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Resumo abbas imunologia, Resumos de Imunologia

Resumo dos capitulos da mais recente edição do livro de imunologia molecular e celular

Tipologia: Resumos

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RESUMO DE IMUNOLOGIA ( Abbas Caps
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,14,18,19)
CAPÍTULO 1 (Propriedades Gerais das Respostas Imunes)
Imunidade Inata: respostas imediatas que proporciona a linha de
defesa inicial contra micro-organismos. Consiste em mecanismos de
defesa celulares e bioquímicos, que existem até mesmo antes da
infecção e que estão prontos para responder rapidamente a infecções.
Os principais componentes da imunidade inata, são: barreiras físicas e
químicas, como os epitélios e as substâncias químicas antimicrobiana
produzida nas superfícies epiteliais; Células fagocitárias (neutrófilos
e macrófagos), células dendríticas e células NK; proteínas do sangue,
incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores de
inflamação e proteínas denominadas citocinas, que regulam e
coordenam muitas atividades da imunidade inata. A resposta imune
inata estimula respostas imunes adquiridas.
A resposta imune inata consiste em dois principais tipos de
reações: inflamação e defesa antiviral. A inflamação refere-se ao
processo de recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas do
sangue, seu acúmulo nos tecidos e sua ativação para destruir os
microrganismos. Esse processo envolve citocinas, que são produzidas
por células dendríticas, macrófagos e outras. Os principais leucócitos
que são recrutados são os neutrófilos e monócitos (que são
transformados em macrófagos teciduais). Esses fagócitos expressam em
sua superfície receptores que se ligam à microrganismos e os ingerem e
receptores que reconhecem diferentes moléculas microbianas e ativam
as células. Com ativação desses receptores, os fagócitos produzem
radicais reativos de oxigênio e nitrogênio e enzimas lisossômicas. A
defesa antiviral consiste em reação mediada por citocinas, em que as
células adquirem resistência à infecção viral, e na destruição pelas
células NK das células infectadas por vírus.
A imunidade inata confia na coevolução de patógenos. Possui todos
os receptores codificados. Ela identifica Padrões moleculares de
Patógenos (PAMPs).
Imunidade Adaptativa: respostas tardias que são estimuladas pela
exposição a agentes infecciosos, cuja magnitude e capacidade de
defesa aumentam com cada exposição sucessiva a determinado
organismo. Como características importantes, destacam-se sua
notável especificidade para moléculas distintas e sua capacidade de
memória celular, que permite responder com mais intensidade em
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RESUMO DE IMUNOLOGIA ( Abbas Caps 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,14,18,19) CAPÍTULO 1 (Propriedades Gerais das Respostas Imunes) Imunidade Inata : respostas imediatas que proporciona a linha de defesa inicial contra micro-organismos. Consiste em mecanismos de defesa celulares e bioquímicos, que já existem até mesmo antes da infecção e que estão prontos para responder rapidamente a infecções. Os principais componentes da imunidade inata, são: barreiras físicas e químicas, como os epitélios e as substâncias químicas antimicrobiana produzida nas superfícies epiteliais; Células fagocitárias (neutrófilos e macrófagos), células dendríticas e células NK; proteínas do sangue, incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores de inflamação e proteínas denominadas citocinas, que regulam e coordenam muitas atividades da imunidade inata. A resposta imune inata estimula respostas imunes adquiridas. A resposta imune inata consiste em dois principais tipos de reações: inflamação e defesa antiviral. A inflamação refere-se ao processo de recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas do sangue, seu acúmulo nos tecidos e sua ativação para destruir os microrganismos. Esse processo envolve citocinas, que são produzidas por células dendríticas, macrófagos e outras. Os principais leucócitos que são recrutados são os neutrófilos e monócitos (que são transformados em macrófagos teciduais). Esses fagócitos expressam em sua superfície receptores que se ligam à microrganismos e os ingerem e receptores que reconhecem diferentes moléculas microbianas e ativam as células. Com ativação desses receptores, os fagócitos produzem radicais reativos de oxigênio e nitrogênio e enzimas lisossômicas. A defesa antiviral consiste em reação mediada por citocinas, em que as células adquirem resistência à infecção viral, e na destruição pelas células NK das células infectadas por vírus. A imunidade inata confia na coevolução de patógenos. Possui todos os receptores já codificados. Ela identifica Padrões moleculares de Patógenos (PAMPs). Imunidade Adaptativa: respostas tardias que são estimuladas pela exposição a agentes infecciosos, cuja magnitude e capacidade de defesa aumentam com cada exposição sucessiva a determinado organismo. Como características importantes, destacam-se sua notável especificidade para moléculas distintas e sua capacidade de memória celular, que permite responder com mais intensidade em https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

exposições repetidas ao mesmo microrganismo. Os principais componentes são os linfócitos e seus produtos secretados, tais como anticorpos. A resposta imune adaptativa atua intensificando os mecanismos protetores da imunidade inata. O sistema imune adaptativo utiliza três estratégias para combater os microrganismos: Os anticorpos secretados ligam-se a microrganismos extracelulares, bloqueiam sua capacidade de infectar células do hospedeiro e promovem ingestão e destruição pelos fagócitos. As células T Help aumentam a capacidade microbicida dos fagócitos, que ingerem os microrganismos e os destroem. E há também a estratégia dos linfócitos T citotóxicos, no qual destroem as células infectadas por microrganismos que são inacessíveis aos anticorpos e à destruição fagocítica. A imunidade adaptativa confia na diversidade da imunidade, ou seja, tem vários segmentos gênicos e há uma enzima (RAG) que sorteia o segmento VDJ que liga os rearranjos gênicos a alguns segmentos gênicos para formar seus receptores gênicos, responsáveis pela aleatoriedade gênica. ➢ Tipos de Resposta Imune Adaptativa

  • Imunidade Humoral → Mediada por moléculas no sangue e anticorpos produzidos por linfócitos B. Os anticorpos reconhecem antígenos microbianos, neutralizam sua capacidade de infectar e promovem a sua eliminação por mecanismos efetores. → Principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas → Foi originalmente definida como um tipo de imunidade passível de ser transferida a indivíduos não imunes, ou virgens, através de porções do sangue isentas de células contendo anticorpos, obtidas de indivíduos previamente imunizados → Os linfócitos B ativados proliferam e diferenciam-se em plasmócitos, células que secretam classes de anticorpos, com funções distintas. A resposta das células B a antígenos proteicos https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

estruturas dos sítios de ligação de antígenos presentes nos receptores dos linfócitos.

  • Memória: A exposição do sistema imunológico a um antígeno estranho aumenta a sua capacidade de responder novamente àquele antígeno específico. Essas respostas imunológicas secundárias geralmente são mais rápidas, de maior intensidade e frequência do que a primeira resposta ao antígeno. A explicação para isso se deve ao fato de que a exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa específicas para o antígeno. Por exemplo, os linfócitos B de memória produzem anticorpos que se ligam ao antígeno com maior afinidade do que os anticorpos produzidos na “resposta imune primárias”; e as células T de memória reagem muito mais rapidamente e com mais vigor à estimulação antigênica do que células T virgens.
  • Expansão clonal: Os linfócitos específicos para determinado antígeno sofrem considerável proliferação após a exposição a esse antígeno. Refere-se, portanto, a um aumento no número de células que expressam receptores idênticos para o mesmo antígeno, pertencendo então a um clone. Isso permite que a resposta imunológica possa dar conta do ritmo de divisão dos patógenos.
  • Especialização: Resposta distinta e especial a diferentes patógenos maximizam a eficiência dos mecanismos de defesa antimicrobianos.
  • Não reatividade ao próprio: Capacidade do sistema imunológico de reconhecer muitos antígenos estranhos (não próprios), de responder a eles e eliminá-los e, ao mesmo tempo, de não reagir de modo prejudicial às substâncias antigênicas próprias do indivíduo. A ausência da resposta imunológica é também denominada tolerância. A tolerância à antígenos próprios (autotolerância) ocorre por mecanismos como a inativação dos linfócitos que expressam receptores específicos para alguns antígenos próprios, quer seja eliminando os linfócitos autoreativos ou suprimindo essas células através das ações de células reguladoras. OBS: Doenças autoimunes: A ocorrência de anormalidades na indução ou na manutenção da autotolerância leva a resposta imunológica https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

dirigidas contra antígenos próprios. A especificidade e memória permitem que o sistema imune desencadeie respostas acentuadas à exposição persistente ou recorrente ao mesmo antígeno e, assim, combater infecções prolongadas ou que ocorrem repetidamente. A diversidade é essencial para que o sistema imunológico possa defender o indivíduo contra os numerosos patógenos potenciais que existem no meio ambiente. A especialização permite que o hospedeiro desenvolva respostas “sob medida” para melhor combater os diferentes tipos de microrganismos. A autotolerância é essencial para a prevenção de reações prejudiciais contra células e tecidos próprios, mantendo o amplo repertório de linfócitos específicos para antígenos estranhos. ➢ Componentes Celulares do Sistema Imunológico Adaptativo

  • Linfócitos: São células que reconhecem e respondem especificamente a antígenos estranhos e que atuam, portanto, como mediadores da imunidade humoral e celular. São células originárias de células tronco na medula óssea. → Linfócito B: São as únicas células capazes de produzir anticorpos. Elas reconhecem antígenos extracelulares e diferenciam-se em plasmócitos secretores de anticorpos, atuando, assim, como mediadores da imunidade humoral. → Linfócito T: São células da imunidade celular. Elas reconhecem os antígenos de microrganismos intracelulares e ajudam os fagócitos a destruí-los ou matam diretamente as células infectadas. As células T não produzem anticorpos. Seus receptores de antígeno são moléculas de membrana (distintas dos anticorpos). Os linfócitos T possuem especificidade restrita para os antígenos; eles reconhecem peptídeos derivados de proteínas estranhas que estejam ligadas a MHCs, que são expressas na superfície de outras células. As células T reconhecem e respondem a antígenos associados à superfície celular, mas não à antígenos solúveis. Existem diferentes tipos de populações das células T: Células T Help: Em resposta à estimulação antigênica, secretam citocinas que são responsáveis por respostas celulares da imunidade inata e adaptativa, atuando como “moléculas mensageiras”. Essas citocinas estimulam a proliferação e a diferenciação das próprias células T e ativam outras células, https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

➢ Captura e Apresentação dos Antígenos

  • As células dendríticas localizadas nos epitélios e nos tecidos conjuntivos capturam os microrganismos, digerem suas proteínas em peptídeos e expressam, em sua superfície, os peptídeos ligados a molécula de MHC, que é a molécula especializada em apresentação de antígeno aos linfócitos . ➢ Reconhecimento dos Antígenos pelos Linfócitos
  • A ativação dos linfócitos virgens exige o reconhecimento de complexos peptídeo-MHC apresentados pelas células dendríticas. Esse complexo ativa as células T e assegura que esses linfócitos possam interagir apenas com outras moléculas. Para responder, as células T precisam reconhecer também coestimuladores, que são induzidos pelos microrganismos a serem expressas nas superfícies das APCs. O reconhecimento do antígeno fornece especificidade à resposta imunológica, e a necessidade de coestimulação assegura que as células T respondam a microrganismos e não a substâncias inofensivas. CAPÍTULO 2 (Células e Tecidos do Sistema Imune)Fagócitos : Células cuja função primária é identificar, ingerir e digerir microrganismos. As respostas funcionais dos fagócitos consistem em: recrutamento das células para os sítios de infecção, reconhecimento e ativação dos fagócitos pelos microrganismos, ingestão pelo processo de fagocitose e destruição dos microrganismos. Os fagócitos têm funções efetoras na imunidade inata.
  • Neutrófilos (leucócitos polimorfonucleares) → Medeiam as fases iniciais das reações inflamatórias. → Possui citoplasma com dois tipos de grânulos, um é preenchido por enzimas, tais como lisozima, colagenase e elastase e outro, são lisossomos que contêm enzimas e outras substâncias microbianas, inclusive defensinas e catelicidinas. → São produzidos na medula óssea → Migram para os sítios de infecção em poucas horas → São atraídos por IL-8 e C5a(proteína do complemeto). → Faz explosão respiratória (ROS) e mieloperoxidase https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

OBS: Desvio à esquerda: Maior quantidade de bastonetes e/ou células mais jovens da série granulocítica posicionados à esquerda. Glicocorticóides podem causar desvios à esquerda. Além de infeções bacterianas (caracterizada pela grande quantidade de neutrófilos).

  • Monócitos (Fagócito Mononuclear) → Possui citoplasma granular contendo lisossomos, vacúolos fagocíticos e filamentos de citoesqueleto. → Consistem em pelo menos dois subtipos de populações: inflamatória, porque é rapidamente recrutada do sangue para os sítios de inflamação tecidual, fonte de macrófagos residentes do tecido e algumas células dendríticas. → Uma vez que entram nos tecidos, os monócitos amadurecem e tornam-se macrófagos. → Macrófago s e suas funções em ambas imunidades: Ingestão do microrganismo causando sua morte. Ingestão de células mortas do hospedeiro como parte do processo de limpeza após resolução da lesão tecidual. Macrófagos ativados secretam proteínas denominadas citocinas, que se ligam aos receptores presentes em outras células instruídas a responderem de maneira efetiva para defesa do hospedeiro, amplificando a resposta protetora contra microrganismos. Atuam como APCs que apresentam antígenos e ativam linfócitos T. Promovem o reparo de tecidos lesionados pelo estímulo ao crescimento de novos vasos sanguíneos e pela síntese de matriz extracelular rica em colágeno. → Para os macrófagos serem ativados, precisam reconhecer diferentes moléculas microbianas, nas quais ligam-se aos receptores específicos localizados na superfície ou interior do macrófago. (Ex: Receptores semelhantes a Toll). Além da ativação pela ligação de receptores de membrana plasmática e opsoninas (substâncias que revestem células para a fagocitose) na superfície do organismo. (Ex: Receptores para componentes do sistema complemento e receptores para FC de anticorpos). Na imunidade adaptativa, os macrófagos são ativados por citocinas secretadas e proteínas de membrana de linfócitos T.
  • Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos → Todos possuem grânulos citoplasmáticos preenchidos por vários https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

Não são derivadas da medula óssea e não apresentam antígenos aos linfócitos T como as células dendríticas comuns Capturam antígenos complexados com anticorpos ou produtos do complemento e apresentam esses antígenos em suas superfícies para reconhecimento pelos linfócitos B. Células Proteínas de Superfícies Expressa Células T help CD Células T Citotóxicas CD Células B de memória CD Células T virgens CD OBS: Moléculas de superfície celular bem-definidas estruturalmente utiliza-se uma designação CD numérica. Para ver mais marcadores ver apêndice III. ➢ Baço

  • Principais funções: retirar da circulação células sanguíneas lesionadas, além de iniciar as respostas imunológicas adaptativas aos antígenos capturados do sangue.
  • O parênquima esplênico é dividido em polpa vermelha (circundados por macrófagos e preenchidos por eritrócitos) e polpa branca (rica em linfócitos).
  • A função da polpa branca é promover as respostas imunes adaptativas contra antígenos provenientes do sangue. ➢ Mecanismos Microbicidas de Fagocitose (No Vacúolo)
  1. Enzimas do lisossomo
  2. Espécies Reativas de Oxigênio
  3. INOS (síntese do óxido nítrico reduzido) converte Arg a Cit gerando NO
  4. Mieloperoxidase (MPO) usa Cl

, H

, gerando oxiácidos halogenados

  1. Superóxido desmutase
  2. Geração de Peroxinitritos CAPÍTULO 3 (Migração dos Leucócitos para os Tecidos)Interações de Leucócitos com as Células Endoteliais e Extravasamento dos Leucócitos
  • Recrutamento de Leucócitos O recrutamento de leucócitos, inclusive de leucócitos virgens que entram nos órgãos linfoides por HEV, linfócitos efetores, monócitos e neutrófilos para os sítios de inflamação é regulado por https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

quimiocinas. Essas, ligam-se ao sulfato de heparina dos proteoglicanos sobre as células endoteliais que revestem as vênulas pós capilares e são apresentadas, dessa maneira aos leucócitos circulantes que se ligam às superfícies endoteliais através de interações com moléculas de adesão. A deposição de quimiocinas proporciona uma alta concentração desses quimioatraentes nos leucócitos. Os sinais deflagrados dos receptores de quimiocinas levam a um aumento da afinidade das integrinas, resultando em adesão firme do leucócito. (etapa crucial para migração dos leucócitos dos vasos sanguíneos para dentro do tecido extravascular).

  • Rolamento dos Leucócitos Em resposta aos microrganismos e às citocinas produzidas por células que entram em contato com agentes infecciosos, as células endoteliais aumentam rapidamente a expressão de selectinas em sua superfície. Os leucócitos circulam próximo dos locais de resposta imune inata, em consequência da vasodilatação e lentificação do fluxo sanguíneo. Os ligantes de selectina desses leucócitos ligam-se às selectinas na superfície das células endoteliais. Como a interação entre a selectina eo ligante de selectina é baixa, com rápida taxa de desligamento, elas são facilmente rompidas. Em consequência, os leucócitos desprendem- se repetidamente e ligam-se novamente e, dessa maneira rolam ao longo da superfície endotelial.
  • Adesão Estável dos Leucócitos ao Endotélio Com a produção de quimiocinas no local de infecção, em resposta a uma variedade de patógenos ou estímulos endógenos, elas serão secretadas e transportadas até a superfície luminal das células endoteliais, onde se ligam aos sulfatos de heparina dos glicosaminoglicanos e são expressos em altas concentrações. Nesse local, as quimiocinas irão se ligar aos receptores específicos de quimiocinas dos leucócitos em rolamento. As integrinas leucocitárias encontram-se em baixa afinidade até o momento em que não havia a secreção de quimiocinas. Após a sinalização do receptor de quimiocinas, aumenta a afinidade das integrinas leucocitárias com seus ligantes. E, simultaneamente haverá aumento da expressão endotelial desses ligantes de integrina. Outra consequência dessa sinalização é o agrupamento dessas integrinas na membrana, resultando em maior interação na ligação entre as integrinas leucocitárias e seus ligantes na superfície endotelial. O resultado final dessas alterações consiste na fixação firme dos https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

Receptores Semelhantes a Toll (TLR)

  • Produtos bacterianos que se ligam ao receptor TLR são os LPS, o ác. Lipoteicoico e as flagelinas. Produtos virais que se ligam a esse receptor são: RNA de fita dupla e RNA de fita simples. Produtos como polissacarídeos (fúngicos) também se ligam a esse receptor.
  • Os TLRs são encontrados na superfície celular e em membranas intracelulares, e, assim, são capazes de reconhecer m-os em diferentes localizações celulares. → TLR 1, 2, 4, 5 e 6 -> São expressos na membrana plasmática, https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

onde reconhecem diversos PAMPs no ambiente extracelular → TLR 2 e 4 -> reconhecem LPS e ác. Lipoteicoico, respectivamente. → TLR 3, 7, 8 e 9 -> são expressos no interior das células, no RE e nas membranas endossômicas, onde detectam diversos ligantes de ác. Nucleicos. ➢ Receptores Citosólicos de PAMP e DAMP

  • São associados a vias de transdução de sinal que promovem a inflamação ou a produção de Interferom do tipo 1. ➢ Receptores semelhantes a NOD (NLR)
  • Percebem PAMPs ou DAMPs citoplasmáticos e recrutam outras proteínas que deflagram a inflamação.
  • Existem 3 subfamílias de NLR, cujos membro usam diferentes domínios efetores para iniciar a sinalização: → NOD 1 e NOD 2: Contém domínios CARD e respondem a peptideoglicanas da parede celular bacteriana. São importantes para respostas da imunidade inata a patógenos bacterianos do trato gastrointestinal. → NLRP: Contém domínio de pirina e responde a PAMPs e DAMPs citoplasmáticos através da formação de complexos de sinalização chamados inflamossomos, que geram formas ativas de citocina inflamatória IL-1. OBS: Inflamossomos
  • Quando os NLRPs são ativados pelos PAMPs e DAMPs, eles se ligam a outras proteínas por interações homotípicas entre domínios estruturais compartilhados, formando esse complexo de sinalização (inflamossomo).
  • Quando há recrutamento do complexo NLRP – ASC (proteína adaptadora), a enzima caspase I, que é uma protease com resíduos de cisteína, torna-se ativa e promove a clivagem de IL-1β (recruta neutrófilos) e IL-18, gerando formas ativas destas citocinas.
  • A ativação do inflamossomo são induzidas por PAMPs, cristais ambientais (amianto ou sílica) ou endógenos (derivados de células mortas como urato monossódico=GOTA e pirofosfato desidratado de cálcio), redução das concentrações citoplasmáticas de K

(induzida por alguma toxina bacteriana formadora de poros) e geração de espécies reativas de oxigênio. Além de catepsina B, cristais de colesterol, ácido úrico, etc. https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

  • A resposta inata mediada pelas células dendríticas aos PAMPs é essencial para aumentar a sinalização por TLR, que induz as células dendríticas a expressar moléculas, incluindo moléculas coestimuladores e citocinas. ➢ Moléculas Solúveis de Reconhecimento e Moléculas Efetoras da Imunidade Inata
  • Por se ligarem aos m-os, atuam como opsoninas e aumentam a capacidade de fagocitose pelos macrófagos, neutrófilos e células dendríticas.
  • Componentes: Anticorpos Naturais, Sistema Complemento, Pentraxinas, Colectinas e Ficolinas. ➢ Sistema Complemento
  • Ações: Opsonização de m-os, estimulação da inflamação (↑Defesa e ↑recrutamento) e lise por MAC.
  • A ativação ocorre por duas maneiras distintas: → Via Clássica Usa uma proteína plasmática denominada C1q para detectar anticorpos ligados à superfície de um microrganismo. Após a ligação C1q à porção FC dos anticorpos, duas serinas proteases associadas são ativadas, C1r e C1s, iniciando uma cascata proteolítica das demais proteínas do sistema complemento. IgM são muito eficientes na ligação C1q Pentraxinas também podem se ligar a C1q e iniciar a via clássica Forma C3 convertase → Via Alternativa É desencadeada quando uma proteína do sistema complemento chamada C3 reconhece, diretamente, certas estruturas como LPS bacteriano C3b se hidrolisa espontaneamente e juntamente com o fator Bb forma a C3 convertase OBS: O reconhecimento de m-os por qualquer uma das vias do sistema complemento resulta no recrutamento sequencial e na montagem de outras proteínas deste sistema em complexos de proteases.
  • Complexo de Ataque à Membrana (MAC) → Um complexo de protease chamado C3 convertase cliva C https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

produzindo C3a e C3b. O fragmento maior C3b, que é uma opsonina que promove a fagocitose de m-os,se liga a outras proteínas do sistema complemento, formando uma protease chamada C5 convertase, que cliva em C5 gerando C5a e C5b. O C5b inicia a formação de um complexo proteico do sistema complemento formado de C6, C7, C8, associados à vários C9, o MAC. → O MAC provoca a lise das células em que o complemento é ativado. ➢ Pentraxinas

  • Reconhece PAMPs como
  • Moléculas que montam nas pentraxinas: Colectinas, ficobilinas e Complemento(ligam ao fator C1q)
  • Após a montagem, há uma cascata de sinalização para opsionizar a eliminação do patógeno.
  • É uma proteína que serve como sensor de mau funcionamento tecidual. ➢ Colectinas e Ficolinas
  • Opsionizam para fagocitose, ativam a via clássica do complemento. CAPÍTULO 5 (Anticorpos e Antígenos)Anticorpos e Antígenos
  • Antígeno: Uma molécula que se liga a um anticorpo ou a um TCR. Os antígenos que se ligam aos anticorpos incluem todas as classes de moléculas. A maioria dos TCRs liga-se somente a fragmentos de peptídeos de proteínas complexados com moléculas de MHC; ambos ligantes de peptídeo e proteína nativa dos quais são derivados são chamados de antígenos de célula T.
  • Anticorpos: São proteínas circulantes produzidas nos vertebrados em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos.
  • Anticorpos monoclonais: Anticorpo que é específico para um antígeno e é produzido por um hibridoma de célula B (uma linhagem celular derivada da fusão de uma célula B única normal e uma linhagem tumoral de célula B imortal). Os anticorpos monoclonais são amplamente usados em pesquisa, diagnóstico clínico e terapia.
  • Anticorpos policlonais: são anticorpos produzidos por muitos clones https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

anticorpo incluem:

  • Neutralização dos microrganismos ou produtos microbianos tóxicos;
  • Ativação do sistema complemento;
  • Opsonização dos patógenos para fagocitose aumentada;
  • Citotoxidade mediada por célula e dependente de anticorpo (pela qual os anticorpos têm como alvo células infectadas para a lise pelas células do sistema imune inato).
  • Ativação de mastócito mediada por anticorpo para expelir vermes parasitas. ➢ Características gerais da Estrutura do Anticorpo Outro nome comum para anticorpo é imunoglobulina (é a segunda imunoglobulina mais abundante no soro). Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam marcante variabilidade nas regiões onde os antígenos se ligam. Essa variabilidade das regiões de ligação do antígeno é responsável pela capacidade de diferentes anticorpos se ligarem a um grande número de antígenos estruturalmente diversos. Cada clone de célula B produz moléculas de anticorpo com os mesmos locais de ligação do antígeno e diferentes nestes locais dos anticorpos produzidos por outros clones. Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura simétrica do núcleo composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. Ambas as cadeias leve e pesada contêm uma série de unidades homólogas repetidas, cada uma com cerca de 110 resíduos de aminoácidos de comprimento, que se dobram independentemente de um motivo globular que é chamado de domínio Ig. Um domínio Ig contém duas camadas de folhas β-pregueada, cada camada composta de três a cinco fitas de cadeia polipeptídica antiparalela. As duas camadas são mantidas unidas por pontes de dissulfeto. Ambas as cadeias leve e pesada consistem em regiões variáveis de aminoterminal (V) que participam no reconhecimento do antígeno e regiões carboxiterminais constantes (C); as regiões C das cadeias pesadas medeiam as funções efetoras. As regiões variáveis são assim chamadas por causa das suas sequencias de aminoácidos variando entre os anticorpos produzidos pelos diferentes clones B (Regiões que mudam de linfócito B para linfócito B). A região V de uma cadeia pesada (VH) e a região contígua de uma cadeia leve (VL) formam um local de ligação do antígeno. Pelo fato de a unidade estrutural do núcleo de cada molécula de anticorpo conter duas cadeias pesadas e duas cadeias leves, https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W

cada molécula de anticorpo tem pelo menos dois locais de ligação do antígeno. As regiões C da cadeia pesada interagem com outras moléculas efetoras e células do sistema imune e, assim, medeiam a maioria das funções biológicas dos anticorpos. Além disso, as cadeias pesadas existem em duas formas que diferem nas terminações carboxiterminais: uma forma das cadeias pesadas ancora os anticorpos ligados à membrana nas membranas plasmáticas dos linfócitos B, e a outra é encontrada somente nos anticorpos secretados. As regiões C das cadeias leves não participam nas funções efetoras e não estão diretamente ligadas às membranas das células (Os isotipos da região constante da cadeia leve são: K e λ. As cadeias pesadas e leves estão covalentemente ligadas por pontes dissulfeto formadas entre os resíduos de cisteína no carboxiterminal da cadeia leve e no domínio CH1 da cadeia pesada. As interações não covalentes entre os domínios CL e CH1 também podem contribuir para a associação das cadeias pesadas e leves. As duas cadeias pesadas de cada molécula de anticorpo estão covalentemente ligadas por pontes dissulfeto. ➢ Fragmentos proteolíticos de uma molécula de IgG:

  • Fab (fragmento, ligação do antígeno): Dois fragmentos idênticos que consistem em cadeia leve completa (VL CL) associada a um fragmento VH CH 1 da cadeia pesada. Esses fragmentos retém a habilidade de se ligar ao antígeno, porque cada um possui domínios VL e CL pareados. São usados como antagonistas pois além de não ativar o receptor, eles bloqueiam o sítio de ligação com o receptor.
  • Fc (fragmento, cristalizável): se liga a células que apresentem receptores Fc, como por exemplo os macrófagos. Também se ligam a bactérias opsonizadas. Além disso podem ativar complemento.
  • F|(ab’) 2 : apresentam dobradiça e as pontes de dissulfeto intercadeias intactas e dois locais de ligação do antígeno idêntico. Podem ser usados para ativar célula T (agonista) mas não podem ativar proteínas do complemento. ➢ Características Estruturais das Regiões Variáveis do Anticorpo A maioria das diferenças de sequência e variabilidade entre os diferentes anticorpos está confinada a três pequenos trechos na região V da cadeia pesada e a três trechos na região V da cadeia leve. Estes segmentos de maior diversidade são conhecidos como regiões https://d1xfob7penf69z.cloudfront.net/7bcf431b-68e2-4762-9…WyBsB07UtsZhEAw__&Key-Pair-Id=APKAJ34U4G2RXXGSCXJQ 13/03/17 20W