Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo Tuberculose - medicina, Manuais, Projetos, Pesquisas de Medicina

Resumo Tuberculose - medicinaaaaaaaa

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 15/05/2020

fagner-nogueira-peretta-8
fagner-nogueira-peretta-8 🇧🇷

4.6

(5)

28 documentos

1 / 9

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
TUBERCULOSE
Revisão
Otimize o tempo e a qualidade do seu estudo
www.sanarflix.com.br
1. Definição
Doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis,
que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e
sistemas.
2. Epidemiologia
Aproximadamente 1/3 da população mundial é infectada pelo M.
tuberculosis, e a maioria desses indivíduos têm tuberculose latente. Em 2011 foi
levantada uma estimativa que de 8,7 milhões de casos de TB, 13% estavam
associados com HIV e 500 milhões de casos novos de TB com 64 mil mortes ao ano
secundárias à tuberculose.
No Brasil e mais 21 outros países em desenvolvimento abrigam 80% dos
casos da doença. Apesar da tendência de queda da incidência e da mortalidade por
tuberculose no Brasil, são mais de 70 mil casos novos e o número de óbitos por
tuberculose ultrapassa a o número de 4,5 mil a cada ano.
3. Etiopatogenia
A tuberculose é uma doença pulmonar crônica e sistêmica grave, causada
mais frequentemente pelo M. tuberculosis. As fontes de transmissão são os seres
humanos com tuberculose ativa, que liberam micobactérias presentes no escarro.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo Tuberculose - medicina e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Medicina, somente na Docsity!

TUBERCULOSE

Revisão

Otimize o tempo e a qualidade do seu estudo

1. Definição

Doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas.

2. Epidemiologia

Aproximadamente 1/3 da população mundial é infectada pelo M. tuberculosis, e a maioria desses indivíduos têm tuberculose latente. Em 2011 foi levantada uma estimativa que de 8,7 milhões de casos de TB, 13% estavam associados com HIV e 500 milhões de casos novos de TB com 64 mil mortes ao ano secundárias à tuberculose. No Brasil e mais 21 outros países em desenvolvimento abrigam 80% dos casos da doença. Apesar da tendência de queda da incidência e da mortalidade por tuberculose no Brasil, são mais de 70 mil casos novos e o número de óbitos por tuberculose ultrapassa a o número de 4,5 mil a cada ano.

3. Etiopatogenia

A tuberculose é uma doença pulmonar crônica e sistêmica grave, causada mais frequentemente pelo M. tuberculosis. As fontes de transmissão são os seres humanos com tuberculose ativa, que liberam micobactérias presentes no escarro.

A primoinfecção é definida pelo primeiro contato do paciente com o bacilo de Koch, cursa em etapas, da infecção inicial dos macrófagos até uma resposta subsequente de TH1, contendo bactérias e causando danos teciduais. FASE 1 (sem imunidade celular): Ao chegar pela 1ª vez nos alvéolos, o bacilo de Koch é fagocitado por macrófagos locais, e ocorre uma intensa reação inflamatória local. Esses fagócitos são incapazes de destruir ou inativar os bacilos, que então se multiplicam em seu interior. Os bacilos proliferam-se e destroem os macrófagos, caindo nos espaços alveolares. Estes são novamente fagocitados, formando um ciclo vicioso e atingem linfonodos, onde continuam se proliferando, até atingirem a corrente sanguínea. FASE 2 (imunidade celular específica): Após três a oito semanas, a imunidade celular já está desenvolvida e o organismo começa a reagir contra os bacilos, combatendo a disseminação hematogênica. Assim, os linfócitos T- helper específicos são capazes de se proliferar e ativar os macrófagos. A junção dos linfócitos e os macrófagos ativados (células epitelioides) ao redor do processo, resultam no granuloma caseoso. A fusão de vários macrófagos lesados pode formar as células gigantes de Langhans. Este foco granulomatoso pulmonar inicial é chamado foco primário ou nódulo de Ghon.

  1. Clínica Na maioria das pessoas saudáveis, a tuberculose primária é assintomática, apesar de poder causar febre e derrame pleural. Geralmente, a única evidência da infecção, se alguma permanecer, é um nódulo pulmonar fibrocalcificado no local da infecção. Organismos viáveis podem permanecer dormentes por décadas em tais lesões. Se as defesas imunes forem diminuídas, a infecção pode ser reativada, causando uma doença transmissível e potencialmente com risco de morte. Considerando a presença de disseminação linfática e hematogênica e que a doença possa ocorrer em outros locais que não o pulmão, pode ser classificada em: ▪ Primária (pulmonar): apresentando tosse persistente produtiva (muco e eventualmente sangue) ou não, febre baixa vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. No exame físico, pode ser encontrado também linfoadenomegalias, às vezes relacionadas tanto à presença de TB extrapulmonar concomitante, quanto à existência de coinfecção pelo HIV. ▪ Extrapulmonar: A tuberculose extrapulmonar tem sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos. As principais formas diagnosticadas de tuberculose extrapulmonar no Brasil são pleural e/ou empiema pleural tuberculoso, ganglionar periférica, meningoencefálica, miliar, laríngea, pericárdica, óssea, renal, ocular e peritoneal. Aumenta em pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA), especialmente entre aqueles com imunocomprometimento grave.
  2. Diagnóstico O diagnóstico clínico pode ser considerado na impossibilidade de se comprovar a suspeita por meio de exames laboratoriais bacteriológicos. Nesses casos, deve ser associado ao resultado de outros exames complementares de imagem e histológicos.

▪ Baciloscopia direta: duas amostras são colhidas, uma no momento da consulta e a outra na manhã do dia seguinte, sendo feita a contagem dos Bacilos Álcool Ácido Resistentes (BAAR). ▪ Teste rápido molecular: detecta o DNA do M. tuberculosis e faz triagem das cepas resistentes a rifampicina. ▪ Cultura para micobactéria com identificação de espécie. Estes três métodos acima são considerados confirmatórios de TB ativa. Outros exames auxiliares são:

  • Histopatológico: É um método empregado na suspeita de tuberculose ativa nas formas extrapulmonares ou nas pulmonares que se apresentam radiologicamente como doença difusa (como na tuberculose miliar), ou em indivíduos imunossuprimidos
  • Adenosina deaminase (ADA) ✓ Radiografia de tórax: importante na investigação de TODO paciente com TB! As lesões sugestivas de tuberculose em raio-x de tórax localizam-se, em geral, nas partes altas e dorsais dos pulmões, particularmente no pulmão direito, e podem apresentar-se como opacidades, infiltrados, nódulos, cavidades, fibroses, retrações, calcificações, linfadenomegalia, aspecto miliar. OBS.: Broncoscopia, ultrassonografia, TC e ressonância só devem ser solicitados se houver necessidade de auxílio diagnóstico e exclusão dos diagnósticos diferenciais. ✓ Prova tuberculínica (PPD): Importante na avaliação de contatos assintomáticos de pessoas com tuberculose, uma vez que é utilizada, em adultos e crianças, no diagnóstico da infecção latente de tuberculose (ILTB), que ocorre quando o paciente tem o bacilo no organismo, mas não desenvolve a doença. Na criança, também é muito importante como coadjuvante no diagnóstico da tuberculose ativa. No Brasil, a tuberculina usada é o PPD RT-23, aplicada por via intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1mL, que contém 2UT (unidades de tuberculina).
  1. Tratamento Indicado para casos novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não por HIV: ✓ Fase intensiva 2 RHZE durante 2 meses. ✓ Fase de manutenção 4 RH durante 4 meses. Indicado para casos novos de crianças < 10 anos, de todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica), infectados ou não por HIV: ✓ Fase de ataque 2 RHZ ✓ Fase de manutenção 4 RH O etambutol não é recomendado como tratamento para crianças com < 10 anos. → 7 dias → Ceftriaxona, 1-2 mg, IV, 1x ao dia por 7 dias
  2. Prevenção A vacina BCG é prioritariamente indicada para crianças de 0 a 4 anos, com obrigatoriedade para menores de 1 ano. ✓ Recém-nascidos: Ao nascer, ainda na maternidade, os recém-nascidos com peso maior ou igual a 2 kg ou na primeira visita à unidade de saúde. ✓ Lactentes que foram vacinados e não apresentam cicatriz vacinal após seis meses devem ser revacinados apenas mais uma vez. ✓ Crianças, incluindo as indígenas, de 0 a 4 anos, preferencialmente em menores de 1 ano. Crianças e adultos HIV+: ✓ Crianças HIV positivas: A vacina BCG-ID deve ser administrada ao nascer ou o mais precocemente possível. Para as crianças que chegam aos serviços

ainda não vacinadas, a vacina está contraindicada na existência de sintomas ou sinais de imunodeficiência. ✓ Adultos HIV positivos: A vacina está contraindicada em qualquer situação, independentemente de sintomas ou contagem de linfócito T CD4+. Os recém-nascidos contatos de pessoas bacilíferas não deverão ser vacinados com BCG, porque deverão fazer previamente o tratamento da infecção latente da tuberculose ou quimioprofilaxia. Referências bibliográficas

  1. Ministério da Saúde. Guia de vigilância em saúde volume único. Secretaria de vigilância em saúde, 2 ed. – Brasília, 2017.
  2. Guideline, N. I. C. E. "117." Clinical diagnosis and management of tuberculosis and measures for its prevention and control (2011).
  3. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde e Departamento de Vigilância Epidemiológica. Tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose na atenção básica: protocolo de enfermagem. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
  4. Kumar V, Abbas A, Aster J. Robbins. Bases patológicas das doenças. 9th ed. Elsevier,