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Parto em Animais: Fisiologia e Etapas do Processo, Notas de aula de Anatomia e Fisiologia Animal

Resumo a respeito de Obstetrícia

Tipologia: Notas de aula

2021

Compartilhado em 07/12/2021

Sabrina.oliveira
Sabrina.oliveira 🇧🇷

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FISIOLOGIA
BLOCO II
Obstetrícia
Ciência que estuda a gestação, parto,
puerpério.
Gestação: evolução/ações anabólicos
(antes da gestação todo o aparelho
reprodutor feminino se prepara para uma
possível gestação)
Parto: resolução (tudo que se desenvolveu,
cessa)
Puerpério: involução/ações catabólicas
(pós parto, tudo que evoluiu irá involuir)
Períodos
1.OVO: união dos gametas: zigoto, após
singamia 2 pró-núcleos
2.EMBRIÃO: final da clivagem,
desenvolvimento órgãos, membranas fetais e
implantação (teratogenias, que são más
formações durante a gestação)
Diferencia muito entre animais e espécies.
3.FETO: crescimento
REAÇÃO ACROSSÔMICA
Ocorre após a ligação do sptz com a zona
pelúcida.
O acrossomo possui enzimas hidrolisantes:
- Hialuronidase, componente matriz celular
que envolve o oócito e acrosina, digere a
cobertura celular que envolve o oócito.
O sptz entra em contato com a zona pelúcida.
Ocorre reação acrossômica e dissolução da
cobertura glicoproteica. A membrana
acrossomática recobre a membrana destruída
OU se desprende do espermatozoide. O
espermatozoide entra no espaço perivitelino
(fusão núcleo + óvulo).
A amamentação/lactação contribui para a
involução uterina. Ocitocina é proteico,
produzido pelo hipotálamo, faz as contrações
das células útero e mamárias.
Reação acrossomal, liberação das enzimas,
fertilização.
Uniu pró núcleo masculino com o feminino,
juntou os cromossomos originando o zigoto
(antes oócito).
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FISIOLOGIA

BLOCO II

Obstetrícia

Ciência que estuda a gestação, parto, puerpério.

  • Gestação : evolução/ações anabólicos (antes da gestação todo o aparelho reprodutor feminino se prepara para uma possível gestação)
  • Parto : resolução (tudo que se desenvolveu, cessa)
  • Puerpério : involução/ações catabólicas (pós parto, tudo que evoluiu irá involuir)

Períodos

  1. OVO : união dos gametas: zigoto, após singamia 2 pró-núcleos
  2. EMBRIÃO : final da 1ª clivagem, desenvolvimento órgãos, membranas fetais e implantação (teratogenias, que são más formações durante a gestação) Diferencia muito entre animais e espécies.
  3. FETO : crescimento REAÇÃO ACROSSÔMICA Ocorre após a ligação do sptz com a zona pelúcida. O acrossomo possui enzimas hidrolisantes:
  • Hialuronidase, componente matriz celular que envolve o oócito e acrosina, digere a cobertura celular que envolve o oócito. O sptz entra em contato com a zona pelúcida. Ocorre reação acrossômica e dissolução da cobertura glicoproteica. A membrana acrossomática recobre a membrana destruída OU se desprende do espermatozoide. O espermatozoide entra no espaço perivitelino (fusão núcleo + óvulo). A amamentação/lactação contribui para a involução uterina. Ocitocina é proteico, produzido pelo hipotálamo, faz as contrações das células útero e mamárias. Reação acrossomal, liberação das enzimas, fertilização. Uniu pró núcleo masculino com o feminino, juntou os cromossomos originando o zigoto (antes oócito).

Começa a divisão celular. D: mórula inicial E: mórula tardia F: blastocisto 1: embrioblasto (dá origem ao embrião) 2: trofoblasto 3: espaço preenchido de líquido Óocito primário, secundário, terciário; 3: folículo de Graaf; Ovulação; Destrói o folículo formando corpo hemorrágico e depois corpo lúteo; Passa pela tuba uterina, entra ao útero.

mórula

No^ de blastômeros:

  • Bovinos = 16
  • Ovinos = 8- 10
  • Suínos = 10
  • Rato = 32
  • Homem = 12- 16 DESAPARECIMENTO DA ZONA PELÚCIDA (ação anti-adesiva que faz com que o embrião chegue no útero antes de se desenvolver). Final do estágio de blastocisto, que chega ao útero.

FOLHETOS EMBRIONÁRIOS

Embrião anda pelo útero sensibilizando a parede uterina com fatores bioquímicos e faz a implantação. Entra no endométrio e se desenvolve ali começando a desenvolver os folhetos embrionários. ECTODERMA : revestimento externo MESODERMA : notocorda e sômito ENDODERMA : revestimento interno

GESTAÇÃO

Período de adaptações progressivas do organismo materno; Ocorre aumento de volume uterino, alterações circulatórias, endócrinas, excretoras e do trato gastrointestinal que são reguladas por hormônios da mãe e da placenta que reconhecem a presença do feto.

ANTICOAGULANTES : exceto a heparina, retardo mental, atrofia ótica, microcefalia, ... CORTICOIDES : fenda palatina, defeitos cardíacos (coelhos), desencadeia o parto VITAMINA A : defeitos cardíacos, de palato... MERCÚRIO : atrofia e retardo cerebral, cegueira, ...

  • Carne de porco contaminada pelo mercúrio residual no tratamento, da semente do milho da ração contra fungo.

PLACENTAÇÃO

Comunicação mãe + feto. Impede a passagem de várias substâncias venosas e de microrganismos para circulação fetal, formação de gonadotrofina coriônica, estrógeno e progesterona. Alimentação má qualidade, tabagismo, alcoolismo diminui as trocas entre a mãe e o feto. Eclampisia : nas cadelas está relacionada a hipocalcemia puerperal. Peptídeos e proteínas de baixo peso podem passar a barreira placentária Substâncias de alto peso molecular: são administradas pelo colostro (Ac) Armazenamento de Ca + fosfato + ferro na primeira metade da prenhez na placenta que é utilizado no terço final da gestação (mineralização do esqueleto) Suprimento de O2 e eliminação gás carbônico

  • troca por difusão Quando ocorre a implantação completa, o embrião passa a ser um feto e a placenta está funcional. A placenta é formada por córion (+ externa, contato com endométrio uterino), alantoide (camada contínua exterior ao córion) e âmnio (+ interna, próxima ao feto)

BARREIRA TRANSPLACENTÁRIA

GASES e nutrientes: passagem LIVRE; Glicose (fonte primária de energia); Aminoácidos; Quando diminui o fluxo sanguíneo transplacentário, diminui a área disponível para as trocas. Podendo ocorrer hipotensão materna, doença renal FOME FETAL: relacionado a isso, Alimentação má qualidade, tabagismo, alcoolismo, há menor área disponível para as trocas, pior qualidade nutricional que pode afetar o crescimento fetal.

  1. Saco vitelínico : de acordo com o crescimento do feto ele diminui, sai diretamente do embrião ligado pelo cordão umbilical. À medida que a gestação evolui, o saco involui (placenta).
  2. Saco amniótico : está ligado diretamente com o feto, hidrata, o líquido amniótico é ingerido pelo feto (função sólida de estimular o trato digestório). À medida que a gestação evolui, o líquido involui.
  3. Saco alantoidiano : promove regulação de temperatura, amortece impactos, à medida que evolui a gestação ele aumenta. Líquido alantoide. Carnívoro: corion rugoso é do tipo anelar que envolve a placenta.

PLACENTA

Formada por tecidos maternos e fetais Local de relação SEM UNIÃO entre as circulações MATERNA X FETAL (circulações distintas) BARREIRA PLACENTÁRIA

  • Endotélio uterino (mãe)
  • Tec. conjuntivo uterino
  • Epitélio uterino
  • Epitélio coriônico (feto)
  • Tec. conj. coriônico
  • Endotélio fetal Epiteliocorial : a mais completa

FLUXO PLACENTÁRIO

TROCAS: difusão, transporte ativo, absorção CONTROLA a passagem de água, eletrólitos, minerais, carboidratos, gorduras, proteínas, vírus, fungos, protozoários, medicamentos, ... Classificação: A. Difusa (corion rugoso difuso): suínos e equinos B. Cotiledonária: ruminantes C. Zonal: cadela e gata D. Discoide: mulher, primatas roedores Anelar: carnívoros Nas vacas palpar um cotiledôneo é sinal de gestação, à medida que cresce a placenta esse placentônio, cotiledôneo fetal e a carúncula materna quando se imbricam formam uma estrutura chamada placentônio. Infecções possíveis: Brucelose, tuberculose, Salmonelose

FASES DO PARTO

1ª FASE - PREPARAÇÃO

Ação uterina da progesterona, estrógeno e relaxina; Corrimento vaginal mucoso; Diluição do selo cervical; Afundamento da região da bacia e elevação da cauda; Secreção láctea; Inquietação, alienação e isolamento; Relaxina: hormônio proteico secretado no terço final da gestação pelo ovário permitindo relaxamento cervical e controle da atividade miometrial antes e durante o parto. 2ª FASE - DILATAÇÃO Órgãos genitais sob intensa ação hormonal Insinuação das bolsas fetais com possível ruptura da alantoide Relaxamento e distensão da cérvix Aumento no nº e intensidade das contrações Exteriorização das bolsas fetais Sinais de dores abdominais: flanco, sudorese, inquietação 3ª FASE - EXPULSÃO Começa com o início das contrações abdominais; Encaixe gradual e progressivo do feto no conduto pélvico materno; Expulsão do feto e placenta. Éguas:

  • Placentofagia é rara;
  • Parto à noite;
  • ↓ edema vulvar;
  • Sudorese flanco, axila;
  • Decúbito lateral;
    • Verificar se o âmnio não está sufocando o potro. Ocitocina aumenta progressivamente próximo do parto promovendo a síntese de prostaglandina. A ação conjunta desses dois hormônios resulta na expulsão do feto. Vacas:
    • Edema e flacidez vulvar;
    • Qualquer hora do dia;
    • 1° fase pode durar 6 h, 24h em nulíparas;
    • Decúbito ou não;
    • Placentofagia deve ser evitada. O parto é iniciado pela luteólise induzida pela prostaglandina provavelmente do útero. As demais trocas endócrinas são iguais peq. ruminantes. Ovelhas e cabras:
    • Permanece em grupo;
    • Isolamento (cabras);
    • Micção, defecação frequente. O cortisol fetal atua na placenta induzindo a redução da progesterona plasmática, enquanto aumenta os níveis de estrógenos. O aumento da relação entre estrógeno/progesterona aumenta a sensibilidade da prostaglandina e ocitocina. Porcas:
    • Edema vulvar;
    • Desenvolvimento mamário;
    • Final da tarde;
    • Presença do homem ou animais pode inibir;
    • Após o parto: urinar↑;
    • Placentofagia. A prostaglandina induz a regressão do corpo lúteo. A elevação de estrógeno aumento no eixo hipófise-adrenal. O estrógeno aumenta a liberação de ocitocina e prostaglandina.

Necessidades ao parto:

  • Piquete maternidade: exercícios sem traumas;
  • Vigilância DISCRETA e contínua;
  • Tosquia do períneo em ovelhas;
  • Maternidades limpas. Eutocia : parto natural, sem necessidade de intervenção. Distocia : problemas com a parturiente, necessitando de intervenção clínica ou cirúrgica.
  1. Posição eutócica: posicionamento longitudinal anterior dorso-sacra
  2. Posição eutócica/distócica: posicionamento longitudinal anterior ventral
  3. Posição eutócica/distócica: posicionamento longitudinal posterior (reflexo não é o suficiente, estimulo baixo de ocitocina, maior predisposição de desenvolver uma distocia)
  4. Posição distócica: posicionamento transversal dorsal

MUDANÇAS FÍSICAS ASSOCIADAS AO

PARTO

1º estágio - Preparatório : relaxamento dos ligamentos pélvicos e dilatação da cérvix 2º estágio - Expulsão do feto: através do canal pélvico. 3º estágio - Expulsão dos envoltórios fetais e involução uterina ESTÁGIO DO TRABALHO DE PARTO I. Dilatação da cérvix: Contrações uterinas regulares. Ocorre no início das contrações uterinas até que a cérvix esteja completamente dilatada e em continuidade com a vagina. Abertura de escápula.

  • Equinos: 1-4h
  • Bovinos: 2-6h
  • Ovinos: 2-6h
  • Suínos: 2-12h II. Expulsão do feto: Fortes contrações uterinas e abdominais. Ocorre durante a completa dilatação da cérvix até a expulsão do feto. Rompimento do alantocórion com saída de líquido pela vulva. Rompimento do âmnio e expulsão do feto.
  • Equinos: 0,2-0,5h
  • Bovinos: 0,5-1h
  • Ovinos: 0,5-2h
  • Suínos: 2,5-3h III. Expulsão das membranas fetais: Contrações uterinas diminuem em amplitude. Após o nascimento do feto até expulsão das membranas fetais. Terminam as contrações, ocorre o desprendimento das vilosidades coriônicas, das criptas maternas. Inversão da corioalantóide. Contração e expulsão das membranas fetais.
  • Equinos: 1h
  • Bovinos: 6-12h
  • Ovinos: 0,5-8h
  • Suínos: 1-4h

Pequenos ruminantes : Eliminação placentária: 8 h Lóquios: 8 dias Muco-sanguinolento: turvo Não abundante Involução uterina: 20-25 dias Retorno ao cio: 90 dias Equinos : Eliminação placentária mais fácil Placenta unida fracamente ao útero Sofre efeitos das contrações em toda extensão 20 a 90 min (retenção só após 6 h) Lóquio escasso, 7 dias Involução completa:10-14 dias Retorno ao cio: 7 a 30 dias = CIO DO POTRO Carnívoros : Eliminação placentária: pós-parto Lóquios: 12 dias ESVERDEADO (hematomas, pigmento da hemácia) /transparente Involução: 30/37 dias média 4 semanas Secreção vaginal serossanguinolenta gradativamente vai diminuindo Fisiológico até 12 semanas pós-parto Retorno ao cio: 6 meses após lactação