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Guias e Dicas
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Príncipios para Boas Práticas de Manejo (BPM) na engorda de Camarão Marinho no Estado do Ceará, Notas de estudo de Engenharia Biológica

Governo do Estado do Ceará SOMA - Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente Universidade Federal do Ceará (UFC) Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR)

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010
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Compartilhado em 21/04/2009

Alexandre98
Alexandre98 🇧🇷

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Superintendência Estadual do Meio Ambiente
Princípios para Boas
Práticas de Manejo (BPM)
na Engorda de Camarão
Marinho no Estado
do Ceará.
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Superintendência Estadual do Meio Ambiente

Princípios para Boas

Práticas de Manejo (BPM)

na Engorda de Camarão

Marinho no Estado

do Ceará.

Princípios para Boas Práticas de

Manejo (BPM) na Engorda de

Camarão Marinho no Estado do

Ceará.

Governo do Estado do Ceará

SOMA - Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente

SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente

Universidade Federal do Ceará (UFC)

Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR)

Fortaleza - Ceará

Março - 2005

Elaborado e publicado pelo

COMO CITAR ESTA PUBLICAÇÃO

Nunes, A.J.P., Gesteira, T.C.V., Oliveira, G.G., Lima, R.C., Miranda, P.T.C. e Madrid, R.M. 2005. Princípios para Boas Práticas de Manejo na Engorda de Camarão Marinho no Estado do Ceará. Instituto de Ciências do Mar (Labomar/UFC). Programa de Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Estado do Ceará, Fortaleza, Ceará. 109 p.

PARA OBTER CÓPIAS DESTA PUBLICAÇÃO:

Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) Universidade Federal do Ceará (UFC) Avenida da Abolição, 3207, Meireles 60.165-081, Fortaleza, Ceará

Telefone: 85- Fax: 85- labomar@labomar.ufc.br www.labomar.ufc.br

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem aos proprietários das fazendas listadas abaixo que gentilmente participaram das entrevistas e permitiram visitas as suas instalações de cultivo.

  1. AMILCAR MONTEIRO COSTA LIMA
  2. AQUAMAR
  3. AQUAPLAN EXPORTAÇÃO LTDA.
  4. ARGENBRAS
  5. ARTEMISA AQÜICULTURA S.A.
  6. ARTUR AQÜICULTURA
  7. ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE REQUENGUELA
  8. ATLÂNTICO MARICULTURA LTDA.
  9. BIOTEK MARINE E COMÉRCIO
  10. CAJUCÔCO AQUACULTURA E AGROPECUÁRIA LTDA.
  11. CAMACEL
  12. CAMARÃO DA ILHA
  13. CAMARISCO CAMOCIM M. LTDA.
  14. CEAQUA CEARÁ AQUACULTURA LTDA.
  15. CELM AQÜICULTURA
  16. CINA COMPANHIA NORDESTE DE AQÜICULTURA E ALIMENTAÇÃO
  17. COMPESCAL COMÉRCIO DE PESCADO ARACATIENSE
  18. COPES AQÜICULTURA E EXPORTAÇÃO LTDA.
  19. CRISTAL AGROPECUÁRIA LTDA. (FAZENDA I)
  20. CRISTAL AGROPECUÁRIA LTDA. (FAZENDA II)
  21. DACE DALLAS AQÜICULTURA COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO
  22. FAZENDA CORREIA
  23. FAZENDA SÃO JOSÉ
  24. GOLD SHRIMP CARCINICULTURA
  25. IMA PRODUÇÕES LTDA.
  26. JOLI AQÜICULTURA
  27. LAIS CARCINICULTURA
  28. LIBRA PESCADOS LTDA.
  29. LUCRI AQÜICULTURA LTDA.
  30. MANOR MARICULTURA DO NORDESTE LTDA.
  31. MARICULTURA ACARAÚ PESCA
  32. PEQUENO PRODUTOR EM CRUZ, CEARÁ
  33. PMC PRODUÇÃO DE MARISCOS E CAMARÕES LTDA.
  34. PROCAM PRODUTORA DE CAMARÃO LTDA.
  35. REVESA ADMINISTRAÇÃO PARTICIP.E IMPORTAÇÃO LTDA.
  36. RIVERS MARINES AQÜICULTURA LTDA.
  37. SAMARISCO SAMBURÁ CAMARONEIRA LTDA.
  38. SANTA BÁRBARA AQÜICULTURA
  39. SÃO BENTO AQÜICULTURA
  40. SEAFARM CRIAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AQUÁTICOS LTDA.
  41. SITIO PEDRINHAS I E II
  42. VIP CAMARÕES
  43. ZUMBI AQÜICULTURA LTDA.

Lista de Figuras ........................................................................................................................... Pg

01 - Raio de Cobertura do Presente Estudo ................................................................................... xii

02 - Localização das fazendas abrangidas no presente estudo (pontos vermelhos) ........................xiii

03 - Camarões estocados sob densidade de 12animais/m2 em tanque de cultivo........................ 18

04 - Canaletas de drenagem de água em um viveiro de engorda de camarão ............................. 29

05 - Canal de descarga de água de uma fazenda de engorda de camarão ................................. 30

06 - Fases do ciclo de muda de um camarão marinho e os principais sinais para identificação ... 52

07 - Gaiola telada para estimar a mortalidade de camarões em viveiros de engorda após o

povoamento ........................................................................................................................ 54

08 - Aeradores de pás em funcionamento em um viveiro de engorda de camarão ....................... 63

09 - Esquema de distribuição de ração em viveiros de engorda, após o povoamento com PL

ou superior ........................................................................................................................... 69

10 - Disposição apropriada para o armazenamento de ração ...................................................... 72

11 - Funcionário preparado para distribuição de calcário em viveiro de engorda de camarão ..... 79

12 - O uso de máscara é essencial para manipulação do metabisulfito ....................................... 99

13 - Tanques berçários em uma fazenda de engorda de camarão .............................................. 105

14 - Camarão em estágio avançado de necrose cuticular .......................................................... 107

Lista de Tabelas

01 - Medidas de tratamento adotadas nos afluentes e efluentes ................................................... 56

02 - Medidas de tratamento adotadas para os riscos de contaminação ........................................ 57

03 - Taxa de aeração mecânica recomendada(cv/ha) em função da densidade de camarões estocados, peso médio populacional e sobrevivência estimada .............................................................. 64

04 - Número de refeições diárias e densidade de bandejas de alimentação em função da densidade de estocagem de camarões e fase de cultivo ...................................................... 70

05 - Tipos de rações utilizadas nas diferentes fases de desenvolvimento dos camarões ................. 72

06 - Parâmetros aceitáveis e preferíveis nas rações....................................................................... 74

07 - Corretivos comumente utilizados para o tratamento do solo de viveiros de camarão ............ 79

08 - Quantidade de corretivo (kg/ha) recomendado em função do pH do solo de viverios de camarão com vistas a neutralização da acidez .................................................................................... 82

09 - Grau de pureza ou eficiência (%) do calcário em funcção de sua granulometria ................... 82

10 - Níveis ideais de qualidade de água de viveiros de camarão e frequência recomendada para monitoramento ..................................................................................................................... 86

11 - Esquema de troca d´água observado nas fazendas de camarão ........................................... 88

Lista de Gráficos

001 - Tempo de Funcionamento das Fazendas ............................................................................. 16

002 - Número de Viveiros na Fazenda ......................................................................................... 17

003 - Área Média de cada viveiro ................................................................................................ 17

004 - Profundidade dos viveiros ................................................................................................... 17

005 - Densidade de Estocagem .................................................................................................... 18

006 - Número de ciclos ao ano ................................................................................................... 19

007 - Tempo do ciclo de engorda ................................................................................................ 19

008 - Peso dos camarões na despesca ......................................................................................... 20

009 - Média de sobrevivência ...................................................................................................... 20

ILUSTRAÇÕES

121 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI´s utilizados durante a manipulação do metabisulfito

SUMÁRIO

Prefácio ........................................................................................................................................ v

Universo Pesquisado, Localização e Metodologia........................................................................ xiii

  • 010 - Fator de conversão alimentar
  • 011 - Produtividade de camarões
  • 012 - Produção de camarão em
  • 013 - Mudanças ocorridas na produção 2002 -
  • 014 - Mudanças previstas na produção 2003 -
  • 015 - Mudanças previstas na produção 2004 -
  • 016 - Critérios adotados na seleção de área
  • 017 - Conflito com outras atividades
  • 018 - Concetração de fazendas de camarão
  • 019 - Proximidade da fazenda com área urbana
  • 020 - Análises para correção química do solo
  • 021 - Análise de solo em laboratório especializado
  • 021 - Configuração dos viveiros
  • 022 - Proteção de diques e taludes
  • 023 - Tipo de proteção de diques e taludes..................................................................................
  • 024 - Alcança drenagem total da água dos viveiros
  • 025 - Canais individuais de adução e drenagem
  • 026 - Regime de Cultivo
  • 027 - Disponibilidade de tanques e berçario
  • 028 - Configuração de tanques e berçario
  • 029 - Revestimento interno dos berçarios
  • 030 - Sistema de aeração predominante
  • 031 - Sistema de gerador para berçário
  • 032 - Área de localizaçõo do berçários
  • 033 - Acesso a berçários
  • 034 - Origem da água de abastecimento
  • 035 - Água do berçário submetida
  • 036 - Sifonagem de água do berçário
  • 037 - Destino da água de drenagem/sifonagem
  • 038 - Teste de avaliação de pós-larvas.........................................................................................
  • 039 - Teste conduzidos de estresse
  • 040 - Método de ccontagem de pós-larvas
  • 041 - Critérios exigidos ao laboratório
  • 042 - Providências na recepção de pós-larvas
  • 043 - Densidade e estocagem no berçário
  • 044 - Tempo de cultivo no berçário
  • 045 - Alimento utilizado na fase de berçário
  • 046 - Frequência alimentar na fase de berçário
  • 047 - Horários de transferência/povoamento de PL’s em viveiros
  • 048 - Acondicionamento de PL’s durante transferência para viveiros
  • 049 - Medidas tomadas diante de diferenças na qualidade de água
  • 050 - Densidade de estocagem no tanque de transferência
  • 051 - Desinfecção e limpeza das caixas de transferência de PL’s
  • 052 - Frequência de biometrias na fazenda
  • 053 - Estágio de realização da primeira biometria
  • 054 - Exames realizados na biometria
  • 055 - Monitoramento e estoque em outras circunstâncias
  • 056 - Outras situações de monitoramento do estoque
  • 057 - Períodos de avaliação do estágio de muda da população
  • 058 - Métodos de avaliação do estágio de muda
  • 059 - Método adotado pora estimar a sobrevivência
  • 060 - Tratamento de afluentes e efluentes
  • 061 - Riscos de contaminação da água por esgotos domésticos e industriais
  • 062 - Nível de influência na água de captação dos efluentes de fazendas vizinhas
  • 063 - Permanência da água de captação no canal de adução
  • 064 - Drenagem total e limpeza do canal de adução
  • 065 - Tratamento de esgotos e resíduos sólidos
  • 066 - Destino de esgotos e resíduos sólidos
  • 067 - Emprego de aeração mecânica
  • 068 - Objetivos da aeração mecânica
  • 069 - Horário e tempo de funcionamento dos aeradores
  • 070 - Critérios para definir a potência de aeradores por área de cultivada
  • 071 - Momento de introdução de aeradores nos viveiros
  • 072 - Forma de Posicionamento dos aeradores
  • 073 - Distância dos aeradores em relação ao taludes
  • 074 - Método predominante de distribuição de ração
  • 075 - Distribuição de ração em bandejas
  • 076 - Base para ajuste das refeições ofertadas
  • 077 - Frequência nos ajustes de refeição......................................................................................
  • 078 - Número diário de refeições ministradas
  • 079 - Número de bandejas por área cultivada
  • 080 - Forma de armazenamento da ração
  • 081 - Armazenamento próximo ao viveiro
  • 082 - Rotatividade de cargas de ração na fazenda
  • 083 - Tipos de ração empregadas no berçário de engorda
  • 084 - Marcas de ração empregadas noberçário de engorda
  • 085 - Critérios para aquisição de ração
  • 086 - Realização testes de qualidade física
  • 087 - Frequência de testes físicos
  • 088 - Parâmetros utilizados para avaliar o desempenho da ração
  • 089 - Utilização de área de bioensaios para testes de qualidade nutricional
  • 090 - Uso do terreno anterior a constução da fazenda
  • 091 - Textura predominate do solo nos viveiros
  • 092 - Tratamento do solo
  • 093 - Forma de revirada do solo
  • 094 - Limpeza e desinfecção de trator
  • 095 - Objetivos da calagem
  • 096 - Frequência da calagem
  • 097 - Número e pontos de coleta de solo no viveiro
  • 098 - Parâmetros analisados de qualidade de água
  • 099 - Finalidade das análises de qualidade de água
  • 100 - Método de realização de análises
  • 101 - Limpeza e calibração do equipamento de qualidade de água
  • 102 - Disponibilidade de laboratório de qualidade de água na fazenda
  • 103 - Disponibilidade de cerca ou outro tipo de proteção no ponto de captação
  • 104 - Tipos de bombas empregadas
  • 105 - Influência da água de descarga da própria fazenda no ponto captação
  • 106 - Taxa diária de renovação de água
  • 107 - Fatores considerados no momento do bombeamento
  • 108 - Emprego de filtragem da água por telas na comporta de abastecimento
  • 109 - Objetivo da filtragem da água por telas na comporta de abastecimento
  • 110- Substâncias químicas empregadas no cultivo
  • 111 - Objetivos do uso dos produtos químicos
  • 112 - Base para cálculo de dosagens de químicos
  • 113 - Forma de aplicação dos químicos
  • 114 - Critérios para definir o momento da despesca
  • 115 - Horários regularmente empregado para despesca
  • 116 - Preparativos essenciais para despesca
  • 117 - Equipamentos e insumos para despesca
  • 118 - Empréstimo de material de despesca de outras fazendas
  • 119 - Desinfecção de equipamentos e utensílios empregados na despesca
  • 120 - Formas de descarte da mistura de gelo e metabisulfito
  • 122 - Padrões sanitários das instalações
  • 123 - Compatibilidade das instalações sanitárias com o número de funcionários
  • 124 - Controle no fluxo de visitantes e fornecedores a fazenda
  • 125 - Disponibilidade de cerca de proteção
  • 126 - Sistemas de desinfecção utilizados
  • 127 - Exigência do uso de luvas, botas e aventais pelos funcionários e (ou) visitantes
  • 128 - Adoção do manejo “All in All out”
  • 129 - Doenças já observadas na fazenda
  • 130 - Procedimentos utilizados no caso da presença de enfermidades
  • 131 - Forma de descarte de camarões encontrados mortos 106 e
  • 132 - Destino dados ao camarões após as biometrias
  • 133 - Tipo de licença para construção de diques, canais e viveiros
  • 134 - Distância mínima em média da área dos diques para Áreas de Preservação Permanente
  • 135 - Ecossistemas permanentes no entorno da fazenda
  • 136 - Áreas legalmente protegidas na propriedade
  • 137 - Execução de reflorestamento para compensação de passivo ambiental
  • 138 - Instalações disponíveis na fazenda
  • 139 - Funcionários atendidos pelas instalações
  • 140 - Número de funcionários que fazem parte da comunidade local
  • 141 - Grau de escolaridade dos funcionários
  • 142 - Tipo de apoio social ao funcionário ou sua família
  • 143 - Adoção do sistema de premiação por resultado alcançado
  • 144 - Regime de trabalho dos funcionários
  • 145 - Equipe de despesca
  • 146 - Número de funcionários equipados e protegidos
  • 147 - Número de funcionários por área de atuação na fazenda
    1. Aspectos Operacionais Agradecimentos iv
  • 1.1 Tempo de Funcionamento
  • 1.2 Viveiros de Engorda
  • 1.3 Densidade de Estocagem
  • 1.4 Duração do Cultivo
  • 1.5 Parâmetros de Desempenho Zootécnico
  • 1.6 Produção de Camarões
    1. Construção da Fazenda
  • 2.1 Critérios para Seleção de Área
  • 2.2 Localização da Fazenda
  • 2.3 Análises do Solo
  • 2.4 Configuração dos Viveiros
  • 2.5 Proteção de Diques e Taludes
  • 2.6 Drenagem de Água dos Viveiros
  • 2.7 Canais Individuais de Adução e Drenagem de Água
  • 2.8 Regime de Cultivo
    1. Unidade de Berçário
  • 3.1 Sistema de Tanques Berçários
  • 3.2 Configuração dos Berçários
  • 3.3 Aeradores e Geradores
  • 3.4 Localização e Acesso
  • 3.5 Água de Abastecimento
  • 3.6 Manejo da Água
    1. Recepção e Povoamento de Pós Larvas - PL’s
  • 4.1 Testes de Avaliação de Pós Larvas - PLs
  • 4.2 Transporte e Contagem
  • 4.3 Recepção de Pós Larvas - PLs
  • 4.4 Manejo Alimentar
  • 4.5 Transferência e Povoamento
  • 4.6 Manejo das Caixas de Transferência
    1. Monitoramento do Estoque cultivado
  • 5.1 Biometria Populacional
  • 5.2 Monitoramento do Estoque
  • 5.3 Determinação da Muda
  • 5.4 Estimativa de Sobrevivência
    1. Afluentes, Efluentes e Resíduos Sólidos
  • 6.1 Tratamento de Efluentes e Afluentes
  • 6.2 Riscos da Contaminação da Água de Captação
  • 6.3 Manejo do Canal de Adução
  • 6.4 Esgotos e Resíduos Sólidos
    1. Aeração Mecânica
  • 7.1 Objetivos da Aeração Mecânica
  • 7.2 Horário e Tempo de Aeração
  • 7.3 Taxa de Aeração
  • 7.4 Posicionamento e Alinhamento dos Aeradores
    1. Ração e Alimentação
  • 8.1 Métodos de Distribuição de Ração.....................................................................................
  • 8.2 Ajuste das Refeições Ofertadas
  • 8.3 Número de Refeições e Densidade de Bandejas
  • 8.4 Armazenamento de Ração
  • 8.5 Número de Rações Empregadas
  • 8.6 Critérios Utilizados para Seleção de Ração
  • 8.7 Inspeção e Testes de Qualidade da Ração
  • 8.8 Parâmetros para Avaliar o Desempenho de Rações
    1. Manejo do Solo
  • 9.1 Tipo e Uso Anterior do Solo
  • 9.2 Tratamentos do Solo
  • 9.3 Revirada do Solo
  • 9.4 Calagem
    1. Qualidade de Água
  • 10.1 Parâmetros de Qualidade de Água
  • 10.2 Análise dos Parâmetros de Qualidade de Água
  • 10.3 Bombeamento de Água
  • 10.4 Renovação de Água
  • 10.5 Filtragem de Água
    1. Substâncias Químicas
  • 11.1 Químicos e seus Objetivos
  • 11.2 Dosagens e Formas de Aplicação
    1. Despesca
  • 12.1 Preparação para Despesca
  • 12.2 Equipamentos e Insumos
  • 12.3 Higienização de Veículos, Equipamentos e Pessoal
  • 12.4 Manipulação do Metabisulfito
    1. Sanidade e Biossegurança ..................................................................................................
  • 13.1 Instalações Sanitárias
  • 13.2 Acesso a Fazenda
  • 13.3 Barreiras Sanitárias
  • 13.4 Manejo "All-In-All-Out"
  • 13.5 Enfermidades
  • 13.6 Descarte de Camarões Mortos.......................................................................................
    1. Aspectos Ambientais
  • 14.1 Licenciamento Ambiental
  • 14.2 Áreas Especialmente Protegidas
    1. Relação com os Funcionários .............................................................................................
  • 15.1 Infra-estrutura de Apoio
  • 15.2 Comunidade e Escolaridade dos Funcionários
  • 15.3 Apoio Social e Premiação
  • 15.4 Regime de Trabalho
  • 15.5 Equipamentos de Proteção Individual - EPIs e Áreas de Atuação
  • Bibliografia Consultada ............................................................................................................
UNIVERSO PESQUISADO, LOCALIZAÇÃO E METODOLOGIA

aplicação foi feita através de visitas às unidades de produção, quando o pesquisador entrevistou o técnico responsável ou o seu proprietário. Na ocasião foram também obtidos registros fotográficos. Para cada tópico abordado, são apresentados os resultados em forma de gráficos ou tabelas. No caso de gráficos é indicada a participação relativa das respostas para cada pergunta (gráfico tipo pizza) ou sua freqüência relativa (gráfico em barras), sendo também informado o número (n) de respostas obtidas. Anexo aos resultados encontra-se comentários sobre a pergunta em questão e as recomendações de BPM.

A investigação foi realizada no período de 12 a 30 de julho de 2004 e de 30 de agosto a 10 de setembro de 2004. Inicialmente foram selecionadas cinco Regiões Hidrográficas do Estado do Ceará, de acordo com a classificação do IPLANCE (1997), assim distribuídas: Acaraú, Baixo Jaguaribe, Coreaú, Litoral e Metropolitana. Considerando o número total de 185 fazendas de cultivo de camarão em funcionamento no Estado do Ceará, em cada uma dessas Regiões, foram definidos os números amostrais como se seguem: Acaraú, 6; Baixo Jaguaribe, 19; Coreaú, 11; Litoral, 3, e; Metropolitana, 4. Também foram levados em consideração os tamanhos das empresas existentes nas Regiões: 7 grandes (> 50 ha), 27 médias ( > 10 ha e < 50 ha) e 9 pequenas (< 10 ha). Em uma etapa subseqüente, foram elaborados questionários tipo checklist com 171 perguntas, aplicados em cada unidade visitada. Os questionários abrangeram os seguintes itens: identificação, operacional, berçário, pós-larvas, estoque, engorda, qualidade da água, aeradores, efluentes, solo, ração, químicos, despesca, sanidade, funcionários e preservação. Sua

1. Aspectos Operacionais

1.1. Tempo de Funcionamento 1.2. Viveiros de Engorda 1.3. Densidade de Estocagem 1.4. Duração do Cultivo 1.5. Parâmetros de Desempenho Zootécnico 1.6. Produção de Camarões

1. TEMPO DE FUNCIONAMENTO

O tempo de funcionamento das empresas visitadas é relativamente recente, verificando-se que apenas 4,7% têm mais de 15 anos e 58,1 % estão na faixa de 2 a 5 anos. Vale salientar que a atividade de carcinicultura marinha, no Estado do Ceará, teve início na década de 70 do século passado e só atingiu um melhor desempenho a partir da metade da década de 90, observando-se uma maior expansão nos últimos cinco anos. Hoje o Ceará conta com um total de 185 fazendas de carcinicultura, sendo 12 grandes, 46 médias e 127 pequenas, perfazendo um total de 3.376 ha de área cultivada.

O crescimento da carcinicultura no Estado trouxe uma série de benefícios econômicos e sociais, gerando divisas através das exportações e criando empregos diretos e indiretos. Entre o período de 1999 a 2003, a exportação de camarão cultivado no Estado do Ceará evoluiu de US$ 6.228. para US$ 80.944.384, representando um aumento de valores da ordem de 1.199,5%. No que diz respeito à geração de empregos, a carcinicultura pode gerar cerca de 3,75 empregos diretos e indiretos por hectare, o que significa que este agronegócio trouxe em torno de 12.660 empregos. Por outro lado, devido à melhoria do poder aquisitivo desse contingente, o comércio nas localidades onde a atividade se estabelece, tende a crescer e conseqüentemente criar novas oportunidades de trabalho e trazer mais progresso através da aplicação dos impostos arrecadados.

PRÁTICAS RECOMENDADAS
  1. Monitorar a expansão da atividade de cultivo de camarões de forma criteriosa, a fim de evitar um aumento desordenado e garantir sua sustentabilidade econômica, ambiental e social.
  2. Não exceder a capacidade de carga de áreas exploradas pela carcinicultura, regulando a qualidade dos efluentes em bacias hidrográficas com grandes concentrações de fazendas. Capacidade de carga é a máxima produção de camarão e de outras atividades geradoras de resíduos líquidos que pode ser suportada pela massa d’água receptora, sem comprometer a sua qualidade original.
  3. Planejar e ordenar a construção de novas operações de cultivo considerando o Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE) da região.
  4. Delimitar distâncias mínimas entre fazendas de cultivo e plantas processadoras de camarão para evitar o risco de entrada e disseminação de enfermidades por esta rota.

Tempo de Funcionamento

< 2 anos 2 - 5 anos 6 - 10 anos 11 - 15 anos

15 anos

n = 43

Gráfico 1 - Tempo de Funcionamento das Fazendas

  1. Adotar profundidades entre 1,2 m e 1,8 m. Viveiros mais profundos possuem uma maior quantidade de água para produção biológica, são menos susceptíveis a flutuações bruscas nas variáveis ambientais, contudo demandam o uso de aeradores mecânicos para evitar zonas de estratificação.
1.3 DENSIDADE DE ESTOCAGEM

A densidade de estocagem de camarões reflete os níveis de intensificação adotados. Enquanto no início do cultivo de camarão no Brasil era comum à adoção de densidades de um indivíduo/ m², um maior aporte tecnológico permitiu um incremento considerável nas densidades de estocagem. A densidade de estocagem tem uma relação direta com a produção dos viveiros. Sob o ponto de vista econômico, as baixas densidades de estocagem são desvantajosas, contudo à proporção que se incrementa o número de indivíduos por m², aumentam os riscos de transmissão de enfermidades. De um modo geral deve- se ter o cuidado quanto à escolha da densidade, principalmente em áreas com grande concentração de viveiros e em fazendas pouco tecnificadas.

PRÁTICAS RECOMENDADAS

1.Somente incrementar as densidades de estocagem de camarão na engorda quando prevalecerem condições ambientais favoráveis. 2.Fornecer um devido aporte tecnológico na medida em que as densidades de estocagem forem incrementadas. Sistemas mais intensivos requerem uma capacitação técnica de pessoal, maiores taxas de aeração mecânica, intensificação das

Densidade de Estocagem

< 5 cam./m 5-10 cam./m 11-15 cam./m 16-20 cam./m 21-30 cam./m 31-50 cam./m 51-100 cam./m

100 cam./m

n = 43

Gráfico 5 - Densidade de Estocagem

Figura 3 - Camarões estocados sob densidade de 120 animais/m^2 em tanque de cultivo

medidas de tratamento do solo entre os ciclos de produção, monitoramento rotineiro dos parâmetros de qualidade de água e do estoque cultivado.

  1. Evitar densidades de estocagem demasiadamente baixas (< 5 camarões/m2) ou excessivamente elevadas (> 80 camarões/m2), pois ambas podem levar a perdas econômicas e (ou) ambientais.
  2. Em fazendas nas quais as enfermidades virais já se manifestaram sem uma evidente perda de produção, deve-se reduzir ou manter constante as densidades de estocagem de camarão.
1.4 DURAÇÃO DO CULTIVO

A duração do cultivo é um fator de extrema importância para viabilidade econômica do empreendimento e sua rentabilidade. Este parâmetro varia de acordo com a idade ou o tamanho do camarão no povoamento, as densidades de estocagem empregadas e as metas desejáveis de produção em relação ao peso do camarão no momento da despesca. Enquanto em outras regiões do país, o número de ciclos alcançados ao ano tem uma estreita relação com a temperatura anual da água, na Região Nordeste, este fator não sofre grandes oscilações. Portanto, o número de ciclos de engorda alcançados durante o ano varia conforme a duração da engorda e os intervalos adotados para descanso e tratamento do fundo dos viveiros. Em média, quando se adota sistemas bifásicos de produção (engorda realizada em duas fases, incluindo a de berçários) é possível alcançar 2,5 safras anuais, considerando períodos de engorda de 115 dias e dois intervalos de 10 dias entre as despescas. Por outro lado, na medida em que se elevam as densidades de estocagem, a tendência é alcançar períodos de engorda mais prolongados.

PRÁTICAS RECOMENDADAS

  1. Iniciar a engorda com camarões com idade ou peso mais elevado possível, de forma a reduzir a duração do ciclo de engorda e assim aumentar a rotatividade dos cultivos. 2.Trabalhar com densidades de estocagem de camarão que não gerem aumentos substanciais na duração do ciclo de engorda.
  2. Considerar criteriosamente o peso do camarão para despesca. O cultivo de camarões acima de 12 g é mais difícil, pois prolonga a engorda, demanda um maior aporte de insumos e mobilização de capital. Contudo, dependendo da época do ano, seus preços mais elevados podem compensar os riscos e os maiores custos operacionais.

Número de Ciclos ao Ano

1 ciclo 2 ciclos 2,5 ciclos 3 ciclos 4 ciclos

n = 43

Tempo do Ciclo de Engorda

< 90 dias 90-110 dias 111-120 dias 121-130 dias 131-140 dias 141-150 dias

150 dias

n = 43

Gráfico 6 - Número de ciclos ao ano

Gráfico 7 - Tempo do ciclo de engorda