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Resumo de percepção (processos psicológicos básicos), Notas de estudo de Psicologia Cognitiva

Resumo sobre percepção, fisiologia da percepção, psicologia da percepção

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 08/07/2025

carolinarodrigx
carolinarodrigx 🇧🇷

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1. Processos psicológicos básicos
Os processos psicológicos básicos são eventos que ocorrem na mente humana e
influenciam o comportamento e a cognição. São eles: o pensamento, a linguagem, a
atenção, a emoção, a inteligência, a criatividade, a aprendizagem, a memória e a percepção.
Sendo que a percepção, a atenção e a sensação são conceitos intrinsicamente conectados.
A percepção é um processo cognitivo, uma forma de conhecermos o mundo, a
interpretação dos estímulos captados. A percepção é o ponto em que a cognição e a
realidade se encontram, considerada por muitos pesquisadores, como Neisser, a atividade
cognitiva mais básica, da qual surgem todas as outras.
A atenção é a capacidade de focar a mente em um estímulo ou tarefa. É uma resposta
seletiva que envolve a focalização da atividade psíquica em um ou em alguns estímulos,
onde é influenciada pelas necessidades subjetivas de cada indivíduo.
A sensação é a capacidade de captação das informações da realidade por meio dos
canais sensoriais internos e externos, também é a capacidade de direcionar os canais
sensoriais. As particularidades dos sistemas sensoriais de um organismo impõem viesses
quanto a que aspectos do ambiente ele é de fato percebido. Além disso, a percepção e a
atenção não se limitariam a um aparato fisiológico que determina como o organismo
enxerga o mundo à sua volta, uma vez que a sensação precede a percepção, interpretação
das informações sensoriais (geração de significados do que foi captado).
2. Percepção
A percepção é um processo complexo que depende tanto do meio ambiente como da
pessoa que o percebe (mundo percebido X realidade, no qual estes não são iguais).
A percepção é o ponto entre a pessoa e a realidade. Na percepção existe uma
subjetividade, não vemos as coisas como elas são, mas as vemos como nós somos. Assim,
nunca poderíamos atingir a realidade como ela é, pois percebemos o mundo de formas
diferentes e individuais. Até membros de uma mesma espécie têm percepções diferentes.
Por meio da percepção conseguimos recuperar as propriedades válidas do mundo que nos
rodeia, a partir das informações sensoriais.
Os valores, necessidades, estado fisiológico, motivação, emoção e contexto contribuem
para a nossa percepção de mundo. Às vezes, a percepção esbarra na realidade como ela é,
causando frustração por uma interpretação, percepção, equivocada da realidade. A
racionalidade confere a uma interpretação mais concreta, com os fatos e estudos científicos,
da realidade. Assim, situações complexas e com forte carga emocional são percebidas de
forma subjetiva.
A percepção também depende do ponto de fixação da pessoa. Desse modo, as
experiências criam expectativas e motivos. Algumas expectativas encontram-se tão
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1. Processos psicológicos básicos Os processos psicológicos básicos são eventos que ocorrem na mente humana e influenciam o comportamento e a cognição. São eles: o pensamento, a linguagem, a atenção, a emoção, a inteligência, a criatividade, a aprendizagem, a memória e a percepção. Sendo que a percepção, a atenção e a sensação são conceitos intrinsicamente conectados. A percepção é um processo cognitivo, uma forma de conhecermos o mundo, a interpretação dos estímulos captados. A percepção é o ponto em que a cognição e a realidade se encontram, considerada por muitos pesquisadores, como Neisser, a atividade cognitiva mais básica, da qual surgem todas as outras. A atenção é a capacidade de focar a mente em um estímulo ou tarefa. É uma resposta seletiva que envolve a focalização da atividade psíquica em um ou em alguns estímulos, onde é influenciada pelas necessidades subjetivas de cada indivíduo. A sensação é a capacidade de captação das informações da realidade por meio dos canais sensoriais internos e externos, também é a capacidade de direcionar os canais sensoriais. As particularidades dos sistemas sensoriais de um organismo impõem viesses quanto a que aspectos do ambiente ele é de fato percebido. Além disso, a percepção e a atenção não se limitariam a um aparato fisiológico que determina como o organismo enxerga o mundo à sua volta, uma vez que a sensação precede a percepção, interpretação das informações sensoriais (geração de significados do que foi captado). 2. Percepção A percepção é um processo complexo que depende tanto do meio ambiente como da pessoa que o percebe (mundo percebido X realidade, no qual estes não são iguais). A percepção é o ponto entre a pessoa e a realidade. Na percepção existe uma subjetividade, não vemos as coisas como elas são, mas as vemos como nós somos. Assim, nunca poderíamos atingir a realidade como ela é, pois percebemos o mundo de formas diferentes e individuais. Até membros de uma mesma espécie têm percepções diferentes. Por meio da percepção conseguimos recuperar as propriedades válidas do mundo que nos rodeia, a partir das informações sensoriais. Os valores, necessidades, estado fisiológico, motivação, emoção e contexto contribuem para a nossa percepção de mundo. Às vezes, a percepção esbarra na realidade como ela é, causando frustração por uma interpretação, percepção, equivocada da realidade. A racionalidade confere a uma interpretação mais concreta, com os fatos e estudos científicos, da realidade. Assim, situações complexas e com forte carga emocional são percebidas de forma subjetiva. A percepção também depende do ponto de fixação da pessoa. Desse modo, as experiências criam expectativas e motivos. Algumas expectativas encontram-se tão

profundamente enraizadas a experiências passadas que predominam sobre informações pelos sentidos. Habilidades construtivas são a construção da percepção por nós mesmos (informações sensoriais + o que construímos), certas operações cognitivas que ocupam lugar de destaque na percepção. Como sujeitos da percepção, continuamente antecipamos o que ocorrerá com base nas informações que reunimos, de cada ato perceptivo armazenadas momentaneamente na memória, caso tal processo não ocorra, essas informações serão perdidas. Outras contribuições do sujeito da percepção são: a realidade pragmática, uma forma de pensar que considera a verdade como aquilo que se concretiza como ação, a dissonância cognitiva é o conflito da nossa percepção da realidade e a dissociação cognitiva é o afastamento da realidade.

3. Percepção na Gestalt A Gestalt surgiu no final do século XIX na Alemanha, criada em reação as visões de Wilheim Wundt e William James, que analisavam os fenômenos psicológicos separadamente, o que contraria o princípio básico da Gestalt, ¨o todo é maior que a soma das partes¨. Gestalt significa padrão ou estrutura e estuda como percebemos padrões, relações e totalidades. Os psicólogos gestaltistas dedicaram-se a descobrir as leis que regem a organização de totalidades, trabalhando, principalmente, no campo da percepção visual, a fim de identificar as leis que governam a percepção de objetos. As leis da organização perceptiva da Gestalt são: figura e fundo, constância, agrupamento, similaridade, proximidade, simetria, continuidade e fechamento. A figura e fundo é a ideia de que percebemos uma figura destacada sobre um fundo (alternância possível), pois estruturamos nosso mundo visual em figura e fundo. Sempre que olhamos ao redor, tendemos a ver objetos ou figuras contra um segundo plano ou fundo. Isto é algo que nossos sentidos perceptivos fazem e, assim, o mesmo objeto pode ser interpretado como figura e fundo, dependendo de como um indivíduo direciona sua atenção. No entanto, estando os sentidos e o cérebro operando normalmente, o mesmo estímulo não pode ser visto como figura e fundo ao mesmo tempo. Na constância, percebemos os objetos como tendo propriedades constantes. Em termos gerais, constância significa que objetos vistos de diferentes ângulos, a distâncias variadas, ou sob condições diversas de iluminação, são percebidas como se tivessem o mesmo formato, o mesmo tamanho e mesma cor. O agrupamento é um dos aspectos da percepção de objetos que envolve separar agrupamentos de elementos e tratá-los como uma unidade, em que sempre há maneiras

sinapses. A responsabilidade biográfica é o modo como os indivíduos constroem e assumem a autoria de suas próprias vidas por meio de narrativas e escolhas. Sensibilidade sensorial são estímulos eletromagnéticos que excitam as células fotorreceptoras gerando a visão. Outros tipos de estímulos são: os estímulos mecânicos e térmicos, excitam as células mecanorreceptoras e termorreceptoras gerando a sensação tátil, os estímulos químicos, excitam as células quimiorreceptores gerando as sensações olfativas e gustativas, os estímulos captados, que são transformados em impulsos elétricos, e os estímulos ambientais, excitam células receptoras sensoriais e, por vias eferentes, chegam ao tálamo, responsável pela retransmissão e modulação dos impulsos sensitivos, motricidade, comportamento emocional, memória, entre outras funções, encaminhando a informação aos lobos correspondentes. Os lobos cerebrais estão localizados no córtex cerebral e possuem diferentes funções: o lobo frontal está envolvido no controle motor e no pensamento abstrato, o lobo parietal está relacionado com a percepção sensorial e a integração de informações, o lobo temporal está associado a audição e a memória auditiva, e o lobo occipital é responsável pela visão.

5. Sono Quando não dormimos bem, nossa percepção se altera e compromete nossos processos psicológicos básicos, pois o sono é uma necessidade fisiológica, regula nosso estresse, muda nossa disposição interna, o ambiente e nossas pautas do dia a dia. O sono possui duas fases, a REM e a NREM, onde a REM possui uma subfase e a NREM possui 3 subfases. A primeira fase NREM é chamada de sono leve (N1), uma transição entre os estados de vigília e sono que dura poucos minutos onde a atividade cerebral começa a diminuir e é fácil de acordar, podendo ocorrer sensações de queda. Na segunda fase NREM, a sono leve (N2), o sono é mais profundo que a fase 1, há uma diminuição da temperatura corporal e dos batimentos cardíacos, o movimento dos olhos cessa e o cérebro apresenta ¨fusos do sono¨, ondas rápidas e curtas. A última fase NREM, fase 3, é conhecida como sono profundo e apresenta um sono mais restaurador, onde o despertar é mais difícil e o corpo realiza reparos celulares e libera hormônios do crescimento, essa fase é muito importante para a recuperação física e fortalecimento do sistema imunológico do corpo. A única subfase REM ocorre cerca de 90 minutos após o adormecer, onde os sonhos mais vívidos acontecem, o movimento dos olhos fica mais rápido, a atividade cerebral é semelhante ao estado de vigília e a paralisia muscular ocorre temporariamente, exceto olhos e a respiração. O ideal é que ocorram de 4 a 6 ciclos das fases REM e NREM por sono, a fim de um sono de qualidade. A fase 1, sono leve (N1), tem uma duração média de 5 a 10 minutos, a

fase 2, sono leve (N2), tem duração média de 10 a 25 minutos, a fase 3, sono profundo, tem em média, 20 a 40 minutos, e a fase 4 (REM) possui 10 a 30 minutos em média de duração. Um sono de qualidade precisa ter também, uma higiene do sono, que envolve horário adequado (8 horas de sono), iluminação (dormimos melhor no escuro), evitar a prática do sono polifásico (padrão de sono que consiste em dividir o descanso em vários períodos ao longo do dia, em vez de dormir uma única noite), estabilizar o ciclo circadiano (ritmo natural do corpo que regula os períodos de sono e vigília), temperatura em torno de 18 a 22 graus, silêncio, colchão e travesseiro confortáveis, ter atividades relaxantes antes do sono e evitar exercícios físicos, alimentos pesados e estimulantes antes de dormir.

6. Sonho O sonho consiste na interseccionalidade entre a imaginação durante o sono e estímulos ambientais/emocionais, que ocorre sem teste de realidade. Quando as pessoas são acordadas no sono REM, os sonhos ocorrem em 75% do tempo, aproximadamente, o conteúdo REM, geralmente, é visual e emocional. Registros desse tipo ocorrem mais raramente durante o sono NREM, em torno de 5% do tempo, sendo relatada atividade mental fragmentária, em que o material é menos vívido, menos visual, menos emocional, mais controlado e mais semelhante ao pensamento. 7. Flexibilidade da percepção A percepção permanece flexível durante a vida toda, podendo ser afetada pela quantidade de informação e pelos contextos individuais. A quantidade de informações sensoriais disponíveis pode alterar a percepção. A prolongada exposição a ambientes sensoriais monótonos e relativamente desprovidos de padrões afeta a organização da percepção. Um ambiente monótono influencia o comportamento, a fisiologia e a percepção. Quando expostas por longos períodos a ambientes desprovidos de estimulação sensorial, as pessoas demonstram enfraquecimento visual e auditivo temporário, além de outros tipos de enfraquecimentos perceptivos. A adaptação a Input sensorial distorcido se refere às percepções das pessoas que se adaptam continuamente à medida que elas processam dados sensoriais (flexibilidade perceptiva). Outro ponto importante é a adaptação que, com o tempo, as pessoas podem se adaptar a muitas distorções extremas, como adaptações parciais a visões distorcidas. Existem três vias da adaptação, ou o comportamento das pessoas adapta-se, mas não sua percepção, ou a adaptação pode ocorrer amplamente no caminho perceptivo, ou as pessoas podem se adaptar num nível conceitual.