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Um relatório de um projeto realizado por michelle correa neves no centro unisal, em 2012, durante o quarto ano da formação de psicologia. O projeto, intitulado 'construindo novos futuros', teve ênfase na área de saúde mental e prevenção e foi apresentado como parte dos requisitos para a formação de psicólogo. O documento discute o impacto da prisão na vida de uma pessoa, a importância de descobrir o valor e amplitude do projeto de vida e a necessidade de trabalhar em grupo para a autoconhecimento, autoestima, determinação, resiliência e autorealização. O projeto utilizou métodos lúdicos e de reflexão direta para abordar temas como identidade, auto conceito, autoestima, determinação, resiliência, autodeterminação, auto-realização e projeto de vida.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Trabalho de aproveitamento de estágio profissionalizante, ênfase em Saúde Mental e Prevenção – Área: Clínica Preventiva, apresentado como parte dos requisitos para a Formação de Psicólogo, 4º ano do curso de Psicologia do Centro UNISAL – U.E. de Lorena. Prof (a) Orientador (a): Ana Carlota Pinto Teixeira
A pessoa ao ser condenada à pena de reclusão se vê privada da liberdade como também de exercer suas ações como ator de sua própria vida, então, dentro da estrutura da prisão, passa a incorporar uma série de efeitos da prisionização que vão desde as normas que lhe são impostas até a adoção de alguns hábitos e cultura geral da prisão. O interno adquire as “marcas da prisão”, dando espaço a uma identidade institucional. Segundo o Professor Alvino Augusto de Sá: “ Entre os efeitos da prisionização há os que marcam mais profundamente como: perda da identidade, aquisição de nova identidade, sentimento de inferioridade, empobrecimento psíquico, infantilização e regressão.” Ao privar o indivíduo de sua liberdade, deve-se considerar seu enfraquecimento psíquico, emocional e social e, dessa forma, a necessidade de se desenvolver um trabalho com o objetivo de fornecer subsídios ao seu fortalecimento egóico, no qual o sentenciado possa refletir sobre sua vida, percebendo-se sujeito de sua história, para administrar adequadamente os conflitos e as frustrações que surgirem no processo de sua reintegração social. Sendo assim, a descoberta do valor do projeto de vida e sua amplitude para a vida do sujeito é vista de forma a contribuir para seu crescimento enquanto pessoa. Portanto, o presente projeto justifica-se, pela sua importância em visar, através da intervenção da equipe de técnicos e estagiários da psicologia, o trabalho de assistência, informação e conscientização. Através da reflexão sobre as temáticas como identidade, auto conceito, auto estima, determinação, resiliência, auto realização, sentido de vida, querer ser, sua visão de futuro, a construção do projeto de vida e outras que o grupo trazer aos encontros como necessidade, serão trabalhadas com o objetivo do reconhecimento dos integrantes de seus valores, capacidades, habilidades, e de modo que, isso venha a despertar a motivação, o interesse, e que fomente a identificação da reclusa com seus desejos de querer ser e projetar seu futuro durante o período de cumprimento de pena e também quando na situação de egressa.
Para isso, é necessário um trabalho de elaboração dos conteúdos internos das presas, é reconhecido a importância e efeito do lúdico de possibilitar aos participantes do grupo o contatos com esses conteúdos, sendo um forte instrumento a ser utilizado nos encontros, com a expectativa de que as presas, a partir do conhecimento e consciência, ainda que rudimentares, de suas frustrações fundamentais, descubra, aos poucos, ser ela a principal responsável pela sua vida e passe a reajustar sua vida de acordo com suas características positivas e negativas, com ações adequadas para traçar objetivos realistas a sua condição, assim como reajustar suas expectativas diante do ambiente e a redimensionar as frustrações que venham a aparecer posteriormente. Essas intervenções visam proporcionar as presas, recursos internos que possibilitem sua busca na superação de possíveis conflitos, tendo em vista a base de um planejamento de seu futuro, para que se possa então atingir esses propósitos futuros, frente a condições externas favoráveis ou não, assim, estabelecendo o desenvolvimento biopsicossocial das mesmas. Tudo que será vivido no grupo, terá como base e consideração a compreensão das histórias das presas, as suas particularidades, necessidades, potencialidades e capacidades para a auto realização, procurando favorecer os processos de auto reflexão e de autoconhecimento para o resgate da sua subjetividade e autonomia que as auxiliarão no complexo caminho de sua reintegração social. É notória também a funcionalidade de um trabalho multidisciplinar que abranja o contexto social da presa, se fazendo necessário envolver conhecimentos e meios de intervenção jurídicos – dos quais as presas dependem para qualquer passo dado para sua conquista –; assistenciais – na possibilidade de verificar oportunidades que possam favorecê-las – e, psicológicos – proporcionando maior prevenção na preparação psíquica para que elas mantenham condições internas para enfrentar as dificuldades presentes nesta dinâmica do sistema prisional.
2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL:
Os encontros iniciarão com uma atividade prática: dinâmicas, atividades lúdicas terapêuticas, desenhos, vídeos, e também, através da reflexão direta sobre o tema que será levantado de acordo com a percepção das necessidades do grupo. Utilizando papel, lápis de cor, lápis e borracha para atividades expressivas e apresentação em slide show para visualização mais dinâmica.
4. PLANO DE TRABALHO Trabalhar em forma de grupo operativo diante de temáticas como: autoconceito, identidade, o que quer ser na vida, visão do futuro, autoconfiança, auto-estima, família, trabalho, sexualidade, sentido da vida, resiliência, autodeterminação, auto-realização e projeto de vida. Trabalhar com embasamento teórico referentes à personalidade e aspectos psicológicos como as emoções, motivação, criatividade, etc., tendo em vista organizar os elementos presentes no estudo para compreensão da dinâmica grupal e favorecendo a elaboração dos indivíduos de seu sofrimento psíquico. Serão discutidos a partir do conhecimento que elas têm do tema, analisando a experiência de cada indivíduo e possibilitando a partir deste momento, o espaço para reflexão em grupo que, com identificação e cooperatividade entre os indivíduos, possa reconhecer suas emoções e suas potencialidades, e assim, fortalecê-las; e também, procurando buscar alternativas para melhorar suas fragilidades nestas mesmas questões. Será realizado um total de aproximadamente 10 encontros com o grupo, sendo semanais e com a quantidade em torno de 20 presas do regime semiaberto. 5. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES Anexo I.
Espera-se que o grupo em sua continuidade, prevaleça com uma dinâmica que proporcione espaço a todas as presas para participarem de cada encontro e que consigam absorver a idéia principal a ser trabalhada com o grupo de acordo com a necessidade que este apresentar no momento. Geralmente, pela situação atual, presas e privadas de liberdade, sua atenção de modo geral provavelmente estará direcionada aos seus interesses pessoais de vida, o que favorece nossa ação técnica, se atentando a importância de o coordenador do grupo reconhecer a dinâmica de funcionamento deste, e, assim, assumir uma postura de articular com as estratégias adequadas para alcançar os objetivos propostos.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEMVENUTO, R. A. A. L. Livramento condicional: do direito de reconquistar a cidadania à reparação de danos. In __ Temas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica II. Editora: Vetor, 2006. TRINCA, W. Diagnóstico Psicológico: A Prática Clínica. São Paulo: EPU, 1984. TAMELINI, M. G.; HOCHGRAF, P. B.; OLIVEIRA, L. M. Álcool, drogas e criminalidade em mulheres. In __ Temas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica II. Editora: Vetor, 2006. VETTORAZZI, M. S.; BRITO, M. A. Reinserção Social de Egressos do Sistema Prisional. In __ O Trabalho do Psicólogo no Campo Jurídico. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. AGUIAR, A. Psicologia Jurídica e Políticas Públicas no Campo da Reinserção Social de Reclusos. In __ O Trabalho do Psicólogo no Campo Jurídico. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. MILITÃO; ALBIGENOR & ROSE. Jogos, Dinâmicas & Vivências Grupais. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2000. SERRÃO, M. BALEEIRO, M. C. Aprendendo a Ser e a Conviver. São Paulo: FTD, 1999. SAP E DRSP. MANUAL DE PROJETOS DE REINTEGRACAO SOCIAL.
3ª semana de Setembro Apresentação da proposta de trabalho Apresentação dos objetivos do grupo; dos facilitadores e reflexão acerca das expectativas e necessidades das presas. Reflexão em grupo. 4ª semana de Setembro Auto conceito Identificar e refletir o “lugar” que ocupa os integrantes do grupo, conhecer a historia pessoal e as circunstâncias de vida em que encontram. Reflexão em grupo: Apresentação pessoal. 1ª semana de Outubro Identidade Identificar quem são elas dentro do contexto social, seus papéis e responsabilidades. Dinâmica; Reflexão em grupo. 2ª semana de Outubro O querer ser Reconhecer as vontades existentes em suas vidas, tendo como base o que já foi e tendo referência de que o presente será a base para o que pretende ser no futuro. Dinâmica; Reflexão em grupo. 3ª semana de Outubro Visão do Futuro A partir de sua realidade – a privação de liberdade, delitos
maneira pela qual a pessoa interage com o ambiente que irá possibilitá-la de usufruir novas capacidades e formar seu caráter. Esclarecer os pontos principais para o planejamento do mesmo. 1ª semana de Dezembro Auto Realização Refletir sobre como é se sentir realizada na vida e como se alcança esses méritos de felicidade. Dinâmica; Reflexão em grupo. ANEXO 2 AVALIAÇÃO
A avaliação do andamento do grupo será constante através de observação do psicólogo e estagiários de psicologia responsáveis pela coordenação do mesmo, em seu início até o fim de cada edição deste projeto.