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Resumo das principais matérias de infectologia: IVAS, síndromes febris exantemáticas, infecções urinárias, sepse, meningite e ISTs.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Doenças Etiologia Fisiopatologia Quadro clínico Diagnóstico Tratamento Diagnóstico diferencial Complicações Gripe Influenza Ataca as células do epitélio respiratório (descamação), levando a resposta inflamatória local
Febre alta, cefaleia intensa, tosse, dor de garganta, mialgia, congestão nasal, cansaço, fraqueza e falta de apetite.
Clínico!
Sintomáticos para mialgia e cefaleia (dipirona, paracetamol); descongestionantes, AINEs, anti-histamínicos, lavagem nasal, vasoconstritores tópicos, mucocinéticos.
Coqueluche, mononucleose, saram- po. Resfriado Rinovírus, coronavírus Se acoplam aos receptores ICAM- 1 do epitélio respiratório, promovendo a produção de bradicinina (ação local) e citocinas (ação sistêmica). A infecção pode obstruir o óstio do seio ou a tuba auditiva.
Cefaleia, espirros, calafrios e dor de garganta, seguidos por coriza, obstrução nasal, tosse e mal-estar.
Rinite alérgica Sinusite, asma, otite
Rinossinusites S. pneumoniae, H. influen- zae, M. catarrhalis.
Infecção dos seios paranasais (principalmente maxilar e etimoi- dal), geralmente é ocasionada por uma infecção viral prévia (IVAS).
Dor nasal, facial ou em forma de cefaleia (maior pela manhã), febre, obstrução nasal, rinorréia, secreção purulenta.
Hidratação, umidificação do ambiente, lavagem nasal, desconges- tionantes, mucolíticos. A primeira opção de antibiótico é a amoxi- cilina. Caso não haja melhora, pode-se combiná-la com clavulana- to ou usar cefuroxima axetil ou cefprozil.
Celulite ou abscesso na região orbital, me- ningite, abscessos extradural, subdural e cerebral. Faringotonsilites Viral - rinovírus, coronaví- rus, adenovírus. Bacteriana – estreptococo beta-hemolítico do grupo A.
Infecção da orofaringe e das tonsilas Viral – dor de garganta, diafagia, febre baixa, tosse, coriza hialina e espirros; hiperemia e edema da mucosa faríngea e das amígdalas. Bacteriana – dor de garganta intensa, disfagia, otalgia reflexa, febre de intensidade variável, queda do estado geral, hiperemia, aumento de tonsilas, exsudato purulento, adenomegalia.
Viral – sintomáticos. Bacteriana – sintomáticos + penicilinas (benzatina, amoxicilina com ou sem clavulanato) ou macrolídeos (pacientes alérgicos) ou cefalosporinas.
Mononucleose infecciose (quando não há melhora com antibiótico). Difteria (fragmento de pseudomem- brana nas tonsilas). Leucemia aguda.
Febre reumática Escarlatina Glomerulonefrite Síndrome do choque tóxico Sarampo Paramyxoviridae Febre alta, anorexia, conjuntivite, tosse sexa, coriza, hiperemia da mucosa oral, exantema morbiliforme, manchas de Koplik.
Clínico, sorologia IgM e IgG.
Uso de vitamina A, hidratação, limpeza dos olhos, antitérmicos, umidificação do ar. Dengue Flavivirus flaviviridae Clássica: Picada → Vírus fagocitados pelas células dendríticas → Linfonodos regionais (primeira replicação) → Disseminação → Livre no plasma ou no interior de monócitos → TROPISMO POR CÉLULAS FAGOCITÁRIAS (importantes sítios de replicação) → Controlada pela resposta imune (IgM) – proteção cruzada → Produção de IgG (sorotipo específico) Hemorrágica: Cepa virulenta ou Facilitação da infecção por exposição prévia (IgG não neutralizante) → Aumento da carga viral → Resposta Imune exacerbada → Má função vascular en- dotelial → Aumento da permeabilidade (sem destruição do en- dotélio) → Queda da Pressão Arterial → Trombocitopenia + Manifestações Hemorrágicas. NS1 se liga ao glicocálix, levando a liberação de sulfato de heparano (anticoagulante) presente no glicocálix de células normais
Clássica - febre e dois entre cefaleia, dor retro-orbital, dor osteomio- articular, erupções, leucopneia ou sangramento. Hemorrágica: febre, sangramento espontâneo, trombocitopenias e extravasamento de plasma (observado pela elevação do hematócrito de 20% ou 20% de diminuição do hematócrito após a fase crítica ou por demonstração de derrame pleural, ascite ou derrame pericárdico por exames de imagem)
Prova do laço. Hemograma – leucopenia, trombocitopenia, aumento de hematócritos. Sorologia ELISA e PCR Aumento de TGO e TGP.
A (dengue sem manifestações hemorrágicas e sem sinais de alerta {dor abdominal, hemorragia, vômitos, derrame pleural}) - hidra- tação oral + sintomáticos em casa. B (dengue com manifestações hemorrágicas sem repercussão hemodinâmica) - hidratação oral e sintomáticos até o resultado dos exames (hemograma normal – A; hematócrito aumentado até 10% - ambulatorial; mais que 10% - leito de observação e reavali- ação). C (dengue com sinal de alerta ou choque, com manifestações he- morrágicas e sem hipotensão) – leito de observação, hidratação endovenosa, sintomáticos e reavaliação. D (C com hipotensão) - hidratação parenteral imeadiata, leito de observação, sintomáticos, reavaliação
Clássica – gripe, rubéola, sarampo. Hemorrágica - leptospirose, febre amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza.
Febre amarela Flavivirus flaviviridae Picada → Vírus fagocitados → Linfonodos → Células Linfoides e Macrófagos → Ciclo Reprodutivo → Liberação das partículas virais → Corrente Sanguínea → Fígado (órgão alvo)
Leve – febre, cefaleia e astenia. Moderada – febre, cefaleia, astenia, mialgias generalizadas, artralgi- as, náuseas, vômitos, icterícia. Grave – febre alta, astenia, cefaleia intensa, mialgias, artralgias, dor abdominal, náuseas, vômitos, hepatomegalia.
Hemograma – leucopenia, neutropenia, plaquetope- nia, linfocitose. Proteinúria, bilirrubinú- ria. Isolamento do vírus. PCR. ELISA.
Sintomáticos. Leves: gripe, enxaqueca e doenças febris de origem infecciosa. Graves: hepatite viral fulminante, leptospirose, casos graves de malária.
Chikungunya Togaviridae Aguda: febre alta, calafrio, cefaleia, náusea, vomito, fadiga, dor nas costas, mialgia e artralgia simétrica. Crônica: poliartralgia persistente.
Clínico, isolamento viral e PCR.
Sintomáticos, hidratação, exercícios de amplitude de movimento. Dengue, artrite reumatoide, rabdo- miólise, depressão.
Zika Flavivirus Pode ser assintomático. Episódio febril agudo, cefaleia discreta, exantema maculopapular pruriginoso. Pode ter mialgia, artralgia e conjuntive sem secreção purulenta.
Clínico, isolamento viral, PCR, sorologia IgM.
Sintomáticos, prurido (evitar banho quente e uso excessivo de sabão), hidratação.
Dengue, chiikungunya.
Leptospirose Leptospiras O ciclo de transmissão é iniciado e mantido por eliminação pro- longadas de leptospiras na urina de reservatórios animais (rato = principal; cães, bovinos e suínos). Em condições adequadas, a bactéria pode permanecer infectante por semanas. A infecção ocorre de maneira indireta através do contato com água ou solo úmido contaminado e penetração da bactéria em abrasões na pele e mucosas. A direta é mais rara, geralmente em veterinários e açougueiros.
Forma anictérica – febre alta, calafrios, mialgia (panturrilhas), cefa- leia (frontal ou retro-orbitária). Pode-se ter hiperemia conjuntival, dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. Ictérica – início como anictérica que evolui (3-7d) com icterícia, insu- ficiência renal e hemorragia. Pulmonar grave – hemorragia pulmonar maciça
Hemograma – leucocitose, neutrofilia com desvio a esquerda; ELISA; creati- nina, aumento das enzi- mas hepáticas, hiperbilur- rinemia, urina, isolamento da leptospira.
Amoxicilina, penicilina G ou ceftriaxona. Hemorragias graves, insuficiência renal aguda, insuficiência respiratória, arritmias cardíacas, miocardite.
Meningite Bacteriana Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella sp.
As principais bactérias (pneumoniae e meningitides) colonizam a nasofaringe transportadas pelas células epiteliais para o espaço intravascular caem na corrente sanguínea evitam fagocitose e atividade do sistema complemento (cápsulas polis- sacarídicas) invade o Espaço Subaracnoide Plexo Coroide Infectam diretamente as células epiteliais LCR LCR normal possuí poucas células de resposta imunológica, o que facilita a proliferação bacteriana. Lise das bactérias leva a liberação de componentes da parede
Febre, cefaleia, vômito em jato, tríade da meningite (febre, cefaleia, rigidez de nuca), queda de consciência
Hemocultura, LCR (au- mento de polimorfonucle- ares, diminuição da glico- se, aumento de proteína, purulento), HIC.
Cefalosporinas de 3ª ou 4ª geração. Uso de corticoide junto. Ceftraxona + vancomicina + aciclovir.
Papiledema, midríase, paralisia do nervo abducente, pupila pouco reativa
celular indução da resposta inflamatória formação do ex- sudato purulento + liberação de citocinas (TNF e IL-1) Au- mentam a permeabilidade da BHE Extravasamento de prote- ína sérica para o espaço subaracnóideo pode causar obstru- ção do fluxo do líquor pelo sistema ventricular (diminuindo sua capacidade reabsortiva) pode ocasionar hidrocefalia/edema intersticial PIC elevada Viral Enterovírus, arbovírus, Herpes vírus, varicela zos- ter.
Hematogênica lesão endotelial vasos sanguíneos SNC BHE Líquor Neuronal Herpes 1 (oral) – latentes nos nervos trigê- meo/olfatório SNC Ou Herpes 2 (genital) – latentes nos gânglios sacrais SNC
Cefaleia (com fotofobia e dor aos movimentos oculares, rigidez de nuca leve, febre, sinais de irritação meníngea, letargia leve.
LCR (aumento de leucoci- tos, proteínas normais ou elevadas, glicose normal), PCR, cultura viral e teste sorológico.
Sintomáticos, monitoramento do estado hídrico e eletrolítico do paciente. Antirretroviral se for por HIV. Aciclovir se for por HSV 1 ou 2.
Infecção urinária E. coli, Proteus sp, Klebsiel- la sp, enterobactérias
Adesão da mucosa do trato urinário através das fímbrias. Baixa: disúria, polaciúria, urgência, dor supra-púbica, hematúria e mal cheiro da urina; urina turva. Alta: lombalgia, astenia, fraqueza, síndrome febril aguda, leucocitose.
Urocultura Hidratação, analgésico e antibiótico (primeira escolha: nitrofu- rantoína).
Sepse.
Sepse Presença de disfunção ameaçadora à vida em decorrência da presença de resposta desregulada à infecção
Hipotensão, oligúria ou elevação da creatinina, relação PaO2/Fi02, contagem de plaquetas diminuída, lactato aumentado, rebaixamento do nível de consciência, aumento significativo de bilirrubinas.
Pacote de 1 hora: gasometria e lactato arterial, hemograma com- pleto, creatinina, bilirrubina e coagulograma; coleta de 2 hemo- culturas de sítios distintos antes da administração do antimicro- biano; administração de antimicrobiano de amplo espectro; ad- ministração de cristaloide; iniciar vasopressores se hipotensão.
Choque séptico (pre- sença de hipotensão não responsiva à utili- zação de fluídos, inde- pendente do valor do lactato). HIV HIV- 1 e HIV- 2 (família retroviridae)
Diminuição dos TCD4+ (produção de proteínas virais, brota- mento, morte por ativação viral, formação de células sinciciais que levam a apoptose).
Infecção aguda: síndrome retroviral aguda (febre, cefaleia, astenia, adenopatia, faringite, exantema, mialgia) – autolimitada. Infecção crônica (latência clínica e fase sintomática): linfadenopatia generalizada persistente e infecções oportunistas (acima de 350 CD4+: infecções bacterianas, TB; entre 300 e 350: apresentações atípicas das infecções, reativação de infecções antigas; entre 200 e 300: cefaleia, febre baixa, perda ponderal, herpes zoster, leucoplasia oral pilosa; abaixo disso: candidíase oral, sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin, câncer de colo).
Imunoflorescência Western-Blot Exames laboratoriais Sorologias para outras doenças relacionadas.
Inibidor de transcriptase reversa (Tenofovir + lamivudina) Inibidor de integrase (Dolutegravir).
PrEP
PEP
Sífilis Treponema pallidum A penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação hematogênica, outras partes do corpo. A resposta da defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação, enquanto a disse- minação sistêmica resulta na produção de complexos imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão. Entre- tanto, a imunidade humoral não tem capacidade de proteção. A imunidade celular é mais tardia, permitindo ao T. pallidum multiplicar e sobreviver por longos períodos.
Primária: cancro duro (no local da inoculação; pápula de cor rósea que evolui para um vermelho mais intenso e exulceração, cancro úni- co e indolor; sem manifestações inflamatórias perilesionais, bordas induradas), reação ganglionar regional múltipla e bilateral, não supu- rativa, de nódulos duros e indolores. Secundária: lesões sifílides na pele por surtos de forma simétrica; lesões em colarete de Biett (lesões papulosas eritêmato-acobreadas, arredondadas, de superfície plana, recobertas por discretas escamas mais intensas na periferia), alopecia difusa, poliadenomegalia genera- lizada. Terciária: gomas, cancro redux.
Provas diretas (exame em campo escuro, pesquisa direta com material cora- do. Imunofluorescência direta), provas sorológicas (não treponêmicos - V- DRL, testes rápidos; tre- ponêmicos: TPI – prova de imobilização dos trepo- nemas, FTA – anticorpo treponêmico fluorescente, EIA – imunoensaio enzi- mático treponêmico).
Penicilina benzativa ou cristalina (neurossíflis).
Beta-lactâmicos:
Mecanismo de ação: inibem a última etapa da biossíntese da parede celular bacteriana; ação bactericida. Os beta-lactâmicos têm a sua ação na fase final da biossíntese do peptidoglicano. Nesta fase há a ação das autolisinas bacterianas que quebram as ligações covalentes do peptidoglicano existente, para que haja a inserção nos novos “tijolos” na parede celular. Os antibióticos beta-lactâmicos conseguem inibir irreversivelmente as D-D-carboxitranspeptidases, conhecidas por PBP´s (penicillinbinding-proteins), impedindo assim a formação das ligações entre as cadeias peptídicas de peptidoglicano (“cross-linking”). Isto acontece devido à similaridade existente entre o anel beta-lactâmico e a região dos tetrapeptidos recém-formados onde se ligariam as PBP´s.
Quem são: penicilinas, cefalosporinas, carbapenemos e monobactamos.
Efeitos colaterais: irritação no local de administração; gastrite (quando administrado por via oral); a administração intramuscular pode ser dolorosa (exemplo, injetáveis com bencilpenicilina), podendo causar flebites ou tromboflebites (cloxacilina); convulsões em doses elevadas; citopenias e colestases reversíveis; coagulopatias; distúrbios renais, como hipocalémia; reações do tipo dissulfiram; nefrotoxicidade; neurotoxicidade; hepatotoxicidade; hipersensibilidade.
Quadro viral x bacteriano:
Bacteriano: sintomas há mais de 10-14 dias sem resposta ao tratamento sintomático; temperatura acima de 39ºC, secreção nasal purulenta.