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Resumo de Fluídos Biológicos, Resumos de Fluidos

Resumo sobre os fluídos biológicos

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 19/09/2019

michellepereirs
michellepereirs 🇧🇷

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Fluídos X Secreções
Fluidos são substâncias que estão permanentemente no corpo e cuja produção não
depende de estímulos externos. É o caso do sangue, do fluido que protege o cérebro e a
medula espinhal e do que lubrifica as articulações.
as secreções são produzidas de acordo com a demanda. Um bom exemplo é a
saliva, que é produzida mais intensamente quando mastigamos. Já a lágrima é secretada em
maior quantidade quando choramos ou quando algo irrita os olhos.
Sistema Renal
É formado por 2 rins (os quais realizam a maior parte das funções de excreção, filtrando
o sangue e recolhendo os resíduos metabólicos), 2 ureteres, a bexiga e a uretra. Na qual a
urina é produzida pelos rins, passando pelos ureteres até a bexiga e é lançada para o exterior
pela uretra.
Anatomia dos Rins
Os dois rins situam-se na parede posterior do abdome, fora da cavidade peritoneal.
Cada rim de um ser humano adulto pesa cerca de 150 gramas e tem o tamanho
aproximado de uma mão fechada.
O lado medial de cada ruim contém uma região chamada de Hilo. Pelo Hilo passam a
artéria e veia renais, vasos linfáticos, suprimento nervoso e o ureter.
Na bexiga, a urina é armazenada e periodicamente eliminada do corpo. O ruim é
circundado por uma cápsula resistente que projete as estruturas internas, que são mais
delicadas.
A disseção longitudinal completa de um ruim permite a visão de duas principais regiões:
uma mais externa, o córtex, e uma interna, conhecida como medula. A medula é dividida em
múltiplas massas teciduais como o formato em cones denominados pirâmides renais.
Função Renal / Formação da Urina
Os rins realizam suas funções mais importantes pela filtração do plasma e posterior
remoção de substâncias do filtrado em taxas variáveis dependendo das necessidades do
corpo. Portanto, os rins ‘‘limpam’’ as substâncias indesejáveis do filtrado e (sangue) por
excretá-los através da urina, enquanto devolve as substâncias que são necessárias à corrente
sanguínea. As funções dos rins são:
1- Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas
estranhas.
2- Regulação do equilíbrio de água e eletrólitos.
3- Regulação da osmolaridade dos líquidos corporais e da concentração de eletrólitos.
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Fluídos X Secreções Fluidos são substâncias que estão permanentemente no corpo e cuja produção não depende de estímulos externos. É o caso do sangue, do fluido que protege o cérebro e a medula espinhal e do que lubrifica as articulações. Já as secreções são produzidas de acordo com a demanda. Um bom exemplo é a saliva, que é produzida mais intensamente quando mastigamos. Já a lágrima é secretada em maior quantidade quando choramos ou quando algo irrita os olhos. Sistema Renal É formado por 2 rins (os quais realizam a maior parte das funções de excreção, filtrando o sangue e recolhendo os resíduos metabólicos), 2 ureteres, a bexiga e a uretra. Na qual a urina é produzida pelos rins, passando pelos ureteres até a bexiga e é lançada para o exterior pela uretra. Anatomia dos Rins Os dois rins situam-se na parede posterior do abdome, fora da cavidade peritoneal. Cada rim de um ser humano adulto pesa cerca de 150 gramas e tem o tamanho aproximado de uma mão fechada. O lado medial de cada ruim contém uma região chamada de Hilo. Pelo Hilo passam a artéria e veia renais, vasos linfáticos, suprimento nervoso e o ureter. Na bexiga, a urina é armazenada e periodicamente eliminada do corpo. O ruim é circundado por uma cápsula resistente que projete as estruturas internas, que são mais delicadas. A disseção longitudinal completa de um ruim permite a visão de duas principais regiões: uma mais externa, o córtex, e uma interna, conhecida como medula. A medula é dividida em múltiplas massas teciduais como o formato em cones denominados pirâmides renais. Função Renal / Formação da Urina Os rins realizam suas funções mais importantes pela filtração do plasma e posterior remoção de substâncias do filtrado em taxas variáveis dependendo das necessidades do corpo. Portanto, os rins ‘‘limpam’’ as substâncias indesejáveis do filtrado e (sangue) por excretá-los através da urina, enquanto devolve as substâncias que são necessárias à corrente sanguínea. As funções dos rins são: 1 - Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas estranhas. 2 - Regulação do equilíbrio de água e eletrólitos. 3 - Regulação da osmolaridade dos líquidos corporais e da concentração de eletrólitos.

4 - Regulação da pressão arterial. 5 - Regulação do equilíbrio ácido-base. 6 - Secreção, metabolismo e excreção de hormônios. Unidade Funcional do Rim (Néfron) Cada ruim contém cerca de um milhão de néfrons. Cada um deles capaz de formar urina. O rim humano contém dois tipos de néfrons: 1 - Os néfrons corticais (representam em torno de 85% dos néfrons, estão situados, principalmente, no cortéx do rim e são responsáveis, em primeiro lugar pela remoção de resíduos de produtos e pela reabsorção de nutrientes). 2 - Os néfrons justamedulares (têm alças de Henle profundas que se estendem para a medula do rim. Sua função principal é promover a concentração da urina). O rim não pode regenerar novos néfrons. Portanto, com a lesão renal, doença ou envelhecimento, há um gradual declínio no número de néfrons. Após os 40 anos de idade, o número de néfrons funcionais geralmente diminui cerca de 10% a cada 10 anos; assim, com 80 anos muitas pessoas têm 40% a menos de néfrons funcionais em comparação com a idade de 40 anos. Essa perda não põe risco à vida porque alterações adaptativas nos néfrons remanescentes os permitem excretar a quantidade apropriada de água, eletrólitos e produtos residuais. Cada néfron contêm (1) um grupo de capilares glomerulares chamado glomérulo, pelos quais grandes quantidades de líquido são filtradas do sangue, e (2) um longo túbulo, no qual o líquido filtrado é convertido em urina no trajeto para a pelve renal. Os capilares glomerulares são cobertos por células epiteliais, e todo glomérulo está envolvido pela cápsula de Bowman. O líquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e daí para o interior túbulo proximal, que se situa na zona cortical renal.

Função dos Néfrons A função básica do néfron é a de limpar, ou ‘‘aclarar’’ (ou ‘‘depurar’’) o plasma sanguíneo, dele retirando as substâncias indesejáveis durante sua passagem pelo ruim, ao mesmo tempo em que retêm no sangue todas as substâncias que ainda são necessárias ao corpo. Por exemplo, os produtos finais do metabolismo, como especialmente, a ureia e a creatinina, são retiradas do sangue. E os íons sódio, os íons de cloreto e outros íons são também eliminados quando presentes no sangue em quantidades excessivas. O néfron depura o plasma das substâncias indesejáveis por dois mecanismos distintos: 1 - Filtra grande quantidade de plasma, em condições normais, de cerca de 125 ml por minuto, através das membranas glomerulares do próprio néfron. Então, conforme esse líquido filtrado flui ao longo dos túbulos, as substâncias indesejáveis não são reabsorvidas, sendo assim eliminadas pela urina, enquanto substâncias necessárias são seletivamente reabsorvidas para o plasma. 2 - Algumas substâncias são depuradas pelo processo de secreção. Isto é, as paredes dos túbulos removem, por processos ativos, substâncias do sangue para secreta-las para o interior dos túbulos. Transporte da Urina para a Bexiga A urina formada em cada um dos rins é coletada, inicialmente na pelve de cada rim, passando ao longo do ureter, para a bexiga urinária. A passagem da urina pelo ureter é causada por peristaltismo, que é uma contração intermitente, semelhante a uma onda, com origem na pelve renal e que se propaga pelo ureter até a bexiga. Essa contração empurra a urina, que é transportada da pelve à bexiga em menos de 30 segundos.

  • Observações: Ocasionalmente, infecções graves ou anormalidades congênitas destroem a capacidade de contração da parede ureteral. Como resultado, a urina passa a se acumular na pelve, fazendo com que fiquei distendida e provocando infecção que pode passar para o próprio rim. → De igual modo, a estagnação da urina pode causar a precipitação de substâncias cristalinas, as mais comuns sendo diversos sais de cálcio e esses precipitados podem formar, eventualmente grandes cálculos, ou pedras do rim, capazes de ocupar total ou parcialmente todo o espaço da pelve renal. Por outro lado, esses cálculos podem provocar dores muito intensas e impedindo adicionais ao fluxo da urina. Armazenamento da Urina na Bexiga A bexiga urinária é um órgão de depósitos ou de armazenamento, impedindo o gotejar contínuo da urina. Até que fique com volume de 200 a 400 mL, sua pressão interna não fica muito aumentada. Isso resulta da capacidade da parede vesical, formada por músculo liso, de ser estirada de forma muito extensa, sem que isso produza tensão significativa nesse músculo.

Entretanto, quando a bexiga está cheia com mais de 200 a 400 ml de urina, a pressão começa aumentar, atingindo, por vezes, valores da ordem de 40 mm Hg, quando a bexiga contém 600 a 700 ml. A medida que a bexiga se enche de urina, suas paredes se distendem, estimulando receptores sensitivos para a região sacral da medula espinhal. A partir daí os músculos se contraem e a bexiga se esvazia pelo esfíncter externo da uretra. Funções Renais − Eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal: ureia, creatinina, ácido úrico, etc.; − Manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial; − Atuar como órgãos produtores de hormônios: eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação de pressão arterial. Glândula Suprarrenal (ou adrenal) As glândulas suprarrenais ou adrenais ficam situam-se acima dos rins e são compostos internamente pela medula adrenal e externamente pelo córtex adrenal. As glândulas suprarrenais ou adrenais ficam situam-se acima dos rins e são compostos internamente pela medula adrenal e externamente pelo córtex adrenal. A medula adrenal produz dois hormônios: adrenalina e noradrenalina, que são chamados de catecolaminas. Já o córtex adrenal, secreta mais de 30 hormônios esteroides diferentes chamados de corticosteroides. Esses hormônios são separados em 3 grandes grupos: os glicocorticoides, mineralocorticoides, e os androgênios.

O corpo entra em estado de desidratação, como resultado da excessiva perda de água por vômitos, diarreia, suor ou queimaduras graves. Os rins excretam duas a três vezes mais urina durante o dia do que durante a noite. O aumento na excreção de urina noturna é denominado nictúria. A poliúria é o aumento no volume de urina diário (superior a 2,5 L/dia em adultos e 2, a 3 mL/kg/dia em crianças) frequentemente associada com diabetes mellitus e diabetes insipidus , podendo ser induzida por diuréticos, cafeína ou álcool. Coleta da Amostra − Urina é uma substância biológica perigosa que exige as precauções padrão. − Luvas e óculos devem ser utilizados em todos os momentos. − As amostras devem ser coletadas em frascos limpos, secos e à prova de vazamento. − Recipientes descartáveis são os mais recomendados Observações: os recipientes para análise de rotina de urina devem ter boca larga para facilitar a coleta por pacientes do sexo feminino e um fundo chato e amplo para prevenir o tombamento. Eles devem ser feitos de material que permita a clara visualização de cor e aspecto. A capacidade recomendada do recipiente é de 50mL. Todas as amostras devem ser adequadamente etiquetadas com o nome do paciente e o número de identificação, a data e a hora da coleta. As etiquetas devem ser anexadas ao recipiente e nunca na tampa. Tipos de amostras: − Primeira amostra da Manhã − Amostra duas horas pós-prandial − Amostras de Teste de Tolerância à Glicose − Amostra de 24 horas − Amostra cateterizada − Punção supra púbica − Coleta para Análise de Drogas Exame Físico da Urina No exame físico da urina inclui a determinação da Cor, Aspecto e Gravidade específica. Cor: a cor da urina varia de quase incolor a preta. Essas variações podem decorrer de funções metabólicas normais a atividade física, substâncias ingeridas ou condições patológicas.

Cor Causa Correlação Clínico/Laboratorial Incolor Ingestão Incolor recente de fluídos Comumente encontrada em amostras aleatórias. Amarela pálida Poliúria ou diabetes insipidus Volume de 24 h Elevado. Diabetes mellitus Elevada gravidade especifica e resultado positivo para glicose. Amostra aleatória diluída Consumo recente de Fluídos ou Desidratação pela febre ou queimaduras. Âmbar Laranja Bilirrubina Espuma amarela, quando agitada, e resultados positivos nos testes químicos para Bilirrubina. Fenazopiridina (Pyridium) Drogas comumente administradas para infecções do trato urinário Nitrofurantoina (Antibiótico) Pode ter espuma laranja e pigmento laranja denso que podem obscurecer ou interferir com as leituras das tiras de reagentes. Fenindione Anticoagulante, laranja na urina alcalina, incolor em urina ácida. Amarelo- Verde/ Amarelo- castanha/ Verde Bilirrubina oxidada em biliverdina Infecção por Pseudomonas Espuma colorida na urina ácida e resultado falso- negativos nos testes químicos para a bilirrubina. Urocultura Positiva. Azul-verde Amitriptilina Antidepressivo. Metocarbamol (Robaxin) Relaxante muscular, pode ser verde-castanha. Azul de metileno Fístulas. Rosa/ Vermelha Eritrócitos Urina turva com resultados positivos da análise química de hemoglobina e eritrócitos visíveis microscopicamente. Hemoglobina Urina límpida com resultados positivos para análise química, hemólise intravascular. Beterraba Urina alcalina. Rifampicina Medicação para tuberculose. Contaminação menstrual Amostra turva com eritrócitos, muco e coágulos. Marrom/ Preta Hemoglobina oxidada a metemoglobina Vistos em urinas ácidas um tempo após a coleta; resultado positivo análise química para hemoglobina. Metemoglobina Hemoglobina desnaturada. Metildopa ou levodopa Anti-hipertensivos. Metronizadol (Flagyl) Escurece um tempo após a coleta. Aspecto: O aspecto é um termo geral que se refere à transparência/turvação de uma amostra de urina. No exame de rotina o aspecto é determinado através do exame visual da amostra homogeneizada.

  • Aspecto Normal: A urina recentemente expelida em geral, é clara, especialmente se for uma amostra com coleta de jato médio, com assepsia. A precipitação de fosfatos e de carbonatos amorfos pode causar uma ligeira opalescência branca.

Técnica das Tiras de Reagentes:

  1. A metodologia de análise inclui a imersão completa e rápida da tira reagente em uma amostra bem homogeneizada;
  2. Eliminar do excesso de urina;
  3. Aguardar o período especificado para a reação ocorrer;
  4. Comparar a cor das almofadas da tira de reação com a tabela de cores fornecida pelo fabricante. Parâmetros:
  • pH;
  • Proteína;
  • Glicose;
  • Cetonas;
  • Sangue;
  • Bilirrubina;
  • Urobilinogênio;
  • Nitrito;
  • Leucócitos;
  • Densidade ou gravidade específica. pH: A urina normal é ligeiramente ácida, podendo o pH variar entre 4,5 a 8,0. Para a determinação do pH, utilizam-se tirar reagentes com graduação em cores, simples ou múltiplas. A urina extremamente ácida é observada em casos de subalimentação, diarreias graves, acidose diabética e uso de medicamentos acidificantes. Urina extremamente alcalina em alcalose respiratória ou metabólica e nos pacientes submetidos à dieta vegetariana. pH na fita de urina: Indicador que fornece uma ampla variedade de cores cobrindo toda a faixa de pH. Nas amostras de urinas normais o pH pode variar de 4,5 a 8,0. Causas das Urinas Ácidas e Alcalina Urina Ácida Urina Acalina Enfisema Hiperventilação Diabetes mellitus Amostras velhas Jejum Acidose tubular renal Desidratação Presença de bactérias produtoras de urease Diarreia Dieta vegetariana Presença de bactérias produtoras de ácido ( E.coli ) Dieta hiperproteica Proteínas: A eliminação proteica do adulto gira em torno de 30 a 50 mg/24h (em especial albumina). A detecção de proteínas é provavelmente o achado isolado mais sugestivo de doença renal. Em casos de proteinúria ortostática, glomerulonefrites, litíase renal ou queimaduras extensas, observa-se proteinúria acentuada. A dosagem quantitativa nessas ocasiões é importante realizar a proteinúria em urina de 24 horas. Outras condições podem levar a proteinúria: estado febril, exercício físico vigoroso, exposição prolongada ao frio ou calor, estresse emocional e insuficiência cardíaca congestiva.

Proteínas na fita de urina: O teste baseia-se na alteração da cor do indicador azul de tetrabromofenol na presença de proteínas, cuja cor varia de amarelo até verde. Glicose: A glicose é livremente filtrada pelos glomérulos e reabsorvida pelos túbulos renais. Quando a concentração de glicose no sangue alcança valores entre 180 e 200 mg/dL, a capacidade máxima de reabsorção dos túbulos é ultrapassada e a glicose aparecerá na urina. Este é o mecanismo de glicosúria observada no diabetes mellitus. Glicosúria pode ocorrer, ainda, devido à ingestão de dieta com elevada orcentagem de carboidratos. Resultados positivos até 50 mg/dL podem ser considerados como esperados em pessoas sadias. Glicose na fita de urina: Reação específica glicose-peroxidase-oxidase. O cromógeno iodeto de potássio é oxidado e apresenta coloração azul até marrom-escura, dependendo da quantidade de glicosúria. Corpos cetônicos (Cetona): Normalmente ausentes, podem ser encontradas em desidratação e acidose diabética. Corpos Cetônicos na fita de urina: Detectados pela reação do ácido acetoacético com o nitroprussiato de sódio. Sangue: Presença de sangue na urina pode ser confirmada através da detecção na urina de hemácias íntegras - hematúria (5 hemácias/ microlitro de urina) ou de hemoglobina- livre hemoglobinúria (0,015 mg/dL de urina). A hematúria resulta de sangramento em qualquer ponto do trato urinário desde o glomérulo até a uretra, podendo ser devido doenças renais, infecção, tumor, trauma, cálculo, distúrbios hemorrágicos ou uso de anticoagulantes. Sangue na fita de urina: A hemoglobina catalisa a oxidação do indicador Otoluidina, resultando numa cor que varia do amarelo ao verde-escuro. Pontos verdes na tira reagente indicam hemácias intactas na urina. Urobilinogênio: A bilirrubina conjugada (direta) é transformada em urobilinogênio pelas bactérias intestinais no duodeno. A maioria dos urobilinogênio é excretado nas fezes. O fígado reprocessa o urobilinogênio restante em bile. Uma quantidade muito pequena é excretada na urina. Um aumento no urobilinogênio é indicativo de disfunção hepática ou processo hemolítico. Nas disfunções ou lesões hepáticas (hepatites, cirrose e insuficiência cardíaca congestiva), o fígado torna-se incapaz de remover o urobilinogênio reabsorvido tornando sua pesquisa na urina positiva. Outras condições onde há aumento do urobilinogênio urinário incluem: estados de desidratação e febril. Urobilinogênio na fita de urina: O teste baseia-se na reação de Ehrlich, na qual o dimetilaminobenzaldeído reage com urobilinogênio, fornecendo uma cor que varia do bege até o rosa-escuro. Nitrito: A pesquisa de nitrito representa teste bastante útil na detecção de bacteriúria assintomática. O teste do nitrito indica presença de bactérias na urina que são capazes de converter nitrato em nitrito, podendo auxiliar no diagnóstico da infecção urinária. Bactérias que convertem nitrato em nitrito incluem, principalmente, bactérias Gram- negativo como E scherichia coli, Proteus, Klebsiella, Citrobacter , etc. Nitrito na fita de urina: Com base na conversão de nitratos, provenientes da alimentação, em nitritos pela ação de bactérias Gram-negativas na urina.

A grade de contagem tem 3 mm x 3 mm de tamanho e é subdividida em nove quadrantes de 1 mm x 1mm. Na uroanálise , são utilizados os quatro quadrantes laterais , para contar leucócitos, hemácias e células epiteliais, além da análise qualitativa de cristais, bactérias e outras estruturas que porventura possam aparecer. A lamínula é colocada sobre a câmara, cobrindo a área central, onde a grade de contagem está. Ela serve para concentrar a amostra entre o fundo da câmara e a própria lamínula, deixando exatamente 0,1 mm nesse espaço. Diluição e cálculos: O número de células contadas não é o resultado final. Terá que multiplicar o número de células contadas por fatores, dependendo da sua diluição. Geralmente é utilizada a técnica de Thomas Addis Modificada. Observação: Na maioria dos laboratórios as Células epiteliais, cristais, cilindros e muco, são quantificadas como: Raras, Moderadas ou Frequentes e Numerosas.

Quantificação de células, cristais, cilindros, etc: 0 a 10 por quadrante = Raras. 10 a 20 por quadrante = Moderadas. Acima de 20 por quadrante = Numerosas. Células epiteliais: três tipos de células são encontrados no trato urinário: Células escamosas, pavimentosas ou planas que cobrem a vagina, a uretra e o trígono vesical. Caracterizam-se pelo grande tamanho, núcleo pequeno e citoplasma com pequenos grânulos. Sua presença não tem maior significado, podendo indicar contaminação vaginal da amostra. Células de transição: cobrem a pelve renal, ureter e bexiga. Sua presença, em grande número, pode indicar inflamação da via urinária descendente, se associada a leucocitúria. Frequentemente são redondas, com núcleo também redondo e relativamente grande. É difícil sua separação do epitélio renal. Células tubulares renais: São células oriundas do epitélio tubular que aparecem ocasionalmente no sedimento urinário normal. São um pouco maiores do que os leucócitos e apresentam um núcleo grande, geralmente excêntrico, muitas vezes com membrana nuclear espessada e com inclusões citoplasmáticas. Como representa esfoliação renal, a presença de mais do que uma dessas células por campo de grande aumento (400x) sugere dano tubular renal. Cristais: É comum encontrar cristais na urina. Embora raramente tenham qualquer significado clínico, deve se proceder à sua identificação para se ter certeza de que não representam anormalidades. Os cristais são formados pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura ou concentração, o que afeta sua solubilidade. Os sais precipitados aparecem na urina na forma de cristais verdadeiros ou de material amorfo, que também se inclui na categoria de cristais urinários. A urina normal recém-eliminada pode conter cristais formados nos túbulos ou, com menos frequência, na bexiga. A grande concentração de solutos geralmente é responsável por essa precipitação in vivo, encontrada, na maioria das vezes, na urina concentrada. A maior parte da formação de cristais ocorre em amostras que foram deixadas em temperatura ambiente ou que foram refrigeradas. Os cristais são extremamente abundantes em amostras refrigeradas e muitas vezes causam problemas porque mascaram outros componentes de maior significado clínico. O recurso mais útil na identificação dos cristais é o conhecimento do pH da urina, pois ele determinará o tipo de substâncias químicas precipitadas. Os cristais geralmente são classificados não só como normais ou anormais, mas também segundo a urina em que está presente: ácida ou alcalina. Os mais comumente encontrados têm formas ou cores muito características, mas na verdade ocorrem variações, o que pode causar problemas de identificação. A cistinúria (cristais de cistina) é uma doença hereditária que faz com que cálculos compostos do aminoácido cistina se formem nos rins, na bexiga e na uretra. O termo hereditário significa que a doença é transmitida dos pais para os filhos através de uma anomalia em seus genes. Para ter cistinúria, uma pessoa deve herdar a anomalia do pai e da mãe.

A= hialino; B= hemático; C= hemático; D= epitelial; E= leucocitário; F= hemático; G= granular; H= granular; I= céreo. Cilindros Hialinos Cilindros Hemáticos

Cilindros Leucocitários Cilindros Epiteliais Cilindro Granular Cilindro Céreo

Coleta e Manuseio: Não há preparo específico para o exame do LCR. Não há necessidade de jejum. O paciente de preferência não deve estar utilizando medicamento que interfiram na coagulação sanguínea. Em pacientes extremamente agitados pode ser indicada a sedação. O procedimento de coleta requer determinadas precauções, incluindo a medição da pressão intracraniana e cuidadosa técnica para evitar a introdução ou danificar o tecido neural. O LCR é preferencialmente colhido por profissional médico habilitado, através de punção lombar realizada entre a 3ª e 4ª ou 4ª e 5ª vértebras lombares, ou entre a 5ª vértebra lombar e o sacro. A punção é realizada com o paciente em decúbito lateral com as costas na beira do leito para minimizar a curvatura da coluna. Ambas as pernas do paciente devem estar fletidas e o pescoço deve estar levemente flexionado. O clínico deve usar luvas estéreis e máscara. Limpar o local da punção com solução antisséptica, com movimentos circulares do centro para fora, a apartir do ponto no qual será realizada a punção. O médico deve palpar o processo espinhoso identificando previamente e infiltrar a pele no paciente com 2 a 3mL de anestésico local (por exemplo lidocaína a 2%) e aguardar 1 a 2 min para que faça efeito. Há dois tipos de agulhas disponíveis para a realização da punção lombar-atraumática (Sprotte ou Pajunk) e a agulha padrão de Quincke. Se usar a agulha atraumática pode ser preferível utilizar um introdutor para perfurar a pele, antes da inserção da agulha. A agulha espinhal deve ser introduzida no mesmo trajeto utilizado para anestesia e avançar horizontalmente, apontando em direção ao umbigo na profundidade aproximadamente de 2 cm. Continuar a avançar a agulha até perceber a penetração do ligamento flavum (sensação tátil).

Deve-se observar a saída por gotejamento de um líquido claro. Se não houver a saída de líquido, roda-se a agulha para certificar de que não há bloqueio. Se ainda não houver saída de líquido reinserir o mandril e avançar um pouco a agulha, retirando o mandril após cada movimentação. Se não for bem-sucedido, o procedimento pode ser tentado no espaço abaixo ou realizado por outro profissional. Se não for possível realizar a punção com a paciente em decúbito lateral, pode ser tentada com o paciente sentado. A complicação mais frequente da punção liquórica é o sangramento discreto decorrente de lesão de vasos aracnoides, porém podem ocorrer mais raramente lesões arteriais dando origem a hemorragias ou hematomas. Aproximadamente 60% dos pacientes apresentam cefaleia pós-punção e 40% podem apresentar dos nas costas. A incidência de cefaleia pós-punção pode ser reduzida com a utilização de agulhas atraumáticas de menos calibre. As amostras são coletadas preferencialmente em 3 tubos estéreis, que são rotulados em 1, 2 e 3, na ordem em que são retiradas. O tubo 1 é utilizado para testes químicos e sorológicos , porque esses testes são menos afetados pelo sangue ou por bactérias introduzidas como resultado do procedimento de punção. O tubo 2 é, geralmente, destinado para o setor de microbiologia. O tubo 3 é utilizado para contagem celular , porque é o menos provável de conter células introduzidas pelo procedimento de punção lombar. Considerando-se os desconfortos para o paciente e as possíveis complicações que podem ocorrer durante a coleta da amostra, o pessoal de laboratório deve manusear, cuidadosamente, as amostras de LCR. Os testes são realizados em caráter de Urgência. Exame Físico do LCR: O LCR normal é límpido e incolor. O aspecto xantocrômico, com vestígios de coloração amarela, pode ser devido a presença de hemoglobina (hemólise) e concentrações elevadas de proteínas ou bilirrubinas. O aspecto sanguinolento, com tonalidade fracamente vermelha, pode estar associado a concentrações aumentadas de hemoglobina ou de grandes quantidades de hemácias.