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AS ATITUDES:
EXTROVERTIDO
Energia segue de forma natural para seu mundo interior. Concentram-se em seus próprios pensamentos e sentimentos. Costumam ser introspectivos. É importante que tomem cuidado para não emergir tão profundamente em seus próprios mundos e se perderem a ponto de não existir o contato com o ambiente externo.
INTROVERTIDO
Energia segue de forma natural para seu mundo exterior. Envolvem-se com o mundo externo das pessoas e coisas. Tendem a ser mais sociais e conscientes do que acontece à sua volta. É importante que se protejam para não serem dominados e perder-se dos seus processos internos, deixando de desenvolver suas próprias opiniões.
Ninguém é somente um ou outro, ser introvertido ou extrovertido depende da situação, onde utilizaremos o que for mais conveniente. O ideal é ser flexível e capaz de adotar qualquer uma delas quando for apropriado. Operar em termos de um equilíbrio entre as duas e não desenvolver uma maneira fixa de responder ao mundo.
AS FUNÇÕES:
PENSAMENTO
Função: julgamentos e tomada de decisões. Esta relacionado com: verdade, julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. Valoriza: a consistência e pensamentos abstratos. Está predominante em pessoas reflexivas e grandes planejadores. Um ponto negativo é que são inflexíveis com relação a suas teorias e planos, mesmo que se apresente provas do contrário.
SENTIMENTO
Função: julgamentos e tomadas de decisões. Está relacionado com: julgamentos próprios, noções de bom e mal, certo e errado. Valoriza: aspectos emocionais da experiência.
Está predominante em pessoas que se deixam levar pelas emoções. Um ponto negativo é que podem vir a tomar péssimas decisões por estarem dominados pelos sentimentos.
SENSAÇÃO
Função: aprender informações. Está relacionada com: fatos concretos e tudo que é possível ver, tocar e cheirar. Valoriza: a discussão e análise da experiência. Está predominante em pessoas que lidam facilmente com qualquer tipo de problema. Um ponto negativo é que trabalham melhor com utensílios.
INTUIÇÃO
Função: aprender informações. Está relacionada com: os processos inconscientes e com o processamento de informações de acordo com experiências passadas. Valoriza: mais o que poderia acontecer do que o que de fato acontece. Está predominante nas pessoas que sofrem antes que as coisas aconteçam. Um ponto negativo é que essas pessoas processam as informações tão rápido que não conseguem separar suas percepções do que de fato é.
Exemplos da Tipologia Funcional de Jung. As funções acima da linha horizontal são as mais desenvolvidas e mais conscientes, e vice-versa.
INCONSCIENTE COLETIVO
Comparado com a herança biológica do corpo, o inconsciente coletivo, é a herança psíquica do ser.
O inconsciente coletivo… é constituído, numa proporção mínima, por conteúdos formados de maneira pessoal; não são aquisições individuais, são essencialmente os mesmo em qualquer lugar e não variam de homem para homem. Este inconsciente é como o ar, que é o mesmo em todo lugar, é respirado por todo o mundo e não pertence a ninguém. Seus conteúdos (chamados arquétipos) são condições ou modelos prévios da formação psíquica em geral (JUNG, 1973, p. 408).
natureza. Também é a fonte principal de criatividade, e permite acesso a um vasto material inconsciente rejeitado pelo ego e pela persona.
ANIMA OU ANIMUS
É uma estrutura inconsciente que representa a parte sexual oposta de cada indivíduo. Chamada de Anima nos homens e Animus nas mulheres. É uma imagem criada por nós para diferenciar o que é feminino e masculino, não é um personagem em específico e sim um apanhado de características vindas de experiências que juntas formam uma referência. Os pais do sexo oposto ao da criança são de grande importância para a caracterização da mesma. É um dos arquétipos mais influentes e regulador de comportamento. É o mediador do consciente e do inconsciente.
SELF
É o arquétipo central, a união do consciente e do inconsciente. É ele quem designa a personalidade total do homem.
SÍMBOLOS
Símbolos são a forma de expressão primária do inconsciente. Através deles o inconsciente consegue se comunicar com a experiência da realidade, onde seus significados não se resumem apenas ao significado concreto atribuído ao símbolo. Assim, uma palavra ou imagem assumem um aspecto "inconsciente" mais amplo que não é nunca precisamente definido ou plenamente explicado. Apesar de que nenhum arquétipo pode ser resumido a um símbolo concreto, quanto mais um símbolo suscitar as características inconscientes organizadas em torno do arquétipo, mais intensa, cheia de emoções, será a resposta evocada. Jung fez seus estudos focados nos símbolos tidos como "naturais", que são símbolos produzidos de maneira natural pelos indivíduos, independente de qualidade técnica artística. Os símbolos podem estar em sonhos, fantasias, mas também podem ter representações coletivas, como os símbolos religiosos.
SONHOS
Os sonhos, de acordo com Jung, tem um importante papel na vida psíquica de cada pessoa. Eles são constituídos na tentativa de equilibrar a quantidade de informações nas quais entramos em contato na vida consciente, que via de regra são dispersas e de uma variedade infinita, onde no sonho o inconsciente tenta estabelecer nossa balança psicológica na busca pelo equilíbrio total, para que o eu não se perca em meio à tanta informação. Jung diz que não há nenhum método prático, único, que seja capaz de entender os símbolos dos sonhos, e os sonhos em si, dos indivíduos. Segundo ele, cada análise deve, além de levar em conta as atitudes, a experiência e as vivências do sonhador, ser feita de forma experimental onde esta será aceita e validada ou não pelo indivíduo que narra o sonho. Os sonhos seriam ainda, como uma voz do inconsciente que traria uma visão complementar à visão do ego. Seria a forma interna de organização da realidade que nos permite contrapor o eu e o mundo.
CRESCIMENTO PSICOLÓGICO
Também chamado de individuação ou autodesenvolvimento, significa tornar-se um ser único, homogêneo, na medida que por ‘individualidade’ entendemos nossas singularidades mais íntimas, última e incomparável, significando também que nos tornamos o nosso próprio si mesmo. Podemos, pois, traduzir ‘individuação’ como ‘ tornar- se si mesmo’ ( verseltung) ou ‘realização do si mesmo’ ( selbstverwirklichung) (JUNG,1928b,p.49 na ed. bras.).
O objetivo da individuação é a união da consciência com o inconsciente.
OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO PSICOLÓGICO
1º OBSTÁCULO: PERSONA
Aqueles que se identificam com a persona podem tentar tornar-se perfeitos demais incapazes de aceitar seus erros ou fraquezas, ou quaisquer desvios do seu autoconceito idealizado. Aqueles que se identificam totalmente com a persona tenderão a reprimir todas as tendências que não se ajustam, e a projetá-las nos outros, atribuirão a eles a tarefa de representar aspectos de sua identidade.
2º OBSTÁCULO: SOMBRA
As pessoas que estão inconscientes de suas sombras facilmente podem exteriorizar impulsos prejudiciais sem reconhecê-los como errados.
3º OBSTÁCULO: ANIMA OU ANIMUS
O confronto com a anima ou o animus traz em si todo o problema do relacionamento com o inconsciente e com a psique coletiva. A anima pode acarretar súbitas mudanças emocionais ou instabilidade no humor. O animus frequentemente se manifesta sob forma de opiniões irracionais mantidas de forma rígida.
4º OBSTÁCULO: INCONSCIENTE COLETIVO
Quando o indivíduo é exposto ao material coletivo, há o perigo de ser engolido pelo inconsciente. Há a possibilidade de inflação do ego, no qual o indivíduo reivindica para si todas as virtudes da psique coletiva. A outra reação é a impotência do ego, a pessoa sente que não tem controle sobre a psique coletiva e adquire uma consciência aguda de aspectos inaceitáveis do inconsciente-irracionalidade e assim por diante.
5º OBSTÁCULO: PERSONALIDADE-MANA
A personalidade-mana é perigosa porque é excessivamente irreal. Indivíduos parados neste estágio tentam ser ao mesmo tempo mais e menos do que na realidade são: mais porque tendem a acreditar que se tornaram perfeitos, santos ou até divinos, e menos, porque perderam o contato com sua humanidade essencial e com o fator de que ninguém é plenamente sábio infalível e sem defeitos.
TERAPEUTA
Jung enfatizou que a terapia é um esforço conjunto do analista e do analisando, trabalhando juntos como iguais. Uma vez que os dois formam uma unidade dinâmica, o analista precisa também estar aberto à mudança como consequência da interação. Jung sentia que a terapia é, primariamente, uma questão do inconsciente do analista interagir com o inconsciente do analisando, que não pode ir, na terapia, mais longe do que o terapeuta já foi.
Também enfatiza a não dependência do analisando para com as terapias e o terapeuta. Jung definiu dois estágios principais do processo terapêutico cada qual com duas partes:
ESTÁGIO ANALÍTICO: Se inicia com a confissão , onde o indivíduo começa a retomar o material inconsciente. Laços de dependência do terapeuta tendem a se desenvolver. Em seguida vem a elucidação do material confessionado, passagem em que se desenvolve maior familiaridade e compreensão dos processos psíquicos. A pessoa continua dependente do terapeuta.
ESTÁGIO SINTÉTICO: começa com a educação na qual Jung sublinhou a necessidade de deslocar-se do insight para novas experiências reais que resultem no crescimento individual e na formulação de novos hábitos. A parte final é a transformação , a dependência ao terapeuta é reduzida e o indivíduo passa por um processo de “mini-individuação”. Este estágio é de auto-educação, no qual o individuo assume cada vez maior responsabilidade por seu próprio desenvolvimento.
PRINCIPAIS CONCEITOS
CARL JUNG
