Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo Farmacologia - AMINOGLICOSÍDEOS-MACROLIDIOS-LINCOSAMIDAS-TETRACICLINAS-CLORANFENICO, Notas de estudo de Farmacologia

AMINOGLICOSÍDEOS-MACROLIDIOS-LINCOSAMIDAS-TETRACICLINAS-CLORANFENICOL-SULFAS-E-QUINOLONAS.docx

O que você vai aprender

  • Quais são as principais interações farmacológicas de Sulfonamidas?
  • Quais são os principais efeitos colaterais de Lincomisidas?
  • Quais são as principais vias de administração de Estreptomicina e Diidroestreptomicina?
  • Quais infecções são tratadas com Macrolídios?

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 08/08/2021

leticiasouzaprates
leticiasouzaprates 🇧🇷

4 documentos

1 / 8

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
AMINOGLICOSÍDEOS
De espectro estreito (G- aeróbias): Estreptomicina e Diidroestreptomicina;
De largo espectro: Neomicina, Canamicina, Gentamicina e Amicacina
São adm. Vias parenterais (IM, SC, IV) para infecções sistêmicas. Se distribuem por vários
tecidos: ↑ rins e ouvido interno. Se ligam pouco a proteínas plasmáticas (-30%). Os picos
de níveis sangüíneos ocorre 30-90 min após IM. São eliminados inalterados na urina. Esta
eliminação depende: funções cardiovasculares, funções renais, idade;
Efeitos colaterais:
Nefrointoxicação: 3-5 dias com sinais + evidentes em 7-10 dias;
Todos os membros do grupo são potencialmente tóxicos (varia: dose e intervalo);
Fatores predisponentes:
- Jovens e idosos;
- Comprometimento da função renal;
- Desidratação;
- Hipovolemia (↓volume);
- Endotoxemia grave;
- Exposição a outras nefrotoxinas;
- Acidúria (↓pH);
Fraqueza muscular;
Parada respiratória;
Após adm IV rápida: SNC: convulsões;
Agravamento da depressão cardiovascular quando se adm com Halotano;
Deve-se reduzir as dosagens ou aumentar o intervalo: Neonatos (cães, potros) e
insuficiência renal;
Terapêutica:
Controlar infecções locais e sistêmicas;
Septicemia;
Traqueobronquite;
Pneumonia;
Osteoartrite;
ITU
ITGI
Infecções de pele e ferimentos;
Endometrite (infusão);
Mastite
MACROLÍDIOS
Os principais representantes são: Eritromicina, Tilosina, Tiamulin, Espiramicina e
Azitromicina
Provém do Streptomyces. Espectro de ação: G+ e bactérias anaeróbias. É
bacteriostático; Biotransformação variável:
Eritromicina (80% sofre inativação);
Tilosina é eliminada na forma ativa;
Ciclo êntero-hepático;
pf3
pf4
pf5
pf8

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo Farmacologia - AMINOGLICOSÍDEOS-MACROLIDIOS-LINCOSAMIDAS-TETRACICLINAS-CLORANFENICO e outras Notas de estudo em PDF para Farmacologia, somente na Docsity!

AMINOGLICOSÍDEOS

  • De espectro estreito (G- aeróbias): Estreptomicina e Diidroestreptomicina ; - De largo espectro: Neomicina, Canamicina, Gentamicina e Amicacina São adm. Vias parenterais (IM, SC, IV) para infecções sistêmicas. Se distribuem por vários tecidos: ↑ rins e ouvido interno. Se ligam pouco a proteínas plasmáticas (-30%). Os picos de níveis sangüíneos ocorre 30-90 min após IM. São eliminados inalterados na urina. Esta eliminação depende: funções cardiovasculares, funções renais, idade; Efeitos colaterais:  Nefrointoxicação: 3-5 dias com sinais + evidentes em 7-10 dias;  Todos os membros do grupo são potencialmente tóxicos (varia: dose e intervalo);  Fatores predisponentes:
    • Jovens e idosos;
    • Comprometimento da função renal;
    • Desidratação;
    • Hipovolemia (↓volume);
    • Endotoxemia grave;
    • Exposição a outras nefrotoxinas;
    • Acidúria (↓pH);
  • Fraqueza muscular;
  • Parada respiratória;
  • Após adm IV rápida: SNC: convulsões;
  • Agravamento da depressão cardiovascular quando se adm com Halotano;
  • Deve-se reduzir as dosagens ou aumentar o intervalo: Neonatos (cães, potros) e insuficiência renal;
  • Terapêutica :  Controlar infecções locais e sistêmicas;  Septicemia;  Traqueobronquite;  Pneumonia;  Osteoartrite;

 ITU

 ITGI

 Infecções de pele e ferimentos;  Endometrite (infusão);  Mastite MACROLÍDIOS

  • Os principais representantes são: Eritromicina , Tilosina, Tiamulin, Espiramicina e Azitromicina Provém do Streptomyces. Espectro de ação: G+ e bactérias anaeróbias. É bacteriostático; Biotransformação variável: Eritromicina (80% sofre inativação); Tilosina é eliminada na forma ativa; Ciclo êntero-hepático;
  • Terapêutica :
    • Alternativa as penicilinas no tratamento de infecções estreptocócicas e estafilocócicas ;
      • Broncopneumonias
        • Enterites
        • Metrites
        • Piodermatites
        • ITU - Efeitos Colaterais:
    • Não são freqüentes;
    • Reações de hipersensibilidade;
    • Eritromicina: hepatotóxica;
    • Vômitos e diarréia(fatal em eqüinos); LINCOSAMIDAS - Representantes do grupo: Lincomicina e Clindamicina; - Espectro de ação: Cocos G+ e anaeróbios. Resistência bacteriana mediada por plasmídeos, cruzada e com alterações no ribossomo. Boa absorção e distribuição pelos tecidos; 90% da Clindamicina se liga a proteínas plasmáticas. Biotransformação em metabólitos ativos. Excreção: urina/bile/leite; - Toxicidade :
    • Diarréia Grave
      • Causada pelo Clostridium difficile ;
      • Proliferação de estirpes resistentes;
      • Contra indicado para Eqüinos; Terapêutica: - Em aves a Lincomicina têm sido usada para tratar enterite necrótica; - Lincomicina: artrite bacteriana em suínos; - Cães e gatos: Clindamicina; ttt de tartarectomia TETRACICLINAS - Naturais: Oxitetraciclina, Clortetraciclina e Dimetilclortetraciclina - Semi-sintéticas: Tetraciclina, Metaciclina e Doxiciclina;

São antibióticos de amplo espectro: G+, G-, Riquétsias, Clamídias e alguns

protozoários;

Podem se ligar à subunidade 40S do ribossomo dos animais superiores:

reações adversas;

São bacteriostáticos;

Entram no microrganismo por difusão e transportadores;

l) Se conjugam com o cálcio na solução de Ringer; Terapêutica:  Tanto sistêmicas quanto locais;  Broncopneumonias (forma salpicada);  ITUs;  Mastites  Conjuntivite  Nocardiose (Nocardia asteroides):  abscessos cutâneos;  Enterites  Actinomicose (Actinomyces bovis); LUMPY JAW - MANDÍBULA INTERROMPIDA  Metrites  Piodermatites  Anaplasmose  Actinobacilose (Actinobacillus lignieresii); WOODEN TONGUE - LINGUA DE PAU  Erliquiose (Ehrlichia canis);DOENÇA DO CARRAPATO ***Período de carência longo CLORANFENICOL Principais representantes: Cloranfenicol, Tianfenicol e Florfenicol Antibiótico de largo espectro, altamente efetivo e bem tolerado. Cloranfenicol foi proibido em animais de produção por deixar resíduos e causar anemia aplastica/aplasica (medula não produz, não regenera) em humanos (pois inibe a síntese protéica das células da medula óssea dos mamíferos). Produzido pelo Streptomyces venezuelae , mas também por síntese laboratorial. O Tianfenicol é um análogo que não desenvolve anemia aplástica. É altamente lipossolúvel, estável e não afetado pelo calor; Tianfenicol e Florfenicol são mais seguros Mecanismo de ação: se liga a subunidade 50s inibindo a enzima peptidil transferase não fazendo o alongamento da cadeia polipeptídica, não se une, estão na posição correta de AA mas não formam proteínas, inibe síntese protéica (isso estava acontecendo na medula óssea com o cloranfenicol em humanos).

  • Resistência bacteriana : as bct começaram a fazer produção de cloranfenicol- acetiltransferase → inativação da droga; - Mediada por plasmídeos;
  • Bloqueio da permeabilidade: Pseudomonas, Proteus e Klebsiella ; naturalmente resistentes
  • Absorção :  Quando VO em monogástricos é bem absorvida;  Nos ruminantes é destruída pela flora ruminal → ruminoretículo → inativada;  Podemos utilizar adm IM, IV, SC e VO em não ruminantes;
  • De 40-60% se conjuga reversivelmente com a albumina;
  • Grande vantagem: Tianfenicol e Florfenicol conseguem atravessar barreiras difíceis. Barreira hematoencefalica: Atinge bom nível no Fluido Cerebral Espinhal (FCE) e humor aquoso; é o tipo de droga que pode fazer injetável quando o colírio não está conseguindo.
  • Ocorre difusão transplacentária;
  • Biotransformação extensa com excreção renal;

Toxicidade:

  1. Anemia aplástica: Cloranfenicol em animais de produção
    • Insuficiência medular óssea;
    • Supressão irreversível;
  2. Tianfenicol e Florfenicol não produzem esta anemia;
  3. Devido à possibilidade de causar anemia aplástica no homem o uso de Cloranfenicol em animais produtores de alimentos esta proibido;
  4. Leucopenia: ↓ leucócitos; menos defesa imunológica abre espaço para infecções futuras ou concomitantes
  5. Reações alérgicas;
  6. Como suprime respostas imunes: não utilizar quando são vacinados; Terapêutica: Representante de Flurfenicol: Nuflor
  • Infecções respiratórias e intraoculares;
  • Otites e Mastites;
  • Meningoencefalites;
  • Pododermatites e Piodermites; Enterite SULFAS São quimioterápicos que foram sintetizados com grande ação bacteriana, 20 opções terapêuticas, sobreviveram ao advento das penicilinas, quando houve resistência bacteriana (não por indução enzimática), a industria conseguiu um outro quimioterápico chamado Trimetoprim que quando associado a sulfa faz sinergismo, fazendo a sulfa voltar ao mercado. Com essa associação com o Trimetoprim quase não existe bactéria resistente a sulfas. É utilizadas em confinamento para evitar infecções por Eimeria em aves, colocado na ração. São análogos estruturais ao PABA (Ac paraminobenzoico, são parecidas MAS não idênticas). São classificados quanto ao uso:
  1. Sulfonamidas de uso padrão (controlam infecções em diversos pontos do organismo sem diferença significativa) - Sulfatiazol, Sulfametazina, Sulfadiazina; - Devem ser adm. 1-4 x ao dia; - Controlam infecções sistêmicas;
  2. Sulfonamidas para infecções do trato urinário - Sulfisoxazol, Sulfisomidina;
    • Bastante hidrossolúveis; (se dissolvem muito bem na urina e sai por ela)
    • Excretadas rapidamente pelo TU;
    • Mais de 90% em 24hs;
    • Predominantemente de forma inalterada; (biotransformação pobre)
  3. Sulfonamidas para infecções intestinais - Sulfaguanidina, Succinilsulfatiazol;
  • Tão insolúveis que são pouco absorvidas pelo TGI;
  • Menos de 5% é absorvido; (o resto fica na luz intestinal, isso é bom pois faz a ação local) - Metabolização pelas bactérias do TGI → Sulfatiazol ativo; - Cães: colite ulcerativa;
  1. Sulfonamidas utilizadas topicamente - Sulfatiazol, Mafenida;
  • Ferimentos por queimaduras; (pomadas)
  • Excreção : primariamente por via renal, uma pequena parte pela saliva, suor, leite (cuidado); as sulfas tem grande afinidade por locais ácidos, por isso elas tem uma grande eficiência no TU, por incrível que pareça esses é um dos grandes problemas pois sua alta afinidade por esses locais ácidos, elas se concentram tanto que elas precipitam, se agregam formando cristais, pois tem uma qtd muito grande de soluto em relação a qtd de solução, precipitou forma-se cristais em forma de lança. Por estarem mais concentradas no TU elas vem fazendo “arranhadura” na mucosa, então o animal começa a sangrar após 6 a 7 dias , urinando sangue. Então o tratamento com as sulfas não pode exceder a 7 dias, pois caso contrario, terá cristalúria (cristais na urina), hematuria (sangue na urina).
  • Efeitos tóxicos : anemia (o processo que ela faz com o acido fólico ela pode fazer na medula, e esse ac fólico na medula é essencial na produção de hemácias, precisamos de vitaminas do complexo B para formação de ptns sadias, não só de Fe.), estomatite (inflamação da mucosa estomacal), angioedema (inchaço das camadas mais profundas da pele), anafilaxia (choque anafilático), cristalúria (cristais na urina), hematúria (sangue na urina);
  • Inibe os efeitos tóxicos: hidratação (pode fazer adm do medicamento com fluido), evitar o tratamento superior a 1 semana -> o animal não pode de forma alguma ter nenhum grau de desidratação pois as sulfas por si só já se precipitam e pode agravar caso tenha desidratação. TRIMETOPRIM
  • É uma diaminopirimidina;
  • Análogo estrutural do ác. diidrofólico;
  • Compete pela enzima diidrofolato redutase;
  • Quimioterápico bastante seguro;
  • Utilizados sozinhos não são efetivos;
  • Tendem a se acumular em ambientes ácidos (urina ácida, leite, fluido ruminal);
  • Preparações comerciais: 1:5 (trimetoprim:sulfa);
  • A resistência a combinação não é comum;
  • Biotransformação hepática extensa nos ruminantes;
  • Efeitos colaterais raros: até 10 x dose sem nenhum efeito adverso.
  • Concentrações no leite: 1-3,5 x maior que a plasmática; QUINOLONAS As quinolonas também são quimioterápicos na terapia de antimicrobianos, existe de primeira a quarta geração, as de primeira geração quase não são mais vendidas, caso precise somente por manipulação, pois geralmente muitas bactérias já estão resistentes a ela. Então, quando utilizá-las? Quando se faz o antibiograma e a bct em questão é sensível por exemplo a Flumequina com ácido oxonílico, mesmo que um mdc de segunda geração Tb faça efeito sempre dar preferência as mais simples para ter as moléculas mais novas como cartas na manga.
  • A primeira Quinolona utilizada foi o ácido nalidíxico ;
  • Primeira geração: Flumequina, ácido oxonílico ;
    • Ação sobre enterobactérias; - Segunda geração (Fluorquinolonas): Enrofloxacina, Orbifloxacina, Difloxacina, Norfloxacina.
      • Também: Pseudomonas spp, Chlamydia spp, Mycoplasma spp, Legionella spp.

Norfloxacina tem tido altos índices de resistência na população humana, por uso indiscriminado na infecção urinária;

  • Terceira geração: Levofloxacina e Esparfloxacina ;
    • Também Streptococcus pneumoniae. Já há casos de resistência por uso indiscriminado na medicina humana, em casos simples.
  • Quarta geração: Trovafloxacina e Moxifloxacina;
    • Também anaeróbios. Mecanismo de ação : As quinolonas tem uma grande afinidade pela enzima bacteriana chamada DNAgirase (topoisomerase), e essa enzima mantém a dupla fita do DNA enrolada, então a bct perde a capacidade de se manter espiralada, as chanfraduras ficam expostas, deixando o material genético exposto as enzimas exonucleases que estão no meio e que deterioram o material genético fazendo a lise do DNA. Grande vantagem do uso das quinolonas-> porque tem CIM baixíssima, ou seja, para fazer efeito desejado precisa de concentrações muito baixas. Resistência bacteriana
  • É atribuída a modificações na DNAgirase (as quinolonas não conseguem mais se ligar), ou alterações de permeabilidade na célula;
  • Pode ocorrer resistência cruzada; o animal nunca recebeu a molécula, mas é resistente.
  • As de 1º geração por induzirem alto grau de resistência → só utilizar depois de antibiograma; Espectro antimicrobiano
  • Grande variedade de G+ e G-;
  • Mycoplasmas e Clamídias;
  • Anaeróbios obrigatórios tendem a ser resistentes;
  • Infecções do TU: Pseudomonas aeruginosa ;
  • Prostatites;
  • Gastroenterites;
  • Pneumonias por G-;
  • Otites: Pseudomonas spp ;
  • Osteomielites por G-;
  • Endocardites estafilocócicas;
  • Portanto a utilização é CONTRA INDICADA em cães e potros jovens; erosão de cartilagem
  • Atenção para pacientes com insuficiência renal; faz alta concentração nos rins
  • Alta segurança (Enrofloxacina): bezerros, suínos, cães adultos, gatos e aves;