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Resenha sobre ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003., Resumos de Diretrizes para Análise de Textos Literários

Resenha sobre ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

Tipologia: Resumos

2019
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ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo:
Parábola Editorial, 2003.
Aula de Português: encontro e interação, de Irandé Antunes, é uma obra
que oferece uma nova proposta pedagógica para o ensino de língua materna.
A autora, que é doutora em linguística pela Universidade Clássica de Lisboa,
introduz novas diretrizes para o ensino de língua portuguesa, em que seu obje-
tivo é chamar a atenção dos professores sobre as práticas escolares tradicionais.
A obra encontra-se dividida em seis capítulos, distribuídos da seguinte
forma: capítulo 1: Refletindo sobre a prática da aula de português; capítulo 2:
Assumindo a dimensão interacional da linguagem; capítulo 3: Repensando o
objeto de ensino de uma aula de português; capítulo 4: Redimensionando a ava-
liação; capítulo 5: Conquistando autonomia; capítulo 6: Fechando, por enquanto.
Trata-se de uma obra com uma linguagem clara e precisa que em cada
capítulo a autora mostra a teoria junto com a prática, e de como é fundamental
os professores compreender que esses dois itens estão interligados, e que um
depende do outro para desenvolver trabalhos na leitura, na escrita, nas aulas
de gramática e nas reflexões sobre a língua propondo, assim, uma atividade de
encontro e interação entre o ensino do português e o
ensino da língua.
Logo no primeiro capítulo existe uma análise de como as aulas de portu-
guês são mecânicas em relação à oralidade, a escrita, a leitura e a gramática,
pois a didática dos professores encontra-se totalmente inadequada e que os
métodos utilizados não concentram-se em ensinar a língua e seu funcionamento,
mas apenas explorar o ensino de uma gramática que, segundo Antunes, é “uma
gramática, fragmentada, de frases inventadas, da palavra e da frase isoladas,
sem sujeitos interlocutores, sem contexto, sem função: frases feitas para servir
de lição, para virar exercício;”( p.31). Diante disso, percebe-se que a escola
faz uso de uma gramática totalmente descontextualizada e com apenas uma
intenção: repudiar a língua, mostrando aquilo que esteja certo ou errado sem
se preocupar com a ação comunicativa dos falantes.
Assim, no segundo e terceiro capítulos, a autora desenvolve algumas
orientações e sugestões de atividades para serem trabalhadas nas aulas de
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ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. Aula de Português: encontro e interação , de Irandé Antunes, é uma obra que oferece uma nova proposta pedagógica para o ensino de língua materna. A autora, que é doutora em linguística pela Universidade Clássica de Lisboa, introduz novas diretrizes para o ensino de língua portuguesa, em que seu obje- tivo é chamar a atenção dos professores sobre as práticas escolares tradicionais. A obra encontra-se dividida em seis capítulos, distribuídos da seguinte forma: capítulo 1: Refletindo sobre a prática da aula de português; capítulo 2: Assumindo a dimensão interacional da linguagem; capítulo 3: Repensando o objeto de ensino de uma aula de português; capítulo 4: Redimensionando a ava- liação; capítulo 5: Conquistando autonomia; capítulo 6: Fechando, por enquanto. Trata-se de uma obra com uma linguagem clara e precisa que em cada capítulo a autora mostra a teoria junto com a prática, e de como é fundamental os professores compreender que esses dois itens estão interligados, e que um depende do outro para desenvolver trabalhos na leitura, na escrita, nas aulas de gramática e nas reflexões sobre a língua propondo, assim, uma atividade de encontro e interação entre o ensino do português e o ensino da língua. Logo no primeiro capítulo existe uma análise de como as aulas de portu- guês são mecânicas em relação à oralidade, a escrita, a leitura e a gramática, pois a didática dos professores encontra-se totalmente inadequada e que os métodos utilizados não concentram-se em ensinar a língua e seu funcionamento, mas apenas explorar o ensino de uma gramática que, segundo Antunes, é “uma gramática, fragmentada, de frases inventadas, da palavra e da frase isoladas, sem sujeitos interlocutores, sem contexto, sem função: frases feitas para servir de lição, para virar exercício;”( p.31). Diante disso, percebe-se que a escola faz uso de uma gramática totalmente descontextualizada e com apenas uma intenção: repudiar a língua, mostrando aquilo que esteja certo ou errado sem se preocupar com a ação comunicativa dos falantes. Assim, no segundo e terceiro capítulos, a autora desenvolve algumas orientações e sugestões de atividades para serem trabalhadas nas aulas de

316 português, e melhorar o desenvolvimento e o meio de aquisição do aluno na prática da oralidade, escrita, leitura e gramática. Por isso, essas práticas peda- gógicas exigem dos professores uma nova postura e reflexão quanto ao ensino de gramática, por que não adianta ensinar apenas as nomenclaturas e pedir para os alunos classificar as orações, é preciso que eles compreendam a gramática funcional através de recursos de textos orais e escritos em que se privilegie a aplicação na língua falada ou escrita em seu uso formal e informal. Nos três últimos capítulos da obra, Antunes desenvolve a questão sobre avaliação como método de aprendizagem, em que deixa claro que a sua fun- ção é algo contínuo e progressivo e que o papel do professor é assumir uma autonomia didática em sala, para que as aulas de português sejam para falar, ouvir, ler e escrever textos, contribuindo de uma forma crítica, pedagógica e relevante para o aprendizado. Os capítulos mais relevantes da obra são o primeiro e o segundo, porque analisam a didática que os professores têm utilizado em suas aulas. Logo no primeiro capítulo, observa-se que as aulas de português estão totalmente voltadas para a gramática normativa, que concentram-se na capacidade de o aluno conhecer todos aqueles conceitos e nomenclaturas, desde morfologia a sintaxe, visando apenas que as aulas de gramática sejam somente para ensinar as suas regras e suas terminologias, deixando de lado o trabalho com os textos, a oralidade e a escrita do aluno. Diante disso, no segundo capítulo, a autora chama a atenção dos professores sobre essas práticas pedagógicas adotadas em sala de aula, e sugere um novo trabalho com a gramática, pois, de acordo com Antunes, “a gramática compreende o conjunto de regras que especificam o funcionamento de uma língua” (p.85). Portanto, ensinar gramática é ensinar a língua em que todo falante sabe dominar as suas regras, por isso os professores precisam explorar a gramática funcional, ou seja, uma gramática que, além de explicar as regras, mostre o funcionamento da língua, através do contexto de uso do falante, pois não adianta decorar todas as regras e nomenclaturas se não compreender o valor semântico e o sentido que elas expressam, e que as análises de frases soltas e descontextualizadas não favorecem o conhecimento sobre a linguagem e seus contextos de uso. Como afirma Antunes,“O estudo da gramática deve ser estimulante, desa- fiador, instigante, de maneira que se desfaça essa ideia errônea de que estudar língua é, inevitavelmente, uma tarefa desinteressante, penosa e, quase sempre, adversa.” (p.97). Por isso, é fundamental que nas aulas de língua portuguesa