de Sutura

 Após a ferida irrigada e debridada, o retalho volta a posição original sendo mantido por suturas.  A sutura tem função de coaptar as margens da ferida; isso se faz para segurar o retalho em posição e aproximar as bordas da ferida.  Quanto mais precisa for a incisão e quanto menor o trauma infligido às margens da ferida, maior a probabilidade de cicatrização por primeira intenção. Se ocorrer traumas ou dilacerações excessivas a cicatrização ocorre por segunda intenção.  Suturas também ajudam na hemostasia.  O tecido de recobrimento não deve nunca ser suturado muito apertado na tentativa de ganhar hemostasia em um alvéolo dental sangrante.

 Suturas ajudam a segurar o retalho de tecido sobre o osso. É importante que a extensão do osso seja recoberta com retalhos de tecido mole, para ele não se retrair e expor o osso, atrasando sua cicatrização.  Suturas podem ajudar na manutenção do coágulo sanguíneo no alvéolo dental.

-Sutura interna/transfixo ou em X.

 O aparato para sutura inclui um porta-agulha, uma agulha de sutura, e material de sutura.  A agulha de sutura normalmente usada na boca é a pequena 3/8 a 1/2 círculo com a ponta de corte reversa.  Quando o retalho tipo envelope é reposicionado em sua correta posição, é seguro no lugar com suturas que são colocadas através das papilas apenas, pois as bordas das feridas não são suportadas por osso sadio.  Reaproxima retalho, passa agulha pelo tecido móvel ( vestibular) e passa por tecido aderido( lingual). Pode ser feito em uma única passada.

-Sutura simples

 Agulha deve estar em ângulo reto com a mucosa para fazer o menor furo possível.  A quantidade mínima de tecido entre a sutura e a borda do retalho deve ser de 3 mm e ele não deve ser amarrado mutio firme.  Após as duas passadas, faz-se um nó.

-Sutura continua : Se incisão for muito longa, essa sutura fecha suficientemente.

O nó não precisa ser feito para cada sutura, o que torna mais rápido suturar uma incisão longa e deixa menos nós para acumular debris. A desvantagem da sutura contínua é que se uma das suturas se soltar, a sutura inteira se torna frouxa. A festonada também pode ser feita de forma continua.

 Suturas não reabsorvíveis são deixadas no local por aproximadamente 5 a 7 dias. Após esse tempo, as suturas não têm mais utilidade e provavelmente aumenta a contaminação da submucosa.

Referencia: Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea, Hupp 6ª edição.