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Resumo para N4 de Saúde Coletiva 3, Notas de estudo de Saúde Pública

Resumo para N4 de Saúde Coletiva 3

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 28/11/2022

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REVISÃO PARA N4
SAÚDE COLETIVA III
Douglas Moro
HANSENÍASE
1. Indique o agente etiológico:
R: Mycobacterium leprae.
2. Indique como os pacientes poderão
ser classificados e as formas de
apresentação da doença:
Diagnóstico: história de evolução da lesão,
epidemiologia e exame físico;
Sinais clínicos: nervos periféricos
espessados e/ou lesões de pele;
Sintomas: Alterações de sensibilidade
térmica, dolorosa e tátil; e Alterações
autonômicas (sudorese e reflexo à
histamina).
Classificação:
Paucibacilar (PB): até 5 lesões do tipo
Indeterminadas ou Tuberculóide,
distribuídas em uma mesma região
anatômica ou um tronco nervoso;
Multibacilar (MB): a partir de 6 lesões do
tipo Dimorfa ou Virchowiana, distribuídas
em várias regiões anatômicas e/ou mais de
um tronco nervoso.
Obs.: A baciloscopia positiva classifica o caso em MB,
mas se negativa não classifica obrigatoriamente em
PB, tampouco pode ser descartado o diagnóstico
clínico.
3. Considerando que um cliente
apresente 3 lesões hansênicas e
baciloscopia negativa, como o caso
poderá ser classificado?
R: Considerando apenas o número de lesões
e a bacioloscopia negativa, temos um caso de
Hanseníase Paucibacilar (PB).
Obs.: Porém, a “baciloscopia negativa” não exclui o
diagnóstico clínico da hanseníase; e A forma
Multibacilar (MB) também pode se manifestar com
poucas lesões (<5), desde que com aspectos
foveolares dimorfas ou manchas hipocrômicas
grandes, atingindo regiões anatômicas distintas e
comprometendo mais de um tronco nervoso.
4. Indique as principais características:
a) da forma indeterminada;
Forma Paucibacilar;
Baciloscopia Negativa;
Fase inicial da doença;
Crianças <10 anos ou adultos contactantes;
Lesão de pele geralmente:
o única, geralmente em face ou tronco;
o hipocrômica, não elevada, bordas mal
delimitadas, seca (não pega poeira);
o perda de sensibilidade térmica e
dolorosa (tátil preservada).
b) da forma tuberculóide;
Forma Paucibacilar;
Baciloscopia Negativa;
Fase com resposta e destruição dos bacilos
após 5 anos de incubação;
Afeta crianças <10 anos ou adultos
contactantes;
<6 lesões de pele geralmente em face ou
tronco, podendo apresentar-se como:
o nodulares anestésicas (perda de toda
sensibilidade);
o placa elevada tb anestésica; ou
o placas com bordas elevadas e centro
claro.
c) da forma dimorfa;
Forma Multibacilar;
Baciloscopia Positiva;
Fase ativa da doença após 10 anos ou mais
de incubação;
6 ou mais lesões com manchas de pele
avermelhadas ou esbranquiçadas com
bordas elevadas, mal delimitadas na
periferia; ou
múltiplas lesões bem delimitadas
semelhantes à lesão tuberculóide, porém a
borda externa é esmaecida (pouco
definida)
perda total ou parcial da sensibilidade; e
diminuição das funções autonômicas (suor
e resposta a histamina).
d) da forma virchowiana;
Forma Multibacilar;
Baciloscopia Positiva;
Fase avançada da doença (se não tratada);
Não apresenta manchas visíveis;
Pele apresenta-se avermelhada, seca,
infiltrada, cujos poros apresentam-se
dilatados (aspecto de “casca de laranja”); e
poupando geralmente couro cabeludo,
axilas e o meio da coluna lombar (áreas
quentes).
5. Considerando que um cliente tenha
sido diagnosticado com hanseníase
palcibacilar, indique o tratamento:
pf3
pf4
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REVISÃO PARA N

SAÚDE COLETIVA III

Douglas Moro HANSENÍASE

  1. Indique o agente etiológico: R: Mycobacterium leprae.
  2. Indique como os pacientes poderão ser classificados e as formas de apresentação da doença:

 Diagnóstico: história de evolução da lesão,

epidemiologia e exame físico;

 Sinais clínicos: nervos periféricos

espessados e/ou lesões de pele;

 Sintomas: Alterações de sensibilidade

térmica, dolorosa e tátil; e Alterações autonômicas (sudorese e reflexo à histamina). Classificação:

 Paucibacilar (PB): até 5 lesões do tipo

Indeterminadas ou Tuberculóide, distribuídas em uma mesma região anatômica ou um tronco nervoso;

 Multibacilar (MB): a partir de 6 lesões do

tipo Dimorfa ou Virchowiana, distribuídas em várias regiões anatômicas e/ou mais de um tronco nervoso. Obs.: A baciloscopia positiva classifica o caso em MB, mas se negativa não classifica obrigatoriamente em PB, tampouco pode ser descartado o diagnóstico clínico.

  1. Considerando que um cliente apresente 3 lesões hansênicas e baciloscopia negativa, como o caso poderá ser classificado? R: Considerando apenas o número de lesões e a bacioloscopia negativa, temos um caso de Hanseníase Paucibacilar (PB). Obs.: Porém, a “baciloscopia negativa” não exclui o diagnóstico clínico da hanseníase; e A forma Multibacilar (MB) também pode se manifestar com poucas lesões (<5), desde que com aspectos foveolares dimorfas ou manchas hipocrômicas grandes, atingindo regiões anatômicas distintas e comprometendo mais de um tronco nervoso.
  2. Indique as principais características: a) da forma indeterminada;

 Forma Paucibacilar;

 Baciloscopia Negativa;

 Fase inicial da doença;

 Crianças <10 anos ou adultos contactantes;

 Lesão de pele geralmente:

o única, geralmente em face ou tronco; o hipocrômica, não elevada, bordas mal delimitadas, seca (não pega poeira); o perda de sensibilidade térmica e dolorosa (tátil preservada). b) da forma tuberculóide;

 Forma Paucibacilar;

 Baciloscopia Negativa;

 Fase com resposta e destruição dos bacilos

após 5 anos de incubação;

 Afeta crianças <10 anos ou adultos

contactantes;

 <6 lesões de pele geralmente em face ou

tronco, podendo apresentar-se como: o nodulares anestésicas (perda de toda sensibilidade); o placa elevada tb anestésica; ou o placas com bordas elevadas e centro claro. c) da forma dimorfa;

 Forma Multibacilar;

 Baciloscopia Positiva;

 Fase ativa da doença após 10 anos ou mais

de incubação;

 6 ou mais lesões com manchas de pele

avermelhadas ou esbranquiçadas com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia; ou

 múltiplas lesões bem delimitadas

semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda externa é esmaecida (pouco definida)

 perda total ou parcial da sensibilidade; e

 diminuição das funções autonômicas (suor

e resposta a histamina). d) da forma virchowiana;

 Forma Multibacilar;

 Baciloscopia Positiva;

 Fase avançada da doença (se não tratada);

 Não apresenta manchas visíveis;

 Pele apresenta-se avermelhada, seca,

infiltrada, cujos poros apresentam-se dilatados (aspecto de “casca de laranja”); e

 poupando geralmente couro cabeludo,

axilas e o meio da coluna lombar (áreas quentes).

  1. Considerando que um cliente tenha sido diagnosticado com hanseníase palcibacilar, indique o tratamento:

R: Palcibacilar = PQT-U: rifampicina (600mg 1x mês – dose assistida) + dapsona (100mg 1x dia) + clofazimina (50mg 1x dia); por 6 meses. Obs.: Conforme Nota Técnica 16/2021, Item 3.1 b e c.

  1. O que mudaria, no tratamento, caso o diagnóstico fosse de hanseníase multibacilar? R: Multibacilar = PQT-U: rifampicina (600mg 1x mês – dose assistida) + dapsona (100mg 1x dia) + clofazimina (300mg 1x dia); por 12 meses. Obs.: Conforme Nota Técnica 16/2021, Item 3.1 b e e.
  2. Indique os principais eventos adversos que poderão ser observados na PQT-U:

 Dapsona: Reações alérgicas, de

intolerância, anêmicas e hemolíticas com lesão renal e hepática;

 Rifampicina: Neutraliza efeito de

anticoncepcionais e pode provocar urticárias e pigmentação avermelhada da urina.

 Clofazimina: aumento da pigmentação da

pele (aspecto bronzeado) com possível ressecamento pele.

  1. Diferencie as reações hansênicas do Tipo I do Tipo II:
  2. Paciente em poliquimioterapia (PQT) para hanseníase multibacilar, apresenta na 5a dose supervisionada, piora das lesões pré-existentes e surgimento de lesões novas. Neste caso estaríamos diante de qual situação? R: Trata-se de uma Reação Reversa (RR) do Tipo 1, em razão do agravamento e aparecimento de novas lesões (satélites). Já as reações hansênicas de Tipo 2 ou Eritema Nodoso Hansênico (ENH) são caracterizadas pelo aparecimento de pápulas, nódulos e placas dolorosas distribuídas simetricamente porém desassociadas das lesões prévias.
  3. Indique os efeitos colaterais da PQT-U que podem demandar a interrupção do esquema. R: Reações alérgicas, de intolerância, anêmicas e hemolíticas com lesão renal e hepática, podendo levar a interrupção do esquema e principalmente relacionadas ao uso da Dapsona. TUBERCULOSE
  4. Indique o agente etiológico da tuberculose: R: A TB é causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium tuberculosis.
  5. Indique a forma de transmissão: R: A transmissão se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa pulmonar ou laríngea.
  6. Indique sua conduta para a investigação do caso supracitado: O caso apresentado é de “populações com maior vulnerabilidade” (HIV+), por isso deve seguir o seguinte fluxo de investigação: Obs.: Para caso suspeito em população de risco, realizar TRM + Cultura + Teste de Sensibilidade simultaneamente. Se TRM+ sem resistência a Rifampicina, inicia tratamento imediato e reavalia após resultado da Cultura e TS. Se TRM+ com resistência a Rifampicina, encaminha para ref. Terciária de imediato e cobra os resultados de cultura e TS. Se TRM- sem sintomas, reavalia após resultados de Cultura e TS e descarta dx de TB. Se TRM- com sintomas, continua investigação e aguarda resultado de Cultura e TS, para só depois descartar dx de TB.
  1. entregar os medicamentos de uso oral com um copo de água e observar a tomada. No caso dos injetáveis, aplicá-los de acordo com a prescrição médica;
  2. anotar na ficha de acompanhamento da tomada diária da medicação do TDO;
  3. perguntar se existem dúvidas e encorajar o paciente a continuar o tratamento;
  4. marcar o próximo encontro;
  5. providenciar os agendamentos necessários e certificar-se da realização dos exames de controle.
  6. Considerando que o paciente do caso citado tenha apresentado baciloscopia positiva ao final da fase intensiva qual deverá ser a conduta? R: Considerar estender a fase intensiva, na demora da negativação da baciloscopia, devendo o paciente ser mantido na fase intensiva até apresentar duas baciloscopia negativa.
  7. Como deve ser realizado o acompanhamento dos casos após o início do tratamento. R: O acompanhamento clínico, psicológico, nutricional, social e a vigilância dos efeitos adversos devem ser periódicos, consistindo nas seguintes atividades:  acompanhamento clínico para todos os casos;  controle bacteriológico para os casos pulmonares; e  controle radiológico, principalmente quando o exame de imagem tiver sido utilizado como parâmetro auxiliar para o diagnóstico. HIPERTENSÃO
  8. Considerando os valores abaixo, indique as respectivas classificações: a) 110x 89 mmHg: R: Pré-hipertenso b) 110x 79 mmHg R: PA ótima c) 187 x109 mmHg R: HA Estágio 3 d) 167x 112 mmHg R: HA Estágio 3 e) 157 x 99 mmHg R: HA Estágio 1 f) 139x 100 mmHg R: HA Estágio 2 g) 169x89 mmHg R: HA Estágio 2
  9. Considere o caso abaixo e responda o que se pede: Caso Clínico: M.S.O, 68 anos, sexo feminino, tabagista há 42 anos (30 cigarros/dia), obesa, HAS (em tratamento com Losartana 50mg, 1 cp, 24/24 horas), DM tipo II (Metformina, história familiar de HAS (pai e irmão), comparece à unidade de saúde para consulta de rotina. Queixa-se de cefaleia, dor e parestesia em membros inferiores. Apresenta baixa adesão às MEV propostas e terapia medicamentosa. Achados relevantes ao caso: IMC 36 kg/cm^2 ; relação cintura quadril 0,98; Lipodistrofia; PA 169x100 mmHg; Exame clínico dos MMII: Sensibilidade tátil e reduzida em região plantar e terceiro pododáctilo de pé direito; ausência de pelos e pulsos tibiais posteriores não palpáveis em ambos os pés. a) Em relação aos fatores de risco, indique os fatores baixos/intermediários presentes no caso: R: No caso, são identificados os seguintes fatores de risco da classificação BAIXOS/INTERMEDIÁRIOS: Tabagismo, Hipertensão, Obesidade, Sedentarismo, e Idade >65 anos. b) Indique o(s) fatore(s) de alto risco presente(s) no caso: R: No caso, são identificados os seguintes fatores de ALTO RISCO: Diabetes Mellitus, Lesão periférica – Lesão de órgão-alvo (LOA). c) Indique a carga tabágica da paciente (novidade): R: A carga tabágica é obtida multiplicando o número de maços/dia pelo número de anos em que a paciente fuma, neste caso temos: 1,5 maços/dia (30 cigarros/dia) x 42 anos = 63 maços/ano

d) Tomando por base as diretrizes terapêuticas, indique quais exames você solicitaria para usuária: R: Laboratoriais: lipidograma, glicemia, creatinina, potássio, e EAS. Exame de imagem: Fundoscopia; e Eletrocardiograma. e) Com base nas diretrizes terapêuticas, indique o manejo terapêutico adequado para a HAS da cliente: R: Considerando que a paciente classifica-se como ESTÁGIO 2 com RISCO ALTO, em tratamento com Losartana 50mg (monoterapia com BRA), deverá evoluir para terapia com 2 FÁRMACOS ASSOCIADOS, ou seja, além da Losartana 50mg também um diurético tiazídico, neste caso a HIDROCLOROTIAZIDA 25MG. Obs.: A evolução da paciente deve ser observada em consulta a cada 2 semanas, sendo que nesse intervalo deverá ser aferida e registrada (em serviço de saúde) a pressão arterial pelo menos 3 vezes. f) Com base nas diretrizes terapêuticas, indique o manejo terapêutico adequado para a DM da cliente? NÃO VAI CAIR NA PROVA... MAS... R: No caso apresentado, como a pct já faz uso de metformina (biguanida), então seria importante associar com uma sulfoniluireia (glibenclamida), porém ainda não seria o momento de uma insulinização. Associando ainda mudanças no estilo de vida e dietoterapia. g) Quais orientações você daria ao paciente?  Dietoterapia;  Mudanças de estilo de vida com introdução de rotina de atividades físicas;  Cuidados com os pés (unhas, calçados, etc), em razão das lesões vásculo-nervosas já instaladas em membros inferiores;  Controle do uso das medicações. h) Considere que a cliente do caso supracitado lhe apresentou os seguintes exames: Glicemia de jejum: 257 mg/dL e HbA1c: 11% I) O controle está adequado? NÃO VAI CAIR NA PROVA... MAS... R: Níveis de glicemia em jejum acima de 200 mg/dl são fortemente associado a Diabetes Mellitus em conjunto com sintomas como: perda de peso, sede excessiva e fome. A partir de 126 mg/dL já temos o diagnóstico de diabetes. Na glicose sem jejum, valores acima de 140 mg/dL remetem ao diagnóstico de Intolerância à Glicose e acima de 200mg/dL, também temos o diagnóstico de diabetes. II) Quais seriam os valores desejáveis e aceitáveis para o caso descrito? NÃO VAI CAIR NA PROVA... MAS... R: As Diretrizes Brasileiras para o Tratamento da Diabetes preconiza as Metas individualizadas em diversas situações no Diabetes conforme quadro abaixo:

  1. Considerando as classes farmacológicas para manejo da HAS, indique quais das associações abaixo são combinações preferenciais: