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RESUMO DA DISCIPLINA COMPORTAMENTO E SOCIEDADE COM BASE NA EMENTA
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 17/05/2020
4.8
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Página 1 de 8 OBS: Registre-se e cientifique-se que o conteúdo deste resumo indicativo não substitui nem altera os conteúdos ministrados em sala de aula, não retirando do discente a obrigação de revisar sua bibliografia, bem como a necessidade de aprofundamento dos estudos para uma formação de qualidade. Este conteúdo constitui- se tão somente em um guia conceitual para estudos e orientação, enquanto material de apoio, não sendo garantido o aproveitamento total da avaliação colegiada apenas com a leitura dele.
1.1. O primeiro contato que o ser humano tem, ao nascer, é a família; 1.2. Num segundo momento, tem a interferência da escola; 1.3. Já os meios de comunicação em massa são considerados como agente socializador, diante das inovações tecnológicas na atualidade histórica, porém nem sempre eles têm consciência do seu papel no processo de socialização e na formação da personalidade do indivíduo. Na família e na escola, existe uma relação didática e, com a TV, a relação é diferente, visto que a comunicação é direta e impessoal (SAVOIA, 1989). 1.4. Socialização Primária: Ocorre na infância com os agentes socializadores citados anteriormente, que exercem uma influência significativa na formação da personalidade social; 1.5. Socialização Secundária: Ocorre na idade adulta. Isso faz com que a ação dos agentes seja mais superficial, mas abalos estruturais podem ocorrer, gerando crises pessoais mais ou menos intensas. Nesse momento, surgem outros grupos que se tornam agentes socializadores, como grupo do trabalho; 1.6. Socialização Terciária: Ocorre na velhice. O indivíduo pode sofrer crises pessoais, haja vista que o mundo social do idoso muitas vezes se torna restrito e monótono. Nessa fase, o indivíduo pode sofrer uma dessocialização, em decorrência das alterações que ocorrem, em relação a critérios e valores. 1.7. Em cada grupo no qual relacionamos, deparamo-nos com normas que conduzem as relações entre as pessoas, algumas são mais sutis, outras mais rígidas. São essas normas que caracterizam essencialmente os papéis sociais e que produzem as relações sociais. 1.8. A abordagem culturalista da socialização afirma que a maioria das pessoas são moldadas na forma de sua cultura, em virtude da enorme maleabilidade de sua natureza original: elas são plásticas à forma modernizadora da sociedade em que nasceram. 1.9. Os fatos sociais, que podem ser observados como fenômenos concretos, afirmam que o modo de vestir determina a identidade de grupos sociais, simboliza o poder e comunica o status dos indivíduos. Seu caráter institucional assume grande Importância à medida que inclui ou exclui indivíduos de categorias ou estratos sociais. Ele exemplifica bem aquilo que Durkheim afirmava ser o objeto de estudo dos sociólogos: uma representação coletiva que além de ser válida para todos os indivíduos que fazem parte de um determinado grupo, expressa a exterioridade e a coercitividade. 1.10. Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. A maioria desses estudos diz respeito a criança – o que é bastante compreensível pela quantidade de tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas possíveis implicações desse comportamento para a socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e a natureza das notícias exibidas na televisão, pois as crianças adquirem conhecimentos variados que incentivam o processo de interação social.
2. CULTURA E COMPORTAMENTO: ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL 2.1. Compreende a totalidade das criações humanas: abrange tudo o que foi criado pela humanidade, como ideias, valores, manifestações artísticas de todo tipo, crenças, instituições sociais, conhecimentos científicos, instrumentos de trabalho, tipos de vestuário, construções etc.
Página 2 de 8 OBS: Registre-se e cientifique-se que o conteúdo deste resumo indicativo não substitui nem altera os conteúdos ministrados em sala de aula, não retirando do discente a obrigação de revisar sua bibliografia, bem como a necessidade de aprofundamento dos estudos para uma formação de qualidade. Este conteúdo constitui- se tão somente em um guia conceitual para estudos e orientação, enquanto material de apoio, não sendo garantido o aproveitamento total da avaliação colegiada apenas com a leitura dele. 2.2. É uma característica exclusiva das sociedades humanas: os animais não são capazes de criar cultura. Ela se concretiza por tudo aquilo que o ser humano produz para satisfazer suas necessidades e viver em sociedade: para se proteger do frio, ele cria moradias; para saciar a fome, ele planta e cria animais etc. 2.3. É construída e compartilhada pelos membros de uma determinada coletividade. O que caracteriza uma cultura, em particular, é o compartilhamento dos hábitos, valores, atitudes. 2.4. Se manifesta por meio de diversos sistemas (valores, normas, ideologias) que influenciam a personalidade das pessoas, determinando sua forma de pensar e de agir. Falamos de normas culturais quando nos referimos às regras de comportamento que refletem os valores de uma cultura. 2.5. ETNOCENTRISMO: Tendência de valorizar a própria cultura, tomando-a como parâmetro para avaliar e julgar as demais 2.6. RELATIVISMO CULTURAL: Oposto do etnocentrismo e nos coloca um desafio importante: em nome do respeito à cultura alheia, devemos considerar que todos os costumes existentes são igualmente legítimos. 2.7. O conceito de “relativismo cultural” é uma ideia que está muito ligada aos estudos propostos pela Antropologia e pela Sociologia. 2.8. a cultura está relacionada com o contexto na qual está inserida e, por isso, toda cultura é tão válida como outra qualquer, por ser uma experiência diversa; 2.9. normas e valores não são absolutos e, portanto, as avaliações devem ser relativas à própria cultura onde surgem; 2.10. TRANSCULTURAÇÃO: Processo pelo qual as diversas culturas trocam entre si elementos culturais. 2.11. XENOFOBIA: Sentimento de hostilidade e ódio manifestado contra pessoas por elas serem estrangeiras (ou por serem enxergadas como estrangeiras). 2.12. SINCRETISMO: Fusão de traços culturais provenientes de culturas diferentes, que tem como resultado um novo complexo cultural. 2.13. A vida social é regulada por sistemas de símbolos que nos impulsionam a agir, pensar, interagir e nos organizar. Para muitos animais, essas determinações são biologicamente definidas e isso pode ser verdadeiro também para os homens, mas essas instruções biológicas são complementares e geralmente complementadas por códigos culturais que regem nossa conduta no espaço social e a construção das grandes estruturas das sociedades modernas. 2.14. A ciência é um sistema normativo que surgiu para lidar com os problemas humanos. 2.15. Os sistemas simbólicos básicos são compostos pelos sistemas de linguagem, de tecnologia, de valores, de crenças e sistemas normativos. 2.16. A visão de futuro nos leva a pensar uma sociedade globalizada. Nesta direção percebe-se as mudanças sociais presentes levando a um novo modelo de atuação, com uma maior interatividade entre os países, o aumento de tribos urbanas, o aumento da influência do estado sobre o comportamento social e a possibilidade de troca de informações com outras pessoas.
3. FORMAÇÃO DE GRUPOS E A IDENTIDADE 3.1. Maffesoli define tribos urbanas como agrupamentos semi-estruturados, constituídos predominantemente de pessoas que se aproximam pela identificação comum a rituais e ele- mentos da cultura que expressam valores e estilos de vida, moda, música e lazer típicos de um espaço-tempo. Uma tribo define-se por uma socialidade frouxa, pela lógica hedonista e o não-compromisso com a continuidade na linha do tempo, expressa na
Página 4 de 8 OBS: Registre-se e cientifique-se que o conteúdo deste resumo indicativo não substitui nem altera os conteúdos ministrados em sala de aula, não retirando do discente a obrigação de revisar sua bibliografia, bem como a necessidade de aprofundamento dos estudos para uma formação de qualidade. Este conteúdo constitui- se tão somente em um guia conceitual para estudos e orientação, enquanto material de apoio, não sendo garantido o aproveitamento total da avaliação colegiada apenas com a leitura dele. 4.12. Normalmente, a violência é pratica com o uso da força, significando um estado de coação que leva a vítima a fazer ou deixar de fazer aquilo que o agressor lhe pede. 4.13. Falamos em violência quando força e dominação, percebidas como excessivas, não encontram legitimidade. 4.14. Nesse caso, força e dominação se impõe pelo medo e não pelo respeito às regras prescritas. 4.15. Além dessas duas modalidades de violência, pode-se pensar duas outras: a violência física e a violência moral ou simbólica. 4.16. “criminoso profissional” a pessoa que pratica crimes como ocupação diária desenvolvendo habilidades e granjeando certo status entre os criminosos. 4.17. a profissão de ladrão apresenta um complexo de sentimentos e atitudes partilhadas pelos membros do grupo, o que acaba lhes permitindo trabalhar juntos sem muitos desacordos 4.18. o aprendizado profissional ocorre, entre outras formas, pela convivência com outras pessoas que praticam a mesma atividade criminosa 4.19. criminosos tendem a se especializar em determinados tipos de crimes o que promove maior chances de êxito na atividade 4.20. como ocorre em outras profissões o bandido profissional começa na carreira como aprendiz e vai galgando novas oportunidades dentro da organização criminosa conforme amadurece.
5. GÊNERO 5.1. A construção do discurso sobre gênero na Psicologia é bastante heterogênea, sendo permeada por distintos posicionamentos epistemológicos. 5.2. Pode ser entendido como uma categoria descritiva das relações sociais, mas também analítica dessas mesmas relações, dizendo respeito às diferenças entre homens e mulheres tomadas em seus aspectos sociais. 5.3. Permite conhecer, de forma mais aprofundada, as diferenças entre os indivíduos, auxiliando na compreensão dos lugares e papéis de homens e mulheres na sociedade e da assimetria como elemento estruturante nas relações. 5.4. Permite questionar a perspectiva naturalista na definição do masculino e feminino, enfatizando a perspectiva relacional na construção da masculinidade e feminilidade. 5.5. Papeis de gênero são pré-estabelecidos pela sociedade e pela família. Tais papeis tendem a se incorporar à personalidade das pessoas pelo processo de socialização, contudo são certamente, em grande parte fruto de construção social sobre o que é ser mulher e o que é ser homem. Por exemplo: as cores escolhidas após o nascimento foram e, em muitos casos ainda são, formas fazer diferenciação de gênero, meninos são encorajados a brincar na rua e praticar esportes como forma de adquirir independência e vigor físico, geralmente as mães encorajam mais as filhas a preservar e cuidar mais de sua aparência do que meninos e a influência paterna e materna tende a dar sinais à criança de qual papel de gênero se espera que ela desenvolva. 5.6. Desde os primórdios da civilização foi imputada ao gênero feminino, a condição de inferioridade, com o passar dos séculos esta desigualdade, não só se acentuou como se alicerça em submissão. No Brasil, a atual Constituição datada de 1988 dispõe: Artigo 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Página 5 de 8 OBS: Registre-se e cientifique-se que o conteúdo deste resumo indicativo não substitui nem altera os conteúdos ministrados em sala de aula, não retirando do discente a obrigação de revisar sua bibliografia, bem como a necessidade de aprofundamento dos estudos para uma formação de qualidade. Este conteúdo constitui- se tão somente em um guia conceitual para estudos e orientação, enquanto material de apoio, não sendo garantido o aproveitamento total da avaliação colegiada apenas com a leitura dele. 5.7. A participação das mulheres no processo constituinte foi de grande repercussão na história político-jurídica do país o que resultou na elaboração da Carta da Mulher Brasileira aos Constituintes.
6. POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL 6.1. Tipos de pobreza 6.2. Pobreza absoluta: É a ausência de recursos mínimos necessários para uma vida estável e sã; 6.3. Pobreza relativa: Privação dos padrões de vida e de atividades por norma exercidas numa determinada sociedade. A exclusão social é um elemento chave da pobreza sendo compreendida por organizações internacionais como a chave do entendimento da pobreza; 6.4. Exclusão social é uma categoria adequada para definir a problemática das sociedades atuais, pois também indica a consciência que os ditos excluídos possuem de si mesmo. 6.5. A expressão exclusão social, utilizada pelos movimentos sociais, indica, entre outros fatores, a falta de política de saúde, de educação, de lazer, entre outras, para as populações em situação de vulnerabilidade. 6.6. Pobreza e exclusão social são categorias importantes, pois seu entendimento pode auxiliar na compreensão e na amenização das desigualdades sociais, conscientizando pessoas e governos sobre os problemas sociais. 6.7. Exclusão social é uma categoria adequada para definir a problemática das sociedades atuais, pois também indica a consciência que os ditos excluídos possuem de si mesmo. 6.8. A expressão exclusão social, utilizada pelos movimentos sociais, indica, entre outros fatores, a falta de política de saúde, de educação, de lazer, entre outras, para as populações em situação de vulnerabilidade. 7. QUESTÃO RACIAL E DA EXCLUSÃO SOCIAL NO BRASIL 7.1. Raça se refere às diferenças genéticas, culturais e sociais atribuídas aos indivíduos, enquanto etnia é definida pela identidade grupal. 7.2. Raça se refere às características físicas e individuais, enquanto etnia é definida pelas diferenças culturais. 7.3. O racismo é, por um lado, um comportamento, uma ação resultante da aversão, por vezes, do ódio, em relação a pessoas que possuem um pertencimento racial observável por meio de sinais, tais como: cor da pele, tipo de cabelo, etc. Ele é por outro lado um conjunto de idéias e imagens referente aos grupos humanos que acreditam na existência de raças superiores e inferiores. O racismo também resulta da vontade de se impor uma verdade ou uma crença particular como única e verdadeira. 7.4. Apesar do reconhecimento das práticas discriminatórias de cunho racial, impõem barreiras à adoção de medidas capazes de estancar o processo de exclusão social dos negros, sobretudo no que tange ao acesso, permanência e sucesso no sistema educacional do país. 7.5. Nesse sentido, a pobreza a que estão condenados os negros no Brasil, é parte da estratégia racista de naturalização da inferioridade social dos grupos dominados a saber negros ou afrodescendentes e povos indígenas. 7.6. Embora o preconceito e a discriminação não sejam comportamentos aceitáveis, eles fazem parte do processo de socialização. 7.7. Para combater o preconceito, é necessário que também tenhamos mudanças macrossociais, pois o contato pode diminuir o preconceito, mas não é suficiente para eliminar os conflitos. 7.8. O negro não aceitou a condição de invisibilidade social no Brasil, razão pela qual ele é o representante das minorias que protestam contra as iniquidades sociais. Sobre os objetivos dos movimentos sociais nas últimas três décadas, os movimentos produzem a modernização, estimulam a inovação e impulsionam as reformas
Página 7 de 8 OBS: Registre-se e cientifique-se que o conteúdo deste resumo indicativo não substitui nem altera os conteúdos ministrados em sala de aula, não retirando do discente a obrigação de revisar sua bibliografia, bem como a necessidade de aprofundamento dos estudos para uma formação de qualidade. Este conteúdo constitui- se tão somente em um guia conceitual para estudos e orientação, enquanto material de apoio, não sendo garantido o aproveitamento total da avaliação colegiada apenas com a leitura dele. 9.3. Estes antropólogos vêm argumentando que as práticas de saúde precisam ser entendidas através das noções de autonomia, coletividade, agência e práxis, em oposição à perspectiva biomédica caracterizada como universalista, biologista, individualista e a-histórica. 9.4. O sistema de saúde de um grupo tem três “arenas”: o profissional; o popular; e o leigo (ou familiar). 9.5. As experiências das doenças, papéis sociais, práticas terapêuticas e instituições relacionadas à saúde estão sistematicamente ligadas, e sua totalidade compõe “o sistema de saúde” construído culturalmente. 9.6. O sistema biomédico deve ser também um sistema cultural passível de análise antropológica como outros sistemas de saúde encontrados nas diversas culturas. 9.7. O sistema de saúde de um grupo tem três “arenas”: o profissional; o popular; e o leigo (ou familiar). 9.8. As experiências das doenças, papéis sociais, práticas terapêuticas e instituições relacionadas à saúde estão sistematicamente ligadas, e sua totalidade compõe “o sistema de saúde” construído culturalmente. 9.9. O sistema biomédico deve ser também um sistema cultural passível de análise antropológica como outros sistemas de saúde encontrados nas diversas culturas. 9.10. O termo “práticas de autoatenção” refere-se a as representações e as práticas que a população utiliza para diagnosticar, explicar, atender, controlar, aliviar, aguentar, curar, solucionar ou prevenir os processos que afetam sua saúde em termos reais ou imaginários, sem a intervenção direta, central e intencional de curadores profissionais. 9.11. O conceito de “doença” (disease) refere-se a um estado patológico reconhecido pela biomedicina, mas não necessariamente pelo paciente, sendo uma anormalidade na estrutura e/ou no funcionamento dos órgãos e de seus sistemas. 9.12. A noção de “intermedicalidade” analisa a realidade social como sendo constituída por negociações entre sujeitos politicamente ativos, destacando que nestas negociações todos os sujeitos envolvidos são dotados de agência social. 9.13. O conceito de “enfermidade” (illness) refere-se às percepções que o paciente tem para interpretar seu estado e atribuir seu significado.
10. MITOS, SÍMBOLOS E RITUAIS 10.1. De acordo com Marconi e Presotto, Religião e Magia desperta interesse dos antropólogos, pelo fato de que nas sociedades estudadas, é formado um conjunto de crenças e poderes de alguma espécie. 10.2. As normas religiosas baseiam-se nas incertezas da vida, e ficam explicitas em momentos de crise dos indivíduos, ou seja, nascimento, adolescência, casamento e etc., por meio de rituais públicos ou privados. 10.3. “Religião”: alguns pesquisadores têm enfoque variado sobre crenças e práticas do ato religioso, para alguns existe diferença entre religião e magia e para outros, magia e religião se completam. As crenças em poderes sobrenaturais sempre estão ligadas a sentimentos de veneração, ou atividades em grupo, públicas ou não. No geral os antropólogos afirmam que a religião é formada de crenças e práticas onde as sociedades possuem a sua “visão de universo”. 10.4. “Crenças e Rituais”: Os dois elementos andam juntos, pois o sentimento da crença está associado à prática dos rituais. A crença ou Fé está ligada a um sentimento de respeito ao sobre natural, as crenças religiosas envolvem a ideia de um ser superior, sobre-humano. Crença e fé são importantes tanto pelo conteúdo emocional quanto pelo intelectual.
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