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Guias e Dicas
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Biossegurança: Abordagem Técnico-Científica dos Riscos e Perspectivas Integradas, Notas de aula de Enfermagem

Este documento discute a importância da biossegurança, definindo-a como a condição de segurança alcançada por ações que previnem, controlam, reduzem ou eliminam riscos para a saúde humana, animal, vegetal e ambiental. O texto critica a perspectiva técnico-científica dominante no debate sobre biossegurança e enfatiza a necessidade de abordar as diversas noções de riscos subjacentes. Além disso, o documento apresenta exemplos de riscos físicos, químicos e biológicos, e discute as boas práticas de laboratório para minimizar esses riscos.

Tipologia: Notas de aula

2012

Compartilhado em 28/08/2012

maysa-fernandes-10
maysa-fernandes-10 🇧🇷

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biossegurança em Enfermagem
Gi da Silva | comentários
Arquivado no curso de Enfermagem na USC
PASSE POR AQUI – SOLUÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS
APOSTILA ENFERMAGEM http://passeporaqui.webs.com
BIOSSEGURANÇA EM ENFERMAGEM
. INTRODUÇÃO
2. BIOSSEGURANÇA
3. CONTROLE DE GERMES
4. CUIDADOS COM BIOSSEGURANÇA
5. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA
Dicas Importantes
1. Organize seus estudos por temas, vá dos mais fáceis aos mais difíceis.
2. Procure sempre estudar no mesmo horário, em local calmo e tranquilo.
3. Crie roteiros de estudo, dispondo tópicos para cada dia.
4. Faça resumos dos assuntos estudados e crie fichas sintéticas.
5. Faça um questionário sobre cada assunto estudado.
6. Selecione dúvidas num bloco de anotações para apresentá-las ao professor.
7. Você pode usar uma música relaxante e em baixo volume durante os estudos.
8. Evite o uso de lápis, procure usar canetas. Em caso de erros, risque o assunto, sem
apagá-lo.
9. Divida seu tempo de forma a concentrar seus estudos onde você tem mais dificuldade.
10. Crie grupos de estudos para tirar dúvidas e treinar os assuntos que você domina.
11. Faça uma leitura do assunto a ser visto em sala, antes da aula.
12. Utilize gravador para ter um arquivo das aulas em sala.
13. Pesquise em livros e revistas os assuntos do concurso, não se limite à apostila.
14. Estabeleça metas diárias para o que você precisa estudar.
15. Cole cartazes em seu quarto sobre os assuntos mais importantes.
Bons Estudos,
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biossegurança em Enfermagem

Gi da Silva | comentários

Arquivado no curso de Enfermagem na USC

PASSE POR AQUI – SOLUÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS

APOSTILA ENFERMAGEM http://passeporaqui.webs.com

BIOSSEGURANÇA EM ENFERMAGEM

. INTRODUÇÃO

2. BIOSSEGURANÇA

3. CONTROLE DE GERMES

4. CUIDADOS COM BIOSSEGURANÇA

5. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

Dicas Importantes

  1. Organize seus estudos por temas, vá dos mais fáceis aos mais difíceis.
  2. Procure sempre estudar no mesmo horário, em local calmo e tranquilo.
  3. Crie roteiros de estudo, dispondo tópicos para cada dia.
  4. Faça resumos dos assuntos estudados e crie fichas sintéticas.
  5. Faça um questionário sobre cada assunto estudado.
  6. Selecione dúvidas num bloco de anotações para apresentá-las ao professor.
  7. Você pode usar uma música relaxante e em baixo volume durante os estudos.
  8. Evite o uso de lápis, procure usar canetas. Em caso de erros, risque o assunto, sem apagá-lo.
  9. Divida seu tempo de forma a concentrar seus estudos onde você tem mais dificuldade.
  10. Crie grupos de estudos para tirar dúvidas e treinar os assuntos que você domina.
  11. Faça uma leitura do assunto a ser visto em sala, antes da aula.
  12. Utilize gravador para ter um arquivo das aulas em sala.
  13. Pesquise em livros e revistas os assuntos do concurso, não se limite à apostila.
  14. Estabeleça metas diárias para o que você precisa estudar.
  15. Cole cartazes em seu quarto sobre os assuntos mais importantes. Bons Estudos,

Equipe Passe Por Aqui.

1. INTRODUÇÃO

A importância da educação como instrumento para que se consiga o cumprimento das normas de biossegurança tem sido bastante enfatizada. No entanto, será que quando se destaca a educação nestes estudos não se pensa basicamente em treinamento e transmissão de informação? Esta indagação é pertinente, uma vez que nestes estudos o termo educação geralmente está associado a treinamento e conscientização.

Partindo-se da premissa de que a idéia de educação é mais ampla e complexa que treinamento e adestramento, o presente ensaio tem como objetivo refletir a respeito das funções da educação e suas implicações, contribuindo para que se compreenda melhor como a educação pode realmente ajudar no cumprimento das normas de biossegurança; pretende também destacar que a concepção de biossegurança como ação educativa pode trazer importantes contribuições à saúde do trabalhador.

BIOSSEGURANÇA: CONCEITUAÇÕES ESSENCIAIS

Existem várias definições para biossegurança, que a apresentam como ciência, conduta, conjunto de ações. Tais definições trazem como ponto comum, implícita ou explicitamente, a noção de controle dos riscos.

No presente trabalho, será considerada a definição existente nas Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico do Ministério da Saúde, em que biossegurança é a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o ambiente.

Pode-se afirmar que o conceito de biossegurança implica em uma abordagem técnico- científica do risco, segundo a qual o risco é entendido como "uma realidade objetiva, que pode ser medida, controlada e gerenciada". A perspectiva técnico-científica considera que os riscos podem ser avaliados e controlados de maneira exclusivamente científica.

Sendo assim, as discussões e conflitos envolvendo o tema biossegurança estão ligados basicamente a uma avaliação técnico-científica dos riscos. Tal perspectiva não oferece respostas completas e adequadas a questões fundamentais relacionadas ao risco, tornando-se urgente e necessária a confrontação das diversas noções de riscos, subjacentes ao debate sobre biossegurança.

O debate sobre o risco na perspectiva técnico-científica tende a se focalizar nas maneiras pelas quais o risco foi identificado e calculado, no nível de seriedade dos riscos e seus possíveis efeitos, nos métodos dos cálculos de risco, na discussão sobre a abrangência dos modelos preditivos e nas formas como as pessoas percebem os riscos.

Não se trata de se desconsiderar e negar as contribuições do enfoque técnico-científico, pois, apenas se pode considerá-lo analiticamente deficiente se for feita a separação do marco funcional que o gera. Este enfoque torna-se extremamente útil quando são combinados de maneira adequada outros elementos que o constituem, isto é, as representações individuais sobre insegurança, as formas institucionais de enfrentar esta insegurança e o conhecimento necessário para estabilizar estas representações e alcançar a segurança ou ao menos minimizar a insegurança.

Deve-se considerar que os riscos são objetos sociais relacionados a contextos. Ou seja, formar uma crença sobre um risco é uma ação simultaneamente cognitiva e executiva,

Uma noção ampliada de educação considera, além do conhecimento científico, a

sabedoria, ultrapassando, desta maneira, os interesses da ciência na sua busca por conhecimento e remetendo-nos a outros interesses humanos. A arte de educar seria uma combinação de saber ou conhecimento científico e sabedoria ou experiência de vida com preocupações ético-sociais.

A etimologia do termo educação nos remete a conduzir, dirigir ou elevar. Segundo John Dewey, a educação é uma atividade formadora, que modela os seres a partir da vida social. Colocando-se desta maneira, pode-se perguntar: se educar é modelar, o que diferencia a educação do adestramento, do treinamento mecânico?

É importante notar, a partir das reflexões de John Dewey que o meio social não implanta diretamente desejos e idéias e nem se limita a estabelecer meros hábitos musculares de ação. Aqui a palavra "meio" significa algo mais do que lugar; ela se refere também às coisas e relações que exercem influência sobre a formação de alguém. "Assim, na medida em que as atividades de um indivíduo estão diretamente associadas às de outros, temos a noção de meio social". Em tal meio, são estabelecidas condições que estimulam modos patentes de proceder; além disso, o indivíduo deve participar de alguma atividade comum, na qual "ele sinta, como seus próprios, os triunfos e os maus êxitos das mesmas". Assim, algo que diferencia a educação do adestramento é o fato de na primeira ocorrer participação em atividades comuns, com o compartilhamento de emoções e idéias, e modificação dos impulsos originais ou primários das ações, o que não ocorre pelo implante direto de certas idéias, nem pelo estabelecimento de meras variações musculares, como do caso do adestramento.

Importante ainda ressaltar a noção de educação como reconstrução da experiência, isto é, a capacidade, tanto do aluno quanto do professor, de refletir sobre a experiência e ordenar novamente o curso da ação; e também a idéia de desenvolvimento ou crescimento como algo contínuo.

ARTICULANDO BIOSSEGURANÇA E EDUCAÇÃO

Alguns estudos indicam que a informação e a formação centrada em aspectos técnicos não são suficientes para reduzir a ocorrência de acidentes de trabalho. Assim, além de considerar os aspectos técnicos, deve-se atentar para os conflitos vividos pelo trabalhador na realização de seu trabalho e os seus recursos subjetivos, que também são usados para solucionar problemas.

De acordo com estudo epidemiológico recente realizado em hospitais públicos brasileiros, o conhecimento dos profissionais de saúde sobre o conceito e as normas de biossegurança, a disponibilidade destas normas no ambiente de trabalho e a realização de treinamento em biossegurança não influenciaram positivamente na redução de acidentes no trabalho.

O presente estudo considera a biossegurança como ação educativa, ao invés de reduzi-la a treino e introjeção de normas (como muitas vezes é concebida), pois quando se faz referência à educação, alude-se à totalidade da experiência dos agentes envolvidos, a atividades comuns, algo que não se reduz a um processo de condicionamento.

Deve-se voltar neste momento ao "mito da oposição entre riscos reais e riscos percebidos". Este "mito" implica em reconhecer que os riscos reais são aqueles objetivamente reconhecidos pela ciência , enquanto que os riscos percebidos são aqueles "irracionalmente" captados pelo público. Se esta oposição for efetivamente considerada,

conseqüentemente as pessoas são concebidas como "tábulas rasas" que devem ser

treinadas e conscientizadas para que ajam conforme os especialistas científicos esperam.

É fundamental considerar que a comunicação pedagógica tem relação direta com a cultura do receptor, com seu meio familiar, com seus valores, enfim, com o habitus. A partir de Pierre Bourdieu, o habitus pode ser entendido como um conjunto disposições incorporadas (estruturas), que geram, unificam e retraduzem as características intrínsecas e relacionais de uma posição social em um estilo de vida. Porém, há nessa noção uma recusa a reduzir os agentes a meros recipientes passivos, considerando-os ativos e atuantes a partir de suas "matrizes de ação".

Habitus geram práticas distintas e distintivas, sendo simultaneamente diferenciados e diferenciadores; habitus significa também uma espécie de senso prático, produto da incorporação de estruturas objetivas. O conceito de habitus expressa, de modo simultâneo, a negação da consciência e do inconsciente, do finalismo e do mecanicismo, indicando um conhecimento adquirido e também um haver, uma disposição incorporada, quase postural.

Deve-se compreender o habitus como uma mediação fundamental entre os saberes e as circunstâncias que produzem uma ação. É também uma noção que permite escapar do determinismo cultural, ou seja, julgar os agentes sociais como "idiotas culturais". O conceito de habitus é ao mesmo tempo permeável e hábil, captando, assim, a mudança e a continuidade.

A concepção pedagógica de aprendizagem significativa deve ser também enfatizada. Por aprendizagem significativa, compreende-se aqui a articulação dos diversos tipos de conhecimentos adquiridos pelo profissional de saúde com o intuito de analisar e resolver os problemas inesperados. Por isso, há que se trabalhar com uma pedagogia diferenciada, que considere cada ator social com seus potenciais e dificuldades que esteja voltada à construção de sentidos, abrindo, assim, caminhos para a transformação e não para a reprodução acrítica da realidade social.

Se a biossegurança também pode ser compreendida como uma ação educativa, deve ser entendida então, não somente como um processo de aquisição de habilidades e conteúdos que objetivam preservar a saúde humana e ambiental, pois, como foi discutida neste ensaio, a idéia de educar ultrapassa a noção de transmissão de conhecimentos e treinos; educação implica em compartilhamento de ações em levar em consideração as disposições, habitus dos agentes, e sobretudo em conceber os agentes realmente como sujeitos de aprendizagem, envolvendo os indivíduos em sua totalidade, considerando suas diferenças e singularidades.

Enfim, educar em seu sentido amplo significa recusar a visão dos educandos como recipientes passivos de informações, "tábulas rasas", que devem ser adestradas e conscientizadas, idéia tão cara ao "mito da oposição entre riscos reais e riscos percebidos" subjacente à abordagem técnico-cientifica dos riscos implícita ao conceito de biossegurança.

Têm-se desta maneira um paradoxo e um desafio: como pode a biossegurança ser uma ação efetivamente educativa, se conceitualmente sugere transmissão de informações e treinamento? Trata-se apenas de antagonismo superficial, falso paradoxo, porque qualquer que seja a situação em que haja verdadeiramente educação, haverá reconstrução da experiência, reflexão sobre a mesma, reordenamento do curso da ação, a participação em atividades comuns.

Infecção é uma doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos que provocam

danos em determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando febre, dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), alterações sangüíneas (aumento do numero de leucócitos) e secreção purulenta do local afetado, muitas vezes.

O nosso contato com microrganismos não significa obrigatoriamente que desenvolveremos doenças, muito pelo contrário, o homem, os animais e as plantas não apenas convivem com os germes, mas dependem direta ou indiretamente deles. Todas as áreas da Terra, que reúnem condições de vida, são habitadas por microrganismos e nós sempre convivemos com eles; inclusive em nosso corpo, onde eles auxiliam na proteção de nossa pele e mucosas contra a invasão de outros germes mais nocivos. Estes seres vivos minúsculos decompõem matéria orgânica transformando-a em sais minerais prontos para serem novamente sintetizados em substratos nutritivos que formarão os vegetais do qual homem e animais se alimentam. O homem (hospedeiro) e os germes (parasitas) convivem em pleno equilíbrio. Somente a quebra desta relação harmoniosa poderá causar a doença infecção.

A doença infecciosa é uma manifestação clínica de um desequilíbrio no sistema parasito- hospedeiro-ambiente, causado pelo aumento da patogenicidade do parasita em relação aos mecanismos de defesa antiinfecciosa do hospedeiro, ou seja, quebra-se a relação harmoniosa entre as defesas do nosso corpo e o número e virulência dos germes, propiciando a invasão deles nos órgãos do corpo. Alguns microrganismos possuem virulência elevada podendo causar infecção no primeiro contato, independente das nossas defesas. Outros, usualmente encontrados na nossa microbiota normal, não são tão virulentos, mas podem infectar o nosso organismo se diminuímos a nossa capacidade de defesa.

A capacidade de defesa antiinfecciosa é multifatorial, pois é influenciada pela nossa idade (bebês e idosos), estado nutricional, doenças e cirurgias, stress, uso de corticóides, quimioterapia, radioterapia, doenças imunossupressoras (HIV, leucemia), fatores climáticos e precárias condições de higiene e habitação.

Na natureza, o estado de esterilidade, definido como ausência de microrganismo vivo, é excepcional e transitoriamente encontrado no feto durante a gestação, excluindo os casos de bebês contaminados via placentária pela mãe. O contato com os microrganismos começa com o nascimento, durante a passagem pelo canal vaginal do parto, onde a criança se contamina com os germes da mucosa vaginal e então se coloniza mantendo-se por toda a sua existência, até a decomposição total do organismo após a sua morte.

4. CUIDADOS COM BIOSSEGURANÇA

  • Lavagem das Mãos

A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade (sujeira) visível ou não, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas atividade mesmo estando a mão enluvada. A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes.

Devemos lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término, assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes.

  • Manipulação de Instrumentos e Materiais

Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções

devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de microrganismos para outros pacientes e ambiente. Todos os instrumentos reutilizados tem rotina de reprocessamento. Verifique para que estes estejam limpos ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente ou profissional. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo realmente descartados e se em local apropriado.

  • Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção

Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear, tesouras e outros instrumentos de corte tenha cuidado para não se acidentar. A estes materiais chamamos de instrumentos perfurocortantes.

Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. Nunca recape agulhas após o uso. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e não as quebre ou entorte. Para a reutilização de seringa anestésica descartável ou carpule, recape a agulha introduzindo-a no interior da tampa e pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a não utilizar a mão neste procedimento. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser transportadas para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja.

Exemplo de caixa de descarte de materiais pérfuro-cortantes

  • Ambiente e Equipamentos

Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos. Colabore na supervisão para conferir se estas medidas estão sendo seguidas. Verifique estas rotinas nos próximos capítulos. Proteja as superfícies do contato direto, como botões, alças de equipamentos, teclados, mouses e monitores com barreiras do tipo filme plástico (PVC), papel alumínio ou outros materiais próprios a este fim. Este procedimento impede a aderência da sujidade, requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do equipamento.

  • Roupas e Campos de Uso no Paciente

Manipule e transporte as roupas sujas com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos. Os serviços de saúde que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de lavanderia, própria ou terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas.

  • Vacinação

Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. Vacina é proteção específica de doenças.

Equipamentos de Proteção Individual

  • Luvas

As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), membranas

Instruções de uso do protetor respiratório:

  • Segure o respirador na mão e aproxime no rosto cobrindo a boca e o nariz.
  • Puxe o elástico de cima, passando-o pela cabeça e ajustando-o acima das orelhas. Depois faça o mesmo com o elástico inferior, ajustando-o na nuca.
  • Pressione o elemento metálico com os dedos de forma a moldá-lo ao formato do nariz.
  • Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador e assopre fortemente. O ar não deve vazar pelas laterais.
  • Para retirar, comece pelo elástico de baixo das orelhas e depois o outro.
  • Profissionais imunizados por sarampo e varicela não necessitam de proteção respiratória, devendo estes serem escalados para o atendimento de pacientes portadores destas doenças infecciosas.
  • Avental e gorro

O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambiente.

O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades cirúrgicas.

Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser precedida de desinfecção, por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (10ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água).

  • Calçados

Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evita-se os de tecido que umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo anti-derrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha.

5. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

I. INTRODUÇÃO

As atividades a serem desenvolvidas no PROGRAMA DE BIOSSEGURANÇA devem permitir o aprendizado e o crescimento do estudante na sua área profissional.

Os líquidos biológicos e os sólidos, os quais manuseamos nos laboratórios, são, quase sempre, fontes de contaminação. Os cuidados que devemos ter para não haver contaminação cruzada dos materiais, não contaminar o pessoal do laboratório, da limpeza, os equipamentos, o meio ambiente através de aerossóis e os cuidados com o descarte destes materiais fazem parte das Boas Práticas em Laboratório Clínico

(BPLC), seguindo as regras da Biossegurança. Para cada procedimento há uma regra já

definida em Manuais, Resoluções, Normas ou Instruções Normativas.

  1. O local de trabalho deve ser mantido sempre em ordem.
  2. Aos chefes de grupo cabe a responsabilidade de orientar seu pessoal e exigir o cumprimento das regras, sendo os mesmos, responsáveis diretos por abusos e falta de

capacitação profissional para utilizar os equipamentos, reagentes e infra-estrutura.

  1. Antes de utilizar qualquer dependência que não seja a do laboratório em que se encontra trabalhando, o estagiário deverá pedir permissão ao responsável direto pelo

mesmo.

  1. Para sua segurança, procure conhecer os perigos oferecidos pelos produtos químicos utilizados no seu trabalho.
  2. Procure inteirar-se das técnicas que você utiliza. Ciência não é mágica. O

conhecimento dos porquês pode ser muito útil na solução de problemas técnicos.

  1. Na dúvida, pergunte.
  2. Ao perceber que um aparelho está quebrado, comunique imediatamente ao chefe do setor para que o reparo possa ser providenciado.
  3. Ao perceber algo fora do lugar, coloque-o no devido lugar. A iniciativa própria para manter a ordem é muito bem-vinda e antecipadamente agradecida.
  4. Planeje bem os seus protocolos e realize os procedimentos operacionais dos mesmos.

Idealmente, antes de começar um experimento, você deve saber exatamente o que será consumido, sobretudo no tocante ao uso de material importado.

  1. Trabalho com patógenos não deve ser realizado em local movimentado. O acesso ao laboratório deve ser restrito a pessoas que, realmente, manuseiem o material biológico.
  2. O trânsito pelos corredores com material patogênico deve ser evitado ao máximo.

Quando necessário, utilize bandejas.

Aquele que nunca trabalhou com patógenos, antes de começar a manuseá-los, deve:

· Estar familiarizado com estas normas;

· Ter recebido informações e um treinamento adequado em técnicas e conduta geral de trabalho em laboratório (pipetagem, necessidade de manter-se a área de trabalho sempre limpa, etc.)

  1. Ao iniciar o trabalho com patógenos, o estagiário deverá ficar sob a supervisão de um pesquisador experimentado, antes de estar completamente capacitado para o trabalho em questão.
  2. Saída da área de trabalho, mesmo que temporariamente, usando luvas (mesmo que o pesquisador tenha certeza de que não estão contaminadas), máscara ou avental, é estritamente proibida. Não se deve tocar com as luvas em maçanetas, interruptores, telefone, etc. (Só se deve tocar com as luvas o material estritamente necessário ao trabalho).
  3. Seja particularmente cuidadoso para não contaminar aparelhos dentro ou fora da sala (use aparelhos extras, apenas em caso de extrema necessidade).
  4. Em caso de acidente:

Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que

possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

5. RISCOS BIOLÓGICOS

Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros.

Classificação de risco biológico:

Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco (anexo 1), classificados segundo os seguintes critérios:

· Patogenicidade para o homem.

· Virulência.

· Modos de transmissão

· Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes.

· Disponibilidade de tratamento eficaz.

· Endemicidade.

MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTE DE RISCO

Os elementos básicos para contenção de agentes de risco:

A. - BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO - GLP

· Observância de práticas e técnicas microbiológicas padronizadas.

· Conhecimento prévio dos riscos.

· Treinamento de segurança apropriado.

· Manual de biossegurança (identificação dos riscos, especificação das práticas, procedimentos para eliminação de riscos).

A.1. - RECOMENDAÇÕES GERAIS

· Nunca pipete com a boca, nem mesmo água destilada. Use dispositivos de pipetagem mecânica.

· Não coma, beba, fume, masque chiclete ou utilize cosméticos no laboratório.

· Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no laboratório.

· Lave as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de agentes químicos, material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteção, bem como antes de deixar o laboratório.

· Objetos de uso pessoal não devem ser guardados no laboratório.

· Utilize jalecos ou outro tipo de uniforme protetor, de algodão, apenas dentro do laboratório. Não utilize essa roupa fora do laboratório.

· Não devem ser utilizadas sandálias ou sapatos abertos no laboratório.

· Utilize luvas quando manusear material infeccioso.

· Não devem ser usados jóias ou outros adornos nas mãos, porque podem impedir uma

boa limpeza das mesmas.

· Mantenha a porta do laboratório fechada. Restrinja e controle o acesso do mesmo.

· Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado com o trabalho dentro do laboratório.

· Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais que necessitem de proteção contra contaminação.

· Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de aerossóis, tais como operações com grandes volumes de culturas ou soluções concentradas.

Essas atividades incluem: centrifugação (utilize sempre copos de segurança), misturadores tipo Vortex (use tubos com tampa), homogeneizadores (use homogeneizadores de segurança com copo metálico), sonicagem, trituração, recipientes abertos de material infeccioso, frascos contendo culturas, inoculação de animais, culturas de material infeccioso e manejo de animais.

· Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta (mesmo

uma extração de dente), devem abster-se de trabalhar com patógenos humanos.

· Coloque as cabines de segurança biológica em áreas de pouco trânsito no laboratório, minimize as atividades que provoquem turbulência de ar dentro ou nas proximidades da cabine.

· As cabines de segurança biológica não devem ser usadas em experimentos que envolvam produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-se capelas químicas.

· Descontamine todas as superfícies de trabalho diariamente e quando houver respingos ou derramamentos. Observe o processo de desinfecção específico para escolha e utilização do agente desinfetante adequado.

· Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e a

prova de vazamento, antes de removê-los do laboratório para autoclavação.

· Descontamine por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com contaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos de laboratório, etc..., seguindo as recomendações para descarte desses materiais.

· Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção.

· Cuidados especiais devem ser tomados com agulhas e seringas. Use-as somente quando não houver métodos alternativos.

· Seringas com agulhas ao serem descartadas devem ser depositadas em recipientes rígidos, a prova de vazamento e embalados como lixo patológico.

· Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem ser colocadas em caixa com paredes rígidas rotulada “vidro quebrado” e descartada como lixo geral.

· Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor de incêndio. Saiba como usá-los.

· Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do laboratório e longe do fogo.

_ São de uso constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o profissional.

_ Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra sintética (não inflamável).

_ Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis.

_ Uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA EM REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS,

ETC.

_ Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde são guardados objetos pessoais.

_ Devem ser descontaminados antes de serem lavados.

OUTROS EQUIPAMENTOS

_ Óculos de Proteção e Protetor Facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, mpacto).

_ Máscara (tecido, fibra sintética descartável, com filtro HEPA, filtros para gases, ó, etc.).

_ Avental impermeável.

_ Uniforme de algodão, composto de calça e blusa.

_ Luvas de borracha, amianto, couro, algodão e descartáveis.

_ Dispositivos de pipetagem (borracha peras, pipetadores automáticos, etc.).

B.1.2. - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio mbiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos:

CABINES DE SEGURANÇA

As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são sadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. Há ês

tipos de cabines de segurança biológica:

Classe I

Classe II – A, B1, B2, B3.

Classe III

Procedimento correto para uso da Cabine de Segurança Biológica encontra-se no nexo 2.

FLUXO LAMINAR DE AR

Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com velocidade uniforme ao ongo de linhas paralelas.

CAPELA QUÍMICA NB

Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa urbulências e correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador ambiente.

CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA

Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, otovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso.

LAVA OLHOS

Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a ma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode azer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.

MANTA OU COBERTOR

Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado ara abafar ou envolver vítima de incêndio.

VASO DE AREIA

Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre derramamento de álcalis para eutralizá-lo.

EXTINTOR DE INCÊNDIO A BASE DE ÁGUA

Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não usar em letricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ

Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os ateriais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica.

Não usar em metais alcalinos e papel.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO

Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem létrica.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA

Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF

Utiliza o bromoclorodifluorometano. É usado em líquidos inflamáveis, incêndio de rigem elétrica. O ambiente precisa ser cuidadosamente ventilado após seu uso.

MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelo Corpo de BOMEIROS.

PROCEDIMENTOS PARA DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS EM

LABORATÓRIO

1 - RESÍDUOS INFECTANTES

Estes resíduos podem ser divididos em quatro grupos a saber:

MATERIAL PROVENIENTE DE ÁREAS DE ISOLAMENTO

Incluem-se aqui, sangue e secreções de pacientes que apresentam doenças

transmissíveis.

MATERIAL BIOLÓGICO

Composto por culturas ou estoques de microrganismos provenientes de laboratórios línicos ou de pesquisa, meios de cultura, placas de Petri, instrumentos usados para

· Os recipientes devem ser identificados com etiquetas autocolantes, contendo

informações sobre o laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e data do descarte.

· Embalar os recipientes, após tratamento para descontaminação, em sacos adequados para descarte identificados como material perfurocortantes e descartar como lixo comum, caso não sejam incinerados.

· A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso.

· No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a agulha para efetuar o processo de

descontaminação.

· Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas.

3 - RESÍDUOS RADIOATIVOS

Compostos por materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos com baixa atividade provenientes de laboratórios de pesquisa em química e biologia, laboratórios de análises clínicas e serviços de Medicina Nuclear. São normalmente, sólidos ou líquidos (seringas, papel absorvente, frascos, líquidos derramados, urina, fezes, etc.).

Resíduos radioativos, com atividade superior às recomendadas pela Comissão Nacional

de Energia Nuclear (CNEN), deverão ser acondicionados em depósitos de decaimento (até que suas atividades se encontrem dentro do limite permitido para sua eliminação).

PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O DESCARTE

· Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos.

· Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e apropriados à natureza do produto radioativo em questão.

· Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e outros objetos afiados, contaminados por radiação, em recipientes específicos, com sinalização de radioatividade.

· Os containers devem ser identificados com: Isótopo presente, tipo de produto químico e concentração, volume do conteúdo, laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e a data do descarte.

· Os rejeitos não devem ser armazenados no laboratório, mas sim em um local previamente adaptado para isto, aguardando o recolhimento.

· Considerar como de dez meias vidas o tempo necessário para obter um decréscimo quase total para a atividade dos materiais (fontes não seladas) empregadas na área biomédica.

· Pessoal responsável pela coleta de resíduos radioativos devem utilizar vestimentas protetoras e luvas descartáveis. Estas serão eliminadas após o uso, também, como resíduo radioativo.

· Em caso de derramamento de líquidos radioativos, poderão ser usados papéis absorventes ou areia, dependendo da quantidade derramada. Isto impedirá seu espalhamento. Estes deverão ser eliminados juntos com outros resíduos radioativos.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

Os Procedimentos estabelecidos para a eliminação de rejeitos radioativos foram padronizados pela Norma CNEN-NE-6.05 (CNEN, 1985).

O pessoal envolvido na manipulação desses rejeitos devem receber treinamento

específico para realização dessa atividade, além de uma regular vigilância médico sanitária.

4 - RESÍDUOS QUÍMICOS

Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais de acidentes inerentes às suas

propriedades específicas. Devem ser consideradas todas as etapas de seu descarte com a finalidade, de minimizar, não só acidentes decorrentes dos efeitos agressivos imediatos (corrosivos e toxicológicos), como os riscos cujos efeitos venham a se manifestar a mais longo prazo, tais como os teratogênicos, carcinogênicos e mutagênicos. São compostos por resíduos orgânicos ou inorgânicos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, teratogênicos, etc.

Para a realização dos procedimentos adequados de descarte, é importante a observância do grau de toxicidade e do procedimento de não mistura de resíduos de diferentes naturezas e composições. Com isto, é evitado o risco de combinação química e combustão, além de danos ao ambiente de trabalho e ao meio ambiente. Para tanto, é necessário que a coleta desses tipos de resíduos seja periódica.

Os resíduos químicos devem ser tratados antes de descartados. Os que não puderem ser recuperados, devem ser armazenados em recipientes próprios para posterior descarte.

No armazenamento de resíduos químicos devem ser considerados a compatibilidade dos produtos envolvidos, a natureza do mesmo e o volume.

PROCEDIMENTOS GERAIS DE DESCARTE

_ Cada uma das categorias de resíduos orgânicos ou inorgânicos relacionados deve ser separada, acondicionada, de acordo com procedimentos e formas específicas e adequadas a cada categoria. Na fonte produtora do rejeito e em sua embalagem deverão existir os símbolos internacionais estabelecidos pela Organização Internacional de Normalização (ISO) e pelo Comitê de Especialistas em Transporte de Produtos Perigosos, ambos da Organização das Nações Unidas, adequados a cada caso.

_ Além do símbolo identificador da substância, na embalagem contendo esses resíduos deve ser afixada uma etiqueta autoadesiva, preenchida em grafite contendo as seguintes informações: Laboratório de origem, conteúdo qualitativo, classificação quanto à natureza e advertências.

_ Os rejeitos orgânicos ou inorgânicos sem possibilidade de descarte imediato devem ser armazenados em condições adequadas específicas.

_ Os resíduos orgânicos ou inorgânicos deverão ser desativados com o intuito de transformar pequenas quantidades de produtos químicos reativos em produtos derivados inócuos, permitindo sua eliminação sem riscos. Este trabalho deve ser executado com cuidado, por pessoas especializadas.

_ Os resíduos que serão armazenados para posterior recolhimento e descarte/incineração, devem ser recolhidos separadamente em recipientes coletores impermeáveis a líquidos, resistentes, com tampas rosqueadas para evitar derramamentos e fechados para evitar evaporação de gases.

_ Resíduos inorgânicos tóxicos e suas soluções aquosas – Sais inorgânicos de metais tóxicos e suas soluções aquosas devem ser previamente diluídos a níveis de concentração que permitam o descarte direto na pia em água corrente.