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Relatório - Construção de uma pilha de concentração, Trabalhos de Físico-Química

Relatório 5 entregue à disciplina Físico-Química Experimental III do curso de Licenciatura em Química da UEAP, ministrada pelo prof. Joel Estevão de melo Diniz no ano de 2012. Trata-se de uma prática de eletroquímica. Construiu-se uma pilha de concentração com eletrodos de cobre e soluções do seu sulfato em concentrações distintas. Comparou-se a ddp da pilha com o valor esperado. Conceitos importantes são o quociente da reação, energia livre e equação de Nernst.

Tipologia: Trabalhos

2012

À venda por 31/12/2022

Prof.Gerson_Anderson
Prof.Gerson_Anderson 🇧🇷

4.8

(56)

102 documentos

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CONTRUÇÃO DE UMA PILHA DE CONCENTRAÇÃO
LOPES, Gerson Anderson de Carvalho1
RESUMO
Realizou-se a montagem de uma pilha de concentração utilizando dois eletrodos de Cu imersos em solução de
CuSO4 a 1,0 M e a 0,001 M. A ponte salina utilizada foi de KI e as medidas de voltagem foram obtidas com o
multiteste. O cálculo teórico previu uma ddp de E = 0,0887 V e o valor experimental foi de 0,064 V, que apesar
da proximidade, apresentou uma discrepância de 27,85%, devida aos erros sistemáticos.
Palavras-chaves: pilha de concentração; equilíbrio iônico; potencial de eletrodo; equação de Nernst.
INTRODUÇÃO
Uma célula galvânica opera através
de uma reação espontânea de óxidorredução
que gera um fluxo de elétrons através de um
condutor que é capaz de realizar trabalho.
Nas condições padrão, todos os reagentes
encontram-se em concentrações de 1,0 M e
todos os gases a 1 atm.
Porém a voltagem fornecida pela
pilha pode variar com a concentração e
determinadas vezes esta grandeza é a única
que difere entre os dois eletrodos, neste caso
têm-se uma célula de concentração ou pilha
de concentração.
A variação da energia livre de uma
reação está relacionada com o quociente da
reação (Q) através da equação[1]:
Gr = ∆Grº + RT ln Q eq. (1)
O quociente da reação tem a mesma
forma de K (cte. de equilíbrio), porém se
refere a qualquer ponto da reação e não
somente à situação de equilíbrio.
Sabe-se que a energia livre é o
trabalho total realizado por uma reação em
temperatura e pressão constantes[2], isto é:
Gr = we eq. (2)
O trabalho realizado por um mol de
elétrons quando este atravessa uma diferença
de potencial E é a sua carga vezes a diferença
de potencial[3]. A carga de um elétron é e, e
a carga de um mol de elétrons é eNA, a
carga de n mols de elétrons então fica -neNA.
Logo o trabalho é neNAE. Define-se a
constante de Faraday (F) como a carga de um
mol de elétrons, F = eNA, de modo que:
we = -nFE eq. (3)
Substituindo esta expressão na eq. (2),
obtemos a equação termodinâmica:
Gr = -nFE eq. (4)
Relacionando as expressões (1) e (4),
temos:
-nFE = -nFEº + RT ln Q eq. (5)
Resolvendo então para E:
𝐸= 𝐸0 𝑅𝑇
𝑛𝐹 ln 𝑄 eq. (6)
* Acadêmico do 8º semestre do curso de licenciatura em química da UEAP
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CONTRUÇÃO DE UMA PILHA DE CONCENTRAÇÃO

LOPES, Gerson Anderson de Carvalho^1

RESUMO

Realizou-se a montagem de uma pilha de concentração utilizando dois eletrodos de Cu imersos em solução de CuSO 4 a 1,0 M e a 0,001 M. A ponte salina utilizada foi de KI e as medidas de voltagem foram obtidas com o multiteste. O cálculo teórico previu uma ddp de E = 0,0887 V e o valor experimental foi de 0,064 V, que apesar da proximidade, apresentou uma discrepância de 27,85%, devida aos erros sistemáticos. Palavras-chaves: pilha de concentração; equilíbrio iônico; potencial de eletrodo; equação de Nernst.

INTRODUÇÃO

Uma célula galvânica opera através de uma reação espontânea de óxidorredução que gera um fluxo de elétrons através de um condutor que é capaz de realizar trabalho. Nas condições padrão, todos os reagentes encontram-se em concentrações de 1,0 M e todos os gases a 1 atm. Porém a voltagem fornecida pela pilha pode variar com a concentração e determinadas vezes esta grandeza é a única que difere entre os dois eletrodos, neste caso têm-se uma célula de concentração ou pilha de concentração. A variação da energia livre de uma reação está relacionada com o quociente da reação (Q) através da equação[1]: ∆Gr = ∆Grº + RT ln Q eq. (1) O quociente da reação tem a mesma forma de K (cte. de equilíbrio), porém se refere a qualquer ponto da reação e não somente à situação de equilíbrio.

Sabe-se que a energia livre é o trabalho total realizado por uma reação em temperatura e pressão constantes[2], isto é: ∆Gr = w e eq. (2) O trabalho realizado por um mol de elétrons quando este atravessa uma diferença de potencial E é a sua carga vezes a diferença de potencial[3]. A carga de um elétron é – e , e a carga de um mol de elétrons é – eNA , a carga de n mols de elétrons então fica -neNA. Logo o trabalho é – neNAE. Define-se a constante de Faraday (F) como a carga de um mol de elétrons, F = eNA , de modo que: we = - nFE eq. (3) Substituindo esta expressão na eq. (2), obtemos a equação termodinâmica: ∆Gr = - nFE eq. (4) Relacionando as expressões (1) e (4), temos:

  • nFE = - nFE º + RT ln Q eq. (5) Resolvendo então para E: 𝐸 = 𝐸^0 − 𝑅𝑇𝑛𝐹 ln 𝑄 eq. (6)
  • (^) Acadêmico do 8 º semestre do curso de licenciatura em química da UEAP

Esta equação é chamada equação de Nernst, em homenagem ao eletroquímico alemão Walther Nersnst, que primeiro a obteve[4]. Em uma célula de concentração, E º = 0, pois os eletrodos possuem composição idêntica, e a única ddp se deve à diferença de concentração entre as soluções, que pela equação de Nernst, somente uma diferença potencial diminuta deve ocorrer.

OBJETIVOS

Construir uma célula de concentração.

MATERIAIS E REAGENTES

 CuSO 4 a 0,001 M e a 1,0 M;  Duas lâminas de cobre lixadas;  Fio de cobre;  Béqueres de 100 mL;  Tubo de vidro em U;  Solução de KI saturada;  Papel toalha;  Voltímetro.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Inicialmente foi construída uma ponte salina enchendo-se completamente um tubo de vidro em forma de U com solução saturada de KI e vedando-se as extremidades com chumaços de papel toalha.

Em um béquer colocou-se solução de CuSO 4 0,001 M até aproximadamente ¾ de seu volume e mergulhou-se uma lâmina de cobre previamente lixada. No outro béquer procedeu-se da mesma forma, desta vez com solução de CuSO 4 1,0 M. Colocou-se a ponte salina entre as duas soluções e ligou-se o terminal negativo do voltímetro à lâmina imersa na solução mais diluída e o terminal positivo à lâmina imersa na solução mais concentrada. Observou-se a leitura do potencial. Em seguida foi retirado o voltímetro e as duas lâminas foram conectadas por um fio de cobre e o sistema foi deixado deste modo durante 24 horas. Em seguida foi realizada nova observação para verificar alterações na coloração das soluções.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Procedeu-se inicialmente com o cálculo da diferença de potencial esperada para a célula de concentração. A pilha construída é representada da seguinte maneira: Cu2+(aq)d│Cu(s)║Cu(s)│Cu2+(aq)c Sendo que os subscritos d e c referem-se às soluções diluída e concentrada, respectivamente. Assim, utilizando a transformação ln a = 2,303 log a , e a propriedade log a-1= -log