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Relaxamento da Prisão em Flagrante: Análise de Caso e Fundamentação Jurídica, Esquemas de Direito Processual Civil

caso brutus que matou 2 mulheres

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 02/04/2024

keli-souza-silva
keli-souza-silva 🇧🇷

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE PORTO SEGURO/BA.
BRUTUS, brasileiro, solteiro, inscrito no CPF sob o nº ..., RG nº ...., residente e
domiciliado na..., ..., Bairro ...., Porto Seguro/BA, por seu (a) advogado (a) que
a esta subscreve, conforme procuração anexa a este instrumento, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no Art. 310, I,
do Código de Processo Penal requerer RELAXAMENTO DA PRISÃO EM
FLAGRANTE, pelos fatos e direito a seguir expostos:
DOS FATOS
Brutus, foi preso em flagrante pelo crime de homicídio doloso consumado
contra duas vítimas, bem como pelo porte ilegal de arma de fogo e tráfico de
drogas. No local, foram encontrados os cadáveres, a arma de fogo e 40 (quarenta)
papelotes de cocaína. Brutus, conhecido traficante de drogas na comunidade onde
morava, tinha ido a um baile funk e começou a conversar com Cleópatra, uma
garota de outra comunidade e que estava bebendo com sua amiga, Afrodite,
também da mesma comunidade que aquela.
Ambas sabiam que Brutus era o “dono” daquela comunidade e operava todo o
tráfico de drogas na região, o que as instigou a beberem com ele no baile funk, em
razão do “glamour” gerado pelo seu poder no local. Após horas bebendo, Brutus
chamou as garotas para irem até sua residência para ouvir música, beber e fazer
uso de drogas, o que foi prontamente atendido por ambas. Ao chegarem à casa
de Brutus, elas viram que havia muitas drogas, dinheiro e armas de fogo, tudo
isso típico de um traficante de drogas que comandava a mercancia ilícita de
entorpecentes no local e começaram aperguntar sobre o trabalho de Brutus.
Brutus não queria ficar falando de trabalho naquele momento, mas, sim, ter uma
noite de relação sexual com as moças, todavia Cleópatra não aceitou e pediu para
que ele solicitasse um Uber para ela ir embora para a sua comunidade, sendo que
apenas Afrodite anuiu ao convite sexual. Enfurecido com a recusa ao seu convite
sexual, Brutus pegou um fuzil e disparou, dolosamente, contraCleópatra,
atingindo-a mortalmente, sendo que o mesmo disparo que a perfurou também
acertou Afrodite, que morreu imediatamente, mas ele não tinha a intenção de
matá-la, o que ocorrera porerro na execução, em virtude da imprudência de ter
usado uma arma muito possante para eliminar alguém que estava próximo a ela.
Destaca-se que Cleópatra e Afrodite eram moradoras de uma comunidade rival,
chefiada por outro traficante que era inimigo de Brutus, sendo que, quando a
notícia do homicídio chegou até ele, foi acionada a Polícia Militar, de forma
anônima, dando o direcionamento exato da residência de Brutus para constatar
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO

TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE PORTO SEGURO/BA.

BRUTUS, brasileiro, solteiro, inscrito no CPF sob o nº ..., RG nº ...., residente e domiciliado na..., nº ..., Bairro ...., Porto Seguro/BA, por seu (a) advogado (a) que a esta subscreve, conforme procuração anexa a este instrumento, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no Art. 310, I, do Código de Processo Penal requerer RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, pelos fatos e direito a seguir expostos: DOS FATOS Brutus, foi preso em flagrante pelo crime de homicídio doloso consumado contra duas vítimas, bem como pelo porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. No local, foram encontrados os cadáveres, a arma de fogo e 40 (quarenta) papelotes de cocaína. Brutus, conhecido traficante de drogas na comunidade onde morava, tinha ido a um baile funk e lá começou a conversar com Cleópatra, uma garota de outra comunidade e que estava bebendo com sua amiga, Afrodite, também da mesma comunidade que aquela. Ambas sabiam que Brutus era o “dono” daquela comunidade e operava todo o tráfico de drogas na região, o que as instigou a beberem com ele no baile funk, em razão do “glamour” gerado pelo seu poder no local. Após horas bebendo, Brutus chamou as garotas para irem até sua residência para ouvir música, beber e fazer uso de drogas, o que foi prontamente atendido por ambas. Ao chegarem à casa de Brutus, elas viram que lá havia muitas drogas, dinheiro e armas de fogo, tudo isso típico de um traficante de drogas que comandava a mercancia ilícita de entorpecentes no local e começaram aperguntar sobre o trabalho de Brutus. Brutus não queria ficar falando de trabalho naquele momento, mas, sim, ter uma noite de relação sexual com as moças, todavia Cleópatra não aceitou e pediu para que ele solicitasse um Uber para ela ir embora para a sua comunidade, sendo que apenas Afrodite anuiu ao convite sexual. Enfurecido com a recusa ao seu convite sexual, Brutus pegou um fuzil e disparou, dolosamente, contraCleópatra, atingindo-a mortalmente, sendo que o mesmo disparo que a perfurou também acertou Afrodite, que morreu imediatamente, mas ele não tinha a intenção de matá-la, o que ocorrera porerro na execução, em virtude da imprudência de ter usado uma arma muito possante para eliminar alguém que estava próximo a ela. Destaca-se que Cleópatra e Afrodite eram moradoras de uma comunidade rival, chefiada por outro traficante que era inimigo de Brutus, sendo que, quando a notícia do homicídio chegou até ele, foi acionada a Polícia Militar, de forma anônima, dando o direcionamento exato da residência de Brutus para constatar

que os corpos lá estavam e ele ser preso. Além disso, o Promotor de Justiça não acreditou que os policiais teriam espancado e asfixiado o acusado, bem como que os crimes praticados foram comprovados pela entrada em sua residência, sendo dispensável o consentimento do morador nessas situações de permanência do delito. DO MERITO Para início de fundamentação, lembra-se do seguinte artigo 5º inciso LXV da Constituição Federal de 88, tendo em vista a temática das prisões em flagrante, nos termos do artigo 5º LXV “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.”Excelência, não há motivos para a manutenção da prisão do Requerente, requer portanto o relaxamento da prisão nos termos do art. 310 inciso l do CPP. DA PROVA ILICITA Além disso, toda prova ilícita é inválida e deve ser desentranhada do processo, maculando o próprio ato prisional, eis que o Estado não pode praticar crime para combater outro crime, como ocorre nos crimes de tortura para obter algum tipo de informação conforme artigo 157 do CPP. Neste sentido nota no caso em tela que não ficou configurado o instituto da prisão em flagrante, neste caso portanto totalmente ilegal é a prisão, nesse sentido, requer seja imediatamente relaxada. DO PEDIDO a) Diante de todo o exposto, postula-se o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente nos termos do artigo 310, inciso. I, do CPP, e art. 5º, inciso. LXVI, da CF. b) Determinando-se a expedição do competente alvará de soltura em seu favor, como medida da mais lídima justiça. Nestes Termos, Pede deferimento. Local… data… Advogado… OAB…