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Relatório técnico do curso de Agronegócio
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Projeto Final apresentado como trabalho de conclusão do Curso Técnico em Agronegócio, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR da Regional de Ulianopólis- Pa, orientado pelo(s) tutor(es) Alyne Cristina Sodré Lima , Waldjanio de Oliveira Melo como requisito para obtenção do diploma de habilitação técnica.
A Cultura da soja ocupa posição de destaque no agronegócio brasileiro. Atualmente, a soja é a principal cultura do Brasil, representando cerca de 60% da produção brasileira de grãos. O sistema de produção da soja é caracterizado pelo elevado nível tecnológico, O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, sendo responsável por cerca de 30% da produção total, e o maior exportador mundial deste produto agrícola (2ª edição do catálogo de soja Biosoja 2016). Na safra 2015/2016, as exportações do complexo soja, o qual inclui grãos, farelo e óleo, atingiram a cifra de US$ 25 bilhões, sendo um dos principais responsáveis pelo saldo positivo na balança comercial e pela estabilidade econômica do Brasil (2ª edição do catálogo de soja Biosoja 2016) O estado do Pará é a nova fronteira agrícola brasileira, áreas antes ocupadas por pastagens, estão sendo rapidamente substituídas pela soja. Clima adequado, terras com preços atraentes e boa logística para o escoamento da produção agrícola são atrativos para o estabelecimento de produtores rurais procedentes de outras regiões brasileiras. A Produtividade da soja no Pará é similar a das regiões tradicionais de cultivo.
Desde meados dos anos 2000, com a estagnação do aumento da produtividade da soja, o incremento na produção da soja, ocorreu praticamente devido a expansão da área cultivada, primeiramente na fronteira agrícola (Mapito, Norte do Mato Grosso e Pará), para reverter este processo, é necessário que os produtores rurais e profissionais envolvidos com a cultura da soja identifiquem os fatores que estão limitando o aumento da produtividade e melhorem as práticas de manejo da cultura. Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo na produção da soja. Além do aumento na área cultivada, ocorreu também um aumento expressivo na produtividade da cultura. No início da década de 1970, a produtividade da soja era de 1.438 kg ha-1 e no início do século XXI, atingiu 2. kg hectares-1.
Imagem 1: Área cultivada, produção e produtividade da soja a partir do Início da década de 70 (EMBRAPA, CONAB). Fonte: ABAG (2016).
Vários fatores contribuíram para esse aumento na produtividade da soja, dentre os quais o lançamento de materiais genéticos cada vez adaptados às diferentes regiões de cultivos no Brasil. Além da contribuição da genética, a melhoria das práticas culturais teve forte impacto no aumento da Produtividade da cultura. Entretanto, a partir do início do século XXI, houve uma estagnação na produtividade da soja próxima de 3.000 kg hectares-1. Uma provável explicação para esse fato pode estar relacionada ao monocultivo da soja, ocasionando o agravamento da severidade das pragas e doenças e a seleção de plantas daninhas resistentes aos herbicidas. Além disso, o manejo
Imagem 2: Imagem aérea da usina na década de 90 (Instalações da Usina, área de reserva ambiental, tanques de armazenamento de álcool e estradas principais)
A Primeira grande mudança da indústria depois da construção, com a implantação da mesa. Alimentadora 50 º, ampliação da esteira metálica, implantação do desfibrador e modernização das moendas e acessórios no ano de 2000. Em 2007 foi finalizada a construção da fábrica de açúcar e deu-se inicio a fabricação de açúcar e operações de colheita mecanizada, Atualmente o grupo possui os seguintes seguimentos, conforme imagem a baixo: Tabela 1: Segmentos atuais Pagrisa. Produtos Atuais Futuros Álcool hidratado Energia elétrica Álcool Anidro Açúcar triturado Açúcar cristal Levedura Óleo Fúsil Carne Bovina Soja Carne Suína Milho Carne Ovina Feno Embutidos Bovinos Couro Suínos Secundários de Frigorifico Ovinos Ração animal Madeira de reflorestamento Peixe Fonte: Pagrisa.
O Seguimento de produção de Soja na Usina teve sua intensificação em 2014, plantando 726 hectares e com uma produtividade média de 24,80 sacas/hectare, não foram resultados positivos, porém, serviram como aprendizagem para os anos consecutivos. Atualmente a Usina possui 16.845,61 hectares de cana e realiza o plantio de soja nas áreas de reforma do canavial e áreas de expansão, utilizando as técnicas de plantio direto, rotação de cultura, controle biológico entre outras técnicas sustentáveis.
Evidenciar na prática o avanço da sustentabilidade, sistemas produtivos modernos, avanços tecnológicos e aumento da produtividade através de boas práticas agrícolas. Analisar detalhadamente os destaques da propriedade em seu manejo, evidenciando todas as atividades, do planejamento a colheita, destacando a utilização do manejo integrado de pragas, utilização de rotação de culturas para a quebra de ciclos de pragas e doenças, plantio direto com o uso da palhada para conservação do solo e os benefícios a elas associados, na busca de melhores resultados produtivos e aumento da rentabilidade e sustentabilidade do negócio.
O relatório técnico foi elaborado a partir das atividades e informações obtidas durante o período de sua realização e complementadas com a pesquisa de referências. Durante a realização da visita, várias informações foram repassadas pelos Engenheiros Agrônomos e pelos Técnicos Agrícolas sobre o manejo da cultura da soja, atividades como o controle de pragas, controle de plantas daninhas, períodos de aplicação e dosagens dos produtos, características das cultivares que melhor se destacam na propriedade, entre outras.. Segue abaixo tabela 2 com a sequência de acompanhamento:
Tabela 2: Sequencia de acompanhamento.
Sequencia Atividade Coordenador Responsável 1 Planejamento-Preparo de Solo- Plantio- Controle de Plantas Daninhas-Controle de Doenças-Adubação foliar e Colheita
Kelvin Lanza Imamura
2 Amostragem de solo-Calagem-Gessagem- Adubação química
Zenon Barbosa Pimentel
3 Controle de Pragas Leonaldo Donato Dias
Locação de equipamentos
Plano de paradas, abastecimentos e manutenções dos equipamentos.
Engenharia de Utilização Indicadores de utilização dos equipamentos
Relatório de OS abertas por equipamento e por sistema (elétrico, hidráulico, etc.)
Gestão de Pessoas
Locação de pessoal (tempo trabalho, treinamentos e contratações)
Produtividade por colaborador Qualidade por colaborador
Advertências Hora extra
Refeições Transporte do setor
Quadro sinótico de EPIs e funções. Planejamento de EPCs Check list de segurança Indicadores de segurança (ocorrências por tipo) Mapa de risco
Indicador de qualificação do setor Material didático para os treinamentos Definição dos instrutores e recursos Plano de multifunções x E-social
Atestados e afastamentos Check list de ergonomia Indicadores de saúde Gestão de Insumos
Previsão de peças para estoque mínimo Previsão de materiais de consumo
Gestão de Qualidade
Ods Oas
Gestão de Custos
Evolução do Setor
Fonte: Pagrisa.
Os tópicos se completam de forma linear na qual um depende do outro para o bom andamento do plano, por isso a importância de todos estarem completos, esta ferramenta de gestão foi elaborada pelo Diretor presidente Marcos Vilella Zancanner a partir do ano de 2015 e deve ser realizado no mês de outubro do ano anterior, desde então, esta ferramenta é indispensável para a gestão da empresa, de forma que todos os departamentos da empresa são obrigados a terem este planejamento de forma completa.
Imagem 3: Plantio direto (palhada cana de açúcar) Fonte: Pagrisa A empresa utiliza da tecnologia de plantio direto, dispensando assim, a mobilização do solo, pelo o uso de grade de disco e arados, por ser uma usina de cana de açúcar, a empresa em suas áreas de renovação do canavial, utiliza desta ferramenta para a rotação de cultura, sendo assim, o seu estoque de MOS (matéria orgânica no solo), beneficia a qualidade do solo de forma a aumentar, a retenção de água, permeabilidade, resistência à compactação, aumento da porosidade e CTC (Capacidade de troca de Cátions).
Esta operação para a cultura da soja deve ser realizada de forma muito eficiente, com isso é feita duas operações de dessecação, na qual uma delas é realizada para a soqueira da cana (cultura anterior) quando a mesma estiver com 40 cm de altura, e é feita uma segunda operação 20 dias antes do plantio de soja. Na primeira dessecação, utiliza-se somente o herbicida glifosato, sendo aplicados 1800 g de i.a, na segunda dessecação com 20 dias antes do plantio, é utilizada mais uma aplicação de glifosato (1800 g de i.a) para o controle de folhas estreitas, mais um produto visando o controle de folhas larga, sendo o principio ativo carfentrazona com o nome comercial AURORA FMC, utilizando 32 g de i.a e junto a esta aplicação, utiliza-se também um inseticida acaricida, para controle de ácaros e pragas remanescentes da área e possível controle de Soja Louca, com o principio ativo bifentrina, na qual é utilizada 15 g de i.a, o produto tem como nome comercial, Talstar FMC, as pulverizações são realizadas com pulverizador auto propelido, utilizando vazão de 100 litros por hectares ou avião agrícola com vazão de 30 litros por hectares. A propriedade está com altas infestações de nematoides, sendo um deles, sem estudos e sem métodos de controle, o nematoide chamado Aphelencoides, causador do que tem sido chamado
de “Soja louca 2”, este nematoide, ataca a parte aérea da planta, e conforme estudos realizados na própria fazenda, o mesmo é hospedeiro em plantas daninhas na lavoura, principalmente em folhas largas, e consequentemente repassa para a cultura da soja após a semeadura, agregando vários prejuízos reduzindo até 17 sacas/ha na área afetada. Até então, a única forma de controle, é eliminando todas as plantas daninhas da área cultivada, realizando uma dessecação bem eficiente ou operações de grade de discos, porém, a operação de grade de discos não entra nos padrões do manejo conservacionista do solo da propriedade, com isso, todos os focos de plantas daninhas hospedeiras do nematoide, é eliminada por esta operação de dessecação, por isso, sua grande importância.
Imagem 4: Pulverizador SP 3500 utilizado na operação de dessecação. Fonte: http://videolike.nobighim.me/video/sp-3500.
Conforme o Coordenador de Fertilidade de Solo Zenon Barbosa Pimentel Neto, a amostragem de solo é a primeira e mais crítica etapa de um bom programa de correção do solo e adubação. Para que a análise química represente adequadamente as características do solo avaliado, é de fundamental importância que a amostragem seja feita seguindo alguns critérios básicos. Dividir a área em glebas homogêneas, nunca superiores a 20 hectares, de acordo com a topografia, cobertura vegetal, cultivo precedente, drenagem, textura, cor, grau de erosão, profundidade e tipo de solo, amostrando cada área isoladamente; De cada gleba, deve-se retirar várias sub amostras em ziguezague, de 10 a 20 com profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm, percorrendo toda a área homogênea; Antes da coleta, devem-se afastar os detritos, vegetação e
ao uso do Excel, na recomendação de calagem, uma vez que determinados talhões não necessitem de calagem na camada superior de 0 a 20 cm, resultados em valores negativos, sendo que a camada inferior de 20 a 40 cm haja necessidade de calagem, portanto, deve-se considerar e aplicar a requerida dose da camada inferior, haja vista que pensando na cultura da soja, somente a camada superior, resolveria a necessidade, porém, pensando na necessidade da cultura da cana de açúcar, a dose deve ser feita conforme camada inferior, pois a empresa realiza o cultivo de das duas culturas. Os laudos são realizados e interpretados pelo Engenheiro Agrônomo do setor, na qual realiza as definições das quantidades a serem utilizadas. O equipamento utilizado para realizar as operações, de calagem e gessagem, é o caminhão distribuidor com capacidade de 10 toneladas, e distribuição a lanço, a imagem a baixo demonstra na pratica equipamentos utilizados na operação de calagem.
Imagem 6: Conjunto Caminhão e distribuidor de insumos Fonte: Pagrisa.
O Gesso age neutralizando o alumínio presente na solução do solo, que é tóxico ao sistema radicular da planta, assim como fornecer enxofre, O gesso, apresenta maior mobilidade do perfil do solo do que o calcário, sendo um insumo de muita importância para a região da unidade, utiliza-se também os critérios de análise na profundidade de 20 a 40 cm, para o cálculo de dosagem de gesso, porém haja vista que é realizado o manejo de duas culturas, e na cultura da soja, nas áreas em que será realizada a rotação, considera-se a metade da dose antes do plantio da soja e a outra metade somente depois do cultivo da soja, pois a segunda dosagem atenderia a necessidade da cultura da cana de açúcar.
Segundo o Eng.º Agrônomo Kelvin Lanza, responsável pelo plantio de soja da propriedade, a Operação de Plantio de soja, é realizada no período de 20 de dezembro a 15 de fevereiro e esta data, deve ser seguida a risca, pois caso este período seja ultrapassado, a produtividade da lavoura semeada após este período, está comprometida, podendo gerar grandes prejuízos, pois, a época da semeadura determina a formação das plantas de soja, a distribuição do clima e contribui para a duração correta do ciclo, altura da planta e do rendimento. A Soja é uma espécie que apresenta exigências foto periódicas térmicas e hídricas para se desenvolver adequadamente e expressar seu potencial de rendimento, a sensibilidade fotoperiódica varia com o genótipo, e o grau de resposta ao estímulo fotoperiódico é o principal determinante da área de adaptação das diferentes cultivares. Nas cultivares de soja sensíveis, a resposta ao fotoperíodo é quantitativa, e não absoluta, o que significa que a floração ocorrerá de qualquer modo. No entanto, o tempo requerido para tal dependerá do comprimento do dia, sendo mais rápida a indução com dias curtos do que com dias longos. Desse modo, a indução floral provoca a transformação dos meristemas vegetativos (diferenciação de talos e folhas) em reprodutivos (primórdios florais), determinando o tamanho final das plantas (número de nós) e portanto seu potencial de rendimento. Cultivares de maturação tardia são geralmente mais sensíveis ao fotoperíodo do que cultivares precoces (Lawn & Byth, 1973; Major et al., 1975 ). O Plantio é realizado com plantadora de 14 e 9 linhas, sendo duas de 14 linhas e 4 de nove linhas, Plantadora Adubadora JM 7090 PD da Jumil, o espaçamento de plantio é de 50 cm, as regulagens de semeadura (sementes/mt), são determinadas conforme indicações e recomendação repassadas pelo agrônomo responsável, pois cada cultivar, tem suas recomendações alteradas conforme exigências de estande e laudos de germinação, as cultivares plantadas e estande de plantas foram as seguintes, Pampeana 10 790 ha (9 plantas finais/mt), Pampeana 20 790 ha ( plantas finais/mt), Sambaiba RR 300 ha (13,5 plantas finais/mt), FT Paragominas 1100 ha ( plantas finais/mt), deve-se sempre realizar os testes de germinação antes da semeadura para realizar os cálculos de semeadura, todas cultivares possuíam as seguintes características técnicas: