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RESUMO PERIODONTIA COMPLETO - APOSTILA PERIODONTIA - RESUMO ODONTOLOGIA - PERIODONTIA, Resumos de Odontologia

RESUMO PERIODONTIA COMPLETO - APOSTILA PERIODONTIA - RESUMO ODONTOLOGIA - PERIODONTIA

Tipologia: Resumos

2021

À venda por 30/06/2021

jose-henrique-nascimento-souza-juni
jose-henrique-nascimento-souza-juni 🇧🇷

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RESUMO PERIODONTIA
JUNIOR BAHIA FACIMED
Facebook/jrbahia
Favor recomendar o Arquivo se Gostar
Irá ajudar em minha carreira acadêmica.
Tudo em odontologia esta relacionado a periodontia:
- Cirurgias;
- Dentistica (caries profundas com afastamento gengival);
- Endodontia;
- Prótese;
- Ortodontia (retração gengival);
- Outros..
60% dos pacientes periodontais são também pacientes de ortodontia por causa da
retração gengival e reabsorção óssea.
Tártaro não causa doença periodontal.
Foi realizado um estudo onde em uma bolsa profunda o tártaro é raspado e deixado
uma parte polida (superfície lisa). Tempo depois o tecido se recuperou. Ou seja, o tártaro
apenas é retentivo e facilita a instalação de bactérias. As bactérias causam problemas
periodontais e não o tártaro.
O dente pode ter mobilidade dentaria e não ter doença periodontal (em casos de
contato prematuro). Por não ter doença periodontal (bactéria) ao retirar o contato prematuro
aparece radiolucidez e a frouxidão dos ligamentos volta ao normal 100%. O osso retorna pois
quando há um trauma o osso retira a parte inorgânica (cálcio) do local agredido e fica apenas a
parte orgânica, então não aparece na radiográfica. Ao retirar o trauma a parte inorgânica se
reposiciona no local, aparecendo radiograficamente.
Reabsorção óssea é apenas quando a matéria orgânica e inorgânica se retiram do local
juntos.
Periodonto de sustentação: ligamentos periodontais, cemento e osso alveolar.
Periodonto de revestimento: gengiva.
A periodontia lida com gengiva mas não lida com mucosa. Ex.: secção do freio
mediano labial (periodontista); secção do freio lingual (cirurgião).
Microbiologia das doenças periodontais.
Espaço biológico:
- Epitélio juncional (+/- 0,97mm);
- Inserção conjuntiva (+/- 1,07mm).
O espaço biológico é um mecanismo que o organismo tem para proteger o osso. Ele se
forma entre o meio externo e a crista óssea. Sempre haverá o espaço biológico, pois o
organismo não deixa o osso ficar exposto. Uma restauração deve estar no mínimo à 2,5mm da
crista óssea.
Caso uma restauração invada o espaço biológico, o organismo responde com
inflamação e reabsorção óssea para a recuperação do espaço biológico. Para reabsorver a
crista óssea, é preciso inflamação.
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RESUMO PERIODONTIA

JUNIOR BAHIA – FACIMED

Facebook/jrbahia

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Irá ajudar em minha carreira acadêmica.

Tudo em odontologia esta relacionado a periodontia:

  • Cirurgias;
  • Dentistica (caries profundas com afastamento gengival);
  • Endodontia;
  • Prótese;
  • Ortodontia (retração gengival);
  • Outros..

60% dos pacientes periodontais são também pacientes de ortodontia por causa da retração gengival e reabsorção óssea. Tártaro não causa doença periodontal. Foi realizado um estudo onde em uma bolsa profunda o tártaro é raspado e deixado uma parte polida (superfície lisa). Tempo depois o tecido se recuperou. Ou seja, o tártaro apenas é retentivo e facilita a instalação de bactérias. As bactérias causam problemas periodontais e não o tártaro. O dente pode ter mobilidade dentaria e não ter doença periodontal (em casos de contato prematuro). Por não ter doença periodontal (bactéria) ao retirar o contato prematuro aparece radiolucidez e a frouxidão dos ligamentos volta ao normal 100%. O osso retorna pois quando há um trauma o osso retira a parte inorgânica (cálcio) do local agredido e fica apenas a parte orgânica, então não aparece na radiográfica. Ao retirar o trauma a parte inorgânica se reposiciona no local, aparecendo radiograficamente. Reabsorção óssea é apenas quando a matéria orgânica e inorgânica se retiram do local juntos.

Periodonto de sustentação: ligamentos periodontais, cemento e osso alveolar. Periodonto de revestimento: gengiva.

A periodontia lida com gengiva mas não lida com mucosa. Ex.: secção do freio mediano labial (periodontista); secção do freio lingual (cirurgião).

Microbiologia das doenças periodontais.

Espaço biológico:

  • Epitélio juncional (+/- 0,97mm);
  • Inserção conjuntiva (+/- 1,07mm).

O espaço biológico é um mecanismo que o organismo tem para proteger o osso. Ele se forma entre o meio externo e a crista óssea. Sempre haverá o espaço biológico, pois o organismo não deixa o osso ficar exposto. Uma restauração deve estar no mínimo à 2,5mm da crista óssea. Caso uma restauração invada o espaço biológico, o organismo responde com inflamação e reabsorção óssea para a recuperação do espaço biológico. Para reabsorver a crista óssea, é preciso inflamação.

Para realizar uma restauração que invade o espaço biológico, é preciso utilizar de técnicas que tracionem o dente (extrusão), assim realiza-se o procedimento sem que o organismo precise causar inflamação. A placa bacteriana causa inflamação, pois o organismo reage contra os ácidos produzidos pelas bactérias. Há a reabsorção óssea. As doenças periodontais são causadas pelas toxinas bacterianas.

Saúde gengival: baixa quantidade de bactérias; composição mista e pouco virulenta de bactérias; resistência do hospedeiro.

A placa supragengival inespecifica (microbiota mista) provoca gengivite em 10 dias. Há presença de bactérias, porem não são caracterizadas para causar doença periodontal. Com o tempo, essa placa inespecífica sofre transformações e se torna especifica.

Se a microbiota assumir um caráter periodontopatogênica (com microorganismos gram negativos), estimula uma resposta inflamatória e imunologica com potencial destrutivo.

Evolução da placa bacteriana. A placa só se torna madura após 24 horas de existência. Só há a deposição de bactérias quando a placa estiver madura. Tudo se inicia com a película aderida, composta por saliva e glicoproteinas. 1 – A primeira etapa é a atração de bactérias na película aderida. 2 – Ocorre a adesão dessas bactérias. 3 – Multiplicação. 4 – Microcolônias. 5 – Biofilme (placa aderida). 6 – Crescimento e maturação.

Essa seqüência demora em torno de 24 horas. Apartir de então, ela começa a se tornar especifica. Somente após 24 horas que a placa bacteriana apresenta-se madura. E somente uma placa madura tem poder periodontopatogênica.

Avanço subgengival é o aumento da exsudação tecidual e migração de leucócitos polimorfonucleados (neutrófilos) para o sulco gengival. Para que o exsudato e os neutrófilos cheguem ao sulco gengival, há um edema e afastamento das células, o que favorece a entrada de bactérias causando gengivite.

Na cavidade bucal há mais de 350 especies diferentes de bactérias, e mais de 10 entre elas são periodontopatogênicas. A microbiota periodontal é diferente da microbiota cariogenita. Carie: bactérias gram positivas facultativas, sacaroliticas e intensamente acidogênicas. Doença periodontal: bactérias gram negativas, proteolíticas, anaeróbias estritas.

Periodonto sadio: pouco infiltrado inflamatório, bactérias gram positivas, anaeróbias facultativas. Gengivite: aumento de inflamação, equilíbrio entre bactérias gram positivas e gram negativas, e entre aeróbios e anaeróbios. Periodontite: grande inflamação, predomínio de bactérias gram positivas e anaeróbias. Fatores que facilitam o acúmulo de placa:

  • Cálculo;
  • Área de col.

Quando a gengiva esta muito inflamada há um procedimento cirúrgico que corta parte da vertente interna. Técnica de retirada do tecido necrosado para que a regeneração seja completa e bem sucedida.

Área de Col é o processo juncional que localiza-se interdentalmente, não sendo totalmente queratinizada. É a papila interdentaria localizada nos dentes posteriores. Pela facilidade de acumulo de bactérias, as faces possuem mais problemas periodontais são as proximais. A área de col é uma parte da gengiva que tem mais facilidade de haver acumulo de bactérias, pois com dificuldade o fio dental limpa essa “cavidade”.

Divisão entre gengiva marginal e inserida é o sulco marginal ou ranhura. A gengiva inserida também é chamada de gengiva ceratinizada, pois com uma periodontite a gengiva inserida/ceratinizada se “desloca” do osso, deixando de ser inserida. Então não podemos chama-la de inserida, mas ela nunca deixará de ser ceratinizada.

Gengiva ceratinizada é delimitada por:

  • Ranhura;
  • Limite ou junção mucogengival;
  • Medida (de 0 à 9mm) há pessoas que nem possuem gengiva ceratinizada;
  • Maior faixa nos incisivos superiores;
  • Menor faixa nos pré-molares inferiores;
  • A quantidade de gengiva ceratinizada não é sinônimo de saúde;

A largura da gengiva ceratinizada varia quanto à:

  • Genética;
  • Segmento do osso;
  • Idade;
  • Erupção em relação ao arco (erupção ativa e passiva).

Na erupção passiva o dente erupciona por ter perdido o ponto de contato (extrusão) com o antagonista, ao extruir os tecidos periodontais acompanham a extrusão. Por isso, em alguns casos de pessoas idosas, a gengiva ceratinizada aumenta de tamanho e a coroa clinica perde. O palato duro é inteiro composto por gengiva ceratinizada.

Gengiva clinicamente saudável.

  • Em uma pessoa que tem adequada higiene bucal;
  • Há células de defesa;
  • Fluido gengival normal.

O fluido gengival é uma defesa para “lavar” o sulco gengival da deposição de bactérias.

Fatores de proteção do hospedeiro contra o microorganismo.

  • Epitélio juncional intacto (1º defesa do organismo para não deixar as bactérias entrarem. Barreira mecânica). A gengiva inflamada apresenta ulcerações, deixando de ser intacta.
  • Descamação de células epiteliais. Quando descama leva os microorganismos junto. Já o dente não sofre descamação, por isso a placa se forma nele.
  • Fluido.
  • Células de defesa.

Alterações do balanço hospedeiro X microorganismo. Quando ocorre um acumulo e retenção de placa. As bactérias passam a ser mais virulentas. “Os processos inflamatórios e imunes agem na proteção dos tecidos gengivais, porem também são considerados potencialmente nocivo ao periodonto”. O que destrói o periodonto é o próprio organismo, pois tenta de toda forma se afastar da agressão bacteriana, tendo a reabsorção óssea e do ligamento periodontal.

Virulência bacteriana é a propriedade que permite que o microorganismo se instale e colonize o tecido periodontal. Quanto maior a virulência maior é a doença, pois irá ter uma resposta inflamatória maior.

Gengivite.

Lesão inflamatória limitada à gengiva. A gengivite mostra um equilíbrio entre a capacidade de virulência das bactérias e da defesa do hospedeiro. Se a virulência aumentar a periodontite se instala, se o hospedeiro aumentar sua defesa a gengiva volta a ser saudável. A gengivite tem características típicas de inflamação: edema, rubor, dor, calor e sangramento. Placa bacteriana ou biofilme são os fatores que levam à gengivite. A gengiva saudável que tem aspecto de casca de laranja, tem essas pregas pois na gengiva ceratinizada há projeções do epitélio, que mergulha no tecido e se liga ao periósteo em busca de nutrientes. Quando a gengiva fica inflamada e com edema, ela perde o aspecto rugoso e se torna lisa, pois as pregas não estão aderidas, e sim apenas projetadas. A hiperplasia gengival é uma falsa bolsa. A sondagem mostra grande bolsa, mas deve- se levar em consideração que a altura da gengiva aumentou pois esta com edema. Na gengivite a gengiva se torna flácida. Quando tratada e saudável, a gengiva volta a ser mais firme. Durante a periodontite o dente perde suporte de osso e gengiva. Ao tratar, o osso não volta ao normal, mas a gengiva se torna mais firme, dando uma estabilidade relativa ao dente. A gengivite não pode ser diagnosticada em radiografia.

Sulco gengival saudável:

  • 0 à 2mm em faces livres.
  • 0 à 3mm em faces proximais.

Gengiva saudável:

  • Rosa; -Papila preenchendo o espaço interdental;
  • Consistência firme;
  • Sem sangramento
  • Mínimo exsudato

Gengivite

  • Vermelha;
  • Papila bolhosa;
  • Consistência flácida;
  • Sangramento;
  • Exsudato aumentado.

Tipos de gengivite:

  • Associada apenas a placa bacteriana;
  • Epitélio juncional.

O sulco é medido com a sonda milimetrada tipo Willians.

Epitélio juncional é avascularizado e não possui terminação nervosa. Apenas o tecido conjuntivo possui vascularização e inervação. Por isso quando realiza-se a sondagem a sonda entra no epitélio juncional e não sangra, nem dói. Caso haja sangue e dor a sonda invadiu o tecido conjuntivo. Espaço biológico: é do epitélio juncional ao espaço conjuntivo.

Características clinicas da gengiva normal:

  • Cor: rosa pálido que varia conforme a vascularidade, espessura, grau de queratinização e presença de pigmentos. Quanto mais fluxo sanguineo mais vermelha a gengiva fica. Quanto mais queratinização mais clara a gengiva vai ser, pois a queratina “esconde” a região vascularizada. A milanina esta presente também na gengiva, e pode escurece-la. Varia de etnia. As áreas da boca podem variar de cor, não pelos melanócitos, e sim pela densidade de queratina e vascularização. A gengivectomia pode retirar cirurgicamente a parte mais escura da gengiva e permanecer clara após a cicatrização, pois tira os melanocitos que se encontram na camada basal do tecido juncional. Com o tempo a cor pode voltar (a tendência é voltar com o mesmo tom de cor).
  • Volume: elementos celulares, elementos extra-celulares, suprimento sanguineo. A inflamação altera o volume, pois as células ficam expassadas e aumenta os elementos extra-celulares. Hiperplasia: crescimento tecidual diferente. Hipertrofia: crescimento tecidual gengival.
  • Contorno: forma dos dentes, alinhamento, pontos de contato (se for mais incisal a papila é maior, se for mais cervical é menor, e se não houver é menor também).
  • Forma: arco côncavo regular é a forma que a gengiva ganha ao seguir o formato dos dentes e formar a papila. Pode ser formado por toda uma arcada ou só um grupo de dentes. O osso define a forma de gengiva.
  • Aspecto superficial: brilho (quando seca e é opaca), textura (pontilhada). Quando esta inflamada a gengiva fica brilhosa.
  • Profundidade de sulco X Profundidade de sondagem. É diferente, pois normalmente a sonda invade o tecido juncional. Profundidade de sulco: até a primeira célula do tecido juncional. O que é impossível medir com a sonda, e é possível medir só histologicamente. Profundidade de sondagem: a sonda entra um pouco no epitélio juncional, onde haverá resistência à pressão. A media de epitélio juncional é de 0,67mm. A sonda não desloca o tecido juncional do dente e sim invade ele, pois o que liga esse tecido ao dente as ligações protéicas fortes, mas entre cada célula a ligação não é tão forte.

Avaliação radiográfica em periodontia.

Quando se faz avaliação no paciente o principal método é o clinica. Caso precise (e é sempre recomendado) realiza-se a radiografia.

Saudável: crista óssea em relação com a junção cemento/esmalte (levando em consideração 2mm de cemento que o espaço biológico ocupa). Periodontite: destruição óssea.

Exames diagnósticos de rotina que devem ser realizados:

  • Exame clinico (mapeamento periodontal e teste de mobilidade);
  • Exame radiográfico.

Exame clinico – Mapeamento. É realizado através da sondagem. Serve para saber o quanto de reabsorção óssea existe na boca do paciente. E quanto de gengiva ceratinizada ainda resta, pois um dente que não possui gengiva ceratinizada e só possui mucosa a área fica muito propícia a bactérias, então é preciso realizar enxerto gengival. Ou seja, o mapeamento periodontal serve para:

  • Medir a reabsorção óssea;
  • Medir a reabsorção gengival (relação junção cemento/esmalte);
  • Saber a quantia remanescente de gengiva ceratinizada.

Exame clinico – Mobilidade. A mobilidade deve ser medida utilizando o cabo do espelho. Com ele coloca-se uma leve pressão na face vestibular do dente, e com o dedo indicador apoiado na face lingual/palatina o profissional poderá identificar melhor os níveis de mobilidade. Pode existir três níveis de mobilidade:

  • Grau I: leve (+/- 1mm);
  • Grau II: moderada (geralmente de sentido vestíbulo-lingual e mesio-distal);
  • Grau III: avançada (grande mobilidade, incluindo características do grau II e mobilidade no sentido cervico-apical). Quando há mobilidade em grau III, na maioria dos casos realiza-se exodontia.

Exame radiográfico.

  • Radiografia panorâmica: Ela deveria ser pedida em todos os procedimentos odontológicos. É o mínimo para se fazer uma avaliação geral da boca. Porém em alguns casos onde não há nitidez é importante usar periapical ou interproximal.
  • Filme radiográfico periapical: dará melhor visualização à altura óssea.

Na gengivite não se perde osso, então em sua radiografia observa-se apenas suas cristas ósseas preservadas. Já nas radiografias de periodontite observa-se destruição das cristas ósseas alveolares e presença de calculo subgengival.

Entre os dois exames, a avaliação clinica é mais importante que a radiográfica. Pode acontecer de haver bolsa profunda em apenas uma face do dente, que não fica nítida em radiografia (exemplo em faces livres, pois a radiopacidade dos dentes impede a sua radiolucidez).

A exposição de furca só pode ser avaliada clinicamente. Há três graus de envolvimento:

  • Grau I: até 1/3 da raiz (o instrumental não atravessa);
  • Grau II: mais que 1/3 da raiz (porém o instrumental não atravessa);
  • Grau III: mais que 1/3 da raiz (o instrumental atravessa a furca).

Envolvimento de furca: O exame clinico da exposição de furca é realizado com a sonda Nabers. A avaliação radiográfica subestima a extensão do defeito principalmente por causa das variações na técnica radiográfica. Geralmente para se diagnosticas envolvimento de furca é preciso mudar a angulação vertical. A mais leve alteração radiográfica na furca deve ser estudada atentamente.

Tratamento para um caso avançado de furca: Avaliar o grau de mobilidade, se for grau III, a única opção é exodontia. Caso o grau for menos, o dente pode ser mantido, desde que o paciente aceite as condições de higiene. A descontaminação do osso deve ser completa. E as vezes, se for necessário, aplanar a região para haver espaço suficiente para introduzir o instrumental de higienização. Opta-se pela tuneficação, onde a furca fica exposta, e é responsabilidade do paciente higieniza-la corretamente.

Periodontite agressiva: Não há alteração gengival, não há gengivite. A periodontite fica “mascarada”, de forma que só é descoberta por meio de sondagem e radiografia. Na maioria das vezes a reabsorção se inicia nos incisivos inferiores e mesial de primeiros molares. Para ter essa periodontite a pessoa tem um fator hereditário.

N

Gengiva – Aspecto microscópico.

Epitélio gengival:

  • Epitélio oral (reveste gengiva voltada para a cavidade oral);
  • Epitélio sulcular;
  • Epitélio juncional (fim do sulco, inicio do tecido conjuntivo).

O epitélio sucular vai do ápice da vertente interna até o fim do sulco. O epitélio juncional segue do fim do sulco ate o tecido conjuntivo. É o mais frágil por não ter queratina igual o oral e o sucular. Nenhum dos epitelios tem vascularização e inervação. Apenas o tecido conjuntivo possui.

Epitélio oral:

Segue do ápice da vertente externa e vai até a junção mucogengival (toda a gengiva marginal e ceratinizada). Ele é mais queratinizado. É escamoso, estratificado e queratinizado. Possui camadas: Camada basal; Camada espinhosa; Camada granulosa; Camada queratinizada.

  • Camada basal: (ou também chamada de Germinativa) é a camada mais próxima do tecido conjuntivo, com função de nutrir o epitélio e induzir a proliferação das células. Única camada que tem ligação direta com o tecido conjuntivo. Produção de tonofibrilas, que são responsáveis por “ligar” as células. Na camada basal há entre as células melanócitos, responsáveis pela produção de melanina. Quando houver a raspagem no epitélio e retirar os melanocitos, demora cerca de 3 meses para a camada basal se reconstruir, produzir melanocitos, ele amadurecerem e criar melanina novamente. Quando essas células da camada basal se multiplicam, elas não ocupam mais espaço e sim se deformam, ficando achatadas.
  • Camada espinhosa: células maiores que as basais. Possuem desmossomas (ligação de uma célula a outra). Seu contorno é irregular.
  • Camada queratinizada: transição súbita. O núcleo da célula desaparece. Começa a ocorrer a descamação. Turn-over é o tempo que a célula demora para nascer a camada basal ate se tornar queratina e descamar.

Epitélio sulcular: Epitélio estratificado. Não queratinizado. Um dos grandes fatores que estimulam a produção de queratina é o estimulo (alguma agressão). As cerdas da escova de dente em uma angulação correta (45º) durante a escovação, limpa p sulco e estimula a produção de queratina. Aumentando assim a proteção do sulco. Formação de epitélio sulcular: antes de erupcionar o dente está coberto por um epitélio chamado Epitélio Do Esmalte. Quando esse dente esta perto do Epitélio Oral, os epitélios se fundem. Como o epitélio é nutrido pelo tecido conjuntivo, ao ligar os dois epitélios, a região do ápice do dente fica sem nutriente, necrosando e “abrindo” o caminho para o dente se expor na cavidade oral. O epitélio oral tem origem do próprio epitélio oral, e o epitélio sulcular tem origem do epitélio de esmalte.

Epitélio juncional:

Pode-se usar diretamente a técnica aberta. Nesse caso é realizado um retalho até a crista óssea. O campo mais utilizado é o fechado.

Objetivo da instrumentação: A completa eliminação de microorganismos patogênicos da superfície radicular é bastante ambiciosa. Dentes com mobilidade grau 3 são delicados à raspagem. Sua raspagem depende da oclusão, pois com oclusão inadequada será perdido com pouco tempo.

Objetivo geral do instrumento: Descontaminar a superfície dentaria. Desorganizar a placa bacteriana. Alisamento radicular (previne a recolonização bacteriana e facilita a higiene).

Curetas: Instrumentos mais importantes na periodontia. Junto com a sonda periodontal. Curetas Gracey possuem um lado cortante e outro rombo. São divididas em 4 curetas: 5/6 (para faces livres de dentes anteriores); 7/8 (faces livres de dentes posteriores); 11/12 (face mesial e ângulo de dentes posteriores); 13/14 (face distal e ângulos de dentes posteriores). Cureta Universal ou McCall possue dos dois lados cortantes, e uma única cureta pode ser usada para todos os dentes. A Foice possui um formato triangular e pontiagudo, é usada em regiões interproximais de dentes anteriores.

A cureta universal apresenta uma ponta ativa onde a face esta em 90º em relação à haste. A cureta Gracey apresenta uma ponta ativa onde a face está em 70º em relação à haste.

Afiação dos instrumentos: Pedra em um ângulo de 110º em relação à face da cureta. A pedra tem que passar de uma maneira que pegue no ângulo cortante da cureta.

Angulação da cureta: Dependendo da angulação da cureta, deve ser de tal forma que a lâmina fique em contato com o tártaro. Angulação entre 45º a 90º com a superfície do dente.

Para introduzir a cureta na bolsa, ela entra em 0º. Para raspar a angulação pode mudar entre 45º e 90º. A cureta Gracey possui angulação na face de 70º. Se, na hora da raspagem, a haste estiver paralela ao longo eixo do dente, logicamente a parte ativa da cureta já esta angulada a 70º. Antes de introduzir a cureta, deve-se medir a profundidade da bolsa. Adaptação subgengival ao redor da raiz é melhor a utilização de uma cureta do que com uma furca.

Tipos de apoios digitais:

  • Intra-orais;
  • Convencionais (próximo a área de trabalho);
  • Dedo-a-dedo;
  • Extra oral;
  • Arcada oposta.
  • Arco cruzado (apoio no lado oposto do ardo);
  • Arco oposto (trabalho no inferior, e apóia no superior, ou vice-versa);

Direção de movimentos: Vertical, oblíqua, horizontal.

Raspagem: São movimentos mais fortes de tração (no sentido apicocoronal). Alisamento : Movimentos leves e rapidos de tração e vai-e-vem.

Fatores que interferem na completa remoção de calculo:

  • Extensão da doença;
  • Fatores anatômicos (dentes posteriores e furcas);
  • Habilidade do operador;
  • Qualidade do instrumento;
  • Técnica aberta ou fechada de raspagem. Acima de 90º dos casos com bolsa profunda com mais de 5mm, permanecem placa e calculo aderidos.

Curetas padrão x mine-five x after-five: As curetas mini-five tem as mesmas angulações que as padrões. Porém são menores e facilitam a chegada ao fundo de bolsas estreitas. A after-five possui a haste mais longa.

Etiopatologia da doença periodontal.

São os fatores que podem causar a doença periodontal.

Classificação dos fatores etiológicos das doenças periodontais. O fator determinante para haver a periodontia é bactéria. Em casos com ponto de contato prematuro, radiograficamente observa-se um espassamento no periodonto e cortical óssea, pois o organismo retira a matriz inorgânica do local afetado pelo trauma. Uma semana depois, mantendo a higiene adequada, ao tirar o ponto de contato prematuro toda a parte inorgânica do osso que foi retirada do local retorna. E dias depois, percebe-se radiograficamente que o dente esta como antes.

que segue da coroa do dente até a crista óssea, para que haja certeza da limpeza do cemento e sua preparação para a aderência da gengiva nele. Perolas de esmalte também promovem a formação de bolsas periodontais, pois a gengiva não se adere à esmalte. O tratamento deve ser o desgaste da perola de esmalte com uma broca.

  • Posicionamento dentário no arco: Apinhamentos e giroversões são fatores predisponentes à doença periodontal. A ortodontia pode ser feita após o tratamento de periodontia, não durante. Não se ativa o aparelho com doença periodontal instalada. Dentes vestibularizados são propícios a doença periodontal pela facilidade de sua exposição radicular.
  • Respirador bucal: A pessoa que tem o costume de respirar pela boca possui uma ventilação maior nos dentes anteriores. Esse ar resseca a placa bacteriana. A placa seca é mais difícil de ser removida do que a placa bacteriana úmida.
  • Freios e bridas: Acreditava-se que quando houvesse uma brida ou frênulo perto de um dente com retração gengival, eles deveriam ser seccionados. Depois acreditou-se que as bridas e frênulos só deveriam ser removidos se ao puxar o lábio ocorresse a isquemia perto do dente com retenção gengival. Hoje sabe-se que só deve realizar a secção das bridas ou frênulos se ao puxar o lábio houver a retração gengival.

Recessão gengival: migração da gengiva marginal em direção ao ápice do dente. Retração gengival: afastamento da gengiva marginal da parede do dente.

  • Fumo: Modifica o sistema de defesa imunológico, por modificar a circulação sanguínea. O calor do fumo causa vasoconstrição. Diminuindo a chegada de sangue nas extremidades e diminuindo as células de defesa. Altera o processo de quimiotaxia. O fumo pode causar perda óssea alveolar, mobilidade dentaria, aumento da profundidade de sondagem, perda do dente, GNA (gengivite necrosante aguda), periodontite refratária (periodontite sempre recidivante) e alteração do processo de cura não-cirurgica e cirúrgica.
  • Diabetes: O grande problema para o diabético é a circulação. O diabético tem dificuldade em produção de colágeno, por conseqüência, a cicatrização é debilitada. Há também a dificuldade de diapedese, pois a diabetes causa um espaçamento das células dos vasos sanguíneos.

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Classificação das doenças periodontais.

1 – Periodontite do adulto; 2 – Periodontite de aparecimento precoce: Periodontite juvenil;

Periodontite pré-púbere; Periodontite de progressão rápida; 3 – Periodontite relacionada a doenças sistêmicas; 4 – Periodontite necrosante aguda; 5 – Periodontite refratária.

1 – Periodontite do adulto:

  • Inicia-se por volta dos 30 anos e continua pela vida;
  • Não é clinicamente significante (até o terço médio);
  • Prevalência e severidade com a idade;
  • Progressão lenta;
  • Não parece ter predileção por sexo;
  • A presença e severidade são diretamente relacionadas a presença da placa;
  • Espiroquetas e bastonetes G- (bactérias predominantes);
  • 80% das doenças periodontais;

2 – Periodontite de aparecimento precoce:

Periodontite juvenil:

  • Pacientes de 11-12 e fica ativa até os 18 anos;
  • Doença de característica auto-imune (aparece e some sozinho);
  • Perda rápida de inserção;
  • Conhecida como circúmpubere;
  • Generalizada ou localizada;
  • Ocorre mais no sexo feminino;
  • Parece ser um fator genético dominante;
  • Acomete grande parte da população 3,4%;
  • Gengiva com aspecto normal;
  • Mobilidade e migração e extrusão;
  • A.a. e capnocytophaga (bactérias predominantes);
  • Maior destruição nos primeiros 4 e 5 anos;
  • Tratamento: Raspagem em bolsas acima de 4mm. Realizadas com campo aberto. Usar antiinflamatório (tetraciclina), por 14 dias, de 8/8horas, 500mg. Após 2 meses refazer a dose de 14 dias. Ps.: inicia-se preferencialmente em primeiro e segundo molar e incisivos.

Periodontite pré-pubere;

  • Compromete a dentição mista;
  • Pacientes portadores de neotropinemia cíclica (doença sistêmica relacionada aos netrofilos);
  • Forma localizada ou generalizada;
  • Doença rara;
  • Destruição rápida;
  • Inicia-se com a erupção dos tecidos;
  • Perda de inserção dos tecidos;
  • Tratamento: extração.

Periodontite de progressão rápida:

  • Prevalência entre 20 a 35 anos;
  • Generalizada com precoce irregular;
  • Períodos variáveis de dormência;
  • Quantidade de placa incompatível;

Gengivite ulcerativa necrosante:

  • Adultos jovens de 17 a 30 anos;
  • Maior incidência no sexo masculino;
  • Estresse;
  • Fumo;
  • Gengivite pré existente;
  • Odor desagradável;
  • Perda por necrose da ponta da papila;

Gengivoestomatite herpética primaria:

  • Mais comum na faixa etária de 2 a 6 anos.

Abscesso gengival: Pus localizado na gengiva resultante de uma inflamação. Impactação de alimentos. Tratamento: remoção do agente etiológico e drenagem do pus.

Abscesso periodontal: Pus localizado no periodonto, com doenças periodontal inflamatória. Etiologia:

  • Obliteração da entrada da bolsa periodontal;
  • Bolsas sinuosas;
  • Irrigação sob pressão, fraturas, trepanações e trincas;
  • Introdução de calculo e diabetes;

Abscesso pericoronário: Inflamação do capuz pericoronário de dentes semi-erupcionados. Tratamento: se precisar anestesiar, e se conseguir drenar pelo suco, bochecho com água morna e sal.

Periodontia II - N

Doenças Agudas do Periodonto.

Doenças periodontais são assintomaticas, com dor leve e tolerante. De maneira geral, a periodontite e a gengivite são doenças crônicas. Porem, pode haver doenças agudas relacionadas ao periodonto.

Doenças agudas do periodonto:

  • Gengivite ulcerativa necrosante (GUN)
  • Periodontite ulcerativa necrosante (PUN)
  • Gengivoestomatite herpética aguda primaria (GEHP) primeira infecção do vírus da herpes
  • Abscesso periodontal
  • Pericoronarite (inflamação da mucosa ao redor de um dente semi-erupcionado).

Gengivite ulcerativa necrosante.

Também conhecida como “boca de trincheira” e “infecção de Vincent”. É uma doença muito relacionada à má alimentação, e principalmente ao estress e sistema imunológico debilitado. O termo “boca de trincheira” é associada à segunda guerra

mundial, onde os soldados possuíam má higiene, condições psicológicas ruins e sistema imunológico debilitado.

É uma condição inflamatória aguda destrutiva, em que ocorre a necrose da papila interdentaria e/ou gengiva marginal. Em forma de cratera. São lesões ulcerativas limitadas apenas à gengiva, sem perda de inserção periodontal ou suporte ósseo alveolar. É uma doença aguda que se inicia, e em poucos dias há muita dor. Clinicamente observa-se muita placa bacteriana e a retracao da papila atingida, ela começa a necrosar (deixando aparentar um espaço entre os dentes pela necrose papilar).

Características patognomonicas: Papila necrosada perfurada externamente (pseudomenbrana esbranquiçada). Paciente com dor. Sangramento local. Pode-se observar exsudato purulento.

O local torna-se infeccionado e inflamado. Pode atingir apenas uma papila, uma hemi arcada, ou a boca em geral.

Outras Características:

  • Sangramento intenso após mínima estimulação,
  • Dor persistente,
  • Resíduos branco-amarelo (pseudomenbrana),
  • Eritema linear (halo eritematoso)
  • Gosto metálico
  • Odor fétido
  • Halitose. Sintomas sistêmicos:
  • Linfadenopatia local (aumento local da caideia ganglionar),
  • Febre leve,
  • Mal-estar geral.

A reação em crianças costuma ser mais grave.

Para possuir o GUN tem que possuir bactéria, má higiene, sistema imune debilitado e estress!

Causada por bacilos fusiformes e espiroquetas. Quanto mais gram-negativo e quanto mais anaeróbia for a bactéria, mas destrutiva ela se torna ao tecido.

  • Porphyromonas
  • Prevotella intermédia
  • Treponema.

Lesão necrotica da gengiva marginal e/ou papilar (podendo também atingir apenas a gengiva papilar). Pode também evoluir para osso e ligamento, se tornando periodontite. Se progredir, pode continuar necrosando os tecidos circundantes (lábio, mucosa, mucosa jugal).

1- Necrose da ponta da papila interdentaria (93%) GUN 2- Necrose de toda a papila (19%) GUN ou PUN