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Resumo do livro do Machado de Neuroanatomia
Tipologia: Resumos
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Compartilhado em 11/12/2019
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SUMÁRIO DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO................................ TECIDO NERVOSO........................................................... MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS ............ TRONCO ENCEFÁLICO E DO CEREBELO.................... TELENCÉFALO............................................................... VASCULARIZAÇÃO E MENINGES ................................ NERVOS E TERMNIAÇÕES NERVOSAS....................... NERVOS CRANIANOS.................................................... SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO................................. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL .............................
Critérios Embriológicos Critérios Funcionais Pode-se dividir em sistema nervoso da vida de relação, ou somático , e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que se passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando, pois, em movimentos voluntários. Sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e controle das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras (visceroceptores) a áreas especificas do sistema nervoso central. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras, terminando em glândulas, musculo lisos ou musculo cardíaco. Critério com base na segmentação ou metameria Pode se dividir em sistema nervoso segmentar e suprassegmentar. Pertence, pois, ao sistema nervoso segmentar todo o sistema nervoso periférico, mais aquelas partes do sistema nervoso central que estão em relação direta com os nervos típicos, ou seja, a medula e o tronco encefálico. O cérebro e cerebelo pertencem ao sistema nervoso suprassegmentar.
Nos órgãos do sistema suprassegmentar existe o córtex (fina camada de substancia cinza fora da branca) e já no segmentar não há córtex, e a substância cinzenta pode se localizar dentro da branca. As comunicações entre o sistema nervoso suprassegmentar e os órgãos periféricos, receptores e efetuadores, se fazem através do sistema nervoso segmentar. Organização geral do sistema nervoso
O corpo celular é o centro metabólico do neurônio. Responsável pela síntese de proteínas neuronais, bem como processos de degradação e renovação dos componentes celulares. Dendritos Geralmente são curtos e apresentam as mesmas organelas do pericário. O aparelho de golgi limita-se as porções mais calibrosas. O corpúsculo de Nissl penetra nos ramos mais afastados. São especializados em receber estímulos, traduzindo-os em alterações de potencial de repouso da membrana que se propagam em direção ao corpo do neurônio e deste em direção ao cone de implantação do axônio. Axônios Prolongamento longo e fino que se origina do corpo ou de um dendrito principal, em região denominada cone de implantação, praticamente desprovida de substância cromidial. Apresenta tamanho variado, de alguns milímetros ou mais de um metro. O citoplasma dos axônios contem microtúbulos, neurofilamento, microfilamentos, reticulo endoplasmático agranular, mitocôndrias e vesículas. Atividade elétrica dos neurônios A membrana celular separa dois ambientes que apresentam composições iônicas próprias: o meio intracelular (citoplasma), onde predomina íons orgânicos com cargas negativas e potássio ( + ) ; e o meio extracelular , em que predomina sódio ( + ) e cloro ( − ). Isso estabelece um potencial de membrana , que normalmente é de - 60 mV a – 70 mV, com excesso de cargas negativas dentro da célula. Os íons atravessa a membrana através de canais iônicos , que são formados por uma proteína e caracterizam-se pela seletividade e, alguns deles, pela capacidade de fechar-se e abrir-se. Temos canais sensíveis: a voltagem, a
neurotransmissores, a fosforilação de sua porção citoplasmática ou estímulos mecânicos, como distensão e pressão. Os dendritos são especializado em receber estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de repouso. Tais alterações envolvem entrada ou saída de determinados íons e podem expressar-se por pequena despolarização ou hiperpolarização. A despolarização é excitatória e significa redução da carga negativa do lado citoplasmático da membrana. A hiperpolarização é inibitória e significa aumento da carga negativa do lado de dentro da célula, ou então, aumento da positiva fora da célula. Hiperpolarização – O potencial de membrana se torna mais negativo, ou seja, há uma maior diferença entre as cargas do lado de fora e dentro. A abertura dos canais de Na+ sensíveis à voltagem no segmento inicial do axônio (zona de disparo) gera potencial de membrana denominado potencial de ação ou impulso nervoso, ou seja, despolarização da membrana de grande amplitude (70 mV a 110 mV), do tipo tudo ou nada, capaz de repetir-se ao longo do axônio, conservando sua amplitude até atingir a terminação axônica. O axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. Constitui o primeiro lugar onde o potencial e ação é gerado e a zona de disparo na qual se concentram canais de sódio e potássio sensíveis à voltagem, isto é, canais iônicos que ficam fechados no potencial de repouso da membrana e se abrem quando pequenas despolarizações os atingem. A despolarização deve-se a entrada de Na+; segue-se a repolarização por saída de potássio, através dos canais de potássio sensíveis a voltagem que se abrem mais lentamente. A volta às condições de repouso (concentrações iônicas dentro e fora do neurônio), ocorre por ação da bomba de sódio e potássio.
Há dois tipos de fluxo: fluxo axoplasmático anterógrado , em direção à terminação axônica e utiliza a proteína cinesina para se deslocar pelos microtúbulos, e fluxo axoplasmático retrógrado , em direção ao pericário e utiliza-se a dineína. Sinapses Os neurônios, sobretudo através de suas terminações axônicas, entram em contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são denominados sinapses ou, mais precisamente, sinapses interneuronais. No SNP, pode-se relacionar com células efetuadoras (esqueléticas, cardíacas, lisas, glândulas). Quanto à morfologia e ao modo de funcionamento, reconhecem-se dois tipos de sinapses: sinapses elétricas e químicas. Sinapses elétricas As membranas plasmáticas dos neurônios envolvidos entram em contato em pequenas regiões onde o espaço entre elas é de 2 a 3 micrômetros. Há acoplamento iônico, isto é, ocorre comunicação entre os dois neurônios, através de canais iônicos concentrados em cada uma das membranas em contato. Esses canais projetam-se no espaço intercelular, justapondo-se de modo a estabelecer comunicações intercelulares que permite a passagem
direta de pequenas moléculas como íons, do citoplasma de uma célula para o da outra. As sinapses elétricas não são polarizadas, ou seja, a comunicação entre os neurônios ocorre nos dois sentidos. Encontrados nos centros respiratórios do bulbo. Sinapses químicas A comunicação entre os elementos em contato depende da liberação de substâncias químicas, denominadas neurotransmissores. Neurotransmissores e vesículas sinápticas Entre os neurotransmissores conhecidos estão à acetilcolina , glicina e glutamato (aminoácidos), o GABA (ácido gama-amino-butírico) e as aminas ( dopamina , noradrenalina , adrenalina , serotonina e histamina ). Muitos peptídeos também funcionam como neurotransmissores ( substância P em neurônios sensitivos e os opioides ). As sinapses químicas são polarizadas, ou seja, apenas um dos dois elementos em contato, o chamado elemento pré-sináptico , possui o neurotransmissor. O neurotransmissor é armazenado em vesículas sinápticas, vesículas especiais. Existem vesículas agranulares (conteúdo eletro-lúcido, aparece como vazias); vesículas granulares pequenas (conteúdo eletro-denso), vesículas granulares grandes (conteúdo eletro-denso delimitado por halo eletro-lúcido) e vesículas opacas grandes (conteúdo eletro-denso homogêneo preenchendo toda vesícula). O tipo de vesícula depende do neurotransmissor. Acetilcolina ou aminoácido: vesículas agranulares; Monoaminas: vesículas granulares pequenas; Monoaminas e/ou peptídeos: vesículas granulares grandes;
A densidade pré-sináptica é uma grade (projeções densas e filamentos) em cujas malhas as vesículas sinápticas se encaixam. A densidade pré- sináptica corresponde à zona ativa da sinapse, isto é, local no qual se dá, de maneira eficiente, a liberação do neurotransmissor clássico na fenda sináptica. O elemento pós-sináptico é formado pela membrana pós-sináptica e a densidade pós-sináptica. Nessa membrana se inserem os receptores específicos (proteínas integrais) para cada neurotransmissor. A transmissão sináptica decorre da união do neurotransmissor com seu receptor na membrana pós-sináptica. Sinapses químicas neuroefetuadoras
São chamadas de junções neuroefetuadoras, envolvem os axônios dos nervos periféricos e uma célula efetuadora não neuronal. Se a conexão se faz com células musculares estriadas esqueléticas, tem-se uma junção neuroefetuadoras somática; se com células musculares lisas ou cardíacas ou com células glandulares, tem-se uma junção neuroefetuadoras visceral. Mecanismo da transmissão sináptica Quando o impulso nervoso atinge a membrana pré-sináptica, origina pequena alteração do potencial de membrana capaz de abrir canais de cálcio sensíveis à voltagem, o que determina a entrada desse íon. O aumento de íons cálcio na membrana pré-sináptica provoca uma série de fenômenos. Alguns deles culminam com a fusão de vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica, e subsequente processo denominado exocitose. Por meio da exocitose ocorre a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica e sua difusão, até atingir seus receptores na membrana pós- sináptica. Um receptor sináptico pode ser, ele próprio, um canal iônico , que se abre quando o neurotransmissor se liga a ele (canal sensível a neurotransmissor). Um canal iônico deixa passar predominantemente, ou exclusivamente, um dado íon. Se esse íon normalmente ocorrer em maior concentração fora do neurônio, como Na+ e Cl-, há entrada. Se sua concentração for maior dentro do neurônio, como no caso do K+, há saída. Pequena despolarização , no caso de entrada de Na+, ou hiperpolarização , no caso de entrada de Cl- ou saída de K+. Esses receptores, que se abrem para passagem de íons quando um neurotransmissor se liga a eles, são chamados ionotrópicos. Mas existem também receptores metabotrópicos, que se combinam com o neurotransmissor, dando origem a uma serie de reações químicas que
Astrócitos Semelhantes à estrela. São abundantes e caracterizados por inúmeros prolongamentos, restando pequena massa citoplasmática ao redor do núcleo. Reconhecem dois tipos: astrócitos protoplasmáticos (prolongamentos espessos e curtos e se ramificam profusamente) encontrados na substância cinzenta e astrócitos fibrosos (prolongamento finos e longos e ramificam pouco) localizados na substancia branca. Apresentam organelas usuais e são ricos em filamentos intermediários. Apoiam-se nos capilares por estruturas conhecidas como pés vasculares. Participam do controle dos níveis de potássio extraneuronal, contribui para recaptação de neurotransmissores (em especial o glutamato), é o principal sitio de armazenagem de glicogênio no sistema nervoso central. Oligodendrócitos São menores que os astrócitos e possuem poucos prolongamentos Conforme sua localização são dois tipos: oligodendrócitos satélite, ou perineuronal, situado junto ao pericário e dendritos; e oligodendrócitos fasciculares, encontrados junto às fibras nervosas. Os oligodendrócitos fasciculares são responsáveis pela formação da bainha de mielina em axônios do SNC. Microgliócitos São células pequenas e alongadas, com núcleo denso também alongado, e de contorno irregular; possuem poucos prolongamentos, que partem de suas extremidades. Apresentam função fagocítica. Aumentam em caso de injuria e inflamação do tecido nervoso. Microgliócitos ativados podem migrar para locais de lesão e proliferar. Células ependimárias
Constituem células cuboidais ou prismáticas que forram, como epitélio de revestimento simples, as paredes dos ventrículos cerebrais, do aqueduto cerebral e do canal central da medula. Neuróglia do sistema nervoso periférico A neuróglia periférica compreende as células satélites ou anfícitos e as células de Schwann. As células satélite envolvem pericários dos neurônios, dos gânglios sensitivos e do sistema nervoso autônomo; as células de Schwann circundam axônios, formando seus envoltórios, quais sejam a bainha de mielina e neurilema. As células satélites geralmente são lamelares ou achatadas, dispostas em torno dos neurônios. As células de schwann tem núcleos ovoides ou alongados, com nucléolos evidentes.
Ao contrário do que ocorre com a célula de Schwann, um mesmo oligodendrócito pode prover internódulos para 20 a 30 axônios. Fibras amielínicas Cada célula de Schwann, nessas fibras, pode envolver, em invaginações de sua membrana, até 15 axônios. As fibras amielínicas conduzem o impulso nervoso mais lentamente, já que os conjuntos de canais de sódio e potássio sensíveis à voltagem não têm como se distanciar, ou seja. A ausência de mielina impede a condução saltatória.
As fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos espinhais e cranianos. Nervos apresentam um envoltório de tecido conjuntivo rico em vasos, denominado epineuro. Em seu interior, colocam-se as fibras nervosas organizadas em fascículos. O epineuro, com seus vasos, penetra entre os fascículos. No entanto, cada fascículo é delimitado pelo perineuro , o qual compreende tecido conjuntivo denso ordenado e células epiteliais lamelares ou achatadas, que formam inúmeras camadas entre esse tecido conjuntivo e as fibras nervosas. Entre as camadas de células epiteliais perineurais há também fibras colágenas. Dentro de cada fascículo, delicadas fibrilas colágenas formam o endoneurro , que envolve cada fibra nervosa.