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Resumo A Arte da Guerra, Resumos de Cultura

Resumo - Resumo

Tipologia: Resumos

Antes de 2010

Compartilhado em 05/11/2008

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"PRINCÍPIOS DA ARTE DA GUERRA"
Sun Tzu - 500 A . C.
"Todas as espécies de conitos são formas Guerra"
1. Se você não conhece o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.
2. A Arte da Guerra é uma questão de vida ou morte, um caminho para a
Segurança como para a Ruína. Em nenhuma circunstância deve ser negligenciada...
3. O Mérito Supremo consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar...
A Glória Suprema é quebrar a resistência do inimigo sem lutar.
4. Apenas gostar ou usar muito de palavras não basta, é preciso saber
transformá-las em Atos e Ação.
5. Preparar iscas para atrair o inimigo, fingir desorganização e depois
esmagá-lo...Quando perto, fazer ele acreditar que estamos longe. Quando longe,
vice-versa...Se ele for superior, evite combate. Se ele for temperamental, procure
irritá-lo. Finge estar fraco, ele se tornará arrogante. Se ele estiver tranqüilo, não lhe
dê sossego. Ataque onde e quando ele se mostrar despreparado. Apareça quando não
estiver sendo esperado.
6. O Valor do Tempo – vale mais que superioridade numérica.
7. Será vencedor quem souber quando e como lutar, não lutar, manobrar,
preparar, e quem tiver capacidade militar, não sofrendo a interferência do
Soberano...
8. O verdadeiro mérito é planejar secretamente, deslocar-se rapidamente e
frustar as intenções do inimigo, impedindo seus planos.
9. O guerreiro inteligente é alguém que não apenas vence, mas se sobressai
vencendo com facilidade.
10. O guerreiro vence os combates não cometendo erros, pois significa
conquistar um inimigo já derrotado.
11. O guerreiro hábil coloca-se numa posição que torna a derrota impossível e
NÃO perde a oportunidade de aniquilar o inimigo.
12. A qualidade da decisão é como a calculada arremetida de um falcão, o bom
combatente deve ser flexível no seu ataque e rápido na decisão.
13. A energia é comparada ao retirar de uma besta. A decisão, ao acionar de um
gatilho.
de
A Arte da Guerra”
Sun Tzu 500 a. C.
Capítulo 1 - Estimativa
Sun Tzu disse:
A guerra é um dos assuntos mais importantes do Estado.
É o campo onde a vida e a morte são determinadas. É o
caminho da sobrevivência ou da desgraça de um Estado.
Assim, o Estado deve examinar com muita atenção este
assunto antes de buscar a guerra.
Resultado de uma guerra
Para prever-se o resultado de uma guerra, devemos analisar e comparar as
nossas próprias condições e as de nosso inimigo, baseados em cinco fatores.
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"PRINCÍPIOS DA ARTE DA GUERRA"

Sun Tzu - 500 A. C.

"Todas as espécies de conflitos são formas Guerra"

  1. Se você não conhece o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.
  2. A Arte da Guerra é uma questão de vida ou morte, um caminho para a Segurança como para a Ruína. Em nenhuma circunstância deve ser negligenciada...
  3. O Mérito Supremo consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar... A Glória Suprema é quebrar a resistência do inimigo sem lutar.
  4. Apenas gostar ou usar muito de palavras não basta, é preciso saber transformá-las em Atos e Ação.
  5. Preparar iscas para atrair o inimigo, fingir desorganização e depois esmagá-lo...Quando perto, fazer ele acreditar que estamos longe. Quando longe, vice-versa...Se ele for superior, evite combate. Se ele for temperamental, procure irritá-lo. Finge estar fraco, ele se tornará arrogante. Se ele estiver tranqüilo, não lhe dê sossego. Ataque onde e quando ele se mostrar despreparado. Apareça quando não estiver sendo esperado.
  6. O Valor do Tempo – vale mais que superioridade numérica.
  7. Será vencedor quem souber quando e como lutar, não lutar, manobrar, preparar, e quem tiver capacidade militar, não sofrendo a interferência do Soberano...
  8. O verdadeiro mérito é planejar secretamente, deslocar-se rapidamente e frustar as intenções do inimigo, impedindo seus planos.
  9. O guerreiro inteligente é alguém que não apenas vence, mas se sobressai vencendo com facilidade.
  10. O guerreiro vence os combates não cometendo erros, pois significa conquistar um inimigo já derrotado.
  11. O guerreiro hábil coloca-se numa posição que torna a derrota impossível e NÃO perde a oportunidade de aniquilar o inimigo.
  12. A qualidade da decisão é como a calculada arremetida de um falcão, o bom combatente deve ser flexível no seu ataque e rápido na decisão.
  13. A energia é comparada ao retirar de uma besta. A decisão, ao acionar de um gatilho.

de

“A Arte da Guerra”

Sun Tzu 500 a. C.

Capítulo 1 - Estimativa

Sun Tzu disse: A guerra é um dos assuntos mais importantes do Estado. É o campo onde a vida e a morte são determinadas. É o caminho da sobrevivência ou da desgraça de um Estado. Assim, o Estado deve examinar com muita atenção este assunto antes de buscar a guerra.

Resultado de uma guerra

Para prever-se o resultado de uma guerra, devemos analisar e comparar as nossas próprias condições e as de nosso inimigo, baseados em cinco fatores.

Os cinco fatores são os seguintes: caminho, clima, terreno, comando e doutrina.

O caminho é o que faz com que as idéias do povo estejam de acordo com a de seus governantes. Assim, as pessoas irão compartilhar do medo e da a fl ição da guerra, porém, estarão ao lado dos interesses do estado, qualquer que seja o caminho escolhido.

O clima signi fi ca dia e noite, frio e calor e a sucessão das estações.

O comando refere-se às virtudes do comandante: inteligência, probidade, benevolência, coragem e severidade. O terreno indica as condições da natureza: se o campo de batalha está perto ou longe, se é estrategicamente fácil ou difícil, se amplo ou estreito, e se as condições são favoráveis ou desfavoráveis à chance de sobrevivência.

A doutrina diz respeito à organização e fi ciente, à existência de uma cadeia de comando rígida e a uma estrutura de apoio logístico.

Quem conduz os soldados para a batalha deve estar familiarizado com estes cinco fatores. Quem os compreende pode alcançar a vitória. Quem não os compreende será derrotado.

Poder relativo entre as forças

Para comparar as forças e avaliar o poder relativo entre elas, deve-se realizar as seguintes perguntas:

Qual povo escolheu seu caminho? Qual comandante tem mais habilidade? Qual dos lados tem a vantagem do clima e do terreno? Qual dos exércitos manifesta uma disciplina mais efetiva? Qual dos lados possui superioridade militar? Qual dos lados tem os soldados melhor treinados? Qual dos lados possui um sistema de recompensas e de castigos mais justo e claro?

Se ponderarmos com sabedoria estes fatores, poderemos prever o resultado de uma batalha.

O comandante que leva em consideração minhas a fi rmações ou estratagemas ganhará as batalhas e permanecerá à frente de suas tropas. Se ele não seguir estes conselhos sofrerá derrotas e será afastado.

Dissimulação

Qualquer operação militar tem na dissimulação sua qualidade básica.

Um chefe que é capaz deve fi ngir ser incapaz; se está pronto, deve fi ngir-se despreparado; se estiver perto do inimigo deve parecer estar longe. Um bom chefe deve: oferecer uma isca para fascinar o inimigo que procura alguma vantagem; capturar o inimigo quando ele está em desordem; preparar-se contra um inimigo, se este for poderoso.

http:// psychology.iupui .edu/tao/ ch35.htmhttp:// psychology.iup ui.edu/tao/

Embora já tenhamos ouvido falar de campanhas precipitadas e imprudentes, nós nunca tivemos um exemplo de benefício no prolongamento das hostilidades, tampouco, ouvimos que uma guerra demorada pudesse bene fi ciar um país. É óbvio que aquele que não compreende os perigos inerentes das operações militares não está profundamente consciente da maneira de como tirar proveito disto.

Um comandante que domina a arte da guerra não convoca suas forças mais de uma vez, nem solicita provisões repetidamente. Ele conduz o material e as provisões necessárias e faz uso das provisões do inimigo. Assim, ele terá o necessário para alimentar o seu exército.

Custos da guerra

Geralmente, o Estado fi ca empobrecido quando envia suas tropas para empreender uma guerra em local distante. Manter um exército a uma longa distância empobrece o povo. Onde este exército, que está longe de sua terra, estiver estacionado, os preços de artigos subirão; e o preço alto esgotará os recursos fi nanceiros do Estado. Quando os recursos do Estado estiverem se exaurindo, os impostos tenderão a aumentar para sustentar este exército que luta longe de sua terra. Toda a força do estado será consumida no campo de batalha. Ao fi nal, setenta por cento da riqueza das pessoas será consumida e sessenta por cento da renda do Estado será dissipada, com carruagens quebradas, cavalos fora de combate, armas dani fi cadas, inclusive armaduras e elmos, arcos e fl echas, lanças e escudos, rebanhos, carroças de provisões.

Toda a força do estado será consumida no campo de batalha.

Obtenção das provisões

Conseqüentemente, um chefe sábio deve se esforçar para obter as provisões no solo inimigo. O consumo de um zhong de comida do inimigo é equivalente a vinte zhong da própria terra; e o consumo de um dan de forragem do inimigo equivale a vinte dan dos seus.

Administração das despojos e bens capturados

Se você quer matar o inimigo, você tem que despertar o ódio de seus soldados; se você quer obter a riqueza do inimigo, você tem que saber administrar a distribuição dos despojos.

Se seu exército captura dez carruagens em uma batalha, você tem que recompensar o primeiro que levou- lhe a carruagem do inimigo.

Substitua as bandeiras e estandartes do inimigo por suas próprias bandeiras e misture as carruagens capturadas com as suas.

Ao mesmo tempo, você deverá tratar bem os soldados aprisionados.

As operações militares devem ser conduzidas para uma vitória rápida e não como campanhas prolongadas. Então, o chefe que está versado na arte de guerra, torna-se o senhor para determinar o destino das pessoas e controlar a segurança da nação.

Capítulo 3 - Estratagemas

Sun Tzu disse: O princípio geral da guerra é : "manter o estado do inimigo intacto, dominar seu o exército e forçá-lo à rendição é melhor do que esmagá-lo".

Máximo da excelência

Dominar um batalhão, uma companhia ou uma esquadra de cinco homens é melhor do que destruí-los. Então, obtendo cem vitórias em cem batalhas não signi fi ca o máximo da excelência. Excelência mais alta está em obter-se uma vitória e subjugar o inimigo sem, no entanto, lutar.

Política para as operações militares

Assim, a melhor política para as operações militares é obter a vitória, atacando a estratégia do inimigo. A segunda melhor política é desintegrar as alianças do inimigo por meio da diplomacia; em seguida, atacar seus soldados, lançando um ataque ao inimigo; mas, a pior política é atacar violentamente cidades forti fi cadas e subjugar territórios.

Atacar estratégias Atacar alianças Atacar soldados

Ataque a cidades

Deve-se sitiar cidades só como último recurso, porque levará aproximadamente três meses para construir escadas protegidas, preparar os veículos e reunir o equipamento e armamento necessários. Serão necessários, depois, outros três meses para preparar rampas de terra para alcançar as paredes da cidade. Se o comandante não puder controlar sua própria impaciência e der ordens a seus soldados para avançar contra o muro da cidade como formigas, o resultado será que 1/3 deles será sacri fi cado, enquanto que a cidade permanecerá intocada. De fato, aí está a calamidade em atacar cidades muradas.

Vencer sem lutar

Um chefe que está bem instruído em operações militares faz com que o inimigo se renda sem lutar, captura as cidades do inimigo sem atacá-las violentamente, e destrói o Estado do inimigo sem operações militares demoradas. O prêmio maior de uma vitória é triunfar por meio de estratagemas, sem usar as tropas.

para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas.

Capítulo 4 - Posições táticas

Sun Tzu disse: No passado, os guerreiros hábeis tornavam-se, eles próprios, invencíveis. Depois, esperavam as oportunidades para destruir o inimigo.

Invencibilidade

Ser invencível depende da própria pessoa, derrotar o inimigo depende dos erros do inimigo. Então, o perito pode tornar-se invencível, mas não pode garantir como certa a vulnerabilidade do inimigo. É por isto que se diz: "a pessoa pode predizer uma vitória, mas esta não pode ser forçada".

Ataque x Defesa

Quando não há nenhuma chance de vitória, assuma uma posição defensiva; quando há uma chance de vitória, lance um ataque.

Se as condições favoráveis são insu fi cientes, você deverá se defender; se as condições favoráveis são abundantes, você deverá fazer um ataque. O especialista em defesa oculta a si mesmo até debaixo da terra. O especialista em ataque golpeia o inimigo de cima das altas esferas do céu. Assim, ele é capaz de proteger-se a si mesmo e obter a vitória.

Condições de uma vitória

A previsibilidade de uma vitória não excede ao bom senso de pessoas comuns. Uma vitória que é ganha após uma luta feroz, e é louvada universalmente, não é o apogeu da excelência. Assim como o levantar de um fi o de cabelo não é sinal de força, como ver o sol e a lua não é sinal de visão aguçada, tampouco escutar um trovão não é dom de audição aguda.

Os antigos diziam que o perito na arte da guerra vencia quando a vitória era facilmente previsível. Assim, uma batalha vencida por um perito não traz reputação de sapiência ou crédito de coragem.

As vitórias do perito são infalíveis, pois, este só combate quando o inimigo já está derrotado e ele, destinado a derrotar. Portanto, o perito ocupa uma posição invencível e, ao mesmo tempo, esta seguro de não perder nenhuma oportunidade militar para derrotar o inimigo.

Assim, um exército vitorioso não lutará com o inimigo até que esteja seguro das condições de vitória, enquanto que, um exército derrotado inicia a batalha e espera obter vitória depois.

O perito sempre entende os princípios de guerra e adota as políticas corretas, de forma que vitória estará sempre em suas mãos.

Elementos importantes nas regras militares

Há cinco elementos importantes nas regras militares:

o primeiro é a análise do terreno; o segundo é o cálculo de força de trabalho e dos recursos de material; o terceiro é o cálculo da capacidade logística; o quarto é uma comparação da sua própria força militar com a do inimigo; e o quinto é uma previsão de vitória ou derrota.

Aplicação das regras militares

Um general excelente terá a sabedoria para entender que:

na avaliação do terreno, ele deve veri fi car as características físicas de um campo de batalha; o cálculo da força de trabalho e dos recursos de material servem para as estimativas da quantidade de provisões; a capacidade logística deve atender às necessidades das provisões; na balança do poder, um dos pesos é baseado na capacidade logística; a possibilidade da vitória é baseada na balança do poder.

Exército vitorioso x Exército derrotado

Um exército vitorioso e como um peso de 100 quilos contra um de apenas algumas gramas, ao passo que, um exército derrotado é como um peso de poucas gramas se opondo a algumas centenas de quilos. O primeiro tem uma vantagem óbvia sobre o segundo.

Um general que dispõe de todo aquele peso e lançar seus homens à batalha e obter a vitória será comparado com a força de águas represadas que se lançam para baixo de uma altura de dez mil pés.

Capítulo 5 - Vantagens

Sun Tzu disse: Administrar um exército grande é, em princípio, igual a administrar um pequeno: é uma questão de organização. Dirigir um exército grande é igual a dirigir uma tropa pequena: é uma questão de comando rígido e imparcial. Capacitar que um exército inteiro seja capaz de resistir a um ataque sem sofrer derrota é uma questão de aplicação correta das táticas militares. Ao adotar táticas frontais ou de surpresa, um general assegura que seu exército não sofra derrotas frente ao inimigo. A descoberta dos pontos fortes e fracos permite que o exército caia sobre seu inimigo como uma pedra sobre ovos.

Táticas

Durante uma guerra, o general deve adotar táticas frontais, se quiser confrontar o inimigo e táticas de surpresa, se quiser

Um general quali fi cado em assuntos de guerra explora sua vantagem estratégica e não a pede aos seus homens. Assim, esse general deve saber selecionar os homens certos e explorar uma situação favorável. Quem explora a vantagem estratégica, dirige seus homens como se fossem troncos ou pedras. A natureza dos troncos ou pedras é permanecerem impassíveis se o solo é plano; ou rolarem se o solo está inclinando; se eles são quadrados, tendem a parar, se são redondos, tendem a rolar.

Assim, a vantagem estratégica do comandante pode ser comparada a uma pedra redonda que rola por uma montanha íngreme de dez mil pés de altura. É este o signi fi cado de vantagem estratégica.

Capítulo 6 -

Pontos fortes e pontos fracos

Sun Tzu disse: Aquele que ocupa o campo de batalha por primeiro, e espera o inimigo, estará descansado; aquele que chega depois e se lança na batalha precipitadamente estará cansado.

Assim, um general competente movimenta o inimigo e não será manipulado por ele. Apresente uma vantagem aparente ao inimigo e ele virá até sua armadilha. O ameace com algum perigo e você poderá pará-lo. Então, a habilidade do general consiste em cansar o inimigo quando este estiver descansado; deixá-lo com fome quando estiver com provisões; movê-lo quando estiver parado.

Explorando vulnerabilidades

Um general e suas tropas podem marchar uma distância de mil "li", sem se fatigarem, porque a marcha se dá na área onde o inimigo não montou defesas. Se um general ataca com con fi ança é porque sabe que o inimigo não pode se defender ou fortalecer sua posição. Se um general defende com con fi ança é porque está seguro que o inimigo não atacará com superioridade de forças naquela posição.

Assim, contra o especialista em ataque, o inimigo não sabe onde se defender. Por outro lado, contra um especialista em defesa, o inimigo não sabe onde atacar.

Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos.

O inimigo não pode opor resistência o seu ataque, porque este irrompe nos seus pontos fracos. Ao recuar, o general não pode ser perseguido, porque, movendo-se tão rapidamente, o inimigo não terá condições de perseguí-lo ou alcançá-lo.

Dominando a vontade do inimigo

Se nós resolvermos atacar, o inimigo não terá

escolha, mesmo defendido com altas muralhas e fossos profundos, pois será compelido a lutar conosco porque atacamos onde ele deve defender.

Se nós resolvermos não lutar contra ele, nós não o faremos, pois, mesmo que a nossa defesa seja apenas uma linha desenhada, nós o desviaremos para outro objetivo. Se nós conseguirmos fazer o inimigo denunciar sua posição, ao mesmo tempo em que ocultamos a nossa, podemos reunir as nossas tropas e dividir as do inimigo. Se nós concentrarmos nossas forças em um lugar, enquanto o inimigo dispersa suas próprias forças em dez lugares, então nós seremos dez contra um quando lançarmos o nosso ataque. Se nós tivermos que usar muitos para golpear poucos, então será bastante fácil negociarmos, pois o inimigo será pequeno e fraco.

Forçando o inimigo a tomar precauções

O lugar que nossas forças pretendem atacar não deve ser do conhecimento do inimigo. Deste modo, se ele não puder prever o lugar do nosso ataque terá que se precaver em muitos lugares e quando ele toma precauções em muitos lugares, suas tropas, qualquer que seja o local, será pouco numerosa.

Aquele que toma precaução em muitos lugares, estará pouco numeroso em muitos lugares

Se o inimigo toma precauções na frente, sua retaguarda estará fraca; se ele toma precauções na retaguarda, sua frente será frágil; se sua esquerda estiver fortalecida, sua direita estará debilitada; se sua direita estiver bem preparada, a sua esquerda será destruída facilmente; se ele fortalece em todos lugares, ele estará, em todos lugares, fraco.

Aquele que possui poucas forças tem que tomar precauções em todos lugares contra possíveis ataques; aquele que tem muitas tropas compele o inimigo a preparar-se contra seus ataques.

Conhecer a hora e o dia da batalha

Se um general sabe o lugar e a hora de uma batalha, ele pode conduzir as suas tropas para até mil li, mesmo para uma batalha decisiva. Se ele não sabe nem o lugar, nem a hora de uma batalha, então o seu lado esquerdo não pode ajudar a sua direita e a ala direita não pode salvar a esquerda; a tropa da frente não pode auxiliar a tropa da retaguarda, nem a tropa da retaguarda pode ajudar a tropa da frente. E assim será, não importando se as tropas estejam a poucos li ou a dezenas de li.

Determinando a situação do inimigo

Na minha opinião, embora as tropas (inimigas) do Yue sejam muito numerosas, de que forma isto poderá ajudá-los a obter uma vitória contra nós?

surpreendido. É isto que quer dizer o artifício de "transformar um caminho tortuoso em reto".

Perigos da manobra militar

Na manobra não há só vantagens, mas também perigos. Se você se esforça para ocupar uma posição favorável em uma batalha e conduz a totalidade de suas forças, naturalmente, você terá a sua velocidade reduzida. Se, porém, você deixa para trás as suas tropas, os seus equipamentos e as suas provisões, isto estará perdido. Assim, se o seu exército, para obter uma vantagem, tivesse que recolher suas armaduras e deixar suas posições com rapidez, executando uma marcha forçada de mil li, sem parar nem de dia, nem de noite, os seus principais generais seriam capturados; os seus homens mais fortes e vigorosos chegariam primeiro, os fracos e cansados se desgarrariam. E, deste modo, só 1/10 do exército chegaria na hora certa. Se eles tivessem que correr cinqüenta li para procurar uma posição favorável, o general das vanguardas estaria perdido e só a metade do exército chegaria lá na hora certa. Se eles tivessem que correr trinta li para lutar por alguma vantagem, só 2/ chegariam. Todo o mundo sabe que um exército será derrotado pelo inimigo se não tiver equipamentos, provisões ou material de apoio.

Conhecimento pleno

Um chefe que não entende as intenções, os enredos e os esquemas dos príncipes dos Estados vizinhos não pode fazer em alianças com eles. Um chefe que não está familiarizado com as características topográ fi cas das diferentes montanhas e fl orestas, dos terrenos sujos, e dos pântanos, não pode administrar a marcha de um exército. Um chefe que não contrata guias locais não pode obter uma posição favorável no terreno para a batalha.

A arte de manobrar os exércitos

Portanto, em operações militares, você pode obter a vitória com estratagemas militares. Você deve manobrar para obter as condições favoráveis, para dispersar ou concentrar o exército de acordo com as circunstâncias. Assim você deverá ser

tão rápido quanto o vento forte, ao entrar em ação;

tão estável quanto as fl orestas silenciosas que o vento não pode tremer,

quando se mover lentamente;

tão feroz e violento quanto as chamas furiosas,

quando invadir o estado do inimigo;

tão fi rme quanto as montanhas altas, quando estacionar e

tão inescrutável quanto algo atrás das nuvens e golpear tão repentinamente quanto trovão Você deve dividir suas forças para saquear o território do inimigo, e posicioná-la em locais estratégicos para a defesa do território recentemente capturado. Você deve pesar as vantagens e desvantagens antes de partir para o combate. Aquele que primeiro domina esta tática, obterá a vitória. Assim é a arte de manobrar os exércitos.

Regra para administrar um exército grande

O Livro de Administração Militar diz: "Gongos e tambores são usados em batalhas, porque as vozes não são ouvidas; bandeiras e estandartes são usados, porque os soldados não podem ver um ao outro claramente." Os fogos, gongos e tambores são, normalmente, usados como sinais em batalhas de noite. As bandeiras e os estandartes são empregados em batalhas durante o dia. O que se faz é adaptar a capacidade dos soldados para ver e ouvir. Os gongos, tambores, bandeiras e estandartes são como instrumentos para uni fi car o exército.

Quando os soldados foram uni fi cados, o corajoso não pode avançar só, e o covarde não pode se retirar sozinho. Esta é a regra para administrar um exército grande.

Regra para administrar o moral

Você pode desmoralizar o inimigo e fazer o seu general perder o ânimo. Normalmente, no começo de guerra, o espírito do inimigo é agudo e irresistível. Um certo período depois, recusará e afrouxará. Nas fases fi nais da guerra, fi cará fraco, e os soldados estarão sem ânimo para lutar. O chefe hábil sempre evita o inimigo quando a moral dele é alto e irresistível, e o ataca quando ele está cansado e relutante em lutar. Esta é a regra para administrar o moral.

Regra para controlar a força militar

O chefe leva as suas tropas para perto do campo de batalha para esperar pelo inimigo que vem de longe; conduz as suas tropas descansadas contra o inimigo exausto, e traz as suas tropas bem-alimentadas contra os soldados inimigos que têm fome. Esta é a regra para o controle da força militar.

Condições mutáveis das táticas

O chefe habilidoso nunca se depara contra um inimigo que se alinha em perfeita ordem unida com bandeiras alinhadas e altas, nem ataca um inimigo com adota uma formação de batalha forte e impressionante. Isto mostra que ele tem uma compreensão clara das condições mutáveis das táticas.

Princípios das manobras militares

Aqui estão alguns princípios das manobras militares: Nunca lance um ataque sobre um inimigo que ocupa um terreno alto; nem invista

Fraquezas fatais de um general

Há cinco fraquezas fatais de um general.

se ele é valente e com descaso pela vida, poderá ser morto facilmente; se ele é covarde na véspera de uma batalha, será capturado facilmente; se ele é irascível, será provocado facilmente; se ele é muito suscetível à honra, estará sujeito a ser envergonhado; se ele é muito benevolente e preza as pessoas,

estará sujeito a se tornar hesitante e passivo.

Estas cinco fraquezas fatais são as faltas de um general que podem mostrar-se desastrosas na condução da guerra. A destruição do exército inteiro e a morte dos chefes é o resultado inevitável destas cinco fraquezas fatais. Portanto, estas deverão ser cuidadosamente consideradas.

Capítulo 9 -

O Exército em Marcha

Sun Tzu disse:

Com relação ao posicionamento do exército

Com relação às montanhas

Um general tem que observar o seguinte: ao passar por montanhas, estar seguro, fi cando perto dos vales; selecionar um lugar em solo alto que receba a luz solar para os realizar os acampamentos militares e não subir para alcançar o inimigo. Esta é a lei para posicionar-se com relação às montanhas. com relação aos rios

Depois de cruzar um rio você deve fi car longe dele. Se os ataques inimigos partem de um rio, não o enfrente na água. Ao invés disso, é vantajoso permitir que metade das tropas atravesse, para então os golpear. Se você deseja lutar com o inimigo, não enfrente suas forças de invasão perto de um rio. Ao invés disso, selecione um lugar em solo alto que receba a luz solar para tomar posição e nunca acampe à jusante do inimigo. Esta é a lei para posicionar-se com relação aos rios. com relação aos pântanos salgados

Cruze os pântanos salgados depressa e sem demora. Ao encontrar as tropas do inimigo em um pântano salgado, posicione-se perto da grama com as costas voltadas para a fl oresta. Esta é a lei para posicionar-se com relação aos pântanos salgados. com relação às terras planas

Em locais planos, selecione um lugar acessível, posicione-se com seu fl anco direito tendo um campo alto às costas, terras perigosas em frente e solo seguro à sua retaguarda. Esta é a lei para posicionar-se com relação às terras planas.

Estas são as mesmas quatro leis que permitiram que o Imperador Amarelo derrotasse os quatro imperadores (líderes de quatro tribos no tempo do Imperador Amarelo).

Vantagens oferecidas pelo terreno

Todos os chefes preferem estacionar as suas tropas em terreno alto ao invés de terreno baixo; preferem a luz solar

em lugar da sombra; e onde colheitas podem crescer e o solo é protegido. As tropas estarão livres de doenças, e isto garantirá vitória. Ao encontrar colinas ou diques, você deverá estacionar suas tropas no lado do sol, com as colinas ou diques a sua retaguarda. Estas vantagens são oferecidas pelo terreno, cabendo ao general saber aproveitá-las.

Cuidados com a natureza

Se uma chuva pesada desaba na parte de cima de um rio e forma torrentes que se apressam até as partes baixas, não cruze o rio, mas espere até que as águas se acalmem. Quando você encontrar regiões perigosas, nunca se aproxime, e evite-as com rapidez: um des fi ladeiro com um rio que corre no fundo; uma barranca, com precipícios perigosos ao redor; solos densamente cobertos com uma mata alta; uma terra pantanosa; e uma passagem estreita entre duas montanhas.

Mantenha-se longe dessas posições e deixe que o inimigo se aproxime delas; mantendo-as a nossa frente, poderemos manobrar e o inimigo as terá pela retaguarda. Se o exército tiver em seus fl ancos ravinas escarpadas, pântanos, juncos e cana, montanhas arborizadas com vegetação densa, você deve examinar cuidadosamente e repetidamente, para ver se não há emboscadas ou se existe alguém espionando.

Sinais ...

Posicionament o das tropas do inimigo

Se as tropas do inimigo estão próximas de suas posições e permanecem quietas, é porque a posição não é vantajosa a eles. Se as tropas do inimigo estão longe de você e ainda ousam vir e o desa fi ar a batalhar, é porque elas querem seduzi-lo a fazer um avanço. Se as tropas do inimigo estão em um terreno plano, é porque há vantagens práticas nesta posição. Indícios da natureza

Se as árvores estão se movendo, o inimigo está avançando para você. Se você acha muitos obstáculos escondidos entre a vegetação rasteira, o inimigo está tentando nos confundir. Se pássaros levantam vôos, o inimigo o está aguardando para um emboscada. Pássaros que se reúnem sobre a área de acampamento do inimigo, sugerem que o acampamento deva estar abandonado e que o inimigo fugira. Animais assustados, que correm em disparada, indicam sinal de ataque iminente do inimigo. Nuvens de poeira que se erguem altas, indicam que as carruagens do inimigo estão aproximando. Quando o poeira fi car baixa e se espalhar pelo chão, é um sinal que a infantaria do inimigo está chegando. Mas se a poeira for levantada em pontos isolados, então o inimigo está cortando lenha para as fogueiras. A poeira que é baixa e que sobe com intermitência indica que o inimigo está lançando acampamentos.

Adestramento Se as ordens foram constantemente reforçadas os soldados serão obedientes, caso contrário, serão desobedientes. Se as ordens forem constantemente reforçadas, haverá uma relação complementar de con fi ança entre o comandante e seus homens. Avaliação Um inimigo que confronta-se com você, por muito tempo, sem lutar e nem abandonar sua posição, deve ser considerado com o maior cuidado. O que basta é: ser capaz de avaliar sua própria força, ter uma visão clara da situação do inimigo e obter apoio total de seus homens. Aquele que não faz planos ou estratégicas, e menospreza o inimigo, seguramente será capturado pelo oponente.

Capítulo 10 - O Terreno

Sun Tzu disse: Na natureza, existem diferentes tipos de terreno: o acessível, o traiçoeiro, o duvidoso, o estreito, o acidentado e o distante.

Tipos de terreno

Acessível O que é terreno acessível? É aquele que apresenta-se fácil tanto para as suas tropas como para as do inimigo. Se você entrar em uma região acessível, você deverá ocupar posições altas e ensolaradas e manter suas linhas de provisão desimpedidas. Assim, será conveniente para você lutar com o inimigo. Duvidoso O que é terreno duvidoso? É aquele que mostra-se difícil tanto para o inimigo como para as suas tropas. No terreno duvidoso, mesmo que o inimigo tente atraí-lo para combater, você não deve morder a isca, mas fi ngir que está em retirada. Quando as tropas do inimigo estiverem, então, a meio caminho, em perseguição a você, você poderá golpeá- los. Esta é a vantagem do terreno duvidoso. Acidentado O que é terreno acidentado? É aquele que contém rios, montanhas, escarpas, colinas e cristas. Se você atingir um terreno alto e acidentado antes do inimigo, você deverá ocupar uma posição alta, do lado ensolarado, e esperar pelo inimigo que se aproxima. Se as forças inimigas controlarem este tipo de

terreno, você deverá retirar suas topas e não perseguí-lo. Distante O que é terreno distante? É aquele que apresenta distâncias consideráveis entre os campos oponentes. Neste tipo de terreno, se as vantagens de suas tropas e das tropas inimigas se equivalem, certamente, não será fácil atrair o inimigo para uma batalha. Do mesmo modo, será desvantajoso levar a batalha até ele.

Portanto, estes são os modos para tirar proveito dos seis tipos diferentes de terreno para lutar. Os generais têm a responsabilidade mais alta para investigá- los cuidadosamente.

Seis situações que apontam a derrota de um exército

Um general deverá saber as seis situações que apontam a derrota de um exército: quando os soldados fogem, quando eles possuem disciplina negligente, quando o exército está deteriorado, quando se desmorona sob a insurgência, quando é desorganizado e quando foi derrotado. Nenhuma destas situações é conseqüência de catástrofes naturais, elas são decorrentes das falhas dos comandantes.

Quando as vantagens estratégicas são iguais, entre você e seu inimigo, e se o seu exército tiver que lutar contra uma força dez vezes maior, o resultado será a sua fuga. Quando os soldados são valentes e quali fi cados, mas os o fi ciais são fracos e incompetentes, então o exército inteiro será negligente quanto à disciplina. Quando o fi ciais são valorosos e competentes, mas os soldados são fracos e sem treinamento, o exército fi cará deteriorado. Quando os o fi ciais mais graduados têm rancores contra os chefes, eles são insubordinados e, ao encontrarem o inimigo, se precipitarão em uma batalha sem autorização. Se ao mesmo tempo, o chefe é ignorante das suas habilidades, então o exército se desmoronará. Quando o chefe é fraco, incompetente e não impõe respeito, quando o fi ciais e soldados se comportam de um modo indisciplinado, quando falta treinamento formal e instruções claras, quando formações militares são desordenadas, o exército está em desorganizado. Se um chefe não calcula a força do inimigo e emprega uma força pequena contra um exército grande, combate um inimigo forte com tropas fracas, e ao mesmo tempo não seleciona unidades de vanguarda, o resultado será a derrota. Portanto, estas seis situações são as causas de derrota. Os generais têm a responsabilidade mais alta para investigá-las cuidadosamente.

Deveres básicos de um comandante

Em operações militares, o terreno é um aliado importante do comandante. Avaliar, corretamente, a situação do inimigo, criando condições favoráveis para a vitória, e analisar os tipos de terreno e distâncias com muito cuidado, são os deveres básicos de um comandante sábio. Aquele que avalia corretamente esses aspectos e sabe aplicá-los, vencerá; aquele que é ignorante nestas normas e não sabe como empregá-las em guerra, será derrotado.