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Resumo Completo de Prótese Total – Fundamentos, Anatomia e Retenção e muito mais, Notas de estudo de Odontologia

Resumo muito detalhado sobre Prótese Total, abordando, dentre muitas outras coisas: conceitos, tipos de próteses, classificação quanto ao suporte e correlações anatômicas para melhor adaptação protética. Explica a delimitação da área chapeável em maxila e mandíbula, suas zonas de suporte e retenção, além de princípios de retenção fisiológicos e físicos. Detalha os meios de retenção e estabilidade da prótese, incluindo selamento periférico, recorte muscular e distribuição de forças mastigatórias. Material completo e objetivo para estudo e revisão de prótese total na odontologia.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 02/03/2025

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Prótese Total
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Prótese Total

Introdução

1. CONCEITOS

● É a parte da terapêutica cirúrgica que tem por objetivo recolocar, mediante uma preparação artificial, um órgão ou estrutura perdido total ou parcialmente, ou ocultar uma deformidade. ● Também é responsável por substituir a porção coronária para um ou mais dentes perdidos, bem como para suas partes associadas, de modo a restaurar as funções perdidas, sua aparência estética, conforto e saúde do paciente.

2. TIPOS DE PRÓTESE

● Prótese Total → substitui todos os dentes. ○ Fixa → fixada sobre implantes. ↪ Também chamada de protocolo. ↪ Paciente não consegue remover. ↪ Melhores resultados funcionais e estéticos.

○ Removível → o paciente consegue remover. ↪ Overdenture. ➢ Fixada por encaixe em uma barra implantada. ➢ É possível remover, mas fica mais bem fixada do que a convencional, garantindo melhor estabilidade. ↪ Convencional. ➢ Mucoso-suportada.

● Prótese Parcial → substitui alguns elementos perdidos. ○ Fixa → o paciente não consegue remover. ↪ Engloba coroas cimentadas sobre remanescente dental, coroas sobre implante, próteses fixas de mais de um elemento.

3. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PRÓTESE

● Soalho de boca → freio lingual (prótese não pode invadi-lo). ● Língua → importante para auxiliar na estabilidade da prótese inferior.

Área Chapeável

1. INTRODUÇÃO

● É obtida a partir do modelo de gesso após o vazamento do molde anatômico. ● Objetiva conhecer a extensão máxima que vai ser recoberta pela prótese. ● Os fatores físicos de retenção e estabilidade (adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosférica) serão obtidos proporcionalmente ao tamanho da área chapeável. ● Deve-se, portanto, estender o máximo possível a base da prótese, de modo que se consiga uma maior possibilidade de atuação dessas forças. ● Entretanto, os limites de inserções anatômicas devem ser respeitados.

2. Zonas

● Nesse sentido, a área chapeável é dividida em 5 zonas: ○ Zona de suporte principal: ↪ Crista do rebordo alveolar. ↪ Suporta cargas mastigatórias.

○ Zonas de suporte secundário: ↪ Vertentes do rebordo alveolar. ↪ Estabilidade e imobilização da prótese total. ↪ Ajuda a absorver a carga mastigatória.

○ Zona de selado periférico: ↪ Região onde ficará a borda da prótese. ↪ Deve impedir a entrada de saliva (ou qualquer outra coisa) para que as forças de adesão, coesão, tensão

superficial e pressão atmosféricas sejam preservadas, mantendo a prótese suportada. ↪ Revestida de fibromucosa móvel. ↪ Estruturas que se inserem nessas zonas: ➢ M. Milo Hióideo. ➢ Freio do lábio superior. ➢ M. Orbicular da boca. ➢ M. Bucinador. ➢ Freio lingual. ➢ Mm. da língua.

○ Zonas de alívio: ↪ Regiões que devem ser aliviadas (desgastadas) para que o paciente não se machuque quando usa a prótese. ↪ Rafe palatina da maxila. ↪ Vertente lingual posterior da maxila. ↪ Rebordo alveolar em lâmina de faca deve ser aliviado na zona principal em mandíbula. ↪ Porção posterior da linha milo-hióidea. ↪ Torus mandibular e/ou palatino. ↪ Região do forame mentoniano.

○ Zona de selado posterior: ↪ Veda a porção posterior da área chapeável. ↪ Maxila → entre o limite do palato duro e palato mole. ➢ Deve respeitar totalmente esse limite, não invadindo o palato mole. ↪ Mandíbula → ⅔ para trás das papilas piriformes.

3. DELIMITAÇÃO DA MAXILA

● Freio labial superior (triângulo azul ). ○ Região que pode gerar desconforto para o paciente. ○ Por isso deve ser contornado. ● Linha do fundo de vestíbulo (linha preta). ● Freio lateral (triângulo verde ). ○ É uma das inserções do M. Bucinador, e também deve ser aliviado. ● Linha entre o palato duro e palato mole (em roxo ). ● Região do túber da maxila.

● Linha oblíqua externa. ● Soalho de boca. ● Feio lingual (triângulo rosa ). ○ Deve ser aliviado. ● Região da papila retromolar (no trígono retromolar).

5. ZONAS DA ÁREA CHAPEÁVEL EM MAXILA

● Zona de Suporte Principal: ○ Responsável por suportar a carga mastigatória. ○ Ocupa toda a crista de uma extremidade alveolar à outra. ○ Embora sejam passíveis de compressão, são áreas sujeitas a modificações ao longo do tempo. ○ Altera de acordo com as características do paciente: ↪ Tamanho → pequena, média, grande. ↪ Altura → alta, média ou baixa. ↪ Formato → triangular, ovóide ou quadrada.

● Zona de Suporte Secundário: ○ Ajuda na absorção de carga mastigatória, mas sua principal função é imobilizar a prótese no sentido horizontal a partir das vertentes vestibular e palatina/lingual. ○ Sua mucosa é menos compressível do que a da zona de suporte principal.

● Zona do Selado Periférico: ○ Região de 2 a 3 milímetros de largura. ○ Contorna a área chapeável em toda a sua extensão, com exceção da porção posterior (que será selada pelo selamento posterior). ○ Tem como função manter o vedamento periférico para impedir o rompimento das forças de adesão, coesão, tensão superficial e atmosférica. ○ Deve ser aliviada em zonas de inserções musculares.

● Zona do Selado Posterior:

○ Maxila → realizada na divisão do palato duro e palato mole, fazendo o vedamento dessa região ○ Mandíbula → realizada nos ⅔ posteriores à papila piriforme, vedando essa porção posterior.

● Maxila:

○ Extensão: ↪ Máxima cobertura possível dos tecidos que sustentam a prótese (dentro dos limites da área chapeável). ↪ Quanto maior a extensão da base, menor será a força que incidirá sobre ela, e mais difícil será o seu deslocamento.

○ Recorte muscular: ↪ É a relação de ajuste da borda da prótese com os tecidos, impedindo a compressão dos mesmos. ↪ É um requisito que está mais vinculado às moldeiras individuais do que às próteses propriamente ditas. ➢ Moldeiras individuais sem o recorte muscular comprimem as inserções musculares e freios, gerando próteses desconfortáveis.

○ Selamento periférico: ↪ É a íntima relação das bordas da prótese com o fundo de vestíbulo, vedando a entrada de ar e saliva. ↪ Estreita relação com os requisitos funcionais.

○ Compressão e alívio: ↪ Está relacionada com a topografia da área chapeável, representando maior ou menor compressibilidade.

2. MEIOS DE RETENÇÃO

● Fisiológicos: ○ Controle neuromuscular e adaptação/educação funcional do paciente. ○ Depende tanto do trabalho do dentista, quanto da colaboração e receptividade do paciente. ○ Fatores: ↪ Superfície tecidual adequada, sem comprometimento de tecidos e sem lesões ou espículas. ↪ Superfície protética polida, bem feita e sem áreas de compressão. ↪ Superfície oclusal adequada. ↪ Aprender a mastigar os alimentos. ↪ Zona neutra e plano oclusal adequados. ↪ Rebordo alveolar adequado, sem muitas irregularidades que possam comprometer a adaptação da prótese. ↪ Controle neuromuscular do lábio, bochecha e língua.

↪ Qualidade e quantidade de saliva.

● Psíquicos: ○ Envolve a motivação do paciente e uma atitude mental positiva, determinando o grau de colaboração e aceitação da prótese, compensando as outras dificuldades. ○ Caso não colaborativos, podem provocar efeitos que podem prejudicar a retenção da prótese, como: ↪ Bruxismo. ↪ Redução da secreção de saliva. ↪ Desordens musculares. ↪ Hábitos posturais anormais da mandíbula. ○ A atitude e aceitação da prótese são muito importantes para a sua retenção.