Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo de Degenerações, Resumos de Patologia

Síntese do tópico sobre Degenerações do livro de Patologia - Robbins.

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 24/10/2019

Palloma13
Palloma13 🇧🇷

4.7

(7)

8 documentos

1 / 6

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
5 grandes grupos nosológicos (doenças):
CONGÊNITAS
INFLAMATÓRIAS
DEGENERATIVAS
ADAPTATIVAS
NEOPLÁSICAS
A célula se encontra em homeostasia de repente
sobre lhe é imposto algum tipo de estímulo e
ela reage de acordo com 3 fatores importantes:
Tipo de estímulo que foi imposto
(fisiológico ou patológico).
Tempo e intensidade
Tipo de célula
Esses fatores vão determinar se a célula irá
responder através de uma lesão celular reversível
ou irreversível.
Degeneração = acúmulo de substratos e substâncias
mas ainda é uma lesão celular reversível.
Na HIPÓXIA consequência para a célula: a célula
antes nha um metabolismo habitual, absorvia
substratos, metabolizava e os secretava, mas sua
velocidade de metabolismo diminuiu. Logo, ela começa
a acumular substâncias dentro do citoplasma, do núcleo
como, por exemplo, na tumefação (entrada de sódio e
água). Ou seja, a rarefação de oxigênio causa redução da
capacidade energéca celular e consequente redução
de seu metabolismo. Exemplos:
- Célula hepáca = antes absorvia, metabolizava e
secretava gordura; com a velocidade metabólica
diminuída, ela até absorve, mas vai acumular gordura
dentro dos seus hepatócitos = Esteatose ou
degeneração lipídica.
- Célula muscular cardíaca = em repouso, aquela oferta
de oxigênio diminuiu, mas mantém as células
funcionando, mesmo com um metabolismo sofrível,
começando a acumular alguns substratos e substâncias
(degeneração) de repente, o paciente passa a acordar
de manhã e vai capinar o quintal. Além desse
sofrimento presente, foi imposto um aumento de
demanda funcional e o índivíduo não consegue manter
isso. Capinando, ele sente dor precordial ao esforço
sico associada a um evento isquêmico = Angina.
Se a isquemia é total, o oxigênio não chega e as células
cam mais de 20 minutos sem O2; haverá um momento
que os colegas” (células adjacentes) chegam a morrer
morrendo um colega não é mais degeneração, e sim
necrose; e se temos necrose não é mais angina, é
infarto.
Isquemia - ausência de oferta de oxigênio em
determina área falta de uxo sanguíneo.
Hipóxia - rarefação da oferta de oxigênio
Anóxia - cessação da oferta de oxigênio
OBS: se o oxigênio for restaurado, todas essas
perturbações são reversíveis. Mas se a isquemia
persisr, sobrevêm lesão irreversível e necrose.
Ainda não abordagens terapêucas seguras para a
redução das consequências lesivas da isquemia em
situações clínicas. Uma possível estrategia úl nessas
lesões seria a indução transitória de hipotermia esse
tratamento reduz a demanda metabólica das células
estressadas, diminui a tumefação celular, suprime a
formação de radicais livres e inibe a resposta
inamatória do hospedeiro.
Em um AVC, a área de penumbra é uma zona que está
sofrendo um processo degeneravo. Quando a pessoa
sofre uma isquemia cerebral aquela área perto do vaso
lesado já começa a sofrer necrose a parr do 7° minuto.
Após a necrose já vai haver um processo inamatório e
uma cicatrização chamada GLIOSE; aquela área
adjacente ainda tem uma reserva de oxigênio para
mantê-la, mas está sofrendo degeneração
acumulando proteína, gordura e água, deixando a célula
tumefeita.
Se eu conseguir desentupir o vaso, aquela zona de
penumbra retorna à sua homeostasia, então quanto
mais rápido eu iden�ficar a área de isquemia, mais
rápida será a intervenção e reabilitação celular.
O dicil é iden�ficar se é um AVC isquêmico ou
hemorrágico, pois sendo hemorrágico e o médico
ulizar um trombolíco, só vai piorar a situação.
A degeneração recebe o suxo – OSE:
Proteinose acúmulo de proteína;
Glicogenose acúmulo de glicogênio;
Lipidose ou esteatose acúmulo de gordura;
Degeneração hidrópica/ tumefação/edema
acúmulo de água.
Na hipóxia autofagia como processo de defesa ou
acontece direto a necrose? Quando a célula caminha
para esse processo de autodigestão, ela já está seguindo
para uma lesão irreversível.
Quanto tempo de hipóxia essa célula vai aguentar?
Depende do po de célula, se acontecer por um longo
espaço de tempo, algumas células em hipóxia
começam a entrar em um processo de desintegração da
membrana e os lisossomos iniciam sua degradação
processo de autólise ou autofagia.
Tanto a hipóxia quando a anoxia vão depender do
tempo que estão atuando sobre aquele tecido. Perceba
que mesmo a anóxia precisa de pelo menos alguns
minutos; no coração, só há necrose com anóxia depois
de 20 min, no neurônio 7min e numa célula escamosa
talvez horas. Se no coração uma anóxia causa morte em
minutos, talvez a hipóxia causa morte em dias, depois
autofagia e a necrose.
OBS: algumas vezes, apoptose e necrose coexistem e a
apoptose induzida por alguns esmulos patológicos
pode progredir para a necrose.
Se aquele tecido sofre hipóxia crônica, essa hipóxia vai
causar em nossas células uma alteração adaptava; vai
começar diminuir o número de mitocôndrias, de
ribossomos e vai alterar o volume celular para connuar
sobrevivendo atroa um catabolismo celular);
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo de Degenerações e outras Resumos em PDF para Patologia, somente na Docsity!

5 grandes grupos nosológicos (doenças):

  • CONGÊNITAS

• INFLAMATÓRIAS

• DEGENERATIVAS

• ADAPTATIVAS

• NEOPLÁSICAS

A célula se encontra em homeostasia → de repente sobre lhe é imposto algum tipo de estímulo → e ela reage de acordo com 3 fatores importantes:

  • Tipo de estímulo que foi imposto (fisiológico ou patológico).
  • Tempo e intensidade
  • Tipo de célula

Esses fatores vão determinar se a célula irá responder através de uma lesão celular reversível ou irreversível.

Degeneração = acúmulo de substratos e substâncias → mas ainda é uma lesão celular reversível.

Na HIPÓXIA → consequência para a célula: a célula antes �nha um metabolismo habitual, absorvia substratos, metabolizava e os secretava, mas sua velocidade de metabolismo diminuiu. Logo, ela começa a acumular substâncias dentro do citoplasma, do núcleo como, por exemplo, na tumefação (entrada de sódio e água). Ou seja, a rarefação de oxigênio causa redução da capacidade energé�ca celular e consequente redução de seu metabolismo. Exemplos:

  • Célula hepá�ca = antes absorvia, metabolizava e secretava gordura; com a velocidade metabólica diminuída, ela até absorve, mas vai acumular gordura dentro dos seus hepatócitos = Esteatose ou degeneração lipídica.
    • Célula muscular cardíaca = em repouso, aquela oferta de oxigênio diminuiu, mas mantém as células funcionando, mesmo com um metabolismo sofrível, começando a acumular alguns substratos e substâncias (degeneração) → de repente, o paciente passa a acordar de manhã e vai capinar o quintal. Além desse sofrimento já presente, foi imposto um aumento de demanda funcional e o índivíduo não consegue manter isso. Capinando, ele sente dor precordial ao esforço �sico associada a um evento isquêmico = Angina.

Se a isquemia é total, o oxigênio não chega e as células ficam mais de 20 minutos sem O2; haverá um momento que os “colegas” (células adjacentes) chegam a morrer → morrendo um colega não é mais degeneração, e sim necrose; e se temos necrose já não é mais angina, é infarto.

  • Isquemia - ausência de oferta de oxigênio em determina área → falta de fluxo sanguíneo.
  • Hipóxia - rarefação da oferta de oxigênio
  • Anóxia - cessação da oferta de oxigênio

OBS: se o oxigênio for restaurado, todas essas perturbações são reversíveis. Mas se a isquemia persis�r, sobrevêm lesão irreversível e necrose.

Ainda não há abordagens terapêu�cas seguras para a redução das consequências lesivas da isquemia em situações clínicas. Uma possível estrategia ú�l nessas lesões seria a indução transitória de hipotermia → esse tratamento reduz a demanda metabólica das células estressadas, diminui a tumefação celular, suprime a formação de radicais livres e inibe a resposta inflamatória do hospedeiro.

Em um AVC , a área de penumbra é uma zona que está sofrendo um processo degenera�vo. Quando a pessoa sofre uma isquemia cerebral aquela área perto do vaso lesado já começa a sofrer necrose a par�r do 7° minuto. Após a necrose já vai haver um processo inflamatório e uma cicatrização chamada GLIOSE; aquela área adjacente ainda tem uma reserva de oxigênio para mantê-la, mas está sofrendo degeneração → acumulando proteína, gordura e água, deixando a célula tumefeita.

Se eu conseguir desentupir o vaso, aquela zona de penumbra retorna à sua homeostasia, então quanto mais rápido eu iden�ficar a área de isquemia, mais rápida será a intervenção e reabilitação celular.

→ O di�cil é iden�ficar se é um AVC isquêmico ou hemorrágico, pois sendo hemorrágico e o médico u�lizar um trombolí�co , só vai piorar a situação.

A degeneração recebe o sufixo – OSE:

  • Proteinose → acúmulo de proteína;
  • Glicogenose → acúmulo de glicogênio;
  • Lipidose ou esteatose → acúmulo de gordura;
  • Degeneração hidrópica / tumefação/edema → acúmulo de água.

Na hipóxia há autofagia como processo de defesa ou acontece direto a necrose? Quando a célula caminha para esse processo de autodigestão, ela já está seguindo para uma lesão irreversível.

Quanto tempo de hipóxia essa célula vai aguentar? Depende do �po de célula, se acontecer por um longo espaço de tempo, algumas células em hipóxia já começam a entrar em um processo de desintegração da membrana e os lisossomos iniciam sua degradação → processo de autólise ou autofagia.

Tanto a hipóxia quando a anoxia vão depender do tempo que estão atuando sobre aquele tecido. Perceba que mesmo a anóxia precisa de pelo menos alguns minutos; no coração, só há necrose com anóxia depois de 20 min, no neurônio 7min e numa célula escamosa talvez horas. Se no coração uma anóxia causa morte em minutos, talvez a hipóxia causa morte em dias, depois autofagia e a necrose.

OBS: algumas vezes, apoptose e necrose coexistem e a apoptose induzida por alguns es�mulos patológicos pode progredir para a necrose.

Se aquele tecido sofre hipóxia crônica , essa hipóxia vai causar em nossas células uma alteração adapta�va; vai começar diminuir o número de mitocôndrias, de ribossomos e vai alterar o volume celular para con�nuar sobrevivendo → atrofia (é um catabolismo celular);

trata-se de uma degeneração adapta�va. A hipóxia é um mecanismo brando, mas está acontecendo por muito tempo naquele tecido. Nessa célula atrófica, é possível encontrar também acúmulo de alguns substratos = figuras de mielina.

Lesão por reperfusão: é quando o paciente tem uma isquemia e você vai reperfundir aquela área,

mas – na verdade – acaba causando mais dano do que ele já tinha → se não fizer a reperfusão ele morre, então dependendo do tipo de reperfusão

realizada, a resposta pode ser insatisfatória.

A resposta provável para isso é que novos processos lesivos são desencadeados durante a

reperfusão, causando a morte de células que, de outro modo, poderiam ter se recuperado.

Como que eu vou controlar a lesão por

reperfusão? Por monitoramento clínico.

Ex: um vaso está obstruído, mas dali para trás tem

sangue, cheio também de células inflamatórias e de radicais livres. Agora desentope, o sangue entra e vai inundar essa área, mas esse processo não

vai ajudar a reestabelecer como célula; e o pior, as células do lado que também são viáveis começam a sofrer danos por radicais livres, produzidos na

área de necrose e dentro do vaso sanguíneo.

Como são formados esses radicais livres? Essa hipóxia altera nosso metabolismo de aeróbico para

anaeróbico e produz mais RL do que agentes antioxidantes, principalmente por células de defesa (leucócitos); assim, eles começam a danificar as

células vivas e aquela lesão de reperfusão vai causar dano tecidual, reduzindo a capacidade funcional.

No musculo cardíaco, por exemplo, após abrí-lo, será visto uma área primariamente cheia de necrose que agora está repleta de hemorragia

devido a lesão de reperfusão. Portanto, até a forma de reperfundir deve ser cautelosa, de forma lenta e

progressiva, monitorando o paciente clinicamente, eletro cardiograficamente e eco cardiograficamente para saber como está sendo feito aquele

cateterismo.

A fibrose pulmonar envolve um processo degenerativo? Não, a fibrose é um processo

cicatricial que sucede uma inflamação, onde o pulmão perdeu sua capacidade de se regenerar.

Qual a relação da glicólise - quando se está

com hipóxia ou anóxia - e a proliferação das células cancerígenas? Quando você estressa uma célula, ela muda seu metabolismo e seus

fatores de transcrição e tradução de RNAm → isso facilita as mutações, que podem ocorrer em diversos segmentos do genoma; mas se ela

acontecer em uma área que é responsável pelo reparo do DNA, pela capacidade de diferenciação ou, pior, pela organização do ciclo celular, então

essa célula perde o seu controle e não consegue saber o quanto precisa se dividir. Dessa forma, ela

inicia uma divisão autônoma e, naquele tecido, começa a surgir uma neoplasia - novo crescimento. Logo, o estresse oxida�vo facilita a mutação nas células.

Nos feedbacks, sendo eles posi�vos ou nega�vos, existem os EIXOS ENDOCRINOLÓGICOS; por exemplo, o eixo hipotálamo-hipófise-�reoide ou o eixo hipotálamo- hipófise-ovário. Se há uma produção MAIOR (de T3 e T4) na TIREOIDE, vai haver um feedback NEGATIVO sobre a HIPÓFISE, para reduzir a quan�dade de TSH e inibir a síntese �reoidiana.

Mas se for uma Tireoidite de Hashimoto (inflamação autoimune na �reoide) que REDUZ a quan�dade de T e T4 circulante, haverá um feedback POSITIVO sobre a HIPÓFISE para es�mular a produção de TSH e propiciar a síntese na TIREOIDE. Ou seja, o feedback POSITIVO é quando há um es�mulo na glândula alvo para sinte�zar hormônio; e o feedback NEGATIVO é quando inibe a glândula alvo para não sinte�zar essa substância.

Ambos os feedbacks buscam a�ngir a homeostasia, mas nem sempre conseguem. Por exemplo:

No Norte do país, onde o sal é pouco iodado, a incidência de bócio é comum. Porque não há, nesse sal, matéria prima para a síntese de T3 e T4. Sendo que, a �rosina precisa ser iodada, pois apenas com a ligação iodo-�rosina, esse complexo é capaz de se ligar à globulina, formando a �reoglobulina → proteína primordial dos hormônios T3 e T4.

Logo, sem o iodo, não há os hormônios T3 e T4, iniciando um quadro de Hipo�reoidismo, que causa um feedback POSITIVO sobre a hipófise para es�mular a síntese de TSH. Mesmo com esse es�mulo intenso do TSH sobre a �reoide, não há formação de T3 e T4 pois o organismo do indivíduo não possui iodo. Nesse processo de es�mulação crônica, os folículos da �reoide tornam- se hipertrofiados , fazendo com que haja o aumento do tamanho da �reoide → resultando no bócio.

A lesão celular IRREVERSÍVEL possui sinais morfológicos importantes, como:

  1. Desintegração das membranas da: própria célula, das mitocôndrias, dos lisossomo e da carioteca. Por isso, se encontrará figuras de mielina dentro da célula a par�r da microscopia eletrônica.
  2. Cromossomo mais condensado → ele pode sofrer tanto cariólise (lise/quebra), como cariorrexe (fragmentação) e picnose (condensação desse cromossomo).
  3. Início de degradação da célula pelas próprias enzimas, mas que posteriormente cessa. Esse processo deixa a célula coagulada.

Importante: na necrose coagula�va, o tecido em parte está preservado e em outra está necró�co (caracterizado por células com citoplasma pálido e núcleo picnó�co).

RESUMINDO: uma célula em homeostasia sofre uma agressão, seja ela fisiológica ou patológica, alterando a velocidade do seu metabolismo. Assim, ela começou a acumular substratos e substâncias (degeneração) = lesão celular reversível. Se você re�ra aquele agente causador, a célula reestabelece seu metabolismo e retorna à homeostasia.

Mecanismos de acúmulo de substratos / substâncias:

- Hipotrofia : redução do tamanho, apenas. - Hipoplasia : alteração do desenvolvimento e NÃO do crescimento → “se desenvolveu pouco”. Ex: a criança nasce e o seu pulmão direito se desenvolve normalmente, mas o seu pulmão esquerdo não se desenvolve normalmente, ele fica hipoplásico.

OBS: não confundir alteração do desenvolvimento com alteração do crescimento.

  • Alterações do crescimento PROGRESSIVAS: hiperplasia e hipertrofia.
  • Alterações do crescimento REGRESSIVAS: atrofia e hipotrofia.

Alteração do desenvolvimento: hipoplasia → mesmo se aquele tecido - de repente pela hipóxia, anóxia, por agressão química, �sica ou biológica - ele reduz, além do tamanho de suas células, o número delas por apoptose = ATROFIA e não HIPOPLASIA.

Tem alguma alteração do desenvolvimento progressiva? Não, pois a hipoplasia é alteração do desenvolvimento e ponto; não há nada que regrediu, apenas não se desenvolveu normalmente. Para ele regredir ele teria que ter chegado a determinado ponto e depois “decrescer”.

  • Aplasia : a estrutura se desenvolveu mal.
  • Agenesia: o órgão ou tecido nem foi originado.

INVOLUÇÃO: processo de redução do número de células que ocorre em tecidos relacionados com o desenvolvimento do nosso organismo; é fisiológico → Ex: a �reoide é formada através de invaginações da laringe, que formam células foliculares primi�vas e, a par�r dai, um ducto traz essa �reoide da base da língua até a porção anterior da car�lagem crico�reoidea = ducto �reoglosso.

Com o desenvolvimento da criança, esse ducto involui, ou seja, as células dele sofrem apoptose; é uma redução do número de células que ocorrem em um processo de desenvolvimento. “O cérebro de um idoso involuiu com a idade!” Não, ele sofreu atrofia (não é fisiológico, é algo danoso, patológico).

OBS: se houve involução é SEMPRE por apoptose. Pois a necrose é um processo patológico.

METAPLASIA: é a subs�tuição de um tecido maduro por outro mais adaptado, não é transformação.

Ex: Paciente fumante, apresenta células glandulares (epitélio do pulmão - pseudoestra�ficado cilíndrico ciliado com células caliciformes). Como ele pode vir a ter, mediante tabagismo, células escamosas também? Por metaplasia.

Caso o indivíduo resolva fumar, essa fumaça entra e agride todo o epitélio; normalmente tais células

morrem pela agressão de substâncias tóxicas do cigarro (temperatura, CO2, CO, etc). Dessa forma, essas substâncias matam as células por necrose,

levando a um processo inflamatório → se acomete o brônquio = bronquite; se acomete o bronquíolo = bronquiolite. Caso o indivíduo seja

jovem e ainda esteja iniciando sua vida tabagista, esse epitélio inflama e vai se regenerar, voltando

ao seu estado clássico. Portanto, há uma agressão → uma lesão celular → necrose → inflamação e, durante essa inflamação, houve um reparo, ou seja, regeneração (através de células indiferenciadas da camada basal).

Todo este processo de agressão-morte-inflamação- regeneração está ocorrendo. Entretanto, o ambiente é uma mistura de oxigênio e gás carbônico, logo, o genótipo + genoma + ambiente que ele se encontra faz com que as células se diferenciem em células pulmonares normais. Mas, caso esse indivíduo esteja fumando há 5 anos, o ambiente que antes era rico em O2, agora estará repleto de CO2, CO e outras substâncias tóxicas.

Assim, a reserva da célula tronco começa a receber uma mensagem de mudança ambiental , a qual se diferencia em uma célula mais adaptada a esse ambiente de combate = célula escamosa. Houve então uma subs�tuição de um epitélio respiratório maduro por um epitélio metaplásico escamoso, mais adaptado a esse novo ambiente agressivo.

Se a pessoa não era fumante, a única população de célula que ela possui no pulmão é a pseudo-estra�ficada cilíndrica ciliada com células caliciformes, (epitélio glandular). Se eventualmente, age sobre essa célula algo extremamente agressivo, químico, �sico ou biológico, causa mutação, transformando-a em uma neoplasia benigna ou maligna. Na maligna, tem-se o câncer.

  • Se é glândula = ADENO.
  • Se é de epitélio = CARCINOMA.

O nome dado a esse câncer é Adenocarcinoma. Ou seja, não sendo fumante, o único �po de neoplasia epitelial maligna que ele pode desenvolver é esse.

Mas se o paciente for tabagista ou se ele trabalhar em uma zona muito contaminada, ocorre no pulmão metaplasia escamosa → ele agora possui dupla população celular. Se con�nuar fumando, tanto a área escamosa quanto a glandular con�nuarão sofrendo agressão, mas a metaplásica é mais instável, sendo mais propícia a sofrer mutação, dando origem a um crescimento novo, podendo ser benigno ou maligno de células escamosas, PAPILOMA ou CARCINOMA.

1 - Caso clínico

a) Paciente não era fumante aos 20 anos de idade, mesmo assim ele evoluiu com uma neoplasia epitelial do pulmão. Qual o nome dessa neoplasia? ADENOCARCINOMA.

b) O paciente começou a fumar aos 18 anos de idade, tendo 35 anos hoje. Quais são as duas possíveis neoplasias malignas que ele pode desenvolver? ADENOCARCINOMA e CARCINOMA ESCAMOSO.

c) Qual a neoplasia mais prevalente que ele pode desenvolver sendo tabagista por décadas? CARCIONOMA ESCAMOSO.

Quanto mais áreas metaplásicas o indivíduo �ver:

  • BENEFÍCIO = maior resistência ao cigarro;
  • MALEFÍCIOS = menor será sua capacidade funcional de realizar a hematose, além do risco aumentado de se desenvolver um câncer.

A degeneração por si só é uma alteração celular REVERSÍVEL, ou seja, se o es�mulo agressor for re�rado, a célula retorna à homeostasia. Apesar disso, se con�nuar a agressão àquele tecido em degeneração, essa constância pode levar a célula para um processo necró�co.

Esôfago = escamoso / Estômago = glandular;

O esôfago é reves�do primordialmente por células escamosas. Ele é agredido de forma crônica pelo suco gástrico (substância química); e existe no esôfago uma junção gastro-esofágica.

Quem tem incompetência do Es�ncter Esofágico Inferior acaba evoluindo com Doença do Refluxo Gastroesofágico. Dessa forma, o paciente tem agora um contato crônico do suco gástrico, de baixo pH, com a mucosa do terço inferior do esôfago. Esse contato gera morte celular por necrose; entretanto, ele possui células tronco na CAMADA BASAL do esôfago.

Assim, haverá uma inflamação decorrente do refluxo = Esofagite de Refluxo. Após esse processo, iniciará um reparo denominado REGENERAÇÃO. Dessa maneira, essas células tronco se diferenciam em novas células escamosas e o epitélio volta a manter a sua capacidade estrutural e funcional.

Uma vez que a agressão ocorra por anos (crônica), haverá um momento em que as células lesadas vão morrer; ocorrendo a formação de uma Esofagite de Refluxo e o reparo agora será da seguinte maneira: a célula tronco reconhece esse novo ambiente e se diferencia em célula glandular = Metaplasia Glandular do Terço Inferior do Esôfago.

OBS: a célula que compõe a área metaplásica dá nome à metaplasia. Ou seja, se for subs�tuída célula glandular por escamosa = metaplasia escamosa; caso ocorra o contrário = metaplasia glandular.

Se essa metaplasia é glandular e ela vem com células em anel de Sinete, chamada células de Paneth (células mucossecretoras), isso denomina-se: Esôfago de Barre�. Com tais definições, perceba que o paciente que tem Doença do Refluxo Gastroesofágico e apresenta Esôfago de Barre� possui duas populações celulares no esôfago (glandular e escamosa).

2 – Caso clínico

a) O paciente até 2016 não �nha Doença do Refluxo Gastroesofágico, qual a única neoplasia epitelial maligna primi�va que ele pode desenvolver? Carcinoma de células escamosas.

b) Mas em 2018 ele começou com a Doença do Refluxo Gastroesofágico grave e em 2019 ele passou a apresentar dupla população celular no seu terço inferior do esôfago. Quais são as principais neoplasias epiteliais malignas que ele pode evoluir? Carcinoma de células escamosas (no terço superior e no médio) e Adenocarcinoma (no terço inferior), pois ele adquiriu uma nova capacidade.

c) Qual é a neoplasia mais prevalente em pacientes que têm Esofagite de Refluxo e Esôfago de Barre�? Adenocarcinoma no terço inferior do esôfago.

Se o paciente é fumante e ele tem metaplasia escamosa, uma vez que ele pare de fumar, esse ambiente volta para homeostasia e é possível que essas células metaplásicas escamosas morram e depois voltem a ser subs�tuídas por células glandulares, porém isso requer tempo e talvez o indivíduo não tenha tempo de vida para isso.

O mesmo acontece com o Esôfago de Barret , se você iden�fica o quadro e corrige a incompetência do es�ncter esofágico inferior, você evita o risco disso se perpetuar e permite que ele volte à homeostasia; mas tal fato também demanda tempo, pois dessa forma essas células vão morrendo de forma lenta e progressivamente pelo envelhecimento próprio do tecido e, de repente, as células tronco voltam a se diferenciar em células fisiologicamente estáveis.

OBS: 90% dos pacientes que tem o esôfago de barret, são assintomá�cos.

Como proceder? Realizar ANAMNESE + EXAME FÍSICO, detalhando os fatores de risco.

Fatores de Risco (Esôfago de Barret e CA esofágico) a serem notados na inves�gação:

  • Paciente Fumante;
  • Paciente E�lista;
  • Ingere alimentos/bebidas quentes (acima de 60ºC ±) de forma crônica (chimarrão, café);
  • Alimentos Condimentados;

Tríade do Esôfago de Barret:

  • disfagia (dificuldade para deglu�r);
  • odinofagia (dor à deglu�ção);
  • pirose (sensação de desconforto/queimação retroesternal).

Na ocorrência de uma mutação, deixa de ser metaplasia e passa a ser neoplasia , que pode ser benigna ou maligna = câncer.

A neoplasia é uma mutação irreversível, mesmo quando se trata de uma benigna, já que a mutação não retorna a homeostasia, a não ser que se faça uma correção gênica, que é o que alguns estudos cien�ficos vêm tentando realizar; por exemplo, em um gene importante chamado gene p53 , responsável por iden�ficar as mutações e corrigi-las automa�camente nos nossos tecidos. Ou seja, nós temos mecanismos de reparo de DNA, o problema é que muitas vezes as mutações acontecem nesses genes, que são chamados de genes supressores tumorais.

O gene normal é chamado de proto-oncogene , que produz proto-proteínas = proteínas normais que regulam o ciclo celular, o metabolismo, a capacidade de divisão e diferenciação celular e iden�ficam mutações no DNA; a par�r daí elas tentam fazer correção do dano, quando isso não é possível, elas conduzem a célula à apoptose.

Quando ocorre uma mutação nesse gene que antes era o proto-oncogene que regulava o ciclo celular, ele se torna um gene multado, passa a ser chamado de oncogene e não consegue mais exercer suas funções; assim, ele começa a transcrever proteínas anômalas (oncoproteinas), que também não tem mais funções e