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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: Atividades Desenvolvidas na Produção do Cultivo de C, Teses (TCC) de Biologia Marinha

Relatório de Estágio Supervisionado submetido ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – Campus Macau-RN como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Recursos Pesqueiros.

Tipologia: Teses (TCC)

2015

Compartilhado em 17/10/2022

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IMGREDY JADNA NASCIMENTO PEREIRA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
Atividades Desenvolvidas na Produção do Cultivo de Camarão na empresa Apisa
Agropecuária Itapitanga.
MACAU/RN
Julho de 2015
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IMGREDY JADNA NASCIMENTO PEREIRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

Atividades Desenvolvidas na Produção do Cultivo de Camarão na empresa Apisa Agropecuária Itapitanga. MACAU/RN Julho de 2015

IMGREDY JADNA NASCIMENTO PEREIRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

Atividades Desenvolvidas na Produção do Cultivo de Camarão na empresa Apisa Agropecuária Itapitanga. Relatório de Estágio Supervisionado submetido ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – Campus Macau-RN como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Recursos Pesqueiros. Supervisor do estágio: Hormene Leonês De Souza Professor orientador: Júlio César da Silva Cacho. MACAU/RN Julho de 201 5

AGRADECIMENTOS

Em especial deixo o meu maior agradecimento aos meus pais, primeiramente a Deus que me deu força de vontade para concluir o curso, e ao meu pai Sebastião (in memoriam) que hoje se encontra com Deus, a empresa Apisa Agropecuária Itapitanga que foi muito enriquecedora para o meu relatório de estagio e experiência, e aos meus professores: Varelio Santos para com sua humildade e paciência, José Garcia, João Henrique Ferraz, Júlio Cesar, Luciana Mendes, Roberto Carvalho, Denise Momo, Marcos Leonardo, Thiago Oliveira, e ao meu namorado Vander Luís que permaneceram junto comigo durante essa jornada.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 INTRODUÇÃO

A empresa Apisa Agropecuária Itapitanga Ltda está localizada na zona rural do município de Pendências no Rio Grande Do Norte, e conta com cerca de 20 funcionários ao todo. O inicio das atividades começaram nos anos 2000, onde trabalhava com o comércio agrônomo com o cultivo de grãos como milho, soja, feijão entre outros produtos do agronegócio. Em Abril de 2002 a fazenda mudou por completo o seu comércio dando início ao ciclo da Carcinicultura, tendo o seu início com somente 4 viveiros, mas com o passar dos meses, esse número aumentou com a construção de outros novos viveiros. Atualmente a fazenda conta com cerca de 25 viveiros, com previsão para a construção de mais 50 viveiros. Atualmente, a lâmina d´água dos viveiros no empreendimento conta com cerca de aproximadamente 100 ha, sendo que cada viveiro tem cerca de 3,8 ou 4,0 há. Na época do estágio, estava sendo utilizados 84,3 ha povoados no momento. No entanto, existe um viveiro que apresenta um maior dimensionamento que os demais, com cerca de 8,0 há, porém encontra-se com o seu berçário desativado mediante outros problemas, mas que será novamente ativado juntamente com os outros novos viveiros que serão construídos. A Apisa também teve suas dificuldades, sendo elas, ambiental e financeira. No ano de 2005 com a crise financeira da carcinicultura, e com a desvalorização do camarão no mercado externo, toda a economia gerada pela atividade brasileira de produção de camarões foi afetada e com a Apisa não foi diferente. No ano de 2008 e 2009 com uma forte enchente que devastou várias áreas de inúmeras cidades da região do Vale do Assú, a fazenda ficou inundada por completo e toda sua economia foi bastante afetada. Entretanto a fazenda soube reverter essa situação e se reergueu economicamente nos outros anos seguintes. O estágio foi realizado no período de 10 de fevereiro de 2014 á 12 de maio de 2014 com a carga horária finalizada em quatrocentas horas. O estágio em si tem sua grande importância, pois é através dele que há a realização na pratica de tudo que conhecemos na teoria e tem uma enorme função que é a formação de futuros profissionais notáveis para o mercado de trabalho. O referente relatório tem como objetivo relatar a realização do estágio do curso técnico em Recursos Pesqueiros na fazenda de cultivo de camarões Apisa Agropecuária Itapitanga Ltda, pertencente ao empresário Wagner Jácome Patriota que há muitos anos trabalha no ramo da carcinicultura.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Biologia dos Crustáceos Os crustáceos desempenham um conjunto de invertebrados mais conhecidos do gênero humano, desde os tempos mais remotos, como umas das principais fontes de alimento e renda (BRUSCA E BRUSCA 2011). “O táxon crustácea inclui cerca de 42.000 espécies descritas de caranguejos, camarões, lagostins, lagostas e tatuzinhos de jardim, bem como uma miríade de animais pequenos que com frequência passam despercebidos. Os crustáceos principalmente os pequenos e inconspícuos, ocupam uma posição ecológica fundamental como élo trófico importante entre produtores primários (fitoplâncton) e consumidores em níveis tróficos superiores (peixes) no mar.” (RUPPERT, FOX E BARNES. 2005 p. 703) Segundo Barnes et al. (2008), o termo crustácea vem do latim: crusta , uma casca ou crosta. Os crustáceos são os artrópodes marinhos de modo que com restrição de 3% deles, qualquer que seja a espécie de artrópodes que viva nos oceanos são crustáceos (BARNES et al. 2008). Retratando-se do filo arthrópoda, os grupos do subfilo crustáceos possuem corpo composto por: “Os crustáceos pertencem aos mandibulata, um dos dois taxos superiores de artrópodes viventes (sendo chelicerata o outro). Camarões, caranguejos, insetos, lacraias e piolhos-de-cobra são todos mandibulados, porem são agrupados em dois grupos taxonômicos distintos: Os crustácea predominantemente aquáticos e os tracheata (hexapoda e myriapoda, terrestres na sua maioria. Os mandibulatas possuem antenas no primeiro segmento cefálico; um cérebro tripartido, com deutocerebro; mandíbulas no terceiro segmento cefálico e maxilas no quarto. Os ancestrais mandibulados, provavelmente eram filtradores aquáticos com um sulco alimentar ventral para transportar as partículas de alimento ate a boca. Os apêndices eram birremes ou multirremes (polirremes), com gnatobases e a boca, de um trato digestivo em forma da letra j, voltada para trás e na extremidade anterior do sulco

japonicus, F. chinensis e P. indicus. ” (BARBIERI JÚNIOR E OSTRENSKY NETO 2002, p.15 e 16) Segundo Barbieri júnior e Ostrensky Neto (2002), os camarões possuem a cabeça e o tórax consolidado em uma estrutura única, por nome de cefalotórax direcionado na parte anterior do animal, sendo que, morfologicamente, três estruturas se evidenciam: a) carapaça, que preserva as brânquias e os outros órgãos vitais, b) olhos pendiculados que se vinculam com cabeça e são moveis, c) o rostro, uma espécie de “espinho” que serve como suporte de defesa contra predadores. 2.3 Contexto Histórico da Carcinicultura O cultivo do camarão se iniciou no sudoeste da Ásia, na qual, alguns pescadores artesanais construíram barragens de terra nas zonas costeiras para a captura de pós-larvas selvagens que amadureciam nas condições naturais dominantes (SOBRINHO, 2003). O seu surgimento quanto atividade comercial se deu na década de 1930, no Japão pelo pesquisador Dr. Motosaku Fuginaga, que viria a produzir pela primeira vez num laboratório de pós-larva a principiar a desova da espécie penaeus japonicus capturada no mar. A produção, convencional de pós-larvas pelo pesquisador teve grande resultado, ocorrendo assim inúmeras larviculturas para a reprodução artificial dessa espécie (SOBRINHO, 2003). Essa descoberta fez com que diversas universidades e institutos de pesquisa, começarem a desenvolver estudos de aperfeiçoamento e descobertas de novas tecnologias que permite a vantagem do comercio de camarão (SOBRINHO, 2003). No inicio, os investimentos para a criação do camarão em cativeiro não se mostraram muito rentáveis, devido que a atividade tinha forte concorrência do camarão capturado que seguia estabelecendo o preço no mercado internacional, e diversas vezes requeriam menores investimentos. No fim da década de 1970 com os desenvolvimentos em ciência e tecnologia na produção de pós-larvas, ocorreu de ser produzidas de forma comercial apresentando isso, numa disputa forte entre a China, Taiwan, Indonésia, Filipinas e Tailândia, principais produtores nesse determinado período, onde o mercado asiático se encontra em grande expansão (SOBRINHO, 2003). No começo da década de 1990, com a evolução tecnológica, junto com as duas principais espécies da carcinicultura, que acontecera de se expandir de forma grandiosa; primeiramente com a espécie penaeus monodom , mais conhecida como tigre asiático,

cultivada em toda a Ásia exceto Japão e China, todavia, essa espécie representava em torno de 56% da produção do camarão cultivado no mundo. Sendo a segunda espécie o L. Vannamei, o mais cultivado, nativo da costa sul-americana do oceano pacifico, contendo cerca de 16% do mercado mundial, a espécie teve uma apresentação marcante na costa do equador e nos últimos anos o Brasil se destaca com a sua principal área de expansão (SOBRINHO, 2003). 2.4 Carcinicultura no Brasil O cultivo comercial de camarões marinhos no Brasil teve início na década de 70, na região nordeste, com o excêntrico Marsupenaeus Japonicus e posteriormente com o controle da fase reprodutiva e da equivalência comercial de pós-larvas larvas de espécies originarias. ( farfantepenaeus brasilienses, F. subtiles, Litopenaeus schimitti ) (BARBIERI JUNIOR; OSTRENSKY NETO, 2002). Na década de 80, diversas empresas passaram a cultivar a espécie Litopenaeus Vannamei mais conhecido como camarão branco que é de valiosa importância para a atividade da carcinicultura, pois apresenta forte adaptação ao ambiente de água doce e salgada e a variados graus de temperatura, facilitando assim a adaptação dessa espécie a diferentes condições ambientais (BARBIERI JÚNIOR E OSTRENSKY NETO, 2002). No entanto apesar da espécie M. Japonicus ser a das mais importantes cultivadas na Ásia, ela não obteve o sucesso esperado no Brasil, pois a mesma não se adaptou ao clima, devido a baixas salinidades nas zonas de produção, fazendo com que produtores renuncia-se a ela, e procurar outra espécies nativas em suas fazendas (BARBIERI JÚNIOR E OSTRENSKY NETO, 2002). A segunda etapa se iniciou no ano de 1993 quando todo o país passou a cultivar a espécie Litopenaeus Vannamei , natural do continente sul-americano do oceano pacifico, onde se adaptou facilmente ao clima e as condições de cultivo no litoral brasileiro, principalmente no nordeste. Estudos de biotecnologia feitos por vários institutos de pesquisa brasileira exerceram com que o país chegasse a surgi ao domínio do ciclo reprodutivo desta espécie, melhorando as tecnologias do cultivo, manejo e produção de raçoes e sementes (pós-larvas) (SOBRINHO, 2003). A terceira etapa é a mais moderna, ela se deve ao uso de biotecnologia e o desenvolvimento para a carcinicultura brasileira. Em virtude da competência na produção de pós-larvas, oferecimentos de raçoes fertilizantes de alta qualidade, são de verdade importantes que situa a carcinicultura brasileira como a de maior rendimento (SOBRINHO, 2003).

Superfamília Penaeoidae Família Penaeidae Gênero Litopenaeus Espécie LitopenaeusVannamei Fonte: BARBIERI (2001). 3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO 3.1 Cronogramas (carga horária planejamento das ações) ATIVIDADES 1° MÊS 2° MÊS 3° MÊS 4° MÊS RESULTADOS E CARGA HORÁRIA Reconhecimento do ambiente de estágio X Aceitável identificar o âmbito de atividade profissional. 20 HORAS Recebimento, aclimatação e transferência das pós- larvas. X X X X Aconteceu de forma proveitosa com apenas uma pequena porcentagem de mortalidade. 40 HORAS Arraçoamento dos viveiros X X X X O desenvolvimento de o plano alimentar dos camarões se mostrou de forma satisfatória de acordo com o uso dos materiais e métodos utilizados, usando somente a quantidade necessária do alimento. 100 HORAS Biometria X X X X O acompanhamento das biometrias do camarão evidenciou o progresso do mesmo não havendo a presença de algum distúrbio ou de alguma doença com o animal. 60 HORAS

Análise dos parâmetros Fisico-Quimicos da água de cultivo X X X X Essa analises são constatadas semanalmente apresentando conclusões de suas condições bem aceitáveis. 80 HORAS Despesca X X X A operação de despesca mostrou-se com bons resultados, consequência essa devido ao manejo de todo o ciclo produtivo. 100 HORAS Total de horas: 400 HORAS 3.2 Atividades Desenvolvidas 3.2.1 Preparo do viveiro para o povoamento. Alguns cuidados são necessários para que ocorra uma boa produtividade e sucesso da espécie que será cultivada, e os viveiros precisam estar vazios e o fundo deve estar em total exposição ao sol até rachar. O manejo de desinfecção e preparo do viveiro, foi realizado adicionando cloro nas poças d’agua que ficam entre as rachaduras e nas comportas em que normalmente se encontram acúmulos d’agua após as despescas. Sendo que o cloro que é utilizado, tem a função de dizimar animais indesejáveis e desinfecção do solo. Segundo Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), esse processo é importante, pois, antes de iniciar propriamente um cultivo, os viveiros da propriedade deverão ser adequadamente preparados para oferecerem as melhores condições de sobrevivência e de crescimento aos camarões. A preparação dos viveiros envolve uma serie de procedimentos que devem ser observados para que consiga atingir níveis de produtividade. De acordo com Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), é interessante frisar que o sol é a melhor e mais barata forma de desinfetar o viveiro. A secagem do viveiro também é importante para a eliminação dos ovos de peixes e de outros predadores dos camarões cultivados, que podem ate sobreviver no solo úmido, mas nunca do solo completamente seco. Na fazenda Apisa o viveiro fica em torno de 7 dias em exposição ao sol, após esses dias é novamente abastecido, quando a água chega ao nível de 50% de sua capacidade, utiliza-

No primeiro momento são aferidos os parâmetros da água do viveiro, os dados são coletados e após é realizado uma segunda analise dos parâmetros no transporte das pós-larvas. Onde os dados também são coletados e que se obtém um resultado de que é necessário para se alcançar a uma comparação e constatar se a água encontra-se adequada para a transferência dos organismos, isso é de suma importância por causa da temperatura, em razão de que caso ocorra um choque-térmico, provavelmente ocorrerá a morte dos animais. Figuras 3 e 4 – Procedimentos de aclimatação nos tanques transfishers. Segundo Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), cada espécie de camarão apresenta diferentes níveis de tolerância à oscilação brusca de variáveis determinantes da qualidade de água. Assim, a aclimatação visa promover uma lenta homogeneização entre a agua em que foram transportadas as larvas (nos sacos plásticos) e a agua para onde elas serão transferidas (nos tanques de aclimatação ou nos viveiros de engorda), de modo que as larvas sofram os menores impactos possíveis durante essa transição. Após obter os resultados dos parâmetros da água do transfish e do viveiro, é praticado o escoamento, onde cerca de 30% da agua do transfish (sempre tomando algumas precauções para que as pós-larvas não fujam do tanque) é substituída aos poucos pela água do viveiro, e em seguida (quando os parâmetros da água dos dois ambientes estão praticamente iguais), as pós-larvas são transferidas para o viveiro. Para realizar o a transferência das pós-larvas do transfish para o viveiro, é interessante que o processo tenha seja realizado logo no início da manhã, a mangueira do tanque é posicionada dentro do viveiro, porém, antes das larvas serem liberadas, são depositadas dentro do tanque as artêmias, que são pequenos animais que servem de alimento para as pós-larvas posteriormente é aguardado um tempo de 10 minutos e em seguida, as pós-larvas já podem ser liberadas para o viveiro.

A empresa Apisa utiliza o método monofásico (povoamento direto no viveiro) caracterizado pelo emprego de baixa tecnologia, na qual emprega o povoamento das pós- larvas é realizado direto no viveiro, pois a Apisa não utiliza mais os berçários que hoje se encontram desativados. 3.2.3 Manejo dos viveiros durante a fase de engorda Após o processo de transferência das Pós-larvas, inicia-se a engorda, nessa etapa são acrescentados alguns mecanismos diários, como o monitoramento dos parâmetros físico- químicos da agua, biometria e a alimentação dos animais. Conforme Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), dos fatores importantes, é fato lembrar que a produção animal é baseada em quatro pilares: nutrição, sanidade, genética e manejo. Para obter resultados, é necessário que todos os fatores envolvidos sejam utilizados de maneira adequada ao mesmo tempo. Após a transferência para os viveiros é iniciada a alimentação dos animais, com o aspecto, rigidez e qualidade apropriada para o seu tamanho nos seus primeiros dias no viveiro, onde a ração de medida 40.1, ela tem a textura adequada para a alimentação do camarão durante seus primeiros 15 dias no viveiro, na fazenda o arraçoamento é realizado no período da manha e tarde. Figuras 5 e 6 – Arraçoamento dos viveiros. Nas etapas da fase de engorda na fazenda Apisa, geralmente são utilizados telas de nylon nas entradas de abastecimento dos viveiros e na drenagem (saída) das comportas, com o intuito de facilitar o manejo de renovação da água do viveiro quando necessário. No período

3.2.4 Biometria e acompanhamento do crescimento Na fazenda a biometria é feita 1 vez na semana, sendo que a mesma tem um papel importante nesse período como o monitoramento do tamanho do animal, da sua alimentação, se está sendo realizada de maneira correta, e sua saúde, para caso haja o surgimento de doenças. Enfim, se o manejo dos viveiros está sendo executados de maneira correta. De acordo com Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), as biometrias são analises periódicas que devem ser realizadas nos camarões, em todos os viveiros da propriedade, para a avaliação do andamento do geral do cultivo. Elas devem ser realizadas pela primeira vez tão logo seja possível capturar os camarões no viveiro. No entanto, a partir do momento em que os animais atingem 1 g, as biometrias devem passar a ser realizadas semanalmente. O processo começa com o uso de uma tarrafa, na qual é apreendida uma quantidade de camarões que serão contados e pesados, e assim adquirir uma média do peso, em que vai ser observada se há desenvolvimento ou não do animal e verificar se há alguma anormalidade ou dano na estrutura física do camarão, além de auxiliar no calculo da ração que será ofertada com base no peso médio e na quantidade de camarões presentes em cada viveiro. 3.2.5 Acompanhamento dos parâmetros físicos e químicos da água dos viveiros Na fazenda Apisa, os parâmetros físicos e químicos da água são executados 2 vezes na semana. São analises que cumpri o papel de verificar a qualidade da agua abastecida no viveiro como: Ph, salinidade, temperatura e oxigênio. A temperatura e o oxigênio é aferido todos os dias, e em vários horários, por volta das 16:00h é feito uma analise e a noite as 20:00h, e no horário da madrugada no intervalo de 01:00h, e as 03:00h, e por volta de 04:00h e 05:00h da manhã (esse é o momento mais tenso do monitoramento, pois a oxigenação torna- se mais critica, na qual acontece uma intensa baixa de oxigênio, uma vez que todo o cuidado é pouco pois a espécie de camarão pode se estressar e assim ocorrer uma grande mortalidade). 3.2.6 Manejo para evitar o crescimento de plantas subaquáticas na fazenda Todos os viveiros da fazenda Apisa são abastecidos com a água doce oriunda do rio Piranhas Açú, por esse motivo é importantíssimo à boa qualidade dela, pois a água não sendo bem tratada, pode torna-se perigosa para o cultivo.

Á água doce não é tão rica em nutriente como a água salgada, como consequência do uso da agua doce, alguns viveiros da fazenda passaram a produzir algumas plantas subaquáticas (elas aparecem com o uso da agua doce), o que é nocivo para o cultivo, pois durante o dia a planta costuma produzir oxigênio, porém, durante a noite ocorre o processo inverso e as plantas passam a respirar, fazendo com que haja uma competição de oxigênio entre as plantas e os camarões. Figura 7 – Plantas subaquáticas no fundo do viveiro. A alternativa encontrada para interromper o problema foi salinizar a água, ela uma vez salgada, as plantas subaquáticas não se evoluíam, ocasionando problemas futuros. Elas também acarretam uma enorme queda na temperatura e provoca a transparência da agua deixando-a pobre em nutrientes, esses fatores contribuem para o estresse e morte dos organismos produzidos no viveiro. 3.2.7 Manejo de renovação de água A renovação da agua é realizada quando preciso. Uma das funções que contribui para uma boa produção na engorda do camarão. A renovação é feita por inúmeros fatores como: pouca oxigenação, quando a agua encontra-se muito escura ou com cor estranha. Isso acontece devido a um aumento de substâncias orgânicas, ou da sua origem: rio, lago, açude e etc. Desse modo, na fazenda Apisa é utilizado como forma de tratamento da água, o Cal e o Calcário, que são produtos muito utilizados em viveiros de engorda, pois ajudam na limpeza e