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Resumo de endodontia inicial, Notas de aula de Endodontia

Esse resumo conta com diversos temas (12) dentro da própria matéria, de forma completa, didática, simples, e ilustrativa. Os conteúdos abordados são: - Instrumentais endodônticos - Nomenclatura das limas endodônticas - Acesso coronário - Etapas operatória - Nomenclatura e conceitos - Odontometria - Instrumentação inicial - Anatomia endodôntica - Materiais obturadores - Biologia pulpar - Técnicas de obturação - Técnica irrigadora

Tipologia: Notas de aula

2023

À venda por 11/07/2023

vitoria-pereira-97i
vitoria-pereira-97i 🇧🇷

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ENDODONTIA
A endodontia ou tratamento de canal é a remoção da
polpa danifica, infeccionada ou morta do dente.
Quando removida o espaço restante é limpo,
modelado e preenchido.
Na endodontia os materiais em sua maioria são
pequenos e feitos de metal aço inoxidável
exemplo: limas. Essas ferramentas são empregadas
como agentes mecânicos na instrumentação de canais
radiculares.
As limas podem ser classificadas em:
Manuais e mecanizados
Kerr, hedstroem e especiais
Limas e alargadores
Aço inoxidável e níti
Torcidos e usinados
Cabo e haste
o LIMAS MANUAIS X MECANIZADAS
As limas manuais nós utilizamos os dedos (polegar e
indicador) para a instrumentação. Os instrumentais
mecanizados é utilizado motores eletrônicos.
o KERR X HEADSTROEM X ESPECIAIS
Dentro das limas manuais temos a do tipo K (kerr) tipo
hedstroem, especiais e flex.
As limas tipo K de aço inoxidável são mais rígidas e
possuem maior corte devido sua secção transversal
que é quadrangular e as flex possui secção transversal
triangular e por isso são mais flexiveis. A lima
hedstroem não serve para corte e sim para
acabamento e polimento das paredes dos canais
radiculares.
o LIMAS X ALARGADORES
As limas ampliam os canais através do movimento de
rotação ou tração contra as paredes do canal, ou seja,
elas cortam. Os alargadores (hedstroem) alargam os
canais.
Hedstroem (secção circular)
Lima K (secção quadrangular)
o LIMAS DE AÇO INOXIDÁVEL X LIMAS DE NÍQUEL
TITÂNIO
As limas de aço inoxidável são utilizadas para uso
manual, porém devido sua rigidez e baixo grau de
flexibilidade elas são indicadas para instrumentação
de canais curvos, atrésicos e ovais. As limas feitas com
ligas de níquel-titânio possuem superelasticidade e
efeito memória de forma (capacidade de voltar ao
formato original através de um aquecimento
moderado) e elas possuem 20 mm de parte ativa.
o TORCIDOS X USINADOS
As limas fabricadas por meio de torção possuem
arestas que cortam, e podem ter vários tipos de
secção transversal, a Kerr possui secção quadrada, a
tipo flex possui secção triangular... A que possui mais
resistência são as limas usinadas pois elas são cortadas
no formato certo e não torcidas.
o CABO X HASTE
As limas manuais possuem cabo e as mecanizadas
hastes.
Instrumental clinico
Espelhos (n.5 e n.3), sonda exploradora, sonda
reta/rhein, pinça para algodão (adulta e pediátrica),
colher de dentina e espátula n.1.
Kit diagnóstico
CONCEITO
Instrumentais endodônticos
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A endodontia ou tratamento de canal é a remoção da polpa danifica, infeccionada ou morta do dente. Quando removida o espaço restante é limpo, modelado e preenchido.

Na endodontia os materiais em sua maioria são pequenos e feitos de metal – aço inoxidável – exemplo: limas. Essas ferramentas são empregadas como agentes mecânicos na instrumentação de canais radiculares.

As limas podem ser classificadas em:

 Manuais e mecanizados  Kerr, hedstroem e especiais  Limas e alargadores  Aço inoxidável e níti  Torcidos e usinados  Cabo e haste o LIMAS MANUAIS X MECANIZADAS

As limas manuais nós utilizamos os dedos (polegar e indicador) para a instrumentação. Os instrumentais mecanizados é utilizado motores eletrônicos.

o KERR X HEADSTROEM X ESPECIAIS

Dentro das limas manuais temos a do tipo K (kerr) tipo hedstroem, especiais e flex.

As limas tipo K de aço inoxidável são mais rígidas e possuem maior corte devido sua secção transversal que é quadrangular e as flex possui secção transversal triangular e por isso são mais flexiveis. A lima hedstroem não serve para corte e sim para acabamento e polimento das paredes dos canais radiculares.

o LIMAS X ALARGADORES

As limas ampliam os canais através do movimento de rotação ou tração contra as paredes do canal, ou seja, elas cortam. Os alargadores (hedstroem) alargam os canais.

Hedstroem (secção circular)

Lima K (secção quadrangular)

o LIMAS DE AÇO INOXIDÁVEL X LIMAS DE NÍQUEL – TITÂNIO

As limas de aço inoxidável são utilizadas para uso manual, porém devido sua rigidez e baixo grau de flexibilidade elas são indicadas para instrumentação de canais curvos, atrésicos e ovais. As limas feitas com ligas de níquel-titânio possuem superelasticidade e efeito memória de forma (capacidade de voltar ao formato original através de um aquecimento moderado) e elas possuem 20 mm de parte ativa.

o TORCIDOS X USINADOS As limas fabricadas por meio de torção possuem arestas que cortam, e podem ter vários tipos de secção transversal, a Kerr possui secção quadrada, a tipo flex possui secção triangular... A que possui mais resistência são as limas usinadas pois elas são cortadas no formato certo e não torcidas. o CABO X HASTE

As limas manuais possuem cabo e as mecanizadas hastes.

 Instrumental clinico Espelhos (n.5 e n.3), sonda exploradora, sonda reta/rhein, pinça para algodão (adulta e pediátrica), colher de dentina e espátula n.1.

 Kit diagnóstico

CONCEITO

Instrumentais endodônticos

Endoice para verificar vitalidade pulpar e radiografias.

 Kit anestesia

Carpule, e tubetes anestésicos (alphacaine e articaine)

O cabo da lima serve para segurá-la e o stop serve para delimitar o tamanho da lima, ou seja, delimitar o tamanho do canal radicular. O intermediário serve para dar o comprimento da lima, pois toda lima tem 16mm de parte de trabalho/ativa e o intermediário pode ter 5, 9 e 15mm, ou seja as limas podem ter 21, 25 e 31 mm de comprimento. A ponta inativa chamada também de TIP ela serve para guiar a ponta da lima. No cabo da lima possui a secção transversal e número (diâmetro da ponta – lima 25, diâmetro 0.25).

 NOMENCLARUTA DAS LIMAS

 TAPER

É a conicidade estabelecida pelo fabricante, as limas manuais possuem taper 2 (0,02). O taper é a medida do aumento do diâmetro em cada milímetro da parte ativa. EXEMPLO:

Lima tipo K 25.02, a cada milimitero da parte ativa soma-se 02. 1mm – 25 + 2 = diâmetro 27 mm 3 mm – 25 + 2 = diâmetro 31 mm

Ou pode ser feito através da multiplicação: 2 x 3 = 6 + 25 = 31mm. As limas podem ter o número com a cor contrária da cor do cabo (lima tipo K) ou pode ter cor igual (lima flexofile).

O acesso coronário é o preparo de uma cavidade na coroa de um dente para acessar a cavidade pulpar. A abertura coronária engloba o acesso a câmara pulpar, remoção de lesões cariosas até encontrar as entradas dos canais. Alguns erros como: permanência do teto e perfuração radicular pode ser cometidos por falta de conhecimento. Para fazer um bom diagnóstico e um bom acesso coronário é necessário realizar uma radiografia para avaliar o estado de saúde do dente.

 Direção de penetração É a inclinação dada a broca a partir do ponto de eleição (incisivos e caninos sup – face palatina 1 a 2 mm abaixo do cíngulo. Incisivos e caninos inferiores – face lingual 1 a 2mm acima do cíngulo) para alcançar a parte mais volumosa da câmara pulpar.

  1. Diagnóstico: avaliação do paciente e verifica a necessidade do tratamento de canal.
  2. Abertura do dente: é o ato cirúrgico que permite acesso a câmara pulpar. Para isso deve-se escolher um ponto de eleição  Ponto de eleição é o ponto onde iniciamos a abertura, sendo especifico para cada grupo dental. A. A forma de contorno da abertura dos incisivos possui formato triangular com a base maior voltada para incisal e abertura deve-se iniciar 1-2mm acima do ponto de eleição (cíngulo). Os caninos possuem formato losangular.

NOMENCLATURA DAS LIMAS

Acesso coronário e localização de canais radiculares

ETAPAS OPERATÓRIAS

BIOMECÂNICA DO CANAL RADICULAR

É o conjunto de atos que preparam o canal radicular para a obturação

COMPRIMENTO APARENTE X COMPRIMENTO DE TRABALHO

 O comprimento aparente é o comprimento do ponto de referência até o ápice radiográfico.  Referência: é o local dental ou não dental de escolha do dentista.  Comprimento de trabalho é o comprimento REAL da referência até o limite apical obtido pela odontometria.  Odontometria: medida obtida através de radiografias. LIMITE APICAL

O limite apical é o limite CDC (canal-dentina-cemento) que é de 0,5mm aquém do limite apical.

 Transporte de canal: ocorre quando a lima possui uma ponta ativa, ou seja, uma ponta cortante, podendo causar um desvio do canal. Quanto mais próximo o instrumento esta do ponto final do canal radicular é mais difícil ocorrer transporte de canal  Taper: é a configuração cônica e progressiva que se dá ao preparo do canal, que possibilita uma posição apical de menor diâmetro.  Sempre que for instrumentar dentes com dois ou mais canais deve-se realizar movimentos no sentido antifurca, ou seja, ou instrumento deve ir para o sentido proximal. PATENCIA

A patência também chamado de debridamento foraminal é a passagem de 1 mm feito com um instrumento fino (lima de 15 e 25mm) além do comprimento de trabalho. Esse procedimento é realizado a cada troca de lima para evitar a obliteração do canal.

 Ex: se o comprimento de trabalho é 20mm e for colocado 21mm terá a patência.

Algumas pessoas discordam da patência, pois preverem ”preservar” o coto pulpar, mas estudos mostram que há alto potencial para uma nova formação de coto após a patência. A patência é essencial para o tratamento do abcesso agudo, pois com a patência vai haver o extravasamento do pus do abcesso.

PRÉ-INSTRUMENTACÃO A pré-instrumentação é a primeira “exploração“ do canal e geralmente é feita com lima K 25mm. Tem como objetivo encontrar o canal, fazer o exploramento inicial e o alargamento cervical inicial. EXPLORAÇÃO É a forma de descobrir como é o canal (amplo, curvo, reto...) e geralmente é feito com limas K 15 (25mm) e 10 (21mm) e é nessa fase que geralmente é feita a odontometria e patência, e também é feita a escolha do instrumento inicial (primeiro instrumento a chegar ao comprimento de trabalho com uma ligeira dificuldade), caso não tenha sido feita a odontometria é explorado até o comprimento aparente -2mm. BATENTE APICAL É o preparo do terço apical realizado com o ultimo instrumento a entrar no canal (IM-instrumento de memória) que serve como apoio da massa obturadora. O instrumento de memória é responsável pelo batente, pelo diâmetro apical e pelo diâmetro do cone do cone de obturação. A batente não é indicada em casos de rizogênese incompleta, traumatismo dental e reabsorção externa. RECAPITULACÃO A recapitulação é o reuso da lima mais calibrosa que foi utilizada no comprimento de trabalho (ultima lima

utilizada), esse ato tem como objetivo impedir a compactação da dentina (debris) ao longo do canal.

 Erros comum durante a modelagem  Perda do comprimento de trabalho, por conta dos debris acumulados ao longo do canal (CT).  Transporte apical  Perfuração/ fenestração  Fratura do instrumento

A odontometria tem como objetivo determinar com precisão o comprimento real do dente. O limite da ação dos instrumentais é o canal dentinário.

  1. Inicialmente é realizada uma radiografia periapical do elemento dentário para se obter o CA (comprimento aparente)  Comprimento aparente é a medida que vai do ponto de referência até o ápice dental (mede-se a radiografia com a régua).

Exemplo: a medida do ponto de referência até o ápice deu 20 mm esse então é o comprimento aparente, nisso pega o CA - 2mm (porque a radiografia pode estar encurtada ou alongada) = 18mm (comprimento provisório). O comprimento provisório é o comprimento do instrumento explorador que a gente coloca dentro do canal.

  1. Em seguida radiografa novamente e verifica se faltou ou sobrou alguns mm, essa medida é chamada de X.
  2. Então o comprimento de trabalho se dá com o CP +/- X = CT.

Para fazer a odontometria existem três formas:

 Sinestésico é aquela feita através da sensibilidade tátil, ou seja, quando o paciente reclama de dor após passar o CDC.  Radiográfico é aquela feita através das radiografias onde será obtido o comprimento aparente e com o a limas de exploração

(15/10) explora-se o CP (comprimento provisório).  Eletrônico é aquela feita com localizadores apicais.

O dente é separado em duas regiões: coroa e raiz. E a raiz por sua vez é separado em três terços: terço cervical, terço médio e terço apical.

O preparo cervical pode ser definido pela ampliação (feito com gates gliden) do diâmetro na entrada dos canais localizados no terço cervical do canal. O terço médio e apical são trabalhados durante a instrumentação e em casos de canais atrésicos se ganha espaço terço a terço.

Existe vários tipos de técnica para realizar o preparo cervical, mas a mais utilizada é a técnica crown down que consiste em inserir a gates de maior diâmetro primeiro e a de menor diâmetro por último. Essa técnica é mais utilizada em dentes com canais amplo e retos, em casos de canais atrésicos e curvos pode ser feito o contrário (gates de diâmetro para gates maior diâmetro).

Vale lembrar que existem mais bactérias no terço cervical, pois essas é região que está mais próxima do meio externo e também a que mais possui túbulos dentinários, sendo eles de maior diâmetro em relação aos túbulos localizados ao longo da raiz.

 Preparo cervical X desgaste compensatório No desgaste compensatório é feito o alargamento/ desgaste das paredes proximais da câmara pulpar, já o preparo cervical é o alargamento da embocadura dos canais, mas ambos servem para que a lima entre mais reta.  Quando escolher lima de 21, 25 e 31?

A lima de 31 mm é usada após a odontometria quando a lima de 25 não for suficiente, a de 21 mm é indicada

ODONTOMETRIA

Instrumentação manual

Em cada troca de lima realizar IPI (irrigação, patência, irrigação).

A estrutura dentária é dividida em duas partes: coroa e raiz. Na região da coroa é possível observar uma camada de esmalte revestindo externamente a coroa e na região de raiz o revestimento externo é o cemento. Internamente é possível encontrar uma estrutura chamada de cavidade pulpar que abriga e protege a polpa, essa cavidade pulpar é dividida em câmara pulpar e canal radicular.

 Câmara pulpar: acompanha a forma externa da coroa e é constituída pelas paredes laterais (faces a coroa dentinária), pelo assoalho e teto.  Canal radicular: pode ser divido em canal dentinário que vai afunilando até chegar no limite CDC e também em canal cementário que possui menor diâmetro no CDC e maior diâmetro no forame apical.

 Classificação dos canais radiculares

  1. Canal principal: é o canal de maior calibre e termina próximo ao forame apical.
  2. Canal lateral/adventício: atinge o periodonto no terço cervical ou médio.
  3. Canal recorrente: sai do canal principal e volta para ele.
  4. Interconduto: é o canal que liga dois canais.
  5. Canal colateral: é um canal localizado ao lado do canal principal mais em menor diâmetro.
  6. Canal secundário: atinge o periodonto no terço apical.
  7. Canal acessório: é uma ramificação do canal secundário.
  8. Canais delta apicais: são aqueles que se ramificam na região apical.

 ÁPICES RADICULARES

É a porção mais afilada e estreita da raiz onde pode ser encontrado um ou mais orifícios (forame) e é através destes que penetram artérias e nervos. Em 83% dos casos o forame não coincide com o vértice apical.  CANAL DENTINÁRIO E CEMENTÁRIO

O canal dentinário é circundado pela dentina e é onde se encontra a polpa ele possui formato cônico da cervical até o CDC, já o canal cementário também possui formato cônico mais vai do CDC até o forame apical e ele é circundado pelo cemento.

 CDC – canal dentina cemento é a união do canal dentinário como canal cementário é também chamada de área de constrição apical.

 COTO PULPAR E COTO PERIODONTAL

Coto significa resto de tecido, então coto pulpar fica localizado no canal dentinário e é aquilo que restou da polpa após o preparo, já o coto periodontal fica localizado no canal cementário é resto de tecido periodontal. Em casos de tratamento de canal com a polpa viva não se deve mexer no coto, por isso através da odontometria dá para se medir o CT.

ANATOMIA ENDODONTICA

 ISTMO

Área estreita em formato de linha que conecta dois ou mais canais. Essas áreas podem conter polpa ou tecido necrótico e por isso deve ser desinfectado e limpo da melhor maneira possível.

 POLPA DENTAL

É um tecido conjuntivo frouxo composto por células e altamente inervado e vascularizado. Os odontoblastos presentes na superfície pulpar são responsáveis pela produção de dentina.

 DENTINA

É um tecido conjuntivo avascular, elástico e mineralizado produzido pelos odontoblastos. Sua principal função é defender a primeira camada protetora, absorvendo impactos externos causados por alimentos ou desgastes. Ela também é responsável pela área sensitiva do dente que é totalmente ligada à polpa através dos túbulos dentinários.

 ESMALTE

Esmalte dental é a parte que fica mais externa, aquela que em situações normais, enxergamos ao sorrir. O esmalte dental é o tecido mais mineralizado e resistente do corpo humano, apresentando assim em grande parte de sua composição mineirais como cálcio e fosfato.

 CEMENTO

É uma fina camada de tecido conjuntivo avascular e sem inervação que recobre a raiz do dente, esse tecido assim como o esmalte não é remodelado.

 LIGAMENTO PERIODONTAL

O ligamento periodontal é uma estrutura de suporte composta por tecido conjuntivo e é altamente

especializado, além de unir os dentes ao osso alveolar ele possui função sensitiva dada pelos receptores sensoriais.  OSSO ALVEOLAR

O osso alveolar é composto por duas partes: osso compacto e osso esponjoso sendo esse o osso que sofre reabsorção.

 LAMINA DURA

É um osso alveolar compacto denso que reveste o alvéolo dental. Na radiografia aparece como uma linha radiopaca contornando a raiz do dente.

 ANATOMIA DOS DENTES  Incisivo central superior: o incisivo central superior erupciona por volta dos 6-8 anos de idade e termina a rizogênese por volta dos 10 anos de idade. A raiz possui inclinação para palatina e distal e o canal possui orientação em 75% dos casos reta. É um dente que possui uma raiz e um canal e possui um tamanho de 23mm.

 Incisivo lateral superior: o incisivo lateral superior erupciona por volta 8-9 anos e termina a rizogênese por volta dos 11 anos de idade. A raiz possui uma inclinação para palatina e para distal e canal possui uma orientação em 53% dos casos para distal e 30% é reto. Esse dente também possui uma raiz e um canal e possui tamanho de 22 mm.

 Canino superior: o canino superior erupciona por volta 11-12 anos e termina sua rizogênese por volta dos 13-15 anos de idade. A raiz assim como os outros possui inclinação para palatina e para distal e a orientação do canal em 39% dos casos é

Os materiais obturadores são bastante importantes para o sucesso do tratamento endodôntico, pois esses materiais num geral garantem o selamento apical pela deposição de tecido mineralizado. Os materiais obturadores devem obter propriedades físico- químicas que promovam o selamento e devem ter compatibilidade biológica.

Os cones de guta-percha representam uma parte desses materiais obturadores, eles apresentam compatibilidade biológica, porém eles não conseguem fazer o selamento do canal sozinhos, por isso, devem ser utilizados juntamente com os cimentos endodônticos, mas um canal também não pode ser tratado apenas com os cimentos, pois em caso de retratamento os cones podem ser removidos.

Os cimentos a base de zinco e eugenol foram os primeiros a serem desenvolvidos, eles possuem ótimas propriedades físico-químicas, propriedade biológicas, mas o comportamento biológico é desfavorável, ou seja, não são bioativos e são irritantes aos tecidos perirradiculares (dependendo da quantidade de líquido)

A partir disso foram desenvolvidos cimentos a base de outras substâncias que promoveram maior ênfase nas propriedades biológicas e bioativas.

 Propriedades biológicas  Biocompatibilidade (não pode ser tóxico)  Capacidade de ser reabsorvido (se ele não for reabsorvido se tornará algo agressivo para nosso organismo)  Bioatividade (capacidade de fazer a deposição de tecido mineralizado para reparação apical)

Quando o material é reabsorvido e não ocorre a reparação o espaço fica vazio permitindo a chance proliferação bacteriana.

 Quem faz essa reabsorção e reparação são os cimentos.

 Propriedades físico-químicas  Facilidade de inserção  Tempo de trabalho adequado  Selamento  Escoamento  Adesividade

 Classificação dos materiais obturadores

  1. Materiais em estado sólido:  Cones de guta-percha: é um material sólido em formato de cone e é associado aos cimentos endodônticos. Eles são feitos a base de substancia vegetal (guta-percha) que vem da família das sapotáceas e também são adicionadas outras substâncias (óxido de zinco, carbonato de cálcio, sulfato de bário sulfato de estrôncio, ceras e resinas) que garantem melhora na dureza, radiopacidade, maleabilidade e estabilidade. Os cones são formados de 15 a 20% de guta-percha, de 60 a 75% de óxido de zinco e de 1,5 a 15% dos demais elementos. E o que diferencia uma guta- percha da outra é a quantidade de óxido de zinco e guta-percha, quanto mais guta-percha maior capacidade de termoplastificação.

 As vantagens dos cones de guta-percha são o baixo custo, biocompatibilidade, radiopacidade, estabilidade dimensional, termoplasticidade e remoção feita com eucaliptol e éter.

 Classificação dos cones  Cones principais/padronizados: as numerações dos cones correspondem as limas, então se o instrumento de memória é a lima 40 o cone será o 40 também. Inicialmente a conicidade também é de 0,02 a cada milímetro, só que com os novos instrumentos que foram surgindo foram confeccionados cones em outras conicidades também (0,04, 0,05 e 0,06) e esses cones de conicidade maior geralmente são utilizados em técnicas de obturação com cone único.

 Cones auxiliares: esses cones possuem a ponta fina para serem inseridos entre o cone principal e a parede do canal. Os cones FM e M apresentam conicidade 0,04 então eles podem ser calibrados para serem utilizado sem técnicas de obturação com cone único quando é utilizado instrumentos rotatórios.

Podem haver diferenças nas conicidades de marca para marca, pois são produzidos em grande escala e por isso é necessário calibrar na régua calibradora.

EX: se a lima de memória é a 40, pega-se um cone 35 coloca no buraco do 40 na régua e calibra.

A guta-percha na forma beta são aquelas que estão no estado sólido e possuem capacidade de serem termoplastificadas e são as utilizadas normalmente, já as guta-percha na forma alfa são colocadas dentro do canal já termoplastificadas. E com o passar do tempo forma surgindo cones com maior capacidade de termoplastificação.

 Cones de resina: existem os cones inteiramente de resina e os cones revestidos de resina e eles são originados de um sistema chamado de resilon que tem como proposta proporcionar adesão entre a dentina radicular e o cone, eles são feitos a base de polímero sintético termoplástico então eles possuem capacidade de termoplastificação e esses são materiais associados ao cimento resinoso formando o sistema Epiphany Resilon.  Nesse sistema deveria ser usado o cone, primer e o cimento resinoso.

Depois esse sistema foi modificado e o primer começou a ser embutido dentro cimento formando o sistema Epiphany SE. Mas além desse sistema tem o sistema EndoRez onde os cones de guta-percha são revestidos por resina.

Mas estudos que a adesividade entre o cone a dentina feitas com cones de guta-percha é melhor do que aqueles feitos com cones de resina.

  1. Materiais em estado plástico  Cimentos endodônticos: esses são materiais associados aos cones de guta-percha ou resina proporcionando o selamento, eles devem apresentar propriedades físico-químicas adequadas, além de serem biocompativos e bioativos.  Propriedades de um cimento ideal: adesividade, selamento, radiopacidade, pó fino (quando se fala na mistura de pó e líquido), sem contração, não mancha a estrutura dentária, bacteriostático (impede desenvolvimento de bactérias), presa lenta, biocompativel e solúvel em solvente comum se for necessária sua remoção.

 Classificação dos cimentos  Cimentos a base de óxido de zinco e Eugenol  Endofil: foi desenvolvido por Grossman em 1936 e ele é composto por um pó que contém óxido de zinco na sua composição associado com algumas outras substâncias que melhoram suas propriedades físico-químicas (radiopacidade, adesividade, escoamento, tempo de presa e ação antimicrobiana) e além do pó tem o líquido que é composto por eugenol. A biocompatibilidade desse cimento varia de acordo com a proporção de pó/líquido, quanto mais líquido maior a resposta inflamatória.

Outros cimentos a base de zinco e eugenol são: Kerr Pulp, e endomethasone, sendo esse último muito citotóxico, pois ele libera formaldeído durante a presa.

 Sealer 26 se apresenta na forma de pó e resina e o tempo de presa é de aproximadamente 12 horas, ele também pode ser utilizado em casos de obturação retrograda ou em vedamento de perfuração, mas a quantidade de pó tem que ser maior que a quantidade de resina nesses casos. Ele apresenta boa adesividade, mas demonstrou selamento biológico parcial com áreas de necrose tecidual, ou seja, quando o cimento extravasou ele acabou causando necrose tecidual.

 Cimentos a base de ionômero de vidro  KETAC é manipulado em misturador, a capacidade de vedamento não é tão bom e não apresenta compatibilidade satisfatória com os tecidos.

 Cimentos a base de silicone  RoekoSeal é um cimento formado por duas pastas (uma base e outra catalisadora) manipuladas em quantidades iguais, ele tem baixa alteração dimensional, baixa absorção de água, radiopacidade satisfatória (por conta do dióxido de zircônio presente na sua composição) e ele é biocompativel.

 Guttaflow é um cimento associado a guta-percha em pó e matriz de silicone ele é originado através da modificação do RoekoSeal com adição de partículas de prata. Mostrou-se com menor escoamento e tempo de presa e citotóxico.

 Esse Guttaflow foi modificado para Guttaflow 2 que não é citotóxico e é biocompativel, mas não apresentou atividade bacteriostática.

 Guttaflow Biosseal é uma modificação do Guttaflow 2 com adição de vidro cerâmico bioativos que estimula a formação de tecido mineralizado e aumenta o Ph diminuindo a capacidade de sobrevivência de microrganismo,

além disso ele apresenta radiopacidade e escoamento semelhante ao AH PLUS e o tempo de presa semelhante ao Guttaflow 2.

 Cimentos que contém MTA (mineral trióxido agregado) à base de silicato de cálcio e bioceramicos  O MTA apresenta uma biocompatibilidade e é bioativo, esses cimentos são indicados para selamento de perfuração, proteção pulpar pulpotomia e tratamento de reabsorções dentárias.

 MTA-FILLAPEX é um cimento que contém resina de silicilato, MTA e pigmentos em sua composição, além de se apresentar na forma de duas pastas que devem ser manipuladas em partes iguais. Ele apresenta boa radiopacidade, bioatividade, ph elevado que promove a redução de bactérias, porém ele não possui presa completa, apresenta baixa resistência mecânica, baixa adesão a dentina, efeitos citotóxicos e altera a cor do dente.

 MTA PLUS é a base de silicato de cálcio e está disponível na forma de pó-líquido/gel nas cores brancas e cinza e é indicado para terapia pulpares vitais, tratamento de perfurações e ainda pode ser utilizado com material obturador quando manipulado com o gel, ele contém óxido de bismuto o que causa alteração de cor da coroa, mas independente da manipulação ele apresenta citocompatibilidade.

 NEOMTA PLUS é similar ao MTA PLUS, ele promove a radiopacidade adequada e é bioativo, porém ele não promove escurecimento dentário, pois o óxido de bismuto foi substituído por óxido de tântalo.

 IROOT SP SEALER é à base de silicato de cálcio e já vem pré-misturado, ele é biocompativel, bioativos, tempo de presa de 4horas e penetrabilidade nos túbulos dentinários superior ao AH PLUS.

 BioRoot se apresenta na forma de pó-liquido é a base de silicato de cálcio e apresenta como radiopacificador o óxido de zircônio, é um cimento insolúvel a agua, não mancha o dente, possui bom escoamento, alta radiopacidade e além disso apresenta menor citotoxicidade e bioatividade.

 EndoSequence BC Sealer é a base de silicato tricálcico e já vem pronto para uso, ele apresenta propriedades físico-químicas adequadas e a capacidade de selamento e bioatividade é semahante ao AH PLUS, mas ele libera mais íons de cálcio que o AH PLUS.

 SEALER PLUS BC é um biocerâmico a base de dilicato de cálcio e é insolúvel e radiopaco, além de apresentar ph alcalino e liberar íons de cálcio.

 Bio-C SEALER é um biocerâmico pronto para uso com potencial bioativos, além de ser biocompativel, não manchar o dente, ter bom selamento, escoamento e radiopacidade

 Cimento experimental  MTA Sealer composto de cimento de Portland (cimento de construção) possui propriedades favoráveis (escoamento, bioatividade, resistência e baixa solubilidade).

 Resumindo

Um material obturador deve ser radiopaco, ter um tempo de trabalho longo, ser biocompativel, bioativo e reabsorvido, além disso deve ter ação antimicrobiana e adesividade a estrutura dental. Esses materiais servem para preencher o espaço vazio através do selamento hermético afim de não deixar que as bactérias se proliferem.

A dentina e a polpa são estruturas que dependem uma da outra para se formar e por isso formam o complexo

dentinho pulpar, além disso, essas duas estruturas possuem origem embrionária semelhante.

 Estruturas dentárias O dente é dividido em duas porções: coroa e raiz. Externamente a coroa é recoberta pelo esmalte a raiz pelo cemento, já internamente o dente é constituído pela dentina e pela polpa, no interior da polpa é encontrado vasos sanguíneos, nervos e células. Essa polpa é dividida em câmara pulpar e canal radicular, a câmara pulpar fica localizada na porção da coroa e o canal radicular na região da raiz do dente. O dente é fixado ao osso alveolar através do ligamento periodontal (ele parte do cemento e do osso formando a fibras de sharpey).

 Embriologia do complexo dentinopulpar

O dente começa a se desenvolver na sexta semana de vida intrauterina onde ocorre o espessamento no ectoderma, ou seja, as células dessa região começam a se proliferar, por causa da interação do ectoderma com ectomesênquima e junto com os processos embrionários da maxila e mandíbula forma-se a lâmina dentária.

O ectoderma, também chamado de epitélio orla primitivo dará origem a estruturas formadoras do esmalte (epitélio externo e interno do órgão do esmalte, retículo estrelado e estrato intermediário) e o ectomesênquima se originou da crista neural e dará origem dentina, polpa e tecidos periodontais, é nessa região do ectomesênquima que fica localizado a papila dentária e o folículo dentário.

 Estágios da odontogênese

  1. Botão: as células do epitélio oral primitivo começam a se proliferar formando uma espécie de bolsa/botão e a lâmina dentinária.

Biologia Pulpar e perirradicular

colágenas do ligamento periodontal que vão se ligar ao cemento e ao osso, as células que estão na área mais externa do folículo formam os osteoblastos que formam o osso alveolar.

 Resumindo  O órgão do esmalte composto epitélio externo, interno e retículo estrelado vão formar a alça cervical (fusão epitelial) essa fusão epitelial vai formar a bainha de Hertwing que forma a raiz.  As células do EPITÉLIO INTERNO irão se diferenciar em ameloblasto que formará o esmalte.  Os pré-odontoblastos presentes na papila dentária irão se diferenciar em odontoblastos, passando a secretar dentina (os odontoblastos estão localizados próximos a polpa e seu prolongamento estão na dentina).  A papila dentária também dará origem a polpa, onde é possível encontrar células mesenquimais indiferenciadas, mas que dependente do estímulo podem se diferenciar em odontoblastos) e fibroblastos.  Folículo dentário irá formar o cemento, ligamento periodontal e osso alveolar.

 Dentina

A dentina é formada cerca de 70% de conteúdo inorgânico (cristais de hidroxiapatita) 10% de água e 20% de matriz orgânica.

 Matriz orgânica: 90% colágeno tipo I e V, sendo e maior abundancia o tipo I, proteínas não colagenosas e lipídios.  Tipos de dentina A. Dentina do mando: é a primeira a ser formada e ocorre no momento de diferenciação de pré- odontoblastos para odontoblastos. B. Dentina primária: é aquela que forma o dente. C. Dentina secundária: só vai ser secretada quando o ápice e a coroa estiverem completos e essa produção só vai ocorrer através de estímulos fisiológicos (ex: apertamento), na tentativa de proteger a polpa.  Um paciente jovem passou por menos estímulos que um paciente idoso então o tecido dentinário é menor. D. Dentina terciária: formada a partir de estímulos agressivos (cárie) e depositada abaixo do local de injúria.

 Dentina terciária reacional: nesses casos os odontoblastos sobrevivem e depositam dentina.  Dentina terciária reparadora: células indiferenciadas da polpa vão se diferenciar em odontoblastos. E. Dentina esclerosada: é uma forma de defesa que veda parcialmente ou totalmente os túbulos dentinários. F. Pré-dentina: localizada entre a camada odontoblástica e a dentina mineralizada.

 Túbulos dentinários

Durante a formação de dentina os odontoblastos se movem em direção centrípeta (em direção a polpa) deixando seus processos celulares no interior da dentina para formar os túbulos dentinários.

 Os túbulos formam a dentina intertubular (entre os túbulos) e dentina peritubular.

Esses túbulos possuem formato cônico onde o diâmetro perto da junção amelodentinária é menor e perto da polpa é maior estão presentes em toda espessura da dentina. Dentro desses túbulos está presente o fluído dentinário, processos odontoblásticos, terminações nervosas e colágeno tipo I. Esses túbulos vão influenciar na permeabilidade da dentina e na sensibilidade.

 Permeabilidade é a capacidade das substancias aplicadas sobre a dentina chegarem até a polpa.  Sensibilidade está relacionada com a teoria hidrodinâmica dos túbulos dentinários.  Teoria hidrodinâmica: conforme chegue um agente agressor o fluido dentinário irá se movimentar, movimentando consequentemente os prolongamentos odontoblásticos fazendo com

que ele se choque nas terminações nervosas causando uma sensibilidade.  Polpa

A polpa é um tecido conjuntivo frouxo composto por CÉLULAS (fibroblastos – que é a célula mais abundante da polpa, odontoblastos – formam uma camada odontoblástica na periferia da polpa, células de defesa e células tronco mesenquimais indiferenciadas) MATRIZ EXTRACELULAR (proteínas colagenosas e não colagenosas), VASOS SANGUÍNEOS que penetram a polpa através do forame apical (a função da microcirculação é fornecer oxigênio e nutrientes para as células e remover dióxido de carbono e resíduos do metabolismo celular) e NERVOS cerca de 1000 a 2000 nervos penetram um único dente pelo forame apical e dentre esses nervos 80% deles são amielinizados.

 Os nervos amielínicos é a aqueles que não possui mielina na extensão do axônio fazendo com que a condução nervosa percorra todo o prolongamento, já os nervos mielínicos eles possuem a bainha de mielina fazendo com que a condução seja saltatória e mais rápida.

A inervação pulpar é parte sensorial e parte autônoma. A sensorial é responsável pela sensibilidade e a autônoma é aqueles nervos que conduzem os reflexos da polpa para o cérebro.

 Fibras nervosas sensoriais  Alfa beta: são mielinizadas, com rápida condução e função desconhecida.  Alfa ômega: são mielinizadas, com rápida condução, responsável por dor aguda e transitória e estão mais localizadas próximas ao corno pulpar.  Tipo C: são amielínicas, com condução lenta, responsável por dor lenta, difusa, características da pulpite irreversível.

 Fibras nervosas autônomas  São fibras nervosas simpáticas que levam um estimulo feito no dente para o cérebro.

 Zonas da polpa  Camada odontoblástica  Zona pobre em células  Zona rica em células  Polpa propriamente dita

 Funções  Formativa: por causa dos odontoblastos presentes em sua periferia que irão formar dentina.  Sensitiva: pois na polpa está presente muitas terminações nervosas que vão proporcionar sensibilidade, além disso a sensibilidade funciona como forme de alarme a uma alteração da normalidade.  Nutritiva: pois é através dos vasos sanguíneos presentes na polpa que vai chegar oxigênio e nutrientes tanto para a própria polpa quanto para a dentina.  Defensiva: pois os odontoblastos que estão na polpa começam a produzir dentina como forma de defesa.

 Ligamento periodontal É um tecido conjuntivo frouxo que possui a função de fixar o dente no alvéolo e atua também absorvendo impactos.

 Cemento É um tecido conjuntivo duro que recobre apenas a porção da raiz. Ele possui a função de fornecer uma superfície de contato para as fibras do ligamento periodontal. Esse tecido não tem vascularização própria, é mais resistente a reabsorção e não é

Caso o cone não alcance o CT o primeiro passo que deve ser feito é a troca de cone caso a conicidade seja maior que a de instrumentação, caso o cone já esteja num taper menor deve ser feito recapitulação, patência, odontometria novamente se necessário.

 Após o cone ser retirado da caixinha deve ser submergido no hipoclorito e depois é feito a prova do cone e em seguida submergido novamente no hipoclorito até o momento da obturação.  A prova do cone deve ser realizada com o canal inundado com substancia química auxiliar de preferência EDTA.  A última substância de irrigação antes da secagem deve ser o soro fisiológico.  A secagem do canal pode ser feita com a seringa de irrigação vazia e também com auxílio de uma cânula fina para aspirar o máximo de substancias no interior do canal, após esses dois procedimentos é inserido papel absorvente com o calibre do IM até os canais estiverem secos.

 Inserção do cimento

O cimento pode ser inserido com a lêntulo, ultrassom, limas espaçadores e o próprio cone (sendo esse o mais recomendado).

 Os espaçadores têm função de abrir espaços para a colocação de cones acessórios.

Durante todo o tratamento endodôntico é feito 5 radiografias

 Radiografia inicial/diagnóstica  Radiografia de odontometria  Radiografia da prova de cone  Radiografia da prova de obturação/penacho  Radiografia final

 Técnica de compactação lateral

Essa técnica foi proposta por Callahan em 1914 e é a técnica mais utilizada entre os profissionais. Essa técnica é definida como a colocação sucessiva de cones auxiliares lateralmente a um cone principal com auxílio dos espaçadores, mas essa técnica é contraindicada em casos de curvatura extrema, aberrações anatômicas e reabsorção interna (condição inflamatória que resulta na destruição progressiva da dentina intrarradicular).

 Passo a passo

  1. Escolha do cone principal
  2. Calibre do cone
  3. Antissepsia do cone
  4. Introdução do cone com EDTA no canal
  5. Testes de prova do cone
  6. Remoção do cone a antissepsia
  7. Secagem dos canais
  8. Manipulação do cimento
  9. Introdução do cone principal com cimento
  10. Condensação lateral
  11. Inserção dos cones acessórios
  12. Radiografia da prova da obturação
  13. Corte e condensação
  14. Limpeza com álcool 70 da cavidade
  15. Selamento da cavidade A condensação lateral provoca justaposição do feixe de cones e cimento contra a parede dentinária predispondo a formação de espaços vazios.

Além dessa técnica existem outras duas técnicas de obturação: a termomecânica e a termoplástica.

 Técnica termomecânica/técnica de Schilder

  1. Calibre do cone principal
  2. Prova do cone
  3. Desinfecção do cone
  4. Inserir cone com cimento
  5. Fase de downpack (coloca um cone, corta lá embaixo e condensa, sucessivamente).

 Técnica de Macspadden Essa técnica é feita com o condensador de guta- percha ou também chamado de macspadden no sentido horário para que os cones sejam aquecidos pelo processo de fricção promovendo sua termoplastificação. Essa técnica utiliza apenas o cone principal e o cimento e após o aquecimento do cone é feita a condensação.

 Técnica híbrida de tagger Segue a mesma lógica da técnica de condensação lateral. Chegando na fase de penacho onde dentro do canal está o cimento e os cones tanto principal como acessórios é feita o processo de condensação com a macspadden até a região do terço médio, ou seja, essa é uma técnica que une a condensação lateral e a condensação com a macspadden.

O dente que necessita de tratamento de canal possui em seu anterior microrganismos que infectaram o canal, esses microrganismos podem entrar no conduto por meio da cárie, selamento inadequado, tecido pulpar residual, dentina infectada, lesões periapicais, e a permanência desses microrganismos resultam no fracasso do tratamento endodôntico e por isso é feita a LIMPEZA do canal com as limas e as soluções irrigadoras.

 Dentro dos canais é possível encontrar conteúdo orgânico, inorgânico e bactérias.  Para limpar os canais principais utilizamos principalmente as LIMAS, mas nem sempre só isso basta para fazer a limpeza, pois podem ter regiões que a instrumentação mecânica (preparam, alargam e modelam o canal) não alcança e por isso é necessário fazer a irrigação química com a solução irrigadora.

 Objetivos da irrigação  Alcançar locais que o instrumento mecânico não alcança e “matar” os microrganismos.  Evitar a obstrução do canal através da compactação de debris de dentina.  Eliminação total ou máxima possível dos microrganismos no interior do canal.  Dissolver tecidos orgânicos vivos ou necrosados.  Remover Smear Layer (sujeira de dentina)

A irrigação deve ser feita antes, durante e depois dos instrumentos introduzidos (principalmente a cada troca de lima).

 O canal deve sempre está inundado para facilitar a instrumentação, exceto quando é necessário fazer a secagem para introduzir o cimento.  Materiais utilizados na irrigação

Seringas, agulhas, solução irrigadora e sugador endodôntico.

 SERINGAS

O êmbolo da seringa deve ser empurrado com o dedo indicador, pois ele fornece maior controle de força/velocidade na hora de irrigar dificultando as chances de extravasamento das soluções irrigadores no tecido perirradiculares.

 Existem seringas de plásticos (descartáveis) e de vidro, porém as mais utilizadas são as de plásticos, pois elas possuem a mesma efetividade e são mais baratas.  O volume das seringas pode variar entre 3, 5 (mais utilizada), 10 e 20ml.

 AGULHAS IRRIGADORAS

As agulhas devem entrar no canal de acordo com o CT em movimentos de vaivém, para evitar que ultrapasse o forame e acabe extravasamento a solução.  As agulhas geralmente utilizadas são as especiais, elas devem ser finas e ter saída lateral para evitar extravasamento.

 SUGADOR ENDODÔNTICO

 Aspiração Aspiração é o ato de remover o conteúdo que está dentro do canal, ela pode ser feita com o sugador (durante o processor de irrigação) ou com a própria seringa quando deseja-se secar previamente o canal.

 Objetivos

Técnica irrigadora e materiais de irrigação