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Guias e Dicas
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Cirurgia de Revascularização do Miocárdio: Objetivos, Técnicas e Complicações, Trabalhos de Ciências da Saúde

Uma detalhada descrição sobre a cirurgia de revascularização do miocárdio (crm), incluindo seus objetivos, técnicas utilizadas e complicações. A crm é uma procedimento cirúrgico que visa restaurar o fluxo sanguíneo no local de um bloqueio no coração, evitando danos ao tecido cardíaco e prevenindo infartos. O documento também discute as complicações imediatas da cirurgia, como instabilidade hemodinâmica e insuficiência respiratória.

Tipologia: Trabalhos

2022

Compartilhado em 08/10/2022

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C.E.C.S COLÉGIO ESTADUAL CAMPOS SALES
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO + INSUFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA
CAMPINA GRANDE DO SUL
2022
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C.E.C.S – COLÉGIO ESTADUAL CAMPOS SALES

REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO + INSUFICIÊNCIA

RESPIRATÓRIA

CAMPINA GRANDE DO SUL

Leilane de Fatima Coelho

REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO + INSUFICIÊNCIA

RESPIRATÓRIA

Trabalho apresentado à disciplina de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva, em Técnico em enfermagem no 4° Período, da instituição C.E.C.S. Colégio Estadual Campos Sales. Professor (a): Joelma de Souza Kominkiewicz CAMPINA GRANDE DO SUL 2022

Revascularização do Miocárdio A Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM) consiste na restauração do fluxo cardíaco por meio da reconstrução das artérias coronárias com a utilização da artéria torácica interna (ou artéria mamária) ou artéria radial (MANGIONE FM, et al., 2015). Essa cirurgia é realizada quando acometimentos cardiovasculares, como a Doença Arterial Coronariana (DAC), não tem indicação de tratamento medicamentoso ou este é ineficaz. O procedimento cirúrgico tem o objetivo de reestabelecer o fluxo sanguíneo no local obstruído, uma vez que a baixa oferta de oxigênio e nutrientes compromete o tecido cardíaco. Além disso, a realização da CRM permite o resguardo do organismo em relação a acometimentos mais graves, como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), que cursa com um quadro de necrose tecidual (FARID S, et al., 2018). A escolha da melhor abordagem cirúrgica pode variar a partir da avaliação do paciente, como histórico patológico pregresso, fatores de riscos e diagnóstico. A CRM pode ser feita não só por meio de esternotomia mediana, que é o método mais tradicional e conservador, mas também por um método minimamente invasivo, no qual não é necessária a abertura do osso esterno e possui menor incisão (SARAIVA J, et al., 2016). Assim, tornou-se claro que os avanços tecnológicos estão cada vez mais amplos no âmbito de revascularização miocárdica, a saber, a cirurgia endoscópica e robótica são técnicas mais atuais que visam melhor desempenho e seguridade dos pacientes (SAKAGUCHI T, et al., 2020). A CRM, também conhecida popularmente como “ponte de safena”, foi desenvolvida pelo cirurgião cardiovascular doutor René Favaloro nascido em La Plata (Argentina) e, desde então, vem se consolidando como um dos procedimentos mais utilizados na revascularização do miocárdio (JONES DS, 2017). Ê um procedimento em que se pode utilizar dois tipos de enxertos, veia ou artéria do paciente para fazer a derivação da perfusão do miocárdio por meio do desvio do sangue da aorta para as artérias coronárias, técnica batizada de bypass, criando-se, assim, novos caminhos para a irrigação do miocárdio. Com isso, o coração passa a ser vascularizado pelas artérias antigas que possuem a lesão, e as novas “pontes”. Caso a artéria termine por obstruir totalmente o seu lúmen, o aporte sanguíneo se mantém pelos enxertos adicionados. Não existe um número preciso de “pontes” que

podem ser feitas, o objetivo é fazer a revascularização da melhor forma para garantir o aporte sanguíneo adequado para o músculo cardíaco (NAVARRO PR, et al., 2020). Assim, essa cirurgia tem como objetivo aliviar ou resolver os sintomas de angina no peito, prevenir isquemia do miocárdio, prevenir IAM, melhorar a função ventricular, proporcionar melhor qualidade de vida física, psíquica e social do paciente, com consequente melhoria da morbidade e mortalidade dessa população (AZEVEDO DFC, et al., 2019). Principais complicações no pós-operatório imediato de RVM. As complicações da cirurgia cardíaca imediatas estão relacionadas com Instabilidade Hemodinâmica: hipovolemia, hipervolemia, hipotensão, hipertensão (HAS), Complicações trombóticas. Hipotermia, Espasmos de artéria coronária (EAC), angina, dor. Infarto agudo do Miocárdio (IAM), Acidente vascular encefálico (AVE), taquiarritmias, fibrilação atrial, hemorragias, tamponamento cardíaco, baixo débito cardíaco, complicações respiratórias congestão pulmonar, Pneumonia (PNM). Insuficiência respiratória aguda (IRpA), Diabetes, Injúria renal aguda. Cuidados de enfermagem A atuação da enfermagem no pós-operatório imediato de RVM exige além de uma preparação técnica um cuidado humanizado, tomando por base práticas sistematizadas que privilegiem a comunicação. A avaliação também inclui observar todos os equipamentos e drenos para determinar o funcionamento adequado: tubo endotraqueal, ventilador mecânico, monitores do CO2, SpO2, SvO2 e cardíaco, cateter de artéria pulmonar, linhas arteriais e intravenosas, dispositivos e equipos de infusão, marcapasso e débito urinário (CRUZ, LOPES, 2010). É essencial registrar todas as informações no prontuário para assim acompanhar a evolução do paciente, enquanto instrumento capaz de atestar a qualidade do atendimento frente a questionamentos (OLIVEIRA et al, 2008).

Introdução insuficiência respiratória A respiração é o processo fisiológico responsável pela troca de gases entre o corpo e o meio ambiente. O processo envolve a entrada de oxigênio (O2) e a remoção de dióxido de carbono (CO2) do sangue e depende de um equipamento complexo: o sistema respiratório. As vias aéreas, pulmões, diafragma, cavidade torácica, controle do sistema nervoso central e periférico (SNC) e sistemas circulatórios cardíacos interagem para regular o equilíbrio entre a quantidade de ar que atinge os alvéolos e o fluxo sanguíneo nos capilares pulmonares, nos pulmões Gás a troca ocorre nos capilares. A desregulação desse processo, devido à incapacidade de manter o suprimento normal de oxigênio e a remoção de dióxido de carbono dos tecidos, define a insuficiência respiratória. Assim, a insuficiência respiratória aguda é uma síndrome caracterizada pela disfunção súbita de qualquer parte do sistema fisiológico responsável pelas trocas gasosas. Do ponto de vista semiótico, o processo diagnóstico baseia-se no reconhecimento da tríade: síndrome, topografia e diagnóstico etiológico.

Insuficiência respiratória A insuficiência respiratória é um distúrbio no qual o nível de oxigênio no sangue fica perigosamente baixo ou o nível de dióxido de carbono no sangue fica perigosamente alto.

  • Doenças que obstruem as vias aéreas, lesionam o tecido pulmonar, enfraquecem os músculos que controlam a respiração ou reduzem a força respiratória podem causar insuficiência pulmonar.
  • Os indivíduos podem sentir falta de ar, apresentar coloração azulada na pele e se sentirem confusos ou sonolentos.
  • O médico coloca um sensor na ponta do dedo (oxímetro de pulso) para detectar baixos níveis de oxigênio e exames de sangue para detectar altos níveis de dióxido de carbono no sangue.
  • Oxigênio é administrado. Às vezes, as pessoas precisam da ajuda de máquinas para respirar (ventilação mecânica) até que o problema subjacente possa ser tratado.
  • A insuficiência respiratória aguda é uma emergência médica que pode resultar de Doença pulmonar prologada que piora subitamente
  • Doença pulmonar grave que se desenvolve subitamente em pessoas saudáveis em outros aspectos Um exemplo de doença pulmonar que se desenvolve subitamente é a síndrome da angústia respiratória aguda. A insuficiência respiratória crônica é um problema respiratório contínuo que pode resultar de uma doença pulmonar prolongada como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Causas de insuficiência respiratória: Quase todas as doenças que afetam a respiração ou os pulmões podem causar insuficiência respiratória. A insuficiência respiratória pode ocorrer de duas maneiras:
  • O nível de oxigênio no sangue fica muito baixo (insuficiência respiratória hipoxêmica).
  • O nível de dióxido de carbono no sangue fica muito alto (insuficiência respiratória hipercárbica). Algumas vezes as pessoas apresentam tanto níveis baixos de oxigênio quanto níveis altos de dióxido de carbono. Nível baixo de oxigênio (insuficiência respiratória hipoxêmica) Uma causa comum de insuficiência respiratória hipoxêmica é uma anormalidade do tecido pulmonar, como a síndrome da angústia respiratória aguda, pneumonia grave, excesso de líquido nos pulmões (por exemplo, causado por insuficiência cardíaca ou insuficiência renal) ou fibrose pulmonar. Essas anormalidades comprometem a habilidade dos tecidos pulmonares em absorver oxigênio do ar.

inconsciência) e ritmos cardíacos anormais (arritmias), sendo que ambos os quadros clínicos podem levar à morte. Alguns sintomas de insuficiência respiratória variam conforme a causa. Se o estímulo respiratório estiver anormal (por exemplo, após uma overdose de álcool ou sedativos), a pessoa pode ficar muito sonolenta, respirar muito devagar e deslizar, silenciosamente, para um coma. Uma criança com uma via aérea obstruída devido à inalação (aspiração) de um objeto estranho (como uma moeda ou um brinquedo) pode ficar ofegante repentinamente e ter dificuldades para respirar. Diagnóstico de insuficiência respiratória

  • Medidas das quantidades de oxigênio e dióxido de carbono no sangue
  • Radiografias torácicas e outros testes para determinar a causa O médico pode suspeitar da presença de uma insuficiência respiratória a partir dos sintomas e dos resultados do exame físico. O nível de oxigênio no sangue pode ser monitorado, sem coletar uma amostra de sangue, por meio de um sensor colocado em um dedo ou no lobo de uma orelha. Este procedimento é chamado oximetria de pulso. Um exame feito em uma amostra de sangue retirado de uma artéria confirma o diagnóstico de insuficiência respiratória quando exibe níveis perigosamente baixos de oxigênio e/ou níveis perigosamente altos de dióxido de carbono. Radiografias do tórax e, em geral, outros exames são feitos para determinar a causa da insuficiência respiratória. Tratamento de insuficiência respiratória
  • Oxigênio suplementar
  • Ventilação mecânica
  • Tratamento da causa Pessoas com insuficiência respiratória aguda são atendidas em uma unidade de tratamento intensivo (UTI). Oxigênio suplementar é administrado para corrigir qualquer falta de oxigênio em pessoas com insuficiência respiratória. Oxigênio pode ser administrado usando-se pequenos cateteres de plástico colocados no nariz (cânulas nasais) ou pelo uso de uma máscara facial, dependendo de quanto oxigênio a pessoa precisa. Em geral, se inicia o fornecimento de oxigênio em quantidade maior do que a necessária, ajustando para menos posteriormente. A ventilação mecânica corrige o problema de ventilação dos pulmões (e diminui os níveis de dióxido de carbono) em pessoas com insuficiência respiratória hipercárbica. Na ventilação mecânica, uma máquina (ventilador) é usada para ajudar o ar a entrar e sair dos pulmões. O ar é administrado sob pressão vindo da máquina através de uma máscara facial (ventilação não invasiva com pressão positiva) ou outro dispositivo, ou através de um tubo inserido na traqueia (ventilação invasiva com pressão positiva).

Inicialmente, os médicos costumam tentar métodos não invasivos, mas uma ventilação mecânica pode ser necessária a menos que a insuficiência respiratória se resolva rapidamente com o tratamento não invasivo. A maioria das pessoas com insuficiência respiratória é tratada com oxigênio suplementar e algum tipo de ventilação mecânica. A doença subjacente causando a insuficiência respiratória precisa ser tratada. Por exemplo, são usados antibióticos para tratar pneumonias causadas por infecções bacterianas e broncodilatadores em pessoas com asma, para abrir as vias aéreas. Outros medicamentos podem ser administrados, por exemplo, para reduzir a inflamação e tratar dos coágulos sanguíneos. Cuidados de Enfermagem com Pacientes em Insuficiência Respiratória

  • Oxigenoterapia;
  • Manter decúbito elevado 45º graus para maior expansão torácica;
  • Manter oxímetro de pulso e monitorização cardíaca se necessário;
  • Avaliar sinais vitais de 4/4h;
  • Avaliar nível de consciência;
  • Suporte psicossocial;
  • Suporte nutricional, caso paciente seja entubado, o Enfermeiro deverá instalar uma SNE para dar suplemento nutricional ao paciente impossibilitado de autoalimentação.

Referencias CARVALHO, Tales de et al. Reabilitação cardiovascular de portadores de cardiopatia isquêmica submetidos a tratamento clínico, angioplastia coronariana transluminal percutânea e revascularização cirúrgica do miocárdio. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, v. 88, n. 1, Jan. 2007. CRUZ, Ana Paula Oliveira; LOPES, Ronaldo. Diagnóstico de enfermagem no pós- operatório de cirurgias cardíacas. Salusvita. Bauru, v.29, n.3, p. 293-312, 2010. LAIZO, Arturet al. Complicações que aumentam o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva na cirurgia cardíaca. RevBrasCirCardiovasc. 2010, vol.25, n.2, pp. 166 - 171. MANSANO, Natállia Guimarães et al. Conhecimentos e necessidades de aprendizagem relacionadas à enfermidade cardíaca para hipertensos revascularizados em reabilitação. Revista Eletrônica Enfermagem, 2009. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009; 11(2):349-59. OLIVEIRA, Thaís Mendonça Lips de et al. Qualidade da Informação sobre Cirurgia de Revascularização do Miocárdio em Prontuários: o caso da abrangência - Rio de Janeiro, 1999 – 2003. Rev SOCERJ. 2008; 21(6): 372-381 nov/dez. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Dia do coração: doenças cardiovasculares matam 17 milhões ao ano em todo mundo. 2009. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz Interamericana de Valvopatias. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, vol.97 no.5 supl.1,2011. GONÇALVES, Rejane Maria Dias de Abreuet al. A comunicação verbal enfermeiro- paciente no perioperatório de cirurgia cardíaca. CiencCuidSaude, v.10, 2011. CASTRO, Sara Priscila Constantino de, et. al. “REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO:COMPLICAÇÕES E CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS- OPERATÓRIO IMEDIATO”; CONACIS – I Congresso Nacional de Ciências da Saúde, Avanços, Interfaces e Práticas Integrativas 26 a 28 de março de 2014 | Cajazeiras – PB. Disponível em: < http://editorarealize.com.br/editora/anais/conacis/2014/Modalidade_2datahora_12_

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