Baixe Princípios Básicos do Planejamento das Próteses Totais:
- Diagnóstico, Prognóstico e Plano e outras Exercícios em PDF para Anatomia Dentária, somente na Docsity!
Curso de PRÓTESE TOTAL - Universidade Santa Cecília - UNISANTA Disciplina de Prótese Dentária
“Princípios Básicos do Planejamento das Próteses Totais:
- Diagnóstico, Prognóstico e Plano de Tratamento”.
- RELAÇÃO PROFISSIONAL PACIENTE: A IMPORTÂNCIA DA 1 a IMPRESSÃO.
- Sala de Espera / Recepcionista.
- Escritório / Consultório / Auxiliar.
- Ficha de Histórico :
- Identificação do Paciente.
- Indicação / Referência.
- Profissão (Músico, Locutor, Mergulhador, Sapateiro, etc.).
- Idade (a adaptação é menor com a idade).
- Doenças Sistêmicas (a boca é o termômetro da saúde).
- Sensibilidades (Medicamentos, Alimentos, Anestésicos, etc.).
- Ultima cirurgia – transfusões sanguíneas.
- Vícios (cachimbo, cigarro, charuto, etc.).
- Motivação: por outros?
- Saúde: física e mental.
- História clínica anterior.
- História protética anterior (opiniões e experiências anteriores)
- Comportamento emocional do paciente:
- Neurótico – Psicótico (nervosos, irrequietos, trauma psíquico de fundo sentimental).
- Cépticos (Pessimista) – (pouco culto, raciocínio limitado, desconfiado, não aceita opiniões dos outros).
- Indiferente (vivem à margem da sociedade, seu meio não exige apresentação ou boa aparência).
- Receptivo (Normal) – (cultos, compreensíveis e índole calma. Estão prontos a cooperar).
- QUEIXAS: 2.1. OBJETIVAS: 2.1.1. Há quanto tempo usa Prótese? Quantas recebeu no período? 2.1.2. Mastigação: a) Retenção: área basal, justeza de forma e adaptação das bases. b) Estabilidade: D.V. – E.L.F. – R.C. / O.C. 2.1.3. Usura: D.V. diminuída (desgaste dos dentes artificiais). 2.1.4. Fraturas: a) Acidental: dentes e/ou base. b) Funcional (durante a mastigação). 2.1.5. Traumas: a) Hipertrofias:
- Épulis Fissurado (lábio duplo):
- borda fina / oclusão.
- Câmara de sucção.
- Válvulas.
- Falta de adaptação das bases. b) Hiperemias: Oclusão / desadaptação das bases. 2.1.6. Queilite Angular: (Hipoglós oftálmico) a) D.V. diminuída. b) Avitaminose. c) Virótica.
3.4. Adaptação funcional: observar o uso de óculos, lentes de contato, aparelhos protéticos odontológicos e de surdez, queixas sucessivas e constantes. 3.5. Conclusão: A P.T. é o trabalho mais difícil, considerando-se as implicações emocionais. “Prometer pouco, mas oferecer muito de calor humano, compreensão, paciência, estudo, amor ao trabalho, dedicação, doação profissional”. Sucesso Profissional – Realização Pessoal.
- ESTADO GERAL DO PACIENTE: Condições Sistêmicas. 4.1. Diabetes. 4.2. Tratamento emagrecedor. 4.3. Tensões emocionais: dores musculares e mucosas – secura da boca. 4.4. Menopausa. 4.5. Estados carenciais nutricionais (Geriatria). 4.6. Problemas digestivos. 4.7. Alergias. 4.8. Doenças Reumatológicas (Artrites). 4.9. Osteoporose Senil. 4.10. Glândulas salivares (aumento – diminuição do fluxo). 4.11. Irradiação. 4.12. Lesões mucosas ulcerativas (Líquen Plano). 4.13. Doenças pulmonares crônicas (Enfisema, Bronquite). 4.14. Desordens neurológicas e paralisia facial (A.V.C.) 4.15. Infecções fúngicas. 4.16. Anemia perniciosa. 4.17. Deficiências vitamínicas e nutricionais. 4.18. Hipertensão.
4.19. Parkinsonismo.
- EXAME CLÍNICO DO PACIENTE – Fatores locais – Planejamento. 5.1. ÓSSEOS: 5.1.1. Qualidade e quantidade: Rx. 5.1.2. Tamanho da área basal: pequeno, médio, grande. 5.1.3. Forma da área basal: quadrado, triangular, oval. 5.1.4. Altura dos rebordos: a) normal. b) alto: paralelo, estrangulado, lâmina de faca. c) reabsorvido. d) misto. 5.1.5. Profundidade do Palato: profundo – raso. 5.1.6. Inclinação dos rebordos (Moldagens) a) para vestibular. b) para lingual ou palatino. c) vertical. 5.1.7. Túber: a) normal. b) volumoso: ósseo e/ou mucoso (projeção do seio maxilar). c) reabsorvido (maiores dificuldades de retenção) - espessura máxima da borda disto-vestibular. 5.1.8. Espaço intermaxilar: a) região anterior: - estética. b) Região posterior: - função mecânica. 5.1.9. Tórus: a) Maxilar. b) Mandibular. 5.1.10. Espículas ósseas.
d) Aumento da D.V. e) CONDUTA CLÍNICA:
- Pasta zinco-eugenólica.
- Resinas resilientes: Visco-Gel, Coe-Confort, Fit, Lynal, etc.
- Placa oclusal.
- Acréscimo com resina acrílica na oclusal.
- Acqualizer. 5.3. ESTRUTURA PARAPROTÉTICA: 5.3.1. Freios labiais, bucais e linguais. 5.3.2. Bridas cicatriciais. 5.3.3. Músculos: a) Bucinador (bochecha fina ou grossa, rígida ou flácida). b) Orbicular (fino ou grosso, rígido ou flácido). Planejamento cirúrgico: sim ou não?
- Massagens musculares: função e motivação – evidência profissional. 5.4. GLÂNDULAS SALIVARES: 5.4.1. Diminuição do fluxo salivar: a) Tensões emocionais. b) Medicamentos. c) Tratamento emagrecedor – Tireóide. d) Doenças sistêmicas (Xerostomia). 5.4.2. Aumento do fluxo salivar: a) Estímulo mecânico. b) Estímulo sensorial. 5.5. LÍNGUA: 5.5.1. Volumosa. 5.5.2. Pseudovolumosa.
5.6. ATM:
5.6.1. Amplitude dos movimentos: a) Abertura e fechamento. b) Laterais (D e E). c) Desvio da linha mediana. d) Dor localizada – Estalidos – Crepitação (massagens, Tens, Ajuste Oclusal, Acqualizer).
- CONDICIONAMENTO EMOCIONAL DO PACIENTE: O Profissional e a Especialidade. 6.1. Quero mastigar. 6.2. Quero que fique firme. 6.3. Limitações das Próteses Totais. 6.4. Posição atual dos Implantes Ósseo-integrados.
- CONCLUSÕES 7.1. Deveremos informar tudo ao Paciente em linguagem simples e acessível. 7.2. A decisão do tratamento deve ser dele. 7.3. Estado emocional compatível com as exigências de cada tratamento. 7.4. Responsabilidade do Paciente na disponibilidade de horário. 7.5. Saúde geral controlada (os fatores sistêmicos escapam do nosso controle; são da alçada médica). 7.6. Aceitação da limitação humana do Profissional Especialista.
4- Schreinemakers, J.: “La Lógica en Prótesis Completa”- Valencia Artes Gráficas 5- Heartwell Jr., C.H. : “Sylabus of Complete Dentures. 6- Muraoka, H.: “A Color Atlas of Complete Dentures Fabrication. - Quintessence Publishing Co. 7- Plassencia, J.M.L. : “Prótesis Completa” - Barcelona, Editora Labor S/A. 8- Turano, J.C. e Turano, L.M: “Fundamentos de Prótese Total - Quintessence Publishing Co. , Inc. 1993. 9- Tamaki, T. “Dentaduras Completas” – Ed. Sarvier.
PRÓTESE TOTAL
“MOLDAGENS ELÁSTICAS SEQÜENCIAIS:
- TÉCNICA DA MÍNIMA PRESSÃO EQUALIZADA”
Prof. Dr. Biagio Attílio Georgetti
SÃO PAULO
1. MOLDAGENS PRELIMINARES:
1.1. MAXILA:
- Materiais: - Alginato (Hidrocolóide irreversível).
- Cera periférica Kota.
- Algodão em rolo ou gaze.
- Instrumental: - Moldeiras de Estoque perfuradas tipo AG/HDR para desdentados.
- Gral de borracha.
- Espátula para gesso.
- Seringa para moldagem Monojet n o 412. -TÉCNICA: 1.1.1. Posição do paciente:
- cabeça e tronco no mesmo plano, com inclinação de quase 90o^ (plano oclusal paralelo ao Plano horizontal).
- linha dos lábios na altura da metade do antebraço do Profissional. 1.1.2. Posição do Profissional:
- à direita e a frente do paciente, assentado no mocho, numa posição de conforto (sua visão do Palato será direta). 1.1.3. Seleção e preparo da Moldeira de estoque (metálica flexível):
- Seleção: deve cobrir toda a Área Basal, todavia sem atingir o fórnix, com espaço interno equilibrado de 3 a 5mm.
- Preparo: Ajustá-la de acordo com as deformidades ósseas, para que mantenha espaço interno uniforme. . Dique de cera periférica Kota na região posterior, para impedir o escoamento do Alginato. 1.1.4. MOLDAGEM: Lavar a boca várias vezes (remoção da saliva mucilaginosa do palato). Manipular o alginato. Carregar a seringa. Carregar a moldeira, adicionando-se uma maior quantidade do material no centro. Secar o Fórnix com rolo de algodão.
Injetar no Fórnix, lado direito e esquerdo, do Túber para frente. Introduzir a moldeira na boca. Centralizá-la (cabo-linha mediana). Aplicar pequena força com o dedo médio direito no centro da moldeira, até o extravasamento do Alginato (a orientação da força é dada pela inclinação do rebordo). Cessar a aplicação de força. Estabilizando a moldeira com o dedo médio direito (sem pressão), pressionar as bochechas com os dedos polegar e médio esquerdos, como se o paciente estivesse fazendo uma sucção: registra-se todo o arco lateral direito e esquerdo, concomitantemente. Aguardar a geleificação do Alginato. Remover o molde da boca, lavar e secar para análise. 1.1.5. Correção (se necessário) Manipular uma porção de Alginato, cuidando para que fique com maior escoamento (mais água, mais mole). Aplicar uma camada inteira sobre a superfície seca do molde Levar em posição. Pressionar com o dedo médio direito no centro da moldeira, apenas para o escoamento do material. Tira o dedo (pressão zero). Repetir os movimentos de bochechas o lábio. Aguardar a geleificação do Alginato. Remover da boca, lavar e secar. Vazar o molde com gesso comum (obtenção do modelo de estudo). 1.2. MANDÍBULA
- Materiais: Silicona de condensação (Zetaplus-Oranwash, Optosil/Xantopren, etc.)
- Instrumentais: . Moldeira de estoque. . Placa de vidro. . Placa dosadora. . Espátula no^ 36.
Estabilizando a moldeira com os dedos Indicador e Médio direitos, com o Indicador e Polegar esquerdos movimentar o Lábio inferior para cima e para os lados. Aguardar a polimerização do material. Remover o molde da boca, lavar e secar. Manipular a Silicona leve (3 a 4 medidas), aplicar sobre o molde de Silicona pesada e repetir todos os passos. Vazar o molde com gesso comum (modelo de estudo).
- MOLDEIRAS INDIVIDUAIS 2.1. Modelos de estudo recortados. 2.2. Análise da Área Basal: - delimitar a Área Basal pelo fundo da Fórnix, respeitando todas as inserções musculares. 2.3. Preparo do modelo: - preencher com cera rosa no^ 7 todas as retenções do modelo, deixando-o totalmente expulsivo. 2.4. Construção das Moldeiras individuais: - Instrumental:. pincel. . pote Dappen. . pote de vidro com tampa. . espátula no^31 - Características MAXILAR: . Espessura de 2 a 3 mm em toda sua extensão. . Cabo: apenas um cabo, colocado na região anterior, sobre crista de rebordo, com inclinação de aproximadamente 45o^ para vestibular. A borda deve permanecer intacta. . Extensão: Deve recobrir toda a Área Basal planejada. MANDIBULAR: . Espessura de 2 a 3 mm em toda sua extensão. . Cabo: três cabos – um na região anterior, sobre crista de rebordo alveolar (90o) e dois posteriores (direito e esquerdo), sobre crista de rebordo alveolar, na região de 2 o^ molar com ligeira inclinação para lingual.
3. MOLDAGENS CORRETIVAS
3.1. MAXILA
- Materiais: Siliconas leves de condensação (Xantopren)
- Instrumental:. Moldeira individual terminada e ajustada. . Adesivo para moldeira. . Espátula no^ 36. . Espátula no^ 31. . Tesoura de ponta curva. . Brocas tipo Maxi-Cut para recorte da resina acrílica. . Placa dosificadora.
- TÉCNICA: 3.1.1. Posição do Paciente: a mesma da moldagem Preliminar. 3.1.2. Posição do Profissional: as mesmas considerações da moldagem Preliminar. 3.1.3. Ajuste final da moldeira individual: recortes suficientes para a movimentação das inserções musculares, sem interferências. Toda a moldeira deve estar bem aliviada. 3.1.4. Aplicação do adesivo em toda sua extensão, ultrapassando a borda. 3.1.5. MOLDAGEM: Lavar a boca do paciente várias vezes antes do início da moldagem, para remoção da saliva mucilaginosa aderente ao palato. Manipulação do Xantopren: 8 medidas da placa dosificadora (para uma maxila de tamanho médio). O reagente na mesma proporção. Colocação e distribuição uniforme do Xantopren na moldeira, até atingir a borda. Introdução da moldeira na cavidade oral: aplicar pequena força no centro da moldeira com o dedo médio direito, orientando-se pela inclinação do rebordo alveolar. A pressão cessa quando o material extravasa pela borda da moldeira. O dedo médio direito, a partir deste momento, apenas estabiliza a moldeira.
obtermos maior fluidez do material. Quantidade de material de 3 a 4 medidas.
- manipular o Xantopren com maior fluidez (½ do reagente), para se obter uma camada muito fina.
- aplicar uma camada uniforme em toda a superfície interna – é importante colocar um excesso de material no centro.
- posicionar o molde na boca e com o dedo médio direito no centro da moldeira, e indicador e médio esquerdos na região de pré-molares, aplicar uma força grande para escoamento total do material, observando extravasamento por toda a borda – Repetir os movimentos.
- retirar as mãos: a moldeira fica sob pressão zero, equalizando a pressão interna.
- se houver excesso de material que escoou na região posterior do palato, remove-lo com espátula no^ 31, para evitar reflexo estomacal.
- deixar a moldeira “sem pressão” e com o polegar e indicador direitos pressiona-se as bochechas (sucção).
- ainda com a moldeira “solta” (sem pressão), o Paciente movimenta a mandíbula para a direita e para a esquerda, registrando o segmento vestíbulo-distal, direito e esquerdo (altura e largura das bordas do molde)
- aguardar a polimerização final do Xantopren.
- remover o molde da boca, lavar e secar.
- vazar em gesso especial (pedra melhorado) obtendo o modelo de trabalho. Nota:
- Quando se aplica força, deforma-se o molde e a fibromucosa, fazendo com que o Xantopren, agora mais fluido, se esparrame por toda a extensão, até o extravasamento pelas bordas; todavia com a retirada da aplicação da força de moldagem, pela resiliência da mucosa e elasticidade do material, obtêm-se uma camada final muito fina e equilibrada que se polimerizará sem nenhuma pressão final.
- Obteremos um molde representativo da Área Basal, porque ele não promoveu deslocamentos teciduais.
- A tonicidade muscular através de suas inserções musculares, determina uma reprodução fiel do Fórnix (prega gengivo-geniana).
- O vedamento periférico anterior, lateral e posterior são determinados automaticamente.
- O molde final é, portanto, obtido com a “Mínima Pressão Equalizada”, que resultará em uma Prótese Total que terá aproveitamento total da Área Basal (tamanho), com uma adaptação muito grande, e com justeza de forma das bordas, tanto na altura como na largura, controladas.
- O resultado final será uma Retenção Primária positiva, sem traumas e inflamações, o que contribuirá para a manutenção dos rebordos alveolares saudáveis, com reabsorções ósseas pequenas e controladas (fisiológica). 3.2. MANDÍBULA
- Material e instrumentais: os mesmos utilizados na moldagem maxilar.
- TÉCNICA: 3.2.1. Posição do Paciente: a mesma da moldagem Preliminar. 3.2.2. Posição do Profissional: as mesmas considerações da moldagem Preliminar. 3.2.3. Ajuste final da moldeira individual: Toda a moldeira deve estar bem aliviada em toda sua extensão, principalmente na região das papilas retro-molares. Recobre toda a Área Basal. Recorte de borda suficiente para a movimentação livre, sem interferências, de todas as inserções musculares envolvidas. 3.2.4. Aplicação do adesivo em toda sua extensão, ultrapassando aa bordas (vestibular e lingual). 3.2.5. MOLDAGEM: Lavar a boca várias vezes. Manipulação do Xantopren: 5 a 6 medidas. Colocação e distribuição uniforme do material. Introdução da moldeira na boca. Aplicar pequena força com o dedo médio direito no cabo esquerdo, indicador direito no cabo anterior e indicador esquerdo no cabo direito. A “direção” da força será orientada pela inclinação do rebordo alveolar, e a boca vai fechando gradativamente, para