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Palavras-chave: Educação Pré-Escolar; Crianças; Investigação; Relatório Final ... modelo pretende desenvolver uma pedagogia centrada na ação da criança, ...
Tipologia: Provas
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Não perca as partes importantes!
Mestrado em Educação Pré-Escolar
I
Departamento de Educação Básica Mestrado em Educação Pré-Escolar
Maria João Neves Ventinhas Rosa
Coimbra, 2015
Escola Superior de Educação | Politécnico de Coimbra
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Mestrado em Educação Pré-Escolar
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Resumo: O principal objetivo deste relatório foi a observação e participação em todo o processo profissional que envolveu o acompanhamento de um grupo de crianças na faixa etária dos três anos de idade, com características diferenciais entre si, tendo este relatório, no âmbito da Unidade Curricular de Prática Educativa, a finalidade de descrever todo este o meu percurso.
Tive igualmente a oportunidade de além da caracterização teórica da instituição, elaborar uma caracterização assente na prática acerca do grupo e de toda a dinâmica das salas destinadas às atividades levadas a cabo pela educadora cooperante. Essa dinâmica foi de tal forma envolvente que me permitiu vivenciar e alargar o meu conhecimento em volta das cinco experiências-chave relacionadas com a educação pré-escolar, nomeadamente o trabalho de projeto, o desenvolvimento físico na educação de infância, a importância da leitura de histórias, a importância do brincar e por fim um exercício de investigação realizado com as crianças que teve como base a Abordagem de Mosaico.
A participação permitiu-me conhecer ao pormenor a realidade do ambiente e de todo o processo educativo que envolve o trabalho com crianças dos três anos. Realço que conheci e acompanhei pessoas nas quais identifiquei um elevado profissionalismo, e que me marcou, contribuindo certamente para que no futuro me possa tornar uma profissional de grande competência.
Palavras-chave: Educação Pré-Escolar; Crianças; Investigação; Relatório Final
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O presente Relatório Final foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Prática Educativa inserida no Mestrado de Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Coimbra, tendo como orientadora a professora doutrora Vera do Vale.
O objetivo deste documento é refletir e ao mesmo tempo relatar as experiências de maior relevância vividas por mim em contexto de estágio ao longo de 6 meses com crianças de 3 anos de idade.
Este relatório está dividido em duas partes distintas. A primeira parte é constituída pela caracterização do ambiente educativo onde foi realizado o estágio curricular e a segunda parte é destinada à reflexão e descrição das cinco experiências-chave, experiências estas que considero as mais relevantes para a minha formação enquanto futura educadora de infância. Uma destas cinco experiências- chave contém uma dimensão investigativa que analisa as práticas desenvolvidas no ambiente educativo centrado na metodologia “ Abordagem de Mosaico”.
A educadora cooperante foi uma peça fundamental durante toda a minha formação, acompanhando e orientando sempre todas as atividades.
Durante todo o meu percurso como estagiária tive como base as Orientações Curriculares (OCEPE) pois estas acentuam a importância de uma pedagogia estruturada. A educação pré-escolar é uma etapa decisiva na vida de uma criança, pois é onde a grande maioria começa a desenvolver as suas primeiras aprendizagens e é aqui que os educadores têm de desenvolver estratégias de aprendizagem para que cada uma delas consiga estruturar da melhor maneira possível as suas ideias e o seu pensamento criando assim situações de sucesso. Para que isto seja possível as OCEPE vão ajudar o educador a planear o seu trabalho. Os educadores devem incentivar uma atitude positiva face às aprendizagens, promovendo-as de uma forma lúdica, criativa, dinâmica e motivante, aumentando a curiosidade e o gosto de aprender.
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1. O Local de Estágio / Caracterização do Contexto Educativo A instituição onde decorreu o estágio caracteriza-se na qualidade de instituição de utilidade pública e situa-se em Coimbra.
No que confere à caracterização física do espaço, o jardim-de-infância encontra-se dividido internamente em três salas vocacionadas para a realização de atividades, denominando-se as mesmas por “sala dos cantinhos”, “sala das cores” e “salão”.
Aparte das salas específicas de atividades, o espaço é ainda constituído por um refeitório, um escritório para educadoras e duas instalações sanitárias, uma para as crianças e outra para os adultos.
No que toca à caracterização do espaço exterior, este é de grandes dimensões. É composto pelo “parque dos baloiços”, e por um outro local na parte traseira do edifício, um local mais recatado, onde está situado um coreto.
1.1- Recursos Humanos O corpo docente da instituição totaliza na sua constituição três educadoras, quatro auxiliares de educação, uma auxiliar de limpeza, e uma auxiliar de copa.
O serviço prestado é de qualidade e competência, estando cada uma das educadoras com cada grupo de crianças, acompanhadas das respetivas auxiliares de educação. A auxiliar de copa está sempre presente nas horas de refeição.
De referenciar ainda que na sua valência de jardim-de-infância, a instituição possui sessenta crianças com idades compreendidas entre os três e os cinco anos de idade.
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alimentação e higiene pessoal, por exemplo, a colocação de pasta na escova de dentes na hora de lavar os dentes.
As crianças demostram interesse na aprendizagem de músicas, lengalengas, exibindo especial gosto na audição de histórias. Apresentam uma grande capacidade de memorização, sendo recetivas a tudo o que lhes é dado a conhecer, transmitindo uma grande vontade de aprender.
No que toca às dificuldades observadas, as mais notórias são a de partilha e respeito pelas regras da sala implementadas pelas educadoras. Quando estas regras são quebradas a educadora opta pelo diálogo com o intuito de fazer entender à criança que o que fez é errado. “… Os professores podem ajudar as crianças a adquirirem um comportamento adequado tornando-lhes claro aquilo que se espera delas de uma forma direta e clara” (Formosinho,2008,p.26).
Quando alguma criança se apresenta mais agitada, sendo o seu comportamento mais difícil de controlar, a educadora opta muitas vezes pelo “momento de pausa”, em que leva a criança para outro espaço fora da sala onde a senta durante uns minutos para que pense naquilo que fez de errado. “… Deve haver uma explicação clara dos comportamentos que levam ao Tempo de Pausa. Aqueles que não podem ser ignorados, tais como desobediência acentuada, o comportamento de oposição, agressões ou comportamentos destrutivos são bons exemplos” (Webster-Stratton,2013,p.87). Num outro sentido, a educadora usa frequentemente o “reforço positivo” quando as crianças se portam bem e quando fazem algo bem.
1.3- Rotina diária O dia-a-dia no Jardim de Infância rege-se por uma sequência de acontecimentos que por todos é apelidado, no sentido positivo do termo, de “rotina”. É um percurso diário, muitas vezes organizado sem uma consciência pedagógica e que tem por base a obrigatoriedade do cumprimento de determinadas tarefas, tais como as necessidades básicas.
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É fulcral a existência de uma rotina, pois estas, quando consistentes, como atividades que ocorram todos os dias mais ou menos da mesma forma, proporcionam conforto e segurança às crianças. Ajuda-as a confiar nos adultos que atendem às suas necessidades. Quando as crianças têm esta sensação de confiança e segurança, ficam mais livres para o seu “trabalho”, brincar, explorar e aprender.
Segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar “A sucessão de cada dia ou sessão tem um determinado ritmo, deste modo, uma rotina que é educativa porque é intencionalmente planeada pelo educador e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo liberdade de propor modificações.” (Ministério da Educação, 1997, p. 40).
A rotina diária no Jardim-de-infância organiza-se do seguinte modo: 7:45-9:00 – Acolhimento/Atividade livre 9:00- 12:00 – Atividade Letiva (momento de higiene, almoço, sono e lanche) 15:30- 17:30 – Atividade Letiva 17:30 – 18:30 – Saída/Atividade livre “Durante o período pré-escolar, é de extrema importância a aquisição de certos hábitos, uma vez que constituirão a base de aprendizagem em etapas posteriores, no entanto, deverá ter-se sempre em conta a criança e as suas vivências e não deixar que o ato de educar se transforme num simples ato de reproduzir conhecimentos, de ensinar e de dar forma, contribuindo para que o sujeito educado deixe de ser sujeito e se transforme em objeto.” (Bairo, (2015) citado por Bramão, 2006, p.7).