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Resumo de morfologia da anomalia de Ebstein
Tipologia: Resumos
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A anomalia de Ebstein foi inicialmente descrita em 1866 por Whilhelm Ebstein. Em geral, ocorre de forma esporádica e há vários genes no cromossono 17q, possivelmente relacionados com essa anomalia. Caracteriza-se por descolamento da inserção de folhetos septal e mural da valva tricúspide no ventrículo direito (VD). Os folhetos aderem apenas parcialmente e deslocam-se do anel e do orifício funcional. Como consequência da falha na coaptação dos folhetos, os pacientes apresentam pelo menos insuficiência tricúspide moderada. Além disso, há atrialização do VD e sua porção distal apresenta pequeno volume, com paredes finas. Afeta apenas um em cada 10 mil bebês (meninos e meninas igualmente), embora seja uma anomalia rara, é a doença congênita mais comum da valva tricúspide. Entre as cardiopatias congênitas tem incidência variando de 0,4 a 1,07%. A gravidade está associada com a idade em que inicia sua sintomatologia. De fato, quando diagnosticada durante o período neonatal, a mortalidade pode alcançar até 50 %.^ É considerada uma cardiopatia congênita cianótica com evolução natural prolongada. Os portadores podem ultrapassar a quarta década de vida sem desenvolverem insuficiência cardíaca por sobrecarga de volume ou disfunção ventricular direita. DIAGNOSTICO: É necessário avaliar a gravidade da anormalidade anatômica da valva tricúspide, o grau de anormalidade da câmara direita (aumento do átrio direito e diminuição do VD), além das consequências fisiológicas em termos de disfunção de VD, regurgitação tricúspide ou estenose. Deve-se determinar também se a valva tricúspide tem potencial para reparo cirúrgico, documentar a presença ou ausência de comunicação interatrial e se existe shunt da esquerda para a direita. É importante, ainda, avaliar a função do ventrículo esquerdo e identificar eventuais anormalidades da valva mitral; definir presença ou ausência de vias acessórias; determinar coexistência de outras lesões associadas; determinar grau de limitação funcional. Para tanto, fazem-se necessários: avaliação clínica minuciosa, ECG, radiografia de tórax, avaliação com ecodoppler-transtorácico, oximetria com o exercício. Podem também ser solicitados: teste de esforço, holter, estudo eletrofisiológico (se houver história de síncope ou palpitações ou evidências eletrocardiográficas de arritmia ou via acessória), angiocoronariografia em pacientes com risco de doença arterial coronariana ou nos com idade acima de 40 anos, se o reparo cirúrgico for planejado.
A apresentação clínica é variável conforme a gravidade das alterações anatômicas e dos defeitos associados. Pacientes com alterações discretas podem ser assintomáticos e ter diagnóstico incidental na adolescência ou na idade adulta. Pacientes com malformação grave têm apresentação neonatal cursando com cianose, cardiomegalia e longos murmúrios holossistólicos. Os ruídos cardíacos são hipofonéticos, em particular o componente tricúspide da primeira bulha e o pulmonar da segunda bulha, pela falta de coaptação das cúspides da valva atrioventricular direita e pelo hipofluxo pulmonar, respectivamente. B 3 é frequente. Crianças com mais de 10 anos e adultos com frequência apresentam arritmias. Óbito pode decorrer de falência cardíaca, hipoxemia e hipoplasia pulmonar. Alguns pacientes podem apresentar dispneia aos esforços, insuficiência cardíaca direita, palpitações ou síncope. Pode também haver embolia paradoxal. Em alguns neonatos pode-se verificar melhora espontânea à medida que há regressão da pressão arterial pulmonar com consequente melhora da capacidade do ventrículo direito em prover fluxo sanguíneo pulmonar. Logo, costuma apresentar: Sinais e Sintomas: