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Apostilas de Engenharia Eletrônica sobre o estudo da Proteção de Sistemas Elétricos, Funções básicas de um sistema de proteção, Propriedades básicas de um sistema de proteção, Níveis de atuação de um sistema de proteção, Correntes simétricas e assimétricas.
Tipologia: Notas de estudo
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G
b) Proteção auxiliar : é constituída por funções auxiliares das proteções principal e de retaguarda, cujos os objetivos são sinalização, alarme, temporização, intertravamento, etc.
Na Fig. 1.1, pode-se observar os diversos níveis da proteção de um sistema elétrico (geração, transmissão e distribuição). As zonas de proteção (retângulos tracejados) que se interceptam funcionam como proteção principal ou de retaguarda, a depender da localização da falta.
Diz-se que uma corrente é simétrica, quando as envoltórias da onda desta corrente são simétricas em relação ao eixo dos tempos, caso contrário, é considerada assimétrica. Em algumas situações, como nos casos dos curtos-circuitos, as ondas de correntes, inicialmente, são assimétricas, depois se tornam simétricas (Fig. 1.2).
i (t)
t
Componente assimétrica
Componente simétrica
Envoltórias
Componente exponencial
Fig. 1.2 – Corrente elétrica, onde podem ser vistas a componente assimétrica, com sua exponencial, e a componente simétrica
Proteção do gerador
Proteção das barras de saída do gerador
Proteção dos transformadores elevadores
Proteção das barras de alta-tensão
Proteção das linhas de transmissão
Proteção das barras de alta-tensão
Proteção do transformador abaixador
Proteção das barras de baixa-tensão
Proteção de alimentador
Fig. 1.1 – Proteção de um sistema de elétrico em alta-tensão
Esta seção tem por objetivo fazer um estudo qualitativo dos diversos tipos de curtos-circuitos e da natureza das correntes que se originam destas faltas inerentes aos sistemas elétricos. Em sistemas elétricos trifásicos e aterrados, os curtos-circuitos podem ser de quatro tipos:
De acordo com o tempo de duração, estas faltas podem ser classificadas em:
Em sistemas de distribuição aéreos primários, de condutores nus, aceita-se a estatística de ocorrências de faltas, dada na Tabela 1..
Tab. 1.1 Estatística de faltas Tipos de faltas Probabilide Classificação de ocorrência (%)
Permanente (%)
Transitória (%) Trifásica 2 95 5 Bifásica 11 70 30 Fase-terra 79 20 80 Outros (^8)
As principais causas destas faltas são :
No domínio do tempo a corrente de um curto-circuito, pode ser dividida em duas partes :
Durante o período transitório, em torno de 0,1s (6 ciclos de 60Hz), essa corrente é assimétrica, conhecida como corrente dinâmica. Passado este período, a corrente entra em regime permanente, tornando-se simétrica. Devido a estas características, é comum representá-la pela equação abaixo.
τ τ
−− == + +
t I (^) CURTO IMcoswt I 0 e (1.1)
Os valores assimétricos das correntes de curtos-circuitos são empregados para determinação da capacidade de ruptura ou de interrupção dos dispositivos de proteção (chaves-fusíveis, disjuntores; religadores, etc.). Já os valores simétricos, são usados no estudo de seletividade e coordenação de equipamentos de proteção. De momo geral, em um sistema elétrico, as sobrecorrentes são originadas por sobrecargas e curtos- circuitos. Neste último caso, podem atingir valores elevados, causando danos consideráveis ao sistema. Portanto, é fundamental o estudo quantitativo e qualitativo dos diversos tipos de curtos-circuitos para o desenvolvimento de um sistema de proteção adequado.
Continuação da Tab. 1.2 Fatores de assimetria
Capítulo2 CHAVES-FUSÍVEIS PARA PROTEÇÃO DE ALIMENTADORES E TRANSFORMADORES
Classicamente, os sistemas de distribuição primários, aéreos, trifásicos e aterrados, constituídos por condutores nus, têm os seus sistemas de proteção de sobrecorrentes constituídos por chaves-fusíveis, religadores, relés em conjunto com disjuntores e seccionalizadores ou chaves seccionadoras automáticas. Por razões didáticas, este Curso será iniciado pelo estudo das chaves-fusíveis e seus respectivos elos. Nos itens que seguem serão vistos o princípio de funcionamento de chave-fusível, as suas características para especificação, o dimensionamento de elos-fusíveis e a filosofia de coordenação entre os mesmos.
Aqui serão abordados os principais tipos de chaves-fusíveis, suas características para especificação, princípio de funcionamento e critérios de dimensionamento. As chaves -fusíveis são dispositivos eletromecânicos que têm como função básica, interromper o circuito elétrico quando ocorrer a fusão do elo-fusível. Possuem as seguintes características para especificação :
Sob o ponto de vista de proteção, a característica mais importante é a corrente de interrupção, que deve ser especificada com base no valor assimétrico da corrente do maior curto-circuito no ponto de instalação da chave. De acordo com sua aplicação as chaves-fusíveis são classificadas em dois tipos: distribuição e força.
a) Chaves-fusíveis de distribuição
São identificadas pelas características inerentes aos sistemas de distribuição:
b) Chaves-fusíveis de força
De modo geral, são empregadas em subestações para proteção de barramentos, transformadores, bancos de capacitores, e "bypass" de disjuntores. Possuem NBI para classes de tensões mais elevadas (69kV, 138kV, por exemplo), cujos os Níveis Básicos de Isolação (NBI) são 350kV e 650kV, respectivamente. Geralmente, as capacidades de interrupção são superiores às das chaves-fusíveis de distribuição. Mecanicamente , são construídas para montagens em estruturas de subestações. De maneira geral, as chaves-fusíveis empregadas até 25kV, são ditas de distribuição. Acima deste valor, são consideradas de força. Entretanto, essa regra não é rígida.
A Tabela 2.1 fornece as chaves mais usadas no Brasil na classe 15kV :
Tab. 2.1 Chaves-fusíveis mais usadas no Brasil
Tensão Nominal NBI
Corrente Observação (kV) (kV) Nominal (A)
De interrupção Assímetrica (kA) 15 95 50 1,2 * 15 95 100 2 * 15 95 100 4 ou 5 * 15 95 100 8 ou 10 * 15 110 200 4 ou 8 * 15 110 300 10 *
Para especificar uma chave-fusível, é necessário o dimensionamento da capacidade de interrupção e da corrente nominal. Para isso, deve-se conhecer as correntes de carga e de curto-circuito máximas no ponto de instalação da mesma.
Deverão ser observados os critérios a seguir : a) A corrente nominal da chave deverá ser igual ou maior do que a corrente de carga máxima, no ponto de instalação da mesma, multiplicada por um fator k ; ou superior ao valor da corrente admissível do fusível empregado, também multiplicada por K.
I (^) N ,CH ≥≥ k ×× IC,MAX (2.1)
Onde :
IN,CH : Corrente nominal da chave;
IC, MAX : Corrente de carga máxima no ponto de instalação; K : Fator de segurança, comumente tomado com valor 1,5. Mas, pode ser qualquer valor entre 1 e 2
O fator de segurança K, é empregado para levar em conta situações de remanejamento de carga, de sobrecarga ou o próprio crescimento de carga do circuito. O seu valor é tomado de acordo com a condição de operação do circuito, geralmente, para o caso mais desfavorável ou mais freqüente.
Para o caso de crescimento de carga, o fator K é determinado pela expressão :
n k == ( 1 ++ a ) (2.2)
Onde : n : número de anos do planejamento (em sistemas de distribuição é comum se empregar dois anos : n=2); a : taxa de crescimento anual do sistema.
É mais comum ser utilizado o critério de corrente admissível do fusível empregado, ou seja:
I (^) NOM ,CH ≥≥ k ×× IADM, FUS (2.3)
Onde: I (^) NOM, CH : Corrente nominal da chave
I (^) ADM ,FUS : Corrente admissível do fusível. K : fator de segurança, geralmente é tomado com o valor 1,.
b) A corrente de interrupção da chave deverá ser igual ou superior ao maior valor assimétrico da corrente de curto-circuito no ponto de instalação da mesma.
I (^) INT ,CH ≥≥ maior(ICURTO,ASSIM ) (2.4)
Onde: I (^) INT, CH : Maior corrente que a chave é capaz de interromper ser sofrer danos (capacidade de interrupção) I (^) CURTO, ASSIM : Maior corrente de curto-circuito, valor assimétrico, no ponto de instalação.
Os elos-fusíveis são a parte ativa da chave-fusível, ou seja, são os elementos sensores que detectam a sobrecorrente e juntamente com o cartucho, interrompem o circuito. Não devem fundir com a corrente de carga do equipamento ou do circuito protegido e devem obedecer as curvas características tempo x corrente fornecidas pelos fabricantes.
Os elos-fusíveis são identificados por sua corrente nominal e tipo, devendo ainda aparecer (geralmente no botão) o nome ou marca do fabricante. São constituídos das seguintes partes:
São classificados em dois grandes grupos: distribuição e força.
a) De distribuição :
Tipo H - Elos-fusíveis de alto surto (high surge), de ação lenta para surtos de corrente (a corrente transitória de magnetização de transformador, por exemplo). São fabricados somente para pequenas correntes nominais. Geralmente, são usados para proteger transformadores de pequenas potências (até 75 kVA) e pequenos bancos de capacitores.
Correntes nominais normalmente padronizadas para esses elos-fusíveis:
dos elos atingem o ponto de fusão em uma temperatura próxima de 230o^ C. Para a corrente admissível, o elo trabalha com temperatura em torno de 100o^ C.
Devido o arco elétrico, em tensões elevadas (classe 15kV, ou superiores, por exemplo), a fusão do elo geralmente não interrompe o circuito. Para interrompe-lo efetivamente, torna-se necessário a extinção do arco. Isso é feito por gases desionizantes produzidos no interior do cartucho, em conseqüência da queima do tubinho e/ou das paredes internas do próprio cartucho. A energia liberada pelo arco vai depender do tempo, da tensão e da corrente. Se o cartucho não for adequado, dependendo da energia, pode ocorrer "inchaço", explosões ou outros danos mecânicos. Os fabricantes de elos-fusíveis fornecem, por bitola, curvas características tempo x corrente de fusão e interrupção, conhecidas como:
As curvas de tempos mínimo e máximo de fusão são determinadas em ensaios de fusão de várias amostras, feitos com baixa tensão para não haver formação de arco. As curvas de tempos totais de interrupção, ou tempos máximos de aberturas, são determinadas por ensaios efetuados sob 15kV, havendo, portanto a ocorrência de arco elétrico. A ABNT postula também que as curvas de tempos totais podem ser obtidas das curvas de tempos máximos de fusão mediante a adição de tempos de arco (em torno de 10ms). Para a coordenação ou seletividade de elos-fusíveis são usadas as curvas de mínimos tempos de fusão e de máximos tempos totais de interrupção.
Na distribuição aérea primária, a maior aplicação de elo-fusível é na proteção de transformadores e ramais. Para cada caso existem critérios a serem observados, que serão apresentados nos parágrafos seguintes.
Os elos-fusíveis de proteção de transformador, devem satisfazer aos seguintes requisitos: a) Operar para curtos-circuitos no transformador ou na rede secundária;
b) Suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga permissível ao transformador. Para transformador de distribuição, admite-se uma sobrecarga de duas vezes a sua carga nominal.
c) De acordo com a curva de tempos máximos admissíveis para sobrecorrentes em transformador, deverá fundir num tempo inferior a 17s , com correntes de 2,5 a 3 vezes a corrente nominal do transformador;
d) Não deverá fundir para a corrente transitória de energização do transformador, estimada em 8 a 12 vezes a sua corrente nominal (para transformador com potência até 2MVA). Considera-se este transitório com duração em torno de 0,1s.
e) Deve coordenar com as proteções à montante e a jusante do transformador;
f) Deve coordenar com a curva térmica do transformador. Para facilidade de aplicação, os catálogos de fabricantes fornecem tabelas com os elos-fusíveis apropriados para proteção de transformadores de distribuição (Tabela 2.3).
Tab. 2.3 Elos-fusíveis para proteção de transformadores trifásicos de distribuição
Potência do Transformador trifásico Transformador 6,6 kV 13,8 kV 22 kV (kVA) Corrente (A)
Fusível Corrente (A)
Fusível Corrente (A)
Fusível
O dimensionamento de elos-fusíveis para proteção de circuitos primárias, leva em conta os critérios de corrente e seletividade. a - A corrente nominal do 1 o^ elo-fusível de um ramal, no sentido da carga para a fonte, deverá ser igual ou maior do que 1,5 vezes o valor máximo da corrente de carga medida ou convenientemente avaliada no ponto considerado.
I (^) NOM ,ELO ≥≥ 1 , 5 ×× ICARGA, MAX (2.6)
b- Os demais elos-fusíveis instalados à montante do anterior, deverão obedecer aos critérios a seguir: b.1- A capacidade nominal do elo-fusível deverá ser igual ou maior do que 1,5 vezes o valor máximo da corrente de carga medida ou convenientemente avaliada no ponto de instalação;
b.2 - A capacidade nominal do elo-fusível protetor deverá ser, no máximo, um quarto (1/4) da corrente de curto-circuito fase terra mínimo no fim do trecho protegido por ele;
b.3 - O elo protegido, deverá coordenar com o elo protetor, pelo menos, para o valor da corrente de curto-circuito fase-terra mínimo no ponto de instalação do elo protetor.
c - Quando existir três ou mais elos-fusíveis em cascata, poderá se tornar impraticável a obediência aos critérios anteriores. Portanto, deverá ser sacrificada a perfeição da coordenação, mantendo-se, porém, a seletividade.
d - Para maior facilidade de coordenação de elos-fusíveis, deverá ser evitado o uso de elos tipo H como proteção de circuitos, ficando restrito à proteção de transformadores de distribuição. Para proteção de circuitos deverão ser empregados apenas elos tipo K ou T.
e - Para ampliar a faixa de coordenação e reduzir o número de elos utilizados, recomenda-se optar, sempre que possível, pela utilização de elos-fusíveis preferenciais. f - Para a coordenação de elos, deve-se utilizar as Tabelas de Coordenação (2.4 , 2.5 , 2.6 e 2.7) fornecidas pelos fabricantes. Na falta destas, podem-se determinar os valores limites de coordenação pelas curvas tempo x corrente. Para isso, a coordenação é considerada satisfatória quando:
Elo Elo protegido Tab. 2.7 Coordenação de elos T Elo Elo protegido
Para o sistema de distribuição dado na Fig. 2.2, pede-se fazer o dimensionamento dos elos-fusíveis e das respectivas chaves. Para o caso dos elos, observar a coordenação entre eles.
Resolução: a) Dimensionamento dos elos-fusíveis dos transformadores
No dimensionamento dos elos foi utilizada a Tabela 2..
b) Dimensionamento dos elos-fusíveis dos ramais
Para isso, é necessário se conhecer as correntes de carga e de curtos-circuitos, conforme estão dadas na Fig. 2. 3.
♦ Critério de corrente
♦ Critério de coordenação
c) Dimensionamento das chaves-fusíveis
De acordo com os critérios dados nas Equações 2.3 e 2.4 e as Tabelas 2.1 e 2.2, a chave com a especificação a seguir satisfaz a todos os pontos.
Fig. 2.2 – Exercício de aplicação de elo e chave -fusível
500kVA
150kVA
75kVA
30kVA
45kVA
Transformador de distribuição
13,8 kV