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Governo do Estado do Ceará SOMA - Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente Universidade Federal do Ceará (UFC) Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR)
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 21/04/2009
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Elaborado e publicado pelo
Nunes, A.J.P., Gesteira, T.C.V., Oliveira, G.G., Lima, R.C., Miranda, P.T.C. e Madrid, R.M. 2005. Princípios para Boas Práticas de Manejo na Engorda de Camarão Marinho no Estado do Ceará. Instituto de Ciências do Mar (Labomar/UFC). Programa de Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Estado do Ceará, Fortaleza, Ceará. 109 p.
Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) Universidade Federal do Ceará (UFC) Avenida da Abolição, 3207, Meireles 60.165-081, Fortaleza, Ceará
Telefone: 85- Fax: 85- labomar@labomar.ufc.br www.labomar.ufc.br
Os autores agradecem aos proprietários das fazendas listadas abaixo que gentilmente participaram das entrevistas e permitiram visitas as suas instalações de cultivo.
Lista de Figuras ........................................................................................................................... Pg
01 - Raio de Cobertura do Presente Estudo ................................................................................... xii
02 - Localização das fazendas abrangidas no presente estudo (pontos vermelhos) ........................xiii
03 - Camarões estocados sob densidade de 12animais/m2 em tanque de cultivo........................ 18
04 - Canaletas de drenagem de água em um viveiro de engorda de camarão ............................. 29
05 - Canal de descarga de água de uma fazenda de engorda de camarão ................................. 30
06 - Fases do ciclo de muda de um camarão marinho e os principais sinais para identificação ... 52
07 - Gaiola telada para estimar a mortalidade de camarões em viveiros de engorda após o
povoamento ........................................................................................................................ 54
08 - Aeradores de pás em funcionamento em um viveiro de engorda de camarão ....................... 63
09 - Esquema de distribuição de ração em viveiros de engorda, após o povoamento com PL
ou superior ........................................................................................................................... 69
10 - Disposição apropriada para o armazenamento de ração ...................................................... 72
11 - Funcionário preparado para distribuição de calcário em viveiro de engorda de camarão ..... 79
12 - O uso de máscara é essencial para manipulação do metabisulfito ....................................... 99
13 - Tanques berçários em uma fazenda de engorda de camarão .............................................. 105
14 - Camarão em estágio avançado de necrose cuticular .......................................................... 107
Lista de Tabelas
01 - Medidas de tratamento adotadas nos afluentes e efluentes ................................................... 56
02 - Medidas de tratamento adotadas para os riscos de contaminação ........................................ 57
03 - Taxa de aeração mecânica recomendada(cv/ha) em função da densidade de camarões estocados, peso médio populacional e sobrevivência estimada .............................................................. 64
04 - Número de refeições diárias e densidade de bandejas de alimentação em função da densidade de estocagem de camarões e fase de cultivo ...................................................... 70
05 - Tipos de rações utilizadas nas diferentes fases de desenvolvimento dos camarões ................. 72
06 - Parâmetros aceitáveis e preferíveis nas rações....................................................................... 74
07 - Corretivos comumente utilizados para o tratamento do solo de viveiros de camarão ............ 79
08 - Quantidade de corretivo (kg/ha) recomendado em função do pH do solo de viverios de camarão com vistas a neutralização da acidez .................................................................................... 82
09 - Grau de pureza ou eficiência (%) do calcário em funcção de sua granulometria ................... 82
10 - Níveis ideais de qualidade de água de viveiros de camarão e frequência recomendada para monitoramento ..................................................................................................................... 86
11 - Esquema de troca d´água observado nas fazendas de camarão ........................................... 88
Lista de Gráficos
001 - Tempo de Funcionamento das Fazendas ............................................................................. 16
002 - Número de Viveiros na Fazenda ......................................................................................... 17
003 - Área Média de cada viveiro ................................................................................................ 17
004 - Profundidade dos viveiros ................................................................................................... 17
005 - Densidade de Estocagem .................................................................................................... 18
006 - Número de ciclos ao ano ................................................................................................... 19
007 - Tempo do ciclo de engorda ................................................................................................ 19
008 - Peso dos camarões na despesca ......................................................................................... 20
009 - Média de sobrevivência ...................................................................................................... 20
Prefácio ........................................................................................................................................ v
Universo Pesquisado, Localização e Metodologia........................................................................ xiii
aplicação foi feita através de visitas às unidades de produção, quando o pesquisador entrevistou o técnico responsável ou o seu proprietário. Na ocasião foram também obtidos registros fotográficos. Para cada tópico abordado, são apresentados os resultados em forma de gráficos ou tabelas. No caso de gráficos é indicada a participação relativa das respostas para cada pergunta (gráfico tipo pizza) ou sua freqüência relativa (gráfico em barras), sendo também informado o número (n) de respostas obtidas. Anexo aos resultados encontra-se comentários sobre a pergunta em questão e as recomendações de BPM.
A investigação foi realizada no período de 12 a 30 de julho de 2004 e de 30 de agosto a 10 de setembro de 2004. Inicialmente foram selecionadas cinco Regiões Hidrográficas do Estado do Ceará, de acordo com a classificação do IPLANCE (1997), assim distribuídas: Acaraú, Baixo Jaguaribe, Coreaú, Litoral e Metropolitana. Considerando o número total de 185 fazendas de cultivo de camarão em funcionamento no Estado do Ceará, em cada uma dessas Regiões, foram definidos os números amostrais como se seguem: Acaraú, 6; Baixo Jaguaribe, 19; Coreaú, 11; Litoral, 3, e; Metropolitana, 4. Também foram levados em consideração os tamanhos das empresas existentes nas Regiões: 7 grandes (> 50 ha), 27 médias ( > 10 ha e < 50 ha) e 9 pequenas (< 10 ha). Em uma etapa subseqüente, foram elaborados questionários tipo checklist com 171 perguntas, aplicados em cada unidade visitada. Os questionários abrangeram os seguintes itens: identificação, operacional, berçário, pós-larvas, estoque, engorda, qualidade da água, aeradores, efluentes, solo, ração, químicos, despesca, sanidade, funcionários e preservação. Sua
1.1. Tempo de Funcionamento 1.2. Viveiros de Engorda 1.3. Densidade de Estocagem 1.4. Duração do Cultivo 1.5. Parâmetros de Desempenho Zootécnico 1.6. Produção de Camarões
O tempo de funcionamento das empresas visitadas é relativamente recente, verificando-se que apenas 4,7% têm mais de 15 anos e 58,1 % estão na faixa de 2 a 5 anos. Vale salientar que a atividade de carcinicultura marinha, no Estado do Ceará, teve início na década de 70 do século passado e só atingiu um melhor desempenho a partir da metade da década de 90, observando-se uma maior expansão nos últimos cinco anos. Hoje o Ceará conta com um total de 185 fazendas de carcinicultura, sendo 12 grandes, 46 médias e 127 pequenas, perfazendo um total de 3.376 ha de área cultivada.
O crescimento da carcinicultura no Estado trouxe uma série de benefícios econômicos e sociais, gerando divisas através das exportações e criando empregos diretos e indiretos. Entre o período de 1999 a 2003, a exportação de camarão cultivado no Estado do Ceará evoluiu de US$ 6.228. para US$ 80.944.384, representando um aumento de valores da ordem de 1.199,5%. No que diz respeito à geração de empregos, a carcinicultura pode gerar cerca de 3,75 empregos diretos e indiretos por hectare, o que significa que este agronegócio trouxe em torno de 12.660 empregos. Por outro lado, devido à melhoria do poder aquisitivo desse contingente, o comércio nas localidades onde a atividade se estabelece, tende a crescer e conseqüentemente criar novas oportunidades de trabalho e trazer mais progresso através da aplicação dos impostos arrecadados.
Tempo de Funcionamento
< 2 anos 2 - 5 anos 6 - 10 anos 11 - 15 anos
15 anos
n = 43
Gráfico 1 - Tempo de Funcionamento das Fazendas
A densidade de estocagem de camarões reflete os níveis de intensificação adotados. Enquanto no início do cultivo de camarão no Brasil era comum à adoção de densidades de um indivíduo/ m², um maior aporte tecnológico permitiu um incremento considerável nas densidades de estocagem. A densidade de estocagem tem uma relação direta com a produção dos viveiros. Sob o ponto de vista econômico, as baixas densidades de estocagem são desvantajosas, contudo à proporção que se incrementa o número de indivíduos por m², aumentam os riscos de transmissão de enfermidades. De um modo geral deve- se ter o cuidado quanto à escolha da densidade, principalmente em áreas com grande concentração de viveiros e em fazendas pouco tecnificadas.
1.Somente incrementar as densidades de estocagem de camarão na engorda quando prevalecerem condições ambientais favoráveis. 2.Fornecer um devido aporte tecnológico na medida em que as densidades de estocagem forem incrementadas. Sistemas mais intensivos requerem uma capacitação técnica de pessoal, maiores taxas de aeração mecânica, intensificação das
Densidade de Estocagem
< 5 cam./m 5-10 cam./m 11-15 cam./m 16-20 cam./m 21-30 cam./m 31-50 cam./m 51-100 cam./m
100 cam./m
n = 43
Gráfico 5 - Densidade de Estocagem
Figura 3 - Camarões estocados sob densidade de 120 animais/m^2 em tanque de cultivo
medidas de tratamento do solo entre os ciclos de produção, monitoramento rotineiro dos parâmetros de qualidade de água e do estoque cultivado.
A duração do cultivo é um fator de extrema importância para viabilidade econômica do empreendimento e sua rentabilidade. Este parâmetro varia de acordo com a idade ou o tamanho do camarão no povoamento, as densidades de estocagem empregadas e as metas desejáveis de produção em relação ao peso do camarão no momento da despesca. Enquanto em outras regiões do país, o número de ciclos alcançados ao ano tem uma estreita relação com a temperatura anual da água, na Região Nordeste, este fator não sofre grandes oscilações. Portanto, o número de ciclos de engorda alcançados durante o ano varia conforme a duração da engorda e os intervalos adotados para descanso e tratamento do fundo dos viveiros. Em média, quando se adota sistemas bifásicos de produção (engorda realizada em duas fases, incluindo a de berçários) é possível alcançar 2,5 safras anuais, considerando períodos de engorda de 115 dias e dois intervalos de 10 dias entre as despescas. Por outro lado, na medida em que se elevam as densidades de estocagem, a tendência é alcançar períodos de engorda mais prolongados.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
Número de Ciclos ao Ano
1 ciclo 2 ciclos 2,5 ciclos 3 ciclos 4 ciclos
n = 43
Tempo do Ciclo de Engorda
< 90 dias 90-110 dias 111-120 dias 121-130 dias 131-140 dias 141-150 dias
150 dias
n = 43
Gráfico 6 - Número de ciclos ao ano
Gráfico 7 - Tempo do ciclo de engorda